Myrtaceae: diferenças entre revisões
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta |
m |
||
Linha 28: | Linha 28: | ||
[[Ficheiro:Eucalypt.jpg|thumb|253px|''[[Eucalyptus]]'' sp.]] |
[[Ficheiro:Eucalypt.jpg|thumb|253px|''[[Eucalyptus]]'' sp.]] |
||
[[File:Pimenta dioica (Allspice) W IMG 2431.jpg|thumb|253px|''[[Pimenta dioica]]''.]] |
[[File:Pimenta dioica (Allspice) W IMG 2431.jpg|thumb|253px|''[[Pimenta dioica]]''.]] |
||
'''''Myrtaceae''''' é uma família [[botânica]] de [[plantas com flor]] ([[Angiosperma|angiopérmicas]]), incluída na ordem [[Myrtales]] do clado das [[Eudicotyledoneae]], que agrupa 132 [[Género (biologia)|géneros]] |
'''''Myrtaceae''''' é uma família [[botânica]] de [[plantas com flor]] ([[Angiosperma|angiopérmicas]]), incluída na ordem [[Myrtales]] do clado das [[Eudicotyledoneae]], que agrupa 132 [[Género (biologia)|géneros]] e mais de 5950 [[espécie]]s.<ref name="Christenhusz-Byng2016">{{cite journal |author1=Christenhusz, M. J. M. |author2=Byng, J. W. | year = 2016 | title = The number of known plants species in the world and its annual increase | journal = Phytotaxa | volume = 261 | pages = 201–217 | url = http://biotaxa.org/Phytotaxa/article/download/phytotaxa.261.3.1/20598 | doi = 10.11646/phytotaxa.261.3.1 | issue = 3 | publisher = Magnolia Press }}</ref><ref>Govaerts, R. et al. (12 additional authors). 2008. World Checklist of Myrtaceae. Royal Botanic Gardens, Kew. xv + 455 pp.</ref> O grupo está dividido em duas subfamílias ([[Myrtoideae]] e [[Psiloxyloideae]]) sendo na sua vasta maioria nativo da [[Austrália]] (cerca de 85 géneros) e do [[Neotropis]], com destaque para o [[Brasil]]. A família inclui múltiplas espécies com valor económico, entre as quais os [[eucalipto]]s (''[[Eucalyptus]]'') e o [[cravo-da-índia]] (''[[Syzygium aromaticum]]''). Muitas das espécies são ricas em [[Óleo essencial|óleos essenciais]] utilizados em perfumaria e farmácia. |
||
==Descrição== |
==Descrição== |
||
A família Myrtaceae, tendo como género-tipo ''[[Myrtus]]'' (o género que inclui a [[murta-comum]]), é uma família de plantas [[dicotiledónea]]s pertencentes à ordem [[Myrtales]]. A família inclui uma grande variedade de plantas cultivadas para fins económicos e ornamentais, entre as quais as [[Myrtus|murtas]], os [[Metrosideros|metrosíderos]], a [[Pimenta racemosa|pimenta]], o [[cravinho-da-índia]], a [[goiaba]], a [[Acca|feijoa]], a [[pimenta-da-jamaica]] e os [[eucalipto]]s. |
|||
A família Myrtaceae possui cerca de 131 géneros, que reúnem mais de 4620 espécies, compreendendo espécies de porte [[Árvore|arbóreo]] ou [[Arbusto|arbustivo]]. Estes indivíduos podem atingir dimensões que variam entre os 2 metros (arbusto) até aos 100 metros de altura (árvore). Um dos géneros mais conhecidas desta família são os [[Eucalyptus|eucaliptos]], introduzidos em Portugal para a produção de papel. |
|||
A família está representada nas [[América|Américas]] principalmente por [[planta fruteira|plantas frutíferas]], entre as quais o [[Jambo|jambo]], a [[Pitanga|pitanga]], a [[uvalha]], a [[goiabeira]], o [[araçá]], a [[Jabuticaba|jaboticaba]] e o [[cambuí]]. |
|||
Um dos géneros mais conhecidas desta família inclui os [[Eucalyptus|eucaliptos]], nativos da [[Austrália]] mas introduzidos em múltiplos países de clima subtropical e temperado quente para a produção de madeira para fabrico de [[papel]]. Actualmente várias espécies deste género, mas especialmente ''[[Eucalyptus globulus]]'', são cultivadas em larga escala nas regiões tropicais (principalmente [[África]] e [[Brasil]]) e mediterrânicas (incluindo a [[Península Ibérica]]) para obtenção de [[madeira]] para prdução de madeira serrada, [[celulose]], papel e [[carvão vegetal]] e [[biomassa]] para fins energéticos. |
|||
⚫ | |||
