Antíoco I Sóter: diferenças entre revisões

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'''Antíoco I Sóter''' ({{dni|lang=br|||324 a.C.|si}} — {{morte|lang=br|||-261}}) foi um rei selêucida. Começou por governar a região oriental do reino entre 292 e 281 a.C. e entre 281 e 261 a.C. a sua totalidade.
'''Antíoco I Sóter''' ({{dni|||324 a.C.|si}} — {{morte|||-261}}) foi um rei [[Império Selêucida|selêucida]]. Começou por governar a região oriental do reino entre 292 e {{AC|281|n}} e entre 281 e {{AC|261|n}} a sua totalidade.


Era filho do rei [[Seleuco I Nicator]] e de [[Apama (mãe de Antíoco I Sóter)|Apama]], filha de [[Artabazo (século IV a.C.)|Artabazo]].<ref name="strabo.geo.12.8.15">[[Estrabão]], ''Geografia'', Livro XII, Capítulo 8, 15</ref>
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Seu pai, [[Seleuco I Nicator]], foi um general de Alexandre Magno e o fundador da dinastia selêucida. Seu pais se chamavam [[Antíoco (pai de Seleuco I Nicator)|Antíoco]] e [[Laódice (mãe de Seleuco I Nicator)|Laódice]],<ref name="strabo.geo.16.2.4">[[Estrabão]], ''Geografia'', Livro XVI, Capítulo 2, 4</ref> mas sua mãe dizia que Seleuco era filho do deus [[Apolo]].<ref name="justinus.trogus.15.4">[[Juniano Justino]], ''Epítome das Histórias de Pompeius Trogus'', Livro 15, 4 [http://www.ccel.org/ccel/pearse/morefathers/files/justinus_04_books11to20.htm <small><nowiki>[em linha]</nowiki></small>]</ref>
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Em 292 a.C., perante a pressão exercida na parte oriental do reino selêucida por nómadas, Antíoco foi nomeado governante desta região (que correspondia ao território entre o [[Mar Cáspio]] e a [[Índia]]).
Em 292 a.C., perante a pressão exercida na parte oriental do reino selêucida por nómadas, Antíoco foi nomeado governante desta região (que correspondia ao território entre o [[mar Cáspio]] e a [[Índia]]).


Após o assassinato do pai em [[281 a.C.]] por [[Ptolemeu Cerauno]], rei da Macedónia, Antíoco consegue resistir às revoltas internas que rebentaram na Síria e no norte da Ásia Menor. Antíoco fez a paz com o assassino do pai e com o sucessor deste, Antígono II Gónatas (que era também seu cunhado).
Após o assassinato do pai em {{AC|281|n}} por [[Ptolemeu Cerauno]], rei da Macedónia, Antíoco consegue resistir às revoltas internas que rebentaram na Síria e no norte da Ásia Menor. Antíoco fez a paz com o assassino do pai e com o sucessor deste, Antígono&nbsp;II Gónatas (que era também seu cunhado).


Por volta de 275 a.C. Antíoco II derrota os [[Gálatas]], povo nómada que ameaçava com destruições as cidades da [[Iónia]], tendo recebido o nome de "Sóter" ("Salvador"), por ter poupado estas cidades aos Gálatas.
Por volta de 275 a.C. Antíoco&nbsp;II derrota os [[Gálatas]], povo nómada que ameaçava com destruições as cidades da [[Iónia]], tendo recebido o nome de "Sóter" ("Salvador"), por ter poupado estas cidades aos Gálatas.


Ptolemeu II Filadelfo, rei do [[Egipto ptolemaico]], ataca-o sucessivamente. O reino selêucida começa por perder a cidade de [[Mileto]] em 279 a.C.. Três anos depois Antíoco II consegue repelir uma invasão egípcia ao norte da Síria. Contudo, não conseguiu resistir às investidas posteriores e em 273-272 a.C. a [[Fenícia]] e a costa da Ásia Menor passaram a ser controladas pelo Egipto.
Ptolemeu II Filadelfo, rei do [[Egipto ptolemaico]], ataca-o sucessivamente. O reino selêucida começa por perder a cidade de [[Mileto]] em {{AC|279|n}} Três anos depois Antíoco&nbsp;II consegue repelir uma invasão egípcia ao norte da Síria. Contudo, não conseguiu resistir às investidas posteriores e em {{AC|273-272|n}} a [[Fenícia]] e a costa da [[Ásia Menor]] passaram a ser controladas pelo Egito.


