Voo espacial tripulado: diferenças entre revisões

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Um '''voo espacial tripulado''' é uma [[exploração espacial]] com um [[astronauta]] e possivelmente passageiros, em contraste com sondas espaciais [[Robô|robóticas]] ou missões espaciais não tripuladas controladas remotamente.
Um '''voo espacial tripulado''' é uma [[exploração espacial]] com um [[astronauta]] e possivelmente passageiros, em contraste com sondas espaciais [[Robô|robóticas]] ou missões espaciais não tripuladas controladas remotamente.


== 1 - O Ambiente e as Missões Espaciais ==
== O Ambiente e as Missões Espaciais ==


No passado, homens de imaginação sonharam com a exploração dos céus. Galileu descobriu o telescópio em 1609, e desde então o homem tem podido aprender muita coisa sobre as estrelas e os planetas pela observação e pala dedução baseada na obervação da natureza dos fenômenos físicos na Terra. Sabemos que a Terra e mais oito planetas giram em torno do Sol. Nosso Sol e seus planetas formam o que se chama de ''sistema solar''. O Sol é apenas uma de cerca de 100 bilhões de estrelas que pertencem a um sistema de astros chamado ''galáxia''. Estima-se atualmente que a nossa Galáxia, ou Via Láctea, tenha cerca de 200 bilhões de estrelas. Nossa Galáxia nada mais é do que uma entre muitas outras que se espalham pelo espaço até onde o homem pode ver com seus mais poderosos telescópios. Nesta vastidão, a Terra nada mais é do que um pedacinho de matéria. No entanto, o homem continua a lutar para saber mais sobre o universo e como foi ele criado. O lançamento de instrumentos ao espaço, dentro de pequenas espaçonaves, tem intensificado grandemente o nosso conhecimento do sistema solar. A exploração da Lua e de alguns planetas mais próximos promete constituir a maior aventura da história.
No passado, homens de imaginação sonharam com a exploração dos céus. Galileu descobriu o telescópio em 1609, e desde então o homem tem podido aprender muita coisa sobre as estrelas e os planetas pela observação e pala dedução baseada na obervação da natureza dos fenômenos físicos na Terra. Sabemos que a Terra e mais oito planetas giram em torno do Sol. Nosso Sol e seus planetas formam o que se chama de ''sistema solar''. O Sol é apenas uma de cerca de 100 bilhões de estrelas que pertencem a um sistema de astros chamado ''galáxia''. Estima-se atualmente que a nossa Galáxia, ou Via Láctea, tenha cerca de 200 bilhões de estrelas. Nossa Galáxia nada mais é do que uma entre muitas outras que se espalham pelo espaço até onde o homem pode ver com seus mais poderosos telescópios. Nesta vastidão, a Terra nada mais é do que um pedacinho de matéria. No entanto, o homem continua a lutar para saber mais sobre o universo e como foi ele criado. O lançamento de instrumentos ao espaço, dentro de pequenas espaçonaves, tem intensificado grandemente o nosso conhecimento do sistema solar. A exploração da Lua e de alguns planetas mais próximos promete constituir a maior aventura da história.
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No entanto, estamos voando no espaço, desenvolvendo princípios de voo que de algum modo nada tem que ver com os que são usados nos aviões.
No entanto, estamos voando no espaço, desenvolvendo princípios de voo que de algum modo nada tem que ver com os que são usados nos aviões.


===1.1 Aprendendo a Voar no Espaço===
===Aprendendo a Voar no Espaço===


Os voos da cápsula americana Mercury e da russa Vostok foram realizados com o objetivo de explorar o conceito de voo no espaço. Desde que esses voos constituíram esforços iniciais, seu objetivo ficou limitado à experiência básica do lançamento da espaçonave e da tripulação numa ''órbita'', onde devia permanecer durante algum tempo, para depois retornar à Terra em segurança. Esses voos foram realizados a baixa altitude, com a espaçonave orbitando a uma altura apenas o suficiente para evitar que se fizesse sentir muito a resistência das camadas superiores da atmosfera. Mantendo mínima a altitude orbital, a quantidade de energia exigida para o lançamento foi também mínima, e o voo tornou-se mais seguro, desde que a dificuldade de realização da manobra de retorno também foi reduzida ao mínimo. A principal significação dessas provas foi a demonstração da praticabilidade do voo espacial tripulado. Forneceram, também, valiosas lições para a construção e operação da espaçonave, proporcionando uma sólida base para o planejamento dos futuros projetos.
Os voos da cápsula americana Mercury e da russa Vostok foram realizados com o objetivo de explorar o conceito de voo no espaço. Desde que esses voos constituíram esforços iniciais, seu objetivo ficou limitado à experiência básica do lançamento da espaçonave e da tripulação numa ''órbita'', onde devia permanecer durante algum tempo, para depois retornar à Terra em segurança. Esses voos foram realizados a baixa altitude, com a espaçonave orbitando a uma altura apenas o suficiente para evitar que se fizesse sentir muito a resistência das camadas superiores da atmosfera. Mantendo mínima a altitude orbital, a quantidade de energia exigida para o lançamento foi também mínima, e o voo tornou-se mais seguro, desde que a dificuldade de realização da manobra de retorno também foi reduzida ao mínimo. A principal significação dessas provas foi a demonstração da praticabilidade do voo espacial tripulado. Forneceram, também, valiosas lições para a construção e operação da espaçonave, proporcionando uma sólida base para o planejamento dos futuros projetos.

