Papa Pio VI: diferenças entre revisões

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'''Papa Pio VI''', nascido ''Conde Giovanni Angelo Braschi'', ([[Cesena]], [[25 de dezembro]] de [[1717]] — [[Valença (França)|Valença]], [[29 de agosto]] de [[1799]]) foi papa de [[15 de fevereiro]] de [[1775]] até à sua morte. Completara 57 anos ao ser eleito com o nome de '''Pio VI'''.


==Biografia==
==Biografia==

Revisão das 11h54min de 2 de dezembro de 2015

Pio VI
Info/Papa
Atividade eclesiástica
Fim do pontificado 29 de agosto de 1799 (24 anos)
Predecessor Clemente XIV
Sucessor Pio VII
Ordenação e nomeação
Dados pessoais
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de papas

Papa Pio VI, nascido Conde Giovanni Angelo Braschi, (Cesena, 25 de dezembro de 1717Valença, 29 de agosto de 1799) foi papa de 15 de fevereiro de 1775 até à sua morte. Completara 57 anos ao ser eleito com o nome de Pio VI.

Biografia

Pius VI

Formara-se advogado aos 17 anos. Aos 38 era ordenado sacerdote. Em 1773 Clemente XIV criara-o Cardeal. Eleito Papa, foi coroado em 22 de fevereiro de 1775. A paz dos anos iniciais do seu pontificado permitiu-lhe realizar obras de utilidade pública e de caridade.

Reorganizou museus. Saneou os pântanos pontinos, causa de febres malignas. Sofreu com a intromissão de alguns soberanos em assuntos da Igreja. José II da Áustria, por exemplo, passou à História alcunhado de o rei sacristão, por perseguir conventos e religiosos, sob o manto de proteção. Numa tentativa de modificar o ânimo desse príncipe, empreendeu até Viena uma viagem, apostólica e triunfal.

Pouco conseguiu das Cortes, mas sobre estas desabou a violência da Revolução Francesa. Tombaram os tronos, expulsaram-se ministros omnipotentes, caíram cabeças de nobres e de revolucionários. A razão, representada por uma mulher revolucionária entronizada no altar mor da catedral de Notre Dame, cedia seu "império" à revolucionária guilhotina. Contestavam-se diversos princípios religiosos, havendo forte tendência ateísta. Foram imolados o rei Luís XVI de França, a nobre Maria Antonieta, o poeta André Chenier, o sábio Lavoisier, príncipes, bispos, sacerdotes, nobres e burgueses, e outros milhares de franceses (e por último a maioria dos chefes da Revolução: Danton, Murat, Robespierre, Hébert, Valmy, etc).

Mesmo assim, no início de seu pontificado, teve sucesso em silenciar o jansenismo com a sua encíclica "Auctorem Fidei", que reafirmou a posição da Igreja com o tópico em questão.

Morte de Pio VI em Valença do Ródano

Em 1796, tropas da República Francesa sob comando de Napoleão Bonaparte invadiram a Itália, derrotaram o exército papal e ocuparam Ancona e Loreto. Pio VI pediu a paz, que foi concedida em Toletino em 19 de fevereiro de 1797; mas em 28 de dezembro do mesmo ano, num motim realizado pelas forças papais contra alguns revolucionários italianos e franceses, o popular brigadeiro-general Mathurin-Léonard Duphot, que havia ido a Roma com José Bonaparte como parte da embaixada francesa, foi morto, surgindo assim um novo pretexto para invasão. Então, o General Louis-Alexandre Berthier marchou para Roma sem oposição em 10 de fevereiro de 1798 e proclamou a República Romana, exigindo do Papa a renúncia de seus poderes temporais.

Como recusou, o Papa foi feito prisioneiro, e em 20 de fevereiro foi escoltado do Vaticano para Siena, e de lá para Certosa, cidade próxima a Florença. A declaração francesa de guerra contra Toscano levou a remoção do líder da igreja (ele foi escoltado pelo espanhol Pedro Gómez Labrador, o Marques de Labrador) pelo caminho de Parma, Piacenza, Turim e Grenoble para a cidadela de Valença (Valence-sur-Rhône), onde faleceu em 29 de agosto de 1799. Superara os 81 anos de idade e os 24 de pontificado, o mais longo pontificado até então, depois do do primeiro Papa, segundo a doutrina católica São Pedro.

A viagem do cidadão-papa, como o chamavam os franceses que o levaram brutalmente através da Itália, foi longa e penosa. As suas últimas palavras foram dirigidas a Deus pedindo o perdão para os seus carcereiros.[1] O clero constitucional negou ao cadáver um enterro cristão; o prefeito da localidade inscreveu no registo de defuntos: «Faleceu o cidadão Braschi que exercia a profissão de pontífice.» Muitos jornais e gazetas da Europa sentenciaram o Papado intitulando: «Pio VI e último».[2] Em janeiro de 1800 Napoleão autorizou que o corpo de Pio VI fosse levado para Roma,[1] e em 1801 os restos foram sepultados nas grutas vaticanas (depositados na cripta da Basílica de São Pedro no Vaticano em meados do século XX a mando do Papa Pio XII).

Túmulo de Pio VI na Basílica de São Pedro

Brasão

Escudo Papal de Pio VI no teto da Basílica de São João de Latrão
  • Descrição: Escudo eclesiástico, de goles com um lírio de três hastes posto em barra, folhado e florido ao natural, plantado num canteiro de sua cor (sinopla), acantonado à dextra de uma cabeça de Éolo, soprando em banda sobre o lírio, tudo de argente; chefe de argente carregado de três estrelas de oito pontas de jalde cosidas no chefe. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes. Timbre: a tiara papal de argente com três coroas de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.
  • Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O esmalte goles (vermelho) e o metal argente (prata) foram tirados do brasão dos Braschi: "de goles com três rosas de argente". O campo de goles (vermelho) simboliza: o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens. O lírio é símbolo da pureza e tendo três hastes lembra a Santíssima Trindade e a Sagrada Família, sendo que as expressões "ao natural" e "de sua cor" são recursos para se colocar o lírio e o canteiro, naturalmente com a cor sinopla (verde) sobre o campo de goles (vermelho), sem ferir as leis da heráldica. A cabeça de Éolo representa a graça de Deus que soprou sobre o pontífice eleito, e seu metal argente (prata) simboliza: inocência, castidade, pureza e eloqüência. O chefe de argente tem este mesmo significado e suas três estrelas foram usadas para substituir as três rosas do brasão da família Braschi, simbolizando a Santíssima Trindade e as virtudes teologais: , esperança e caridade, sendo de jalde traduzem: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro , relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, recorda, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa.

Ligações externas

Commons
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Referências

  1. a b Pío VII: un papa frente a Napoleón Moral Roncal, Antonio Manuel - 2007. Muerte de Pío VI. Página 58 Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "mt-" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  2. Pío VII: un papa frente a Napoleón Moral Roncal, Antonio Manuel - 2007. Página 12.


Precedido por
Clemente XIV

Papa

250.º
Sucedido por
Pio VII


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