Palácio de São Bento: diferenças entre revisões

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Revisão das 20h03min de 26 de novembro de 2015

Palácio de São Bento
Assembleia da República
Palácio de São Bento
Nomes anteriores Palácio das Cortes
Palácio do Congresso
Palácio da Assembleia Nacional
Nomes alternativos Mosteiro de São Bento da Saúde
Tipo
Estilo dominante Maneirista e barroco com alterações no séc. XX
Arquiteto Baltazar Álvares (mosteiro)
Ventura Terra (reconstrução)
Construção 1598-1615 (mosteiro beneditino)
1896-1903 (reconstrução após incêndio)
Proprietário inicial Ordem de São Bento
Função inicial Mosteiro masculino
Proprietário atual Estado Português
Função atual Assembleia da República
Website parlamento.pt
Património Nacional
Classificação  Monumento Nacional
Ano 2002
DGPC 70140
SIPA 4305
Geografia
País Portugal
Cidade Lisboa
Coordenadas 38° 42' 45" N 9° 9' 13" O
Palácio de São Bento está localizado em: Lisboa
Palácio de São Bento
Geolocalização no mapa: Lisboa

O Palácio de São Bento, é um palácio de estilo neoclássico situado em Lisboa, sendo a sede do Parlamento de Portugal desde 1834. Foi construído em finais do século XVI como mosteiro beneditino (Mosteiro de S. Bento da Saúde) por traça de Baltazar Álvares.[1] Com a extinção das ordens religiosas em Portugal passou a ser propriedade do Estado. No século XVII, foram construídas as criptas dos marqueses de Castelo Rodrigo.[2]

Depois da implantação do regime liberal tornou-se sede das Cortes Gerais da Nação, passando a ser conhecido por Palácio das Cortes. Acompanhando as mudanças da denominação oficial do Parlamento, o Palácio foi, também, tendo várias denominações oficiais: Palácio das Cortes (1834-1911), Palácio do Congresso (1911-1933) e Palácio da Assembleia Nacional (1933-1974). Em meados do século XX passou a utilizar-se, geralmente, a designação de Palácio de S. Bento em memória do antigo Convento. Essa denominação manteve-se, depois de 1976, quando passou a ser a sede da Assembleia da República.

Ao longo dos séculos XIX e XX o Palácio foi sofrendo uma série de grandes obras de remodelação, interiores e exteriores, que o tornaram quase completamente distinto do antigo Mosteiro. O interior é igualmente grandioso, repleto de alas e de obras de arte de diferentes épocas da história de Portugal. O palácio foi classificado como Monumento Nacional em 2002.

Em 1999 foi inaugurado o edifício novo[3] que serve de apoio à Assembleia da República. Localizado na praça de S. Bento o novo edifício, um projeto de 1996 do arquiteto Fernando Távora, embora ligado ao palácio por acesso interior direto foi propositadamente construído de forma a ser uma estrutura autónoma a fim de não comprometer nem descaracterizar o traçado palaciano.

Palacete de S. Bento (Residência Oficial do Primeiro-Ministro)

O Palacete de São Bento, nas traseiras do edifício principal, é a residência oficial do Primeiro-ministro de Portugal

Nas traseiras do edifício principal, em terrenos do outrora mosteiro, situa-se um palacete mandado construir em 1877 por Joaquim Machado Cayres para sua residência num lugar com cerca de 2 hectares que integrava o Convento de S. Bento desde 1598. Esse palacete é atualmente a residência oficial do primeiro-ministro de Portugal. Joaquim Machado Cayres (Maximinos, 4 de junho de 1827-1 de novembro de 1886) encomendou a construção do palacete em 1877 para sua residência, num lugar com cerca de 2 hectares que integrava o Convento de S. Bento desde 1598. Com a extinção das ordens religiosas o edifício do convento foi transformado, em 1834, no Palácio das Cortes, e mais tarde Assembleia Nacional. Depois da Revolução dos Cravos, este passou a designar-se Assembleia da República.

Em 1937, o palacete é expropriado pelo Estado para Residência Oficial do Presidente do Conselho. Depois de efectuadas obras, António Salazar ocupou a casa em Maio de 1938, mas a inauguração oficial teve lugar em Abril de 1939. Durante as obras foi concretizada uma escada para uma ligação mais fácil entre o palacete e a Assembleia. Com Marcello Caetano a tomar conta do governo, o palacete viu uma grande renovação e transformação. Pouco mais do que as fachadas foram mantidas. Estas obras incluíram ainda a edificação de um novo andar no lugar do antigo sótão. Após o 25 de Abril de 1974, a moradia e o jardim sofreram algumas modificações, mas foi depois de 1986 com novas renovações que o palacete e o jardim ganharam uma maior operacionalidade e uma imagem mais moderna e adequada aos novos tempos. A garagem existente até à altura desapareceu, dando lugar a um edifício para receber os visitantes do palacete. O pavimento antigo de alcatrão foi substituído por calçada portuguesa.

O Palácio das Cortes, em gravura de 1860.

Governantes que residiram no palacete

Chefe de Governo Duração de Governo Duração como residente
António de Oliveira Salazar 1928 a 1968 Maio de 1938 a Julho de 1970
Marcello Caetano 1968 a 1974 não residiu
Adelino da Palma Carlos Maio a Julho de 1974 não residiu
Vasco Gonçalves Julho a Setembro de 1974 não residiu
Vasco Gonçalves Setembro de 1974 a Setembro de 1975 Setembro de 1974 a Setembro de 1975
José Pinheiro de Azevedo Setembro de 1975 a Julho de 1976 Setembro de 1975 a Julho de 1976
Mário Soares Julho de 1976 a Agosto de 1978 não residiu
Alfredo Nobre da Costa Agosto a Novembro de 1978 não residiu
Carlos Alberto da Mota Pinto Novembro de 1978 a Agosto de 1979 Novembro de 1978 a Junho de 1979
Maria de Lourdes Pintasilgo Agosto de 1979 a Janeiro de 1980 não residiu
Francisco Sá Carneiro Janeiro a Dezembro de 1980 não residiu
Francisco Pinto Balsemão Janeiro de 1981 a Junho de 1983 não residiu
Mário Soares Junho de 1983 a Setembro de 1985 não residiu
Aníbal Cavaco Silva Setembro de 1985 a Outubro de 1995 Novembro de 1985 a Outubro de 1995
António Guterres Outubro de 1995 a Abril de 2002 não residiu
José Manuel Durão Barroso Abril de 2002 a Julho de 2004 não residiu
Pedro Santana Lopes de Julho de 2004 a Março de 2005 Julho de 2004 a Março de 2005
José Sócrates Pinto de Sousa de Março de 2005 a Junho 2011 não residiu
Pedro Passos Coelho de Junho 2011 a Novembro de 2015 não residiu
António Costa desde Novembro de 2015 não reside

Referências

  1. Parlamento da República Portuguesa. «Visitas ao Parlamento - Introdução». Consultado em 27 de junho de 2014 
  2. Público: Cripta do século XVII encontrada debaixo da Assembleia da República 1 de setembro de 2010
  3. «Edifício novo». www.parlamento.pt. Consultado em 18 de julho de 2015 

Ligações externas

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