Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2005: diferenças entre revisões
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# [[Robert Doornbos]] foi terceiro piloto da [[Jordan Grand Prix|Jordan]] em nove das onze primeiras corridas. [[Franck Montagny]] ocupou o lugar no [[Grande Prêmio da Europa de 2005|GP da Europa]]. No [[Grande Prêmio do Canadá de 2005|GP do Canadá]], a Jordan foi proibida de utilizar o terceiro carro, devido as várias trocas de pneus feitas no GP anterior. [[Nicolas Kiesa]] substituiu Doornbos do [[Grande Prêmio da Alemanha de 2005|GP da Alemanha]] em diante. |
Revisão das 23h46min de 28 de agosto de 2016
Fórmula 1 |
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A Temporada de Fórmula 1 de 2005 foi a 56° realizada pela FIA. Teve como campeão o espanhol Fernando Alonso, da Renault, sendo vice-campeão o finlandês Kimi Raikkonen, da McLaren. Ficou marcada como uma temporada mais balanceada quando comparada a do ano anterior, quando a equipe Ferrari teve dominância em grande parte das provas. As equipes Renault e McLaren mostraram consistência em todo o ano enquanto que equipes favoritas da temporada passada como Scuderia Ferrari e BAR tiveram seu desempenho reduzido com novos carros Ferrari F2005 e BAR 007. Contudo, problemas com os motores Mercedes na McLaren MP4-20 renderam abandonos a Kimi Räikkönen fazendo com que Fernando Alonso ganhasse uma leve vantagem de pontos no inicio do campeonato. Contudo, essa vantagem foi reduzida ao longo dos GP's sendo que o campeão foi definido somente no GP do Brasil onde Fernando Alonso obteve o título. Foi a última temporada de Fórmula 1 a permitir a utilização de motores V10, limitados nesse ano à 18000 rpms, sendo que de Predefinição:Anosf1 em diante a configuração permitida seria somente a V8.
Pilotos e construtores
Campeão | Vice-campeão | 3º Lugar |
---|---|---|
Fernando Alonso | Kimi Räikkönen | Michael Schumacher |
Renault | McLaren-Mercedes | Ferrari |
*Todos os motores configurados em 3.0L V10.
Calendário
Resultados
Grandes Prêmios
Pilotos
|
Negrito – Pole position
|
- Em negrito indica pole position e itálico volta mais rápida.
Construtores
|
Negrito – Pole position
|
Pos | Construtor | Chassi | Motor | Pneu | Pontos | Corridas | Vitórias | Pódiums | Poles | M.Voltas |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Renault | R25 | Renault RS25 V10 | M | 191 | 18 | 8 | 18 | 7 | 3 |
2 | McLaren | MP4-20 | Mercedes FO 110R V10 | M | 182 | 18 | 10 | 18 | 7 | 12 |
3 | Ferrari | F2004M | Ferrari 053 V10 | B | 100 | 19 | 1 | 9 | 1 | 3 |
F2005 | Ferrari 055 V10 | |||||||||
4 | Toyota | TF105 | Toyota RVX-05 V10 | M | 88 | 18 | 0 | 5 | 2 | 1 |
TF105B | ||||||||||
5 | Williams | FW27 | BMW P84-5 V10 | M | 66 | 18 | 0 | 4 | 1 | 0 |
6 | BAR | 007 | Honda RA005E V10 | M | 38 | 16 | 0 | 2 | 1 | 0 |
7 | Red Bull | RB1 | Cosworth TJ2005 V10 | M | 34 | 18 | 0 | 0 | 0 | 0 |
8 | Sauber | C24 | Petronas 05A V10 | M | 20 | 18 | 0 | 0 | 0 | 0 |
9 | Jordan | EJ15 | Toyota RVX-05 V10 | B | 12 | 19 | 0 | 1 | 0 | 0 |
EJ15B | ||||||||||
10 | Minardi | PS04B | Cosworth CRL-3 V10 | B | 7 | 19 | 0 | 0 | 0 | 0 |
PS05 | Cosworth TJ2005 V10 |
Regulamento
As regras estabelecidas para a temporada de Fórmula 1 de 2005 foram as seguintes:
- As equipes poderiam trocar o motor apenas depois de disputar dois Grandes Prêmios. Em caso de troca antes da classificação, o piloto perdia dez posições no grid, já se o motor fosse trocado entre a largada e a classificação, o piloto seria colocado no fim do grid;
- O peso total do carro mais o peso do piloto não poderia estar abaixo de 600 quilos. Na classificação, o limite era de no mínimo 605 quilos;
- O carro não poderia exceder 1m e 80cm de largura. O comprimento e a altura do carro estão ligados a parâmetros mais específicos. Por exemplo, a altura do centro da linha da roda traseira poderia ter no máximo 1m e 40cm de largura. A carenagem traseira não poderia ter mais que 1 metro de largura;
- Cada pneu deveria ter quatro sulcos radiais simétricos. A banda de rodagem dos pneus dianteiros não poderia exceder 270 milímetros. Cada carro, não poderia consumir mais do que quatro jogos de pneus para pista seca, quatro para pista molhada e três para pista extremamente molhada em um único fim de semana;
