Handroanthus albus: diferenças entre revisões

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Tolerante a geadas, ocorre em locais cuja temperatura média anual varia de 14,4°C como mínimo e 22,4°C como máximo.
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Prefere solos úmidos, com drenagem lenta e geralmente não muito ondulados (LONGHI, 1995), terras de boa a média fertilidade, em solos profundos ou rasos, nas matas e raramente [[cerradão|cerradões]] (NOGUEIRA, 1977).
Prefere solos úmidos, com drenagem lenta e geralmente não muito ondulados (LONGHI, 1995), terras de boa a média fertilidade, em solos profundos ou rasos, nas matas e raramente [[cerradão|cerradões]] (NOGUEIRA, 1977).
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É usada no [[paisagismo]] urbano;
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Também é usada para confecção de barris para o envelhecimento de [[Cachaça|cachaças]].
Também é usada para confecção de barris para o envelhecimento de [[cachaça]]s.


=== Produção de mudas ===
=== Produção de mudas ===

Revisão das 21h14min de 5 de setembro de 2016

Como ler uma infocaixa de taxonomiaHandroanthus albus

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Asteridae
Ordem: Lamiales
Família: Bignoniaceae
Género: Handroanthus
Espécie: H. albus
Nome binomial
Handroanthus albus
Sinónimos
  • Tabebuia alba (Cham.) Sandwith
  • Tecoma alba Cham.

Handroanthus albus é uma espécie de árvore do gênero Handroanthus.[1][2]

Popurlamente é chamado no Brasil de ipê-amarelo-da-serra, ipê-ouro, ipê-amarelo, ipê-da-serra, ipê, aipê, ipê-branco, ipê-mamono, ipê-mandioca, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipezeiro, pau-d’arco-amarelo, taipoca.[3]

Características

Altura: cerca de 30 metros.

Tronco reto ou levemente tortuoso, casca externa grossa, cinza-rosa, com fissuras longitudinais esparsas e profundas.

Com ramos grossos, tortuosos e compridos, o ipê-amarelo-da-serra possui copa alongada e alargada na base. As raízes de sustentação e absorção são vigorosas e profundas.

Ipê-amarelo, município de São Miguel do Tocantins, Tocantins Brasil.

As folhas, decíduas, são opostas, compostas digitadas, de face superior verde-escura e face inferior acinzentada, ambas tomentosas na folha jovem, a superior glabra na adulta. Os pecíolos das folhas medem de 2,5 a 10 cm de comprimento. Os folíolos em número de 5 a 7, possuindo de 7 a 18 cm de comprimento por 2 a 6 cm de largura. O ápice destes é pontiagudo, com base arredondada e margem serrada.

Árvore florida.

Inflorescência em panícula terminal, com flores grandes e lanceoladas, são de coloração amarelo-ouro. Possuem em média 8 x 15 cm.

Os frutos são cápsulas bivalvares cilíndrica, secos e deiscentes. Do tipo síliqua, lembram uma vagem. Medem de 15 a 30 cm de comprimento por 1,5 a 2,5 cm de largura. As valvas são finamente tomentosas com pêlos ramificados. Possuem grande quantidade de sementes.

As sementes são membranáceas brilhantes e esbranquiçadas, de coloração marrom. Possuem de 2 a 3 cm de comprimento por 7 a 9 mm de largura e são aladas.

Reprodução

A espécie é caducifólia (decídua) e a queda das folhas coincide com o período de floração. A floração inicia-se no final de julho e vai até setembro, podendo ocorrer alguma variação devido a fenômenos climáticos. Como a espécie floresce no final do inverno é influenciada pela intensidade do mesmo. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada do ipê-amarelo.

A planta é hermafrodita, e frutifica nos meses de outubro e novembro. Em cultivo, a espécie inicia o processo reprodutivo após o terceiro ano.

As flores por sua exuberância, atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são importantes agentes polinizadores. Segundo CARVALHO (2003), a espécie possui como vetor de polinização a abelha mamangava (Bombus morio).

As sementes são dispersas pelo vento (anemocoria).

Ocorrência

Ocorre naturalmente na floresta estacional semidecidual, Floresta de Araucária e no cerrado brasileiros, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás[carece de fontes?] e Serras do Espírito Santo.

Nativa também em parte da Argentina e Paraguai.[4]

Tolerante a geadas, ocorre em locais cuja temperatura média anual varia de 14,4 °C como mínimo e 22,4 °C como máximo.

Prefere solos úmidos, com drenagem lenta e geralmente não muito ondulados (LONGHI, 1995), terras de boa a média fertilidade, em solos profundos ou rasos, nas matas e raramente cerradões (NOGUEIRA, 1977).

Usos

A madeira é usada na construção civil, na forma de tacos e assoalhos, e em marcenaria e carpintaria;

É usada no paisagismo urbano;

Também é usada para confecção de barris para o envelhecimento de cachaças.

Produção de mudas

Os frutos devem ser coletados antes da dispersão, para evitar a perda de sementes. Após a coleta as sementes são postas em ambiente ventilado e a extração é feita manualmente.

Produzem grande quantidade de sementes aladas com pequenas reservas, que perdem a viabilidade em poucos dias após a sua coleta. A sua conservação vem sendo estudada em termos de determinação da condição ideal de armazenamento, e tem demonstrado a importância de se conhecer o comportamento da espécie quando armazenada com diferentes teores de umidade inicial, e a umidade de equilíbrio crítica para a espécie (KANO; MÁRQUEZ & KAGEYAMA, 1978).

As sementes não têm dormência. Podem apenas ser expostas ao sol por cerca de 6 horas, devem ser semeadas diretamente nos saquinhos. A germinação ocorre após trinta dias e é de 80%. As sementes são ortodoxas e há aproximadamente 87000 sementes em cada quilo.

Pragas e Doenças

De acordo com CARVALHO (2003), possui como praga a espécie de coleópteros Cydianerus bohemani da família Curculionoideae e um outro coleóptero da família Chrysomellidae. Apesar da constatação de elevados índices populacionais do primeiro, os danos ocasionados até o momento são leves. Nas praças e ruas de Curitiba - PR, 31% das árvores foram atacadas pela cochonilha Ceroplastes grandis.

ZIDKO (2002), ao estudar no município de Piracicaba a associação de coleópteros em espécies arbóreas, verificou a presença de insetos adultos da espécie Sitophilus linearis da família de coleópteros, Curculionidae, em estruturas reprodutivas. Os insetos adultos da espécie emergiram das vagens do ipê, danificando as sementes desta espécie nativa.

ANDRADE (1928) assinalou diversas espécies de Cerambycidae atacando essências florestais vivas, como ingazeiro, cinamomo, cedro, caixeta, jacarandá, araribá, jatobá, entre outras como o ipê-amarelo.

Árvore símbolo

Embora o Ipê seja considerado árvore símbolo do Brasil, pela Lei nº 6.607 de 7 de Dezembro de 1978 o pau-brasil foi declarado Árvore Nacional.[5] Pelos projetos de lei PL-2293/1974 e PL-882/1975, tentou-se instituir o Ipê como flor nacional do Brasil. Ambos os projetos foram arquivados na Câmara dos Deputados. O projeto de lei PL-3380/1961 visava declarar o pau-brasil e o ipê-amarelo, respectivamente, Árvore e Flor Nacionais, mas este projeto não foi aprovado.[6]

Galeria

Referências

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