Todas as espécies desta família são [[lenhosa]]s, compreendendo espécies de porte [[Árvore|arbóreo]] ou [[Arbusto|arbustivo]] e dimensões que variam em geral entre os 2 m de altura (arbustos) até várias dezenas de metros de altura ([[megafanerófito]]s), com tecidos ricos em [[óleo essencial|óleos essenciais]] e [[flor]]es com um número de peças florais múltiplo de 4 ou 5 (flores tetrâmeras ou pentâmeras). Uma característica notável desta família é apresentar o [[floema]] localizado em ambos os lados do [[xilema]], e não apenas no lado exterior como é comum na generalidade das plantas. |
|||
As [[folha]]s são [[planta perene|perenes]], com uma [[filotaxia]] do tipo alternado a maioritariamente opostas, simples e geralmente com a margem inteira (não dentadas). |
|||
A flores tem em geral um número base de 5 [[pétala]]s (com os restantes géneros com número base de 4 pétalas), mas em vários géneros as pétalas são minúsculas ou estão mesmo ausentes. Os [[estame]]s são geralmente numerosos, muito conspícuos, com coloração brilhante. |
|||
<!--------------- |
|||
== Diversity == |
|||
Recent estimates suggest the Myrtaceae include approximately 5950 species in ca 132 genera.<ref name="Christenhusz-Byng2016">{{cite journal |author1=Christenhusz, M. J. M. |author2=Byng, J. W. | year = 2016 | title = The number of known plants species in the world and its annual increase | journal = Phytotaxa | volume = 261 | pages = 201–217 | url = http://biotaxa.org/Phytotaxa/article/download/phytotaxa.261.3.1/20598 | doi = 10.11646/phytotaxa.261.3.1 | issue = 3 | publisher = Magnolia Press }}</ref><ref>Govaerts, R. et al. (12 additional authors). 2008. World Checklist of Myrtaceae. Royal Botanic Gardens, Kew. xv + 455 pp.</ref> The family has a wide distribution in tropical and warm-temperate regions of the world, and are typically common in many of the world's [[biodiversity hotspot]]s. Genera with capsular fruits such as ''[[Eucalyptus]]'', ''[[Corymbia]]'', ''[[Angophora]]'', ''[[Leptospermum]]'', and ''[[Melaleuca]]'' are absent from the Americas, apart from ''[[Metrosideros]]'' in [[Chile]] and [[Argentina]]. Genera with fleshy fruits have their greatest concentrations in eastern [[Australia]] and [[Malesia]] (the [[Australasia ecozone]]) and the [[Neotropic]]s. ''Eucalyptus'' is a dominant, nearly ubiquitous genus in the more mesic parts of Australia and extends north sporadically to the [[Philippines]]. ''[[Eucalyptus regnans]]'' is the tallest flowering plant in the world. Other important Australian genera are ''[[Callistemon]]'' (bottlebrushes), ''[[Syzygium]]'', and ''[[Melaleuca]]'' (paperbarks). Species of the genus ''[[Osbornia]]'', native to Australasia, are [[mangrove]]s. ''[[Eugenia]]'', ''[[Myrcia]]'', and ''[[Calyptranthes]]'' are among the larger genera in the neotropics. |
|||
[[File:Wax apple.png|thumb|300px|''[[Syzygium samarangense]]'', with a cross section of the fruit]] |
|||
Historically, the Myrtaceae were divided into two subfamilies. Subfamily Myrtoideae (about 75 genera) was recognized as having fleshy fruits and opposite, entire leaves. Most genera in this subfamily have one of three easily recognized types of embryos. The genera of Myrtoideae can be very difficult to distinguish in the absence of mature fruits. Myrtoideae are found worldwide in subtropical and tropical regions, with centers of diversity in the Neotropics, northeastern Australia, and Malesia. |
|||
In contrast, subfamily Leptospermoideae (about 80 genera) was recognized as having dry, dehiscent fruits (capsules) and leaves arranged spirally or alternate. The Leptospermoideae are found mostly in Australasia, with a centre of diversity in Australia. Many genera in Western Australia have greatly reduced leaves and flowers typical of more xeric habitats. |
|||
The division of Myrtaceae into Leptospermoideae and Myrtoideae was challenged by a number of authors, including Johnson and Briggs (1984), who identified 14 tribes or clades within Myrtaceae, and found Myrtoideae to be polyphyletic. Molecular studies by several groups of authors, as of 2008, have confirmed the baccate (fleshy) fruits evolved twice from capsular fruits, and as such, the two-subfamily classification does not accurately portray the phylogenetic (= evolutionary) history of the family. Thus, many workers are now using a recent analysis by Wilson et al. (2001) as a starting point to test further analyses of the family. |
|||
The genera ''[[Heteropyxis]]'' and ''[[Psiloxylon]]'' have been separated as separate families by many authors in the past as Heteropyxidaceae and Psiloxylaceae.<ref>Sytsma, Kenneth J. and Amy Litt. 2002. Tropical disjunctions in and among the Myrtaceae clade (Myrtaceae, Heteropyxidaceae, Psiloxylaceae, Vochysiaceae): Gondwanan vicariance or dispersal? (Abstract). Botany 2002 Conference, University of Wisconsin, Madison, Wisconsin, August 4–7, 2002.</ref><ref>[[Lawrence Alexander Sidney Johnson|Johnson, L.A.S.]] and Briggs, B.G. 1984. Myrtales and Myrtaceae – a phylogenetic analysis. ''Annals of the Missouri Botanic Garden'' 71: 700-756.</ref> However, Wilson ''et al.''<ref>Wilson, Peter G., O'Brien, Marcelle M., Gadek, Paul A., and Quinn, Christopher J. 2001. "Myrtaceae Revisited: A Reassessment of Infrafamilial Groups". ''[[American Journal of Botany]]'' 88 (11): 2013–2025. Available [http://www.amjbot.org/cgi/reprint/88/11/2013.pdf online] (pdf file).</ref> included them in Myrtaceae. These two genera are presently believed to be the earliest arising and surviving lineages of Myrtaceae. |
|||
The most recent classification recognizes 17 tribes and two subfamilies, Myrtoideae and Psiloxyloideae, based on a phylogenetic analysis of plastid DNA.<ref>Wilson, P.G., O’Brien, M.M., Heslewood, M.M., Quinn, C.J. 2005. Relationships within Myrtaceae sensu lato based on a matK phylogeny. ''[[Plant Systematics and Evolution]]'' 251: 3–19.</ref> |
|||
Many new species are being described annually from throughout the range of Myrtaceae. Likewise, new genera are being described nearly yearly. |
|||
----------------> |
|||
⚫ | |||
Do gênero ''[[murta-comum|Myrtus]]'' Tonnef, por sua vez, do [[latim]] ''myrtus''; alguns sugerem do [[língua grega|grego]] ''myrtos'' - '''perfume''' - devido ao aroma exalado pelas flores. |
Do gênero ''[[murta-comum|Myrtus]]'' Tonnef, por sua vez, do [[latim]] ''myrtus''; alguns sugerem do [[língua grega|grego]] ''myrtos'' - '''perfume''' - devido ao aroma exalado pelas flores. |
||
== |
=== Morfologia=== |
||
Seu [[floema]] é interno. Geralmente há a presença abundante de [[ritidoma]] no [[caule]]. Observa-se também canais oleíferos na forma de pequenos pontos translúcidos que pode ser observado nas [[folha (botânica)|folhas]], [[flor]]es,[[fruto]]s e [[semente]]. |
Seu [[floema]] é interno. Geralmente há a presença abundante de [[ritidoma]] no [[caule]]. Observa-se também canais oleíferos na forma de pequenos pontos translúcidos que pode ser observado nas [[folha (botânica)|folhas]], [[flor]]es,[[fruto]]s e [[semente]]. |
||
Revisão das 13h25min de 28 de janeiro de 2017
Myrtaceae | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Subfamílias, tribos e géneros | |||||||||||||||||||
Ver texto. | |||||||||||||||||||
Sinónimos[2] | |||||||||||||||||||
|
Myrtaceae é uma família botânica de plantas com flor (angiopérmicas), incluída na ordem Myrtales do clado das Eudicotyledoneae, que agrupa 132 géneros e mais de 5950 espécies.[3][4] O grupo está dividido em duas subfamílias (Myrtoideae e Psiloxyloideae) sendo na sua vasta maioria nativo da Austrália (cerca de 85 géneros) e do Neotropis, com destaque para o Brasil. A família inclui múltiplas espécies com valor económico, entre as quais os eucaliptos (Eucalyptus) e o cravo-da-índia (Syzygium aromaticum). Muitas das espécies são ricas em óleos essenciais utilizados em perfumaria e farmácia.
Descrição
A família Myrtaceae, tendo como género-tipo Myrtus (o género que inclui a murta-comum), é uma família de plantas dicotiledóneas pertencentes à ordem Myrtales. A família inclui uma grande variedade de plantas cultivadas para fins económicos e ornamentais, entre as quais as murtas, os metrosíderos, a pimenta, o cravinho-da-índia, a goiaba, a feijoa, a pimenta-da-jamaica e os eucaliptos.
A família está representada nas Américas principalmente por plantas frutíferas, entre as quais o jambo, a pitanga, a uvalha, a goiabeira, o araçá, a jaboticaba e o cambuí.
Um dos géneros mais conhecidas desta família inclui os eucaliptos, nativos da Austrália mas introduzidos em múltiplos países de clima subtropical e temperado quente para a produção de madeira para fabrico de papel. Actualmente várias espécies deste género, mas especialmente Eucalyptus globulus, são cultivadas em larga escala nas regiões tropicais (principalmente África e Brasil) e mediterrânicas (incluindo a Península Ibérica) para obtenção de madeira para prdução de madeira serrada, celulose, papel e carvão vegetal e biomassa para fins energéticos.
Todas as espécies desta família são lenhosas, compreendendo espécies de porte arbóreo ou arbustivo e dimensões que variam em geral entre os 2 m de altura (arbustos) até várias dezenas de metros de altura (megafanerófitos), com tecidos ricos em óleos essenciais e flores com um número de peças florais múltiplo de 4 ou 5 (flores tetrâmeras ou pentâmeras). Uma característica notável desta família é apresentar o floema localizado em ambos os lados do xilema, e não apenas no lado exterior como é comum na generalidade das plantas.
As folhas são perenes, com uma filotaxia do tipo alternado a maioritariamente opostas, simples e geralmente com a margem inteira (não dentadas).
A flores tem em geral um número base de 5 pétalas (com os restantes géneros com número base de 4 pétalas), mas em vários géneros as pétalas são minúsculas ou estão mesmo ausentes. Os estames são geralmente numerosos, muito conspícuos, com coloração brilhante.
Etimologia
Do gênero Myrtus Tonnef, por sua vez, do latim myrtus; alguns sugerem do grego myrtos - perfume - devido ao aroma exalado pelas flores.
Morfologia
Seu floema é interno. Geralmente há a presença abundante de ritidoma no caule. Observa-se também canais oleíferos na forma de pequenos pontos translúcidos que pode ser observado nas folhas, flores,frutos e semente.
São simples, opostas (alternas na maioria dos gêneros Eucalyptus) de bordo inteiro, peninérvias e geralmente com uma nervura marginal. Há pontos translúcido devido a presença de canais oleíferos. A lâmina foliar dorsiventral, ou bifacial, ou dorsiventral e bifacial (por exemplo, Eucalyptus , Eugenia espécies com as duas folhas verticais isobilateral e folhas dorsiventrais horizontais), ou central. Epiderme mucilaginosa presente ou ausente. Estomas principalmente confinados a uma superfície, ou em ambas as superfícies (comumente, em folhas orientadas marginalmente); Anomocítico (geralmente) ou paranótica. Cabelos presentes; Exclusivamente eglandular; Às vezes ostensivamente multicelular (então 2 câmaras), ou unicelulares (geralmente). Os pêlos unicelulares ramificaram (às vezes tendendo a ser de 2 braços), ou simples. Lamina com cavidades secretoras. Cavidades secretoras contendo óleo. Pequenas veias foliares sem células de transferência de floema (6 gêneros); estípulas diminutas ou ausentes.
Flores solitárias (raramente), ou agregadas em 'inflorescências'; quando agregadas, em cimes, em espigas, em corimbos, e em panículas, ou nas cabeças. São andróginas, actinomórfas, diclamídeas, dialipétalas, raramente com pétalas de tamanho reduzido ou abortadas, polistêmone (atrativo visual), anteras globosas, rimosas e bitecas. Flores cíclicas. Hipanto livre presente (pétalas 'inseridas no cálice') bem desenvolvido. Disco hipógino presente (que alinha o hipanto, quando perigino).Com brácteas involucrais, ou sem brácteas envolventes.
Perianto de cálice distinta e corola; Polisépalas, ou gamosépalas (então às vezes que racham irregularmente em anteses, ou verter inteiro); regular; Imbricado (geralmente quincuncial), ou valvado (ou rachando irregularmente). Corola 45; Polipétalas (as pétalas quase sempre circular quando achatado), ou gamopétalas; Branco, ou amarelo, ou vermelho, ou rosa, ou roxo (não azul).
Androceu 45 (raramente), ou 8-10 (por vezes), ou 20-150. Membros do androceu ramificados ou não; Quando são muitos, o amadurecendo é centrípeto; Livre do perianto; Todos são iguais ou marcadamente desiguais; Livres uns dos outros ou coerentes; Os feixes androeciais quando empacotados, alternando com os membros da corola, ou oposto aos membros da corola. Androeceu exclusivamente de estames férