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Conforme informações, que nos causam espanto, da Força Aérea Brasileira e o DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo, em acordo com a ICAO - International Civil Aviation Organization, desde o ano de 2013 foram designadas rotas da aviação civil, incrivelmente sobre nada mais, nada menos, do que a Serra da Cantareira, floresta tombada pela UNESCO, como patrimônio da Humanidade, por ser a última floresta urbana do planeta Terra e portanto, área que deveria ser preservada pelo governo do Brasil.

Essas atordoantes rotas de avião, por não respeitarem as nossas leis do silêncio e leis ambientais, estão impactando no ecossistema dessa floresta e na saúde das pessoas que ali vivem, havendo inclusive processo no Ministério Público Federal do Brasil pela segunda razão (diga-se de passagem em constante processo de postergação).

Incrivelmente, no nosso País, Brasil, tem sido difícil para o contribuinte que mora na Serra da Cantareira, descansar à noite e se restabelecer para trabalhar no dia seguinte, já que sobre esse local, que está a 1200 metros do nível do mar e que fica a 20km do Aeroporto Internacional de Guarulhos, passam em torno de 800 aeronaves 24 horas por dia, 7 dias da semana, despejando fuligem sobre a vegetação e gerando em torno de 75dB no interior de diversas casas mais expostas às emissões diuturnas e ininterruptas de CO2 e ruído dessas rotas de aviões.

Nós, moradores da Serra da Cantareira, localizada na cidade de Mairiporã, estado de São Paulo, Brasil, estamos nos sentindo desamparados pelas nossas autoridades, pelas Organizações Não Governamentais, como Greenpace e SOS Mata Atlântica e pela maior parte da mídia em geral (falada, impressa e televisiva), em plena época que discute sobre a situação alarmante do aquecimento global.

“According to information, which cause us astonishment, the Brazilian Air Force Força Aérea Brasileira and the DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo in accordance with ICAO - International Civil Aviation Organization since the 2013 civil aviation routes have been designated, incredibly about nothing more, nothing less, than the Serra da Cantareira, forest registered by UNESCO as a heritage of humanity, to be the last urban forest of the planet Earth and thus, an area that should be preserved by the government of Brazil.

These stunning routes by plane, do not respect our laws of silence and environmental laws are impacting the ecosystem of this forest and the health of people living there, with even process in the Federal Public Ministry of Brazil for the second reason (say to passage in a constant process of postponement).

Incredibly, in our country, Brazil, has been difficult for the taxpayer who lives in the Serra da Cantareira, rest at night and restore to work the next day, as on this site, which is 1200 meters above sea level and is 20km from Guarulhos International Airport, pass around 800 aircrafts 24 hours a day, 7 days a week, pouring soot on vegetation and generating around 75dB within several more exposed homes to diuturnal uninterrupted CO2 emissions and noise of these routes planes.

We, residents of the Serra da Cantareira, located in the city of Mairiporã, State of São Paulo, Brazil, we are feeling helpless by our authorities, by non-governmental organizations, as greenpace and SOS Atlantic Forest and most of the media in general (spoken , print and television) in full time discussing about the alarming situation of global warming.”
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Revisão das 17h53min de 27 de outubro de 2016

Serra da Cantareira
—  acidente geográfico  —
Serra da Cantareira
Vista da cidade de São Paulo na Serra da Cantareira.
Localização
Mapa
Localização em mapa dinâmico
Continente
Países  Brasil
Localização *São Paulo (Zona Norte)
*Guarulhos
*Mairiporã
*Caieiras

São Paulo
Tipo
Dimensões
Altitude máxima 1.215[1] m
(3 724 pés)

A Serra da Cantareira é uma serra brasileira localizada ao norte da cidade de São Paulo, com 64.800 hectares de área.[2][3] Abrange os municípios de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras, separados pela Serra da Pirucaia.

Sua encosta sul pertence ao Parque Estadual da Cantareira, reserva possuidora de 7.916 hectares - o equivalente a 8 mil campos de futebol. Apresenta também normas rígidas de preservação da mata atlântica nativa, portando poucas trilhas.[4]

Já na face norte, em Mairiporã, encontram-se diversos bairros nobres, condomínios de alto padrão e estradas e trilhas destinadas à pratica de Mountain Bike.[4]

As partes mais altas encontram-se nos distritos de Brasilândia (1208m), Perus (1201m), Tremembé (1190m)[5] e Cabuçu de Cima (1186m)[6] em Guarulhos, todas mais altas que o Pico do Jaraguá, que tem 1134m no primeiro e 1107m no segundo pico.

História

Nos séculos XVI e XVII a região era a rota dos tropeiros, comerciantes que se deslocavam por meio de carretas puxadas por muares e cavalos.[7] Estabeleciam o comércio entre a cidade de São Paulo e outras regiões do país, em especial Minas Gerais e Goiás. Esses armazenavam seus estoques de água em jarros chamados cântaros, colocados em prateleiras chamadas de "cantareira", razão do nome da serra.[7]

Santana, distrito da Zona Norte
paulistana e a Serra ao fundo.

Anos depois grande parte da floresta nativa foi derrubada para o cultivo de café, erva mate e cana de açúcar. O êxodo rural e as imigrações causaram um grande crescimento populacional na cidade de São Paulo.[7] No século XIX a futura metrópole sofreu de graves problemas no abastecimento de água. Por meio de estudos geológicos percebeu-se que a solução do problema viria da utilização do Ribeirão da Pedra Branca, localizado na serra.[7]

Devido à sua proximidade com o reservatório da Consolação, houve a captação de água dessa localidade. Para a construção dessa estação de abastecimento houve a criação da linha férrea do Tramway Cantareira, o Trenzinho da Cantareira, imortalizado na canção de Trem das Onze de Adoniran Barbosa.[8]

Inicialmente era utilizada para locomoção de trabalhadores e materiais de construção e pouco tempo depois de aberta começou também a transportar passageiros para os bairros da periferia da cidade, fator que causou o desenvolvimento e povoamento da Zona Norte.

Ao mesmo tempo o Governo desapropriou diversas propriedades rurais visando recuperar a mata devastada pela agricultura e manter preservados os mananciais de água para garantir das represas Engordador, Barrocada e Cabuçu. Anos depois a natureza se recompôs, voltando ao seu estado original. Iniciado em 1909 o sistema de abastecimento fornecia água para quase 80% da capital.[7]

Em 1963 a região da Serra tornou-se Reserva Florestal, já em 1986 grande parte da mesma transformou-se no Parque Estadual da Cantareira, unidade de preservação. Em 1993 a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, da qual faz parte, foi reconhecida pela UNESCO como parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.[9]

Cultura geral

A serra já foi palco de diversos acidentes aéreos emblemáticos. O primeiro foi em 24 de março de 1938, quando um Junkers Ju 86 chocou-se contra a serra, matando todas as 5 pessoas que estava no avião. Três anos depois, no dia 12 de agosto de 1941, o avião em que estava o engenheiro e político brasileiro, ex-presidente da CBF, o senhor Álvaro Monteiro de Barros Catão se chocou contra a montanha da serra, levando a morte. Já no dia 18 de março de 1977, o avião em que viajava o piloto de F1 José Carlos Pace, um pequeno mono-motor de propriedade do também piloto Marivaldo Fernandes, bateu numa árvore na Serra da Cantareira, município de Mairiporã, após decolar do Campo de Marte no início de uma violenta tempestade, tendo Pace morte imediata.

Em 2 de março de 1996, às 23h16m, um avião Learjet 25D de uma empresa de táxi-aéreo, chocou-se contra uma montanha da serra, matando os integrantes do grupo Mamonas Assassinas, que estavam no avião.

Algumas personalidades brasileiras de diversas áreas de atuação moram ou moraram na região como: Ayrton Senna[10], Gianfrancesco Guarnieri[11], Hilda Hilst, Maria Adelaide Amaral[12], Rita Lee[13], Arnaldo Baptista[14], Renato Teixeira[15], Jayme Monjardim[16], Almir Sater[17], Vanusa, Antônio Marcos, Elis Regina[18], Norma Blum[19], Zé Geraldo[20] e Sérgio Reis.[15]

Natureza e geografia

A Serra abriga 200 espécies de aves, quase o dobro da avifauna da França.[21]
Tucano-de-bico-verde, visto no Parque Estadual da Cantareira.

Possui cobertura vegetal de mata atlântica além de diversidade de fauna e flora, sendo tema de pesquisas e trabalhos acadêmicos.[21] Muitos animais selvagens, característicos da mata são vistos nas proximidades das luxuosas residências, como: macacos, bichos-preguiças, cobras, veados-mateiro, caxinguelês, quatis, jacus, alguns são raros e ameaçados de extinção, como: a onça parda, o gato do mato pequeno, o sagui da serra escuro e a jaguatirica. Segundo Marcio Port Carvalho, pesquisador científico do Instituto Florestal, na Cantareira estão 45% das espécies de médios e grandes mamíferos de todo o estado de São Paulo e 14% do Brasil.[22]

Macuco, visto no Parque Estadual da Cantareira.

Abriga cerca de 200 espécies de aves, dentre elas: o tucano-de-bico-verde e o macuco, além de diversas espécies de árvores, como o jacarandá-paulista, cedro-rosa, ipê e araucárias.[21]

É uma região montanhosa de serras alongadas que apresenta vales, mirantes, pedreiras, represas, lagos artificiais, rios e riachos. Contém mananciais que produzem 33 mil litros de água por segundo[23], além de ser a nascente de diversos córregos como o Cabuçu de Baixo. A vegetação é preservada nas áreas de maior altitude e de proteção ambiental.[21] Suas altitudes variam entre 750 a 1215 metros.[21]

Apresenta o clima Tropical Úmido Serrano da Cantareira – Jaraguá com temperatura média anual de 18,2 °C; aproximadamente de 1 a 2 graus a menos do que a cidade de São Paulo, e precipitação média anual de 1.400mm.[21] É subdividido em dois mesoclimas: (IIA1) os maciços e serras da face meridional da Cantareira e Jaraguá, onde está inserido o Parque da Cantareira, e (IIA2) os maciços e serras da face setentrional da Cantareira e Jaraguá, ocupando os topos voltados para a Bacia do Juqueri.[24]

Maior Floresta Urbana do Mundo

Vista do Pico do Olho d'Água, ponto mais alto da cidade de Mairiporã e ao fundo a Serra da Cantareira e a Zona Norte paulistana.

É popularmente difundida a ideia de que a Serra da Cantareira, com seus 64.800 ha, possui a maior floresta urbana do mundo[25][26][27][28][29][30]. Entretanto, há outras florestas também importantes, como a do Parque Estadual da Pedra Branca (12.500 ha[31]), que apesar de ser menor que a cantareira, sua área florestal não pertence(assim como não compartilha com) a outras cidades da Grande São Paulo como a 'Cantareira' pertence(compartilha), sendo assim o Parque Estadual da Pedra Branca continua sendo a maior floresta urbana do mundo de uma mesma área urbana, ou seja, a própria cidade e município do Rio de Janeiro. Outra causa da redução do parque é o desmatamento provocado pelas invasões de favelas e condomínios no seu entorno por negligência das fronteiras do parque com a área urbana. E também por incêndios tanto causados pela secura da inversão térmica quanto por incêndios criminosos advindo de visitantes que depositam lixo e outros materiais dentro do local, tanto quanto a cadência de balões em épocas festivas que podem destruir centenas de hectares(ha) de mata atlântica dentro do parque podendo comprometer sua estrutura florestal a ponto de dizimá-la em 50 anos a partir do ano corrente de 2011. E o Sanjay Gandhi National Park (10.400 ha[32]), em Mumbai, Índia - ambas de mata nativa. A definição de floresta urbana varia de país para país, motivo que dificulta o estabelecimento de um ranking claro de florestas urbanas, por tamanho.

Atualidade

Localizada a 20 km do marco zero da cidade de São Paulo[1] a Serra é uma atração turística paulista devido aos seus parques, trilhas, cachoeiras e construções históricas. Apresenta também áreas destinadas à realização de eventos, principalmente casamentos.[33]

Ocupação irregular em região periférica de São Paulo, próxima à Serra.

A região é alvo do mercado imobiliário, que desenvolve projetos de alto padrão em virtude da arborização local. Seus principais bairros nobres estão localizados na cidade de Mairiporã,[34] porém no sopé paulistano e suas adjacências há um crescimento desse tipo de loteamento, em especial no distrito do Tremembé, uma das regiões paulistanas que mais se valorizou nos últimos anos.[35]

A Serra sofre atualmente diversos impactos e ameaças como as ocupações irregulares, desmatamentos e despejo ilegal de lixo e entulho.[36] Devido a essas ocupações a região ganha no ano de 2010 o monitoramento por satélite, que mapeia em tempo real os locais em que há suspeita de ocorrência de crimes ambientais. Esse projeto é desenvolvido pela Polícia Ambiental paulistana, sendo completamente digital. Os policiais terão notebooks com todas as informações necessárias para verificar se os locais suspeitos estão regularizados.[37] Para construir uma casa é necessário o licenciamento ambiental que deve ser feito no Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DPRN).

Loteamento encravado na Serra, município de Caieiras.

Além do Parque Estadual da Cantareira terá mais dois novos parques estaduais, equivalentes a área de 35 parques Villa Lobos, que serão destinados à pesquisa e ao ecoturismo.[38]

Há projetos de construção de cinco pequenas usinas hidroeléctricas na Serra e adjacências, fato que atemoriza os prefeitos, ambientalistas e agricultores, devido aos possíveis impactos ambientais. Causando uma mobilização contrária ao projeto da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp).[39] Outras polêmicas foram geradas nos últimos anos, como a construção da sede dos Arautos do Evangelho em um palácio em estilo ítalo-provençal situado em uma área de 96.176 metros quadrados de mata nativa [40] e de um pequeno shopping, localizado a 14 metros de uma área de preservação.[41] Corre sério risco de degradação ambiental, juntamente com o Parque do Horto Florestal, com a construção do Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas. Especula-se que a obra viária pode comprometer o Sistema Cantareira, afetando o abastecimento de água da cidade de São Paulo.[42][43][44]

Ver também

Notas e referências

  1. a b Localização
  2. SP lança plano para proteção da Serra da Cantareira
  3. Administração municipal preocupa-se com o crescimento da mancha urbana na Serra da Cantareira
  4. a b Serra da Cantareira
  5. Carta Topográfica
  6. WebGeo Guarulhos
  7. a b c d e Serra da Cantareira - SP
  8. «Santana, seguindo os trilhos do trem». Prefeitura de São Paulo. Consultado em 19 de agosto de 2009 
  9. Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo
  10. ZNNALINHA - Ayrton Senna e exposições comemorativas
  11. O autor e ator, referência da história teatral brasileira, fala do prazer de retornar aos palcos e da peça que escreve sobre Che Guevara
  12. Maria Adelaide Amaral encontra na Serra da Cantareira um lugar para dedicar-se aos amigos e à escrita
  13. Rita Lee - Aniversário
  14. Mexericos da vizinha
  15. a b Show de Sérgio Reis e Renato Teixeira emociona em BH
  16. Espanhol em Terra Nostra
  17. Almir Sater faz show no Centro de Convenções
  18. Elis Regina - Veja
  19. Norma Blum - Ego
  20. Zé Geraldo
  21. a b c d e f Fauna & Flora
  22. Ambiente Em Foco : Moradores Da Serra Da Cantareira Convivem Com Bichos De Várias Espécies
  23. Serra da Cantareira ganhará novo Parque neste ano
  24. As Unidades Climáticas da cidade de São Paulo
  25. Maior floresta nativa urbana do mundo está a 10 km da Praça da Sé
  26. BDRA-24-Devastação avança pela Cantareira
  27. Desmatamento continua na Serra da Cantareira, em São Paulo
  28. Maior floresta urbana do País brota no meio do cinza paulistano
  29. Mata Atlântica - A maior floresta do Mundo
  30. Jaçanã/Tremembé é a primeira sub a se juntar à Rede de Cooperação da Cantareira
  31. «A maior floresta urbana do mundo». Amigos do Parque (Parque Estadual da Pedra Branca). Consultado em 20 de junho de 2008 
  32. «Mumbai Plan». Department of Relief and Rehabilitation (Government of Maharashtra). Consultado em 29 de abril de 2009 
  33. Faça sua busca:Rede Globo mais uma vez escandaliza a região ao denunciar crime ambiental
  34. Municipios Cantareira-Mairiporã
  35. Um dos bairros paulistanos que mais se valorizaram nos últimos anos, o Tremembé é famoso por ter muitas árvores, clima ameno e ar interiorano
  36. Cantareira sofre com o desmatamento
  37. Serra da Cantareira é monitorada por satélite
  38. "Dois novos parques ampliam proteção da serra da Cantareira" - Folha de S.Paulo
  39. Cantareira deve gerar energia já em 2012
  40. Grupo de religiosos constrói palácio na serra da Cantareira
  41. Shopping na Cantareira: progresso indesejável
  42. Outras Vias
  43. Sobre a criação da zona de preservação - Cinturão Verde de São Paulo
  44. Rodoanel vai fechar ruas de SP
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