Entre 266 e 261 a.C. Antíoco II combate [[Pérgamo]], cujas governantes pretendiam separar-se do reino selêucida. Em 262 a.C. Antíoco foi derrotado por [[Eumenes I]], tendo Pérgamo se afirmado como reino independente.
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Revisão das 03h05min de 6 de fevereiro de 2016

 Nota: "Antíoco I" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Antíoco Teos de Comagena.
Moeda de ouro de Antíoco I

Antíoco I Sóter (324 a.C.261 a.C.) foi um rei selêucida. Começou por governar a região oriental do reino entre 292 e 281 a.C. e entre 281 e 261 a.C. a sua totalidade.

Era filho do rei Seleuco I Nicator e de Apama, filha de [[Artabazo (século IV a.C.)|Artabazo]].[1]

Seu pai, Seleuco I Nicator, foi um general de Alexandre Magno e o fundador da dinastia selêucida. Seu pais se chamavam Antíoco e Laódice,[2] mas sua mãe dizia que Seleuco era filho do deus Apolo.[3]

Em 294 a.C. ou 293 a.C.[carece de fontes?] casou com Estratonice,[4] filha de Demétrio Poliorcetes e Fila,[5] filha de Antípatro.[6] Estratonice tinha sido esposa de Seleuco I Nicator, seu pai, com quem teve um filho,[4] ou, segundo William Smith, uma filha, Fila.[7]

Antíoco I Sóter e Estratonice tiveram três filhos, Antíoco, Estratonice e Apama. Estratonice, filha de Antíoco I, se casou com Demétrio II da Macedônia.[8]

Em 292 a.C., perante a pressão exercida na parte oriental do reino selêucida por nómadas, Antíoco foi nomeado governante desta região (que correspondia ao território entre o mar Cáspio e a Índia).

Após o assassinato do pai em 281 a.C. por Ptolemeu Cerauno, rei da Macedónia, Antíoco consegue resistir às revoltas internas que rebentaram na Síria e no norte da Ásia Menor. Antíoco fez a paz com o assassino do pai e com o sucessor deste, Antígono II Gónatas (que era também seu cunhado).

Por volta de 275 a.C. Antíoco II derrota os Gálatas, povo nómada que ameaçava com destruições as cidades da Iónia, tendo recebido o nome de "Sóter" ("Salvador"), por ter poupado estas cidades aos Gálatas.

Ptolemeu II Filadelfo, rei do Egipto ptolemaico, ataca-o sucessivamente. O reino selêucida começa por perder a cidade de Mileto em 279 a.C. Três anos depois Antíoco II consegue repelir uma invasão egípcia ao norte da Síria. Contudo, não conseguiu resistir às investidas posteriores e em 273−272 a.C. a Fenícia e a costa da Ásia Menor passaram a ser controladas pelo Egito.

Entre 266 e 261 a.C. Antíoco II combate Pérgamo, cujas governantes pretendiam separar-se do reino selêucida. Em 262 a.C. Antíoco foi derrotado por Eumenes I, tendo Pérgamo se afirmado como reino independente.

Antíoco morreu em 261 a.C. a lutar contra os Gálatas,[carece de fontes?] no terceiro ano da 129.ª Olimpíada, tendo sido sucedido pelo seu filho Antíoco II.[9]

Referências

  1. Estrabão, Geografia, Livro XII, Capítulo 8, 15 [fr] [en] [en] [en]
  2. Estrabão, Geografia, Livro XVI, Capítulo 2, 4 [fr] [en] [en] [en]
  3. Juniano Justino, Epítome das Histórias de Pompeius Trogus, Livro 15, 4 [em linha]
  4. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 38.2
  5. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 53.4
  6. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 14.2
  7. William Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology
  8. Eusébio, Crônia, 95, Os reis da Ásia Menor após a morte de Alexandre, o Grande
  9. Eusébio, Crônica, 94, Os reis da Ásia Menor após a morte de Alexandre, o Grande

Bibliografia

Árvore genealógica. Linhas pontilhadas usada para representar a paternidade mitológica de Seleuco, e para representar linhas cruzadas:

Apolo (deus)
Laódice
Antíoco
Espistamenes ou Artabazo
Seleuco I Nicator
Apama
Demétrio Poliorcetes
Fila
Apama
Laódice
Antíoco I Sóter
Estratonice
Fila
Antíoco II
Estratonice
Apama

Precedido por
Seleuco I Nicator
Rei selêucida
Dinastia Selêucida
Sucedido por
Antíoco II