Terceira Guerra Púnica: diferenças entre revisões

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Revisão das 11h57min de 2 de setembro de 2016

Terceira Guerra Púnica
Guerras púnicas
Data 149 a.C.146 a.C.
Local Tunísia (principalmente)
Desfecho Vitória romana
Beligerantes
República Romana República Romana Cartago Cartago
Comandantes
República Romana Cipião Emiliano
República Romana Mânio Manílio Nepos
República Romana Lúcio Márcio Censorino
República Romana Calpúrnio Pisão
Cartago Asdrúbal, o Beotarca
Cartago Himilcão Fâmeas
Cartago Bítias
Cartago Diógenes
Forças
80 000 soldados profissionais 120 000 combatentes
(30 000 soldados profissionais)
Baixas
17 000 mortos 150 000[1] – 250 000[2] mortos
Milhares escravizados

A Terceira Guerra Púnica foi a última das guerras a opor Roma e Cartago (149 a.C. - 146 a.C.) tendo acabado com a derrota e destruição desta última às mãos dos romanos de Cipião Emiliano Africano. Diz a lenda ter sido provocada pela repetida afirmação no senado, por parte de Catão, o Velho, de um dito que se tornou proverbial:

Causas e desenvolvimento da guerra

Embora as duas partes estivessem em paz desde o fim da Segunda Guerra Púnica, Roma não conseguia ficar tranquila com a rival, pois mesmo com todos os embargos e imposições que o tratado de paz fixado entre as duas cidades na última guerra, Cartago, superando todas as adversidades, voltara a prosperar. Mas Roma não podia deixar a velha rival se erguer novamente, portanto usou um ardil muito usado na antiguidade. Como Cartago estava proibida de fazer guerra contra qualquer povo sem o consentimento do senado romano, secretamente mandou seus novos aliados na África, os Numidas, atacarem o território cartaginês.[3]

Durante três anos o senado cartaginês implorou para Roma o direito de defesa, sempre sendo ignorado, claro, pelos romanos, até quando finalmente os cartigeneses resolveram se defender, e estava aí criado o pretexto que Roma precisava para atacar Cartago. Então, no ano 149 a.C. as legiões atacaram e cercaram a cidade de Cartago.

Este sítio durou três anos, e segundo a lenda foi tão duro que as mulheres cartaginesas cortavam os cabelos para fazer corda e seus defensores lutavam dia e noite para defender sua cidade. Em 146 a.C. os romanos finalmente conseguiram adentrar os muros da cidade, e mesmo assim tiveram que lutar ferozmente para vencer a resistência, pois os cartagineses venderam caro cada metro quadrado. Pacientemente os romanos foram tomando casa por casa até entrar na cidadela interna e vencer a última resistência.

Após a guerra

Da poderosa Cartago restou apenas um butim de 50 000 cativos aproximadamente, e uma cidade em escombros. O ódio dos romanos era tão grande pela antiga rival que segundo a lenda, após a queda da cidade, ela foi totalmente destruída e sobre suas edificações o chão teria sido salgado para que nada ali crescesse.

(Embora isso seja altamente improvável devido ao valor do sal na época). A tarefa foi tão bem executada que até hoje os arqueólogos não sabem o local exato da sua localização. A Cartago que aparece nos mapas romanos após as Guerras Púnicas é uma cidade fundada pela própria Roma como uma colônia.

Referências

  1. Dutton, Donald G. (2007). The Psychology of Genocide, Massacres, and Extreme Violence: Why "normal" People Come to Commit Atrocities. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 14. ISBN 9780275990008 
  2. Friedman, Mark (2013). Genocide (Hot Topics). [S.l.]: Raintree. p. 58. ISBN 9781406235081 
  3. MAGNOLI, Demetrio (2009). História das Guerras 1 ed. [S.l.]: Contexto. p. 70 

Ver também

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