- As rodas dianteiras poderiam ter entre 305 e 355 milímetros de largura, e as traseiras entre 365 e 380 milímetros. Somando com os pneus de pista seca, as rodas não poderiam ultrapassar 660 milímetros de diâmetro, já com os pneus de pista molhada não poderiam passar dos 670 milímetros;
- Uma das novidades para o ano de 2005 era que os pilotos teriam que utilizar o mesmo jogo de pneus para a classificação e a corrida. Era permitida a troca apenas em caso de furo, mas o carro não poderia ser reabastecido na mesma parada;
- Não havia sido imposto limite para o uso do combustível, mas ele deveria seguir as normas de especificação européia definidas em 1º de janeiro de 2000, contendo no máximo 50 partes de sulforeto por milhão.;
- Dez minutos antes do início da prova, somente os pilotos, membros da equipe e comissários tinham permissão para entrar na pista;
- Faltando 60 segundos para a largada, os motores deveriam ser ligados e todos os comissários e membros da equipe deveriam deixar a pista;
- Eram proibidas ajudas eletrônicas como o controle da tração e a suspensão ativa;
- Os pilotos estavam livres para consultar dados eletrônicos, mas ele não poderia realizar nenhuma mudança em seu carro durante a corrida;
- Se as condições do tempo fossem diferentes das que caracterizaram as sessões de classificação, era permitido aos pilotos um treino livre de reconhecimento de 15 minutos, uma hora antes da largada. Se começasse a chover depois do aviso de 5 minutos, mas antes da volta de apresentação, uma placa de largada adiada era mostrada. O novo procedimento, então, teria início dentro de 15 minutos;
- Se o carro de um piloto falhasse durante a corrida e ele necessitasse de qualquer tipo de ajuda para fazer seu carro pegar, ele era automaticamente desclassificado da corrida.
Treinos
Nos treinos livres de sexta-feira, as seis piores equipes da última temporada - McLaren, Sauber, Red Bull, Toyota, Jordan e Minardi - poderiam utilizar um terceiro piloto.
Existia apenas uma sessão de classificação, no sábado, com uma hora de duração, para a definição do grid de largada.
Assim como nos anos anteriores (desde 2003), será em forma de volta lançada com os pilotos entrando separadamente. Os pilotos sairão para a volta lançada na ordem inversa do resultado da corrida anterior.
Boxes e pits
A velocidade máxima na área dos boxes ficará entre 80 km e 120 km, dependendo do circuito. Se o limite de velocidade for ultrapassado, o piloto receberá uma penalidade e deverá cumprir um drive-through (passagem obrigatória pelos boxes).
Os carros não podem trocar os pneus nas corridas, exceto em caso de furo, mas será proibido reabastecer o carro na mesma parada.
- Boxes abertos
A saída dos pits é aberta 30 minutos antes do início da corrida, o que permite aos carros entrar no circuito. Os boxes se fecham 15 minutos depois. Os carros, então, devem ocupar na pista sua posição para o grid. Se um carro não conseguir sair dos boxes, antes do seu fechamento, deverá largar dos pits depois que todos os outros carros passarem.
Corrida
- Duração da corrida
O tempo de corrida será determinado pelas condições da mesma. Pode durar pelo número de voltas (desde que excedido os 305 quilômetros) ou pelo tempo (desde que ultrapasse duas horas), o que acontecer primeiro. A bandeira quadriculada será mostrada ao vencedor na última volta, ou quando se cumprir duas horas de prova.
- Comunicação
Os pilotos e as equipes só podem se comunicar por meio de mensagens afixadas em tabuletas mostradas dos boxes, gestos do piloto e sinais de telemetria do carro para os boxes. As mudanças técnicas nos carros durante a corrida, no entanto, estão proibidas.
- Fim da corrida
Todos os carros devem passar, com os pilotos dentro, pelo processo de pesagem. Os vencedores vão ao pódio e depois dão entrevistas coletivas.
- Classificação
Os carros serão classificados de acordo com o número de voltas dadas. Os carros que completarem o mesmo número de voltas receberão a classificação pela ordem em que cruzarem a linha de chegada.
Se um piloto ficar com um tempo superior ao dobro de tempo da volta rápida do ganhador (na última passagem), esta volta não será considerada no momento de se calcular a distância total percorrida.
Os carros que cumprirem menos de 90% do número de voltas percorridas pelo ganhador, não se classificarão.
Interrupção da corrida
A corrida será suspensa no caso de o circuito ficar bloqueado por um acidente, ou devido a condições de tempo que constituam perigo para a vida dos pilotos. O diretor da prova é quem toma a decisão. As luzes vermelhas serão acesas, juntamente com as bandeiras vermelhas que serão agitadas pelo comissário, paralisando a competição.
Penalizações de tempo
O tempo de penalização para um stop-go (parada obrigatória nos boxes) está fixado em 10 segundos. Se a falta ocorrer durante as cinco últimas voltas, 25 segundos serão adicionados ao tempo do piloto, mas ele não será obrigado a realizar o stop-go.
No entanto, a penalização mais comum nos últimos anos é o drive-through, onde o piloto tem de entrar no pit lane, mas não precisa parar o carro.
Sistema de pontuação
Os critérios de pontuação deste ano seguem os mesmos da temporada anterior (desde 2003), com os oito melhores somando pontos.
Sistema de pontuação | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Posição | 1º | 2º | 3º | 4º | 5º | 6º | 7º | 8º | ||
Pontos | 10 | 8 | 6 | 5 | 4 | 3 | 2 | 1 |
Polêmicas
A guerra dos pneus
Grande Prêmio dos Estados Unidos
Momentos antes do início da corrida, realizada no circuito misto de Indianápolis, a Michelin relata uma falha no lote de pneus que seriam usados por suas equipes durante a corrida. Com isso, as equipes que utilizavam esses pneus retiraram seus carros da pista logo após a volta de apresentação, com o medo de que, durante a corrida, algum acidente sério pudesse acontecer com algum de seus pilotos. Mesmo com essa atitude tomada pelas equipes, elas não foram punidas, ainda que não tivessem iniciado a corrida. Assim, participaram da corrida somente os carros da Ferrari, Jordan e Minardi. E a Minardi marca os seus primeiros pontos na temporada.
Notas
- Anthony Davidson (BAR) substitiu Takuma Sato, que estava doente, no GP da Malásia.
- Pedro de la Rosa (McLaren) disputou o GP do Bahrein em substituição ao lesionado Juan Pablo Montoya; Alexander Wurz foi o terceiro piloto, no lugar dp espanhol. Para o GP de San Marino, De la Rosa e Wurz trocaram as posições.
- Vitantonio Liuzzi e Christian Klien foram contratados pela Red Bull Racing para participar em, pelo menos, três corridas e concordaram em partilhar os seus lugares durante a temporada. Klien pilotou nas três primeiras corridas; Liuzzi o substituiu nos Grandes Prêmios de San Marino, Espanha, Mônaco, e Europa; Klien retornou no GP do Canadá, permanecendo no lugar até o final da temporada.
- Robert Doornbos foi terceiro piloto da Jordan em nove das onze primeiras corridas. Franck Montagny ocupou o lugar no GP da Europa. No GP do Canadá, a Jordan foi proibida de utilizar o terceiro carro, devido as várias trocas de pneus feitas no GP anterior. Nicolas Kiesa substituiu Doornbos do GP da Alemanha em diante.
- Patrick Friesacher foi substituído por Robert Doornbos na Minardi, do GP da Alemanha em diante.
- Chanoch Nissany foi o terceiro piloto da Minardi no GP da Hungria. Aos 41 anos, foi o último piloto acima dos 40 (antes de Michael Schumacher voltar à categoria em 2010 pela equipe Mercedes, também aos 41) e o primeiro israelense a pilotar um carro de F-1.
- Enrico Toccacelo substituiu Chanoch Nissany, como terceiro piloto da Minardi, no GP da Turquia.
- Antônio Pizzonia substituiu Nick Heidfeld na Williams para GP da Itália, após Heidfeld decidir se retirar da corrida, devido a fortes dores de cabeça. No início da semana, ele colidiu fortemente durante uma sessão de testes em Monza. Pizzonia substituiu Heidfeld novamente nos três últimos GPs, depois de Heidfeld sofrer um acidente de moto.
- Após o GP da Hungria, a West deixou de patrocinar a McLaren, devido à lei europeia que impede as escuderias de Fórmula 1 de exibir publicidade de empresas de cigarro. Sem o patrocinador principal que estampava desde a temporada de 1997, o time britânico passa a se chamar Team McLaren Mercedes.[1]
Referências
- ↑ «West deixará de patrocinar a McLaren depois do GP da Hungria». UOL. 27 de julho de 2005