Toxoplasma gondii: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 28: Linha 28:
O Toxoplasma foi isolado, primeiramente em 1908 por Nicolle & Manceaux, de um roedor africano da espécie ''Ctenodactylus gundi'', a qual originou o nome. <ref>{{citar web|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19430635/?ncbi_mmode=std/|título=Toxoplasma gondii: 1908-2008, homage to Nicolle, Manceaux and Splendore. - PubMed - NCBI |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16164008/?|título=Biology and epidemiology of Toxoplasma gondii in man and animals. - PubMed - NCBI |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref>
O Toxoplasma foi isolado, primeiramente em 1908 por Nicolle & Manceaux, de um roedor africano da espécie ''Ctenodactylus gundi'', a qual originou o nome. <ref>{{citar web|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19430635/?ncbi_mmode=std/|título=Toxoplasma gondii: 1908-2008, homage to Nicolle, Manceaux and Splendore. - PubMed - NCBI |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16164008/?|título=Biology and epidemiology of Toxoplasma gondii in man and animals. - PubMed - NCBI |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref>
Na mesma época, em São Paulo, Splendore isolou o mesmo agente de coelhos. <ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0074-02762009000200004|título=Brazilian contribution for a better knowledge on the biology of Toxoplasma gondii - Scielo.br |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://etallcorp.xpg.uol.com.br/toxoplas.htm|título=Toxoplasmose - etallcorp.xpg.uol.com.br |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref>
Na mesma época, em São Paulo, Splendore isolou o mesmo agente de coelhos. <ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0074-02762009000200004|título=Brazilian contribution for a better knowledge on the biology of Toxoplasma gondii - Scielo.br |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://etallcorp.xpg.uol.com.br/toxoplas.htm|título=Toxoplasmose - etallcorp.xpg.uol.com.br |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref>
O ciclo deste parasita só foi totalmente publicado em 1970 por Dubey e colaboradores.
O ciclo deste parasita só foi totalmente publicado em 1970 por Dubey e colaboradores. <ref>{{citar web|url=http://www.jstor.org/stable/3277601?seq=1#page_scan_tab_contents|título=Characterization of the New Fecal Form of Toxoplasma gondii on JSTOR |autor=|data= |publicado= |acessodata=Fevereiro de 2016}}</ref>


==Ciclo de vida==
==Ciclo de vida==

Revisão das 14h10min de 11 de fevereiro de 2016

Como ler uma infocaixa de taxonomiaToxoplasma gondii

Classificação científica
Reino: Chromalveolata
Superfilo: Alveolata
Filo: Apicomplexa
Classe: Conoidasida
Ordem: Eucoccidiorida
Família: Sarcocystidae
Género: Toxoplasma
Espécie: T. gondii
Nome binomial
Toxoplasma gondii
( Nicolle & Manceaux, 1908 )

O Toxoplasma gondii (toxon = arco, plasma = forma, grego) é um protozoário microscópico do filo Apicomplexa, de ciclo de vida facultativamente heterogéneo, tendo os felídeos como hospedeiros definitivos, enquanto que as outras espécies de mamíferos e as aves funcionam como hospedeiros intermediários.[1]. O Toxoplasma gondii é a única espécie conhecida do gênero Toxoplasma.

O T. gondii é o agente causador da toxoplasmose, uma protozoonose de distribuição mundial. É uma doença infecciosa, congênita ou adquirida. Ela causa mudanças comportamentais nos seus hospedeiros, para que os mesmo sejam predados por felinos, os hospedeiros definitivos da espécie T. gondii. Umas das principais é a perca da aversão natural ao cheiro de urina de felinos, por exemplo, pelos ratos e chimpanzés, que tem felinos como principais predadores naturais. Isso também ocorre com seres humanos, que perdem a aversão a urina de gato, por exemplo [2]. As principais espécies que são infectadas pelo T. gondii são as aves e os mamíferos, inclui o Homem e o gato, o principal felino hospedeiro da espécie.[3] Possui três formas infetantes: oocistos, bradizoítos e taquizoítos[3]

É um parasita com importante potencial patogênico em fetos.[3]

Histórico

O Toxoplasma foi isolado, primeiramente em 1908 por Nicolle & Manceaux, de um roedor africano da espécie Ctenodactylus gundi, a qual originou o nome. [4] [5] Na mesma época, em São Paulo, Splendore isolou o mesmo agente de coelhos. [6] [7] O ciclo deste parasita só foi totalmente publicado em 1970 por Dubey e colaboradores. [8]

Ciclo de vida

O ciclo de vida do T. gondii é heteróxeno facultativo (hetero = outros, xenos = estrangeiros) e eurixeno (eurys = largo). Possui reprodução assexuado nos hospedeiros definitivos e intermediários, e sexuada apenas nos felinos, incluindo o gato doméstico.[9]

Os hospedeiros intermediários se infectam através da ingestão de oocistos espulados nos alimentos contaminados. Estes oocistos, uma vez no organismo, invadem o epitélio intestinal entre outras células, desde que sejam mononucleares. Multiplicam-se por reprodução assexuada, formando taquizoitos. Os troquizoitos livres, quando na fase inicial, podem ser transmitidos de forma vertical para os fetos. Os troquizoitos se aderem ao epitélio, não sendo assim arrastado pelas fezes, mas alguns se transformam em cistos, que são formas resistentes inativas, que são eliminados nas fezes. Já nos hospedeiros definitivos, além da forma assexuada, o T. gondii também pode assumir a forma sexuada. Esta fase ocorre no intestino dos felinos. Os felinos se contaminam através da ingestão de animais contaminados por troquizoitos ou bradizoitos. Menos de 50% dos felinos que ingerem traquizoitos eliminam oocistos, e 100% quando ingerem bradizoitos eliminam oocistos nas fezes. Na fase assexuada, o parasita passa por um processo chamado esquizogonia, onde o núcleo do parasita se divide várias vezes formando o esquizonte. Este passa por um outro processo chamado gametogonia, onde esses esquizontes se dividirão em gametas, gerando zigotos (oocistos).

Referências

  1. Ryan KJ, Ray CG (eds) (2004). Sherris Medical Microbiology (em inglês) 4° ed. [S.l.]: McGraw Hill. ISBN 0-8385-8529-9  Verifique data em: |acessodata= (ajuda);
  2. «Parasitas manipulam a mente de chimpanzés para que eles virem comida de leopardo». Superinteressante. 10 de fevereiro de 2016 
  3. a b c «Toxoplasma gondii». Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
  4. «Toxoplasma gondii: 1908-2008, homage to Nicolle, Manceaux and Splendore. - PubMed - NCBI». Consultado em Fevereiro de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. «Biology and epidemiology of Toxoplasma gondii in man and animals. - PubMed - NCBI». Consultado em Fevereiro de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. «Brazilian contribution for a better knowledge on the biology of Toxoplasma gondii - Scielo.br». Consultado em Fevereiro de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. «Toxoplasmose - etallcorp.xpg.uol.com.br». Consultado em Fevereiro de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  8. «Characterization of the New Fecal Form of Toxoplasma gondii on JSTOR». Consultado em Fevereiro de 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. Boothroyd JC (julho de 2009). «Toxoplasma gondii: 25 years and 25 major advances for the field». International Journal for Parasitology (em inglês). 39 (8): 935–46. doi:10.1016/j.ijpara.2009.02.003  Verifique data em: |acessodata= (ajuda);