Perspectiva com um ponto de fuga: diferenças entre revisões
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A interpretação de [[Dürer]] se baseia na definição moderna que entende a perspectiva como uma seção [[transversal]], feita pelo plano do quadro, na pirâmide visual (ou cone visual, que deu origem ao termo ''perspectiva cônica'').<ref>Witting, F. - Von Kunst und Christentum, Estrasburgo, 1903, vol. 8, '''p. 25-26'''.</ref>{{Ref label2|nota 1}} |
A interpretação de [[Dürer]] se baseia na definição moderna que entende a perspectiva como uma seção [[transversal]], feita pelo plano do quadro, na pirâmide visual (ou cone visual, que deu origem ao termo ''perspectiva cônica'').<ref>Witting, F. - Von Kunst und Christentum, Estrasburgo, 1903, vol. 8, '''p. 25-26'''.</ref>{{Ref label2|nota 1}} |
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O desenho de observação, à mão livre, não segue o mesmo rigor dos processos exatos e é feito de acordo com a percepção e experiência individual do artista. O ponto de fuga poderá estar centralizado, deslocado para os lados ou, ainda, estar fora plano visível.<ref>Modesto, Edith Lopes. ''Olhos de Enxergar''. Capítulo 9. São Paulo: Ed. Plêiade.</ref> |
O desenho de observação, à mão livre, não segue o mesmo rigor dos processos exatos e é feito de acordo com a percepção e a experiência individual do artista. O ponto de fuga poderá estar centralizado, deslocado para os lados ou, ainda, estar fora plano visível.<ref>Modesto, Edith Lopes. ''Olhos de Enxergar''. Capítulo 9. São Paulo: Ed. Plêiade.</ref> |
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{{quote2|Ciência da representação de objetos e do espaço que os cerca e da maneira como esses são percebidos pelo olhar, a partir de um ponto de vista fixo.<ref name=Lessing>[[Gotthold Ephraim Lessing|Lessing, Gotthold Ephraim]] - Schriften, 1753-1755 (6 vols., rev. ed. 1771), Berlim.</ref>|Gotthold Ephraim Lessing}} |
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{{Note label2|nota 1}} Esse tipo de perspectiva é comumente chamada de cônica, apesar da imprecisão conceitual do termo, pois, segundo a [[Geometria projetiva|teoria projetiva]], retas visuais, que partem de um observador pontual fixo, dirigem-se para todas as direções, fato esse que ultrapassa os limites do [[cone]] e mostra que a [[esfera]] teria sido uma escolha mais adequada. Por esse motivo prefere-se a nomenclatura ''perspectiva central''.<ref>[[Denis Mandarino|Mandarino, Denis]] - ''Desenho Projetivo e Geometria Descritiva''. Capítulo VI. São Paulo: Ed. Plêiade, 1996.</ref> |
{{Note label2|nota 1}} Esse tipo de perspectiva é comumente chamada de cônica, apesar da imprecisão conceitual do termo, pois, segundo a [[Geometria projetiva|teoria projetiva]], retas visuais, que partem de um observador pontual fixo, dirigem-se para todas as direções, fato esse que ultrapassa os limites do [[cone]] e mostra que a [[esfera]] teria sido uma escolha mais adequada. Por esse motivo prefere-se a nomenclatura ''perspectiva central''.<ref>[[Denis Mandarino|Mandarino, Denis]] - ''Desenho Projetivo e Geometria Descritiva''. Capítulo VI. São Paulo: Ed. Plêiade, 1996.</ref> |
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Revisão das 01h34min de 1 de fevereiro de 2016
A perspectiva com um ponto de fuga, também conhecida como perspectiva renascentista, é o primeiro método de perspectiva exata, que se baseia em um ponto de fuga, situado na linha do horizonte, para o qual convergem as retas paralelas que, ao serem transformadas em diagonais no quadro, provocam a sensação de profundidade.
Surgida no Renascimento, através dos desenhos de Filippo Brunelleschi, a perspectiva era um expediente geométrico que produzia a ilusão da realidade, ao mostrar os objetos no espaço em suas posições e tamanhos corretos; a perspectiva capta os fatos visuais e os estabiliza, transformando o observador naquele para o qual o mundo todo converge. [1]
A interpretação de Dürer se baseia na definição moderna que entende a perspectiva como uma seção transversal, feita pelo plano do quadro, na pirâmide visual (ou cone visual, que deu origem ao termo perspectiva cônica).[2][nota 1]
O desenho de observação, à mão livre, não segue o mesmo rigor dos processos exatos e é feito de acordo com a percepção e a experiência individual do artista. O ponto de fuga poderá estar centralizado, deslocado para os lados ou, ainda, estar fora plano visível.[3]
“ | Ciência da representação de objetos e do espaço que os cerca e da maneira como esses são percebidos pelo olhar, a partir de um ponto de vista fixo.[4] | ” |
Nota
- [nota 1] ^ Esse tipo de perspectiva é comumente chamada de cônica, apesar da imprecisão conceitual do termo, pois, segundo a teoria projetiva, retas visuais, que partem de um observador pontual fixo, dirigem-se para todas as direções, fato esse que ultrapassa os limites do cone e mostra que a esfera teria sido uma escolha mais adequada. Por esse motivo prefere-se a nomenclatura perspectiva central.[5]
Referências
- ↑ Hughes, Robert - The Shock of the New, The Mechanical Paradise, 1987, BBC.
- ↑ Witting, F. - Von Kunst und Christentum, Estrasburgo, 1903, vol. 8, p. 25-26.
- ↑ Modesto, Edith Lopes. Olhos de Enxergar. Capítulo 9. São Paulo: Ed. Plêiade.
- ↑ Lessing, Gotthold Ephraim - Schriften, 1753-1755 (6 vols., rev. ed. 1771), Berlim.
- ↑ Mandarino, Denis - Desenho Projetivo e Geometria Descritiva. Capítulo VI. São Paulo: Ed. Plêiade, 1996.
Bibliografia
- Montenegro, Gildo. A perspectiva dos profissionais. Ed. Edgard Blucher: São Paulo, 1990.
- Machado, Ardevan, Perspectiva. Ed. Grêmio Politécnico, São Paulo: 1983.
Ver também
Ligações externas
- Design 24 Horas (2014). «Perspectiva com um ponto de fuga». 22 de julho de 2014. Consultado em 23 de janeiro de 2015