Revisão das 04h37min de 26 de setembro de 2016

Edward White em um passeio espacial no Gemini 4.

Um voo espacial tripulado é uma exploração espacial com um astronauta e possivelmente passageiros, em contraste com sondas espaciais robóticas ou missões espaciais não tripuladas controladas remotamente.

O Ambiente e as Missões Espaciais

No passado, homens de imaginação sonharam com a exploração dos céus. Galileu descobriu o telescópio em 1609, e desde então o homem tem podido aprender muita coisa sobre as estrelas e os planetas pela observação e pala dedução baseada na obervação da natureza dos fenômenos físicos na Terra. Sabemos que a Terra e mais oito planetas giram em torno do Sol. Nosso Sol e seus planetas formam o que se chama de sistema solar. O Sol é apenas uma de cerca de 100 bilhões de estrelas que pertencem a um sistema de astros chamado galáxia. Estima-se atualmente que a nossa Galáxia, ou Via Láctea, tenha cerca de 200 bilhões de estrelas. Nossa Galáxia nada mais é do que uma entre muitas outras que se espalham pelo espaço até onde o homem pode ver com seus mais poderosos telescópios. Nesta vastidão, a Terra nada mais é do que um pedacinho de matéria. No entanto, o homem continua a lutar para saber mais sobre o universo e como foi ele criado. O lançamento de instrumentos ao espaço, dentro de pequenas espaçonaves, tem intensificado grandemente o nosso conhecimento do sistema solar. A exploração da Lua e de alguns planetas mais próximos promete constituir a maior aventura da história.

Contudo, a ciência e a tecnologia atuais não poderão produzir uma espaçonave capaz de levar o homem a distâncias maiores do que a dos planetas mais próximos. Além disso, ainda não é possível sequer imaginar os princípios que orientarão o projeto e a construção de uma espaçonave interestelar. Contudo, se considerarmos as modificações ocorridas na tecnologia dos transportes, neste século, não é impossível que o voo às estrelas mais próximas seja viável dentro de algumas décadas. Certamente, quando voaram os primeiros aeroplanos, muita gente poderia ter dito que, segundo os princípios empregados naquelas máquias primitivas, não seria possível o voo espacial.

No entanto, estamos voando no espaço, desenvolvendo princípios de voo que de algum modo nada tem que ver com os que são usados nos aviões.

Aprendendo a Voar no Espaço

Os voos da cápsula americana Mercury e da russa Vostok foram realizados com o objetivo de explorar o conceito de voo no espaço. Desde que esses voos constituíram esforços iniciais, seu objetivo ficou limitado à experiência básica do lançamento da espaçonave e da tripulação numa órbita, onde devia permanecer durante algum tempo, para depois retornar à Terra em segurança. Esses voos foram realizados a baixa altitude, com a espaçonave orbitando a uma altura apenas o suficiente para evitar que se fizesse sentir muito a resistência das camadas superiores da atmosfera. Mantendo mínima a altitude orbital, a quantidade de energia exigida para o lançamento foi também mínima, e o voo tornou-se mais seguro, desde que a dificuldade de realização da manobra de retorno também foi reduzida ao mínimo. A principal significação dessas provas foi a demonstração da praticabilidade do voo espacial tripulado. Forneceram, também, valiosas lições para a construção e operação da espaçonave, proporcionando uma sólida base para o planejamento dos futuros projetos.

O Projeto Mércury, orientado pela Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA), foi realizado com todo o sucesso. O projeto subsequente, destinado a dar continuidade ao programa homem-no-espaço da NASA, chamou-se Gemini.

O Projeto Gemini ampliara nossos conhecimentos e nossa experiência nos voos orbitais. Comparada com a cápsula Mercury, a Gemini é muito mais complicada e capaz de se manter no espaço por um tempo maior. Pode realizar manobras no espaço, e durante o retorno à atmosfera. Com ela, investigaremos as técnicas de encontro de uma espaçonave com outra, e de pouso no solo, depois de terminada a missão espacial. Levando uma tripulação de dois homens, um deles pode deixar a cápsula e flutuar livremente no espaço, protegido por seu escafandro espacial, enquanto o outro continua dirigindo a espaçonave. Pode retornar à cápsula, fazendo tração sobre um cabo que o prende a ela, ou talvez, com o auxílio de um pequeno dispositivo a jato, próprio para as excursões fora da espaçonave. Embora o principal objetivo dessas provas seja investigar em detalhes alguns dos princípios do voo espacial, servirão também como meio de coletar certas observações científicas no espaço.

Ver também

Ligações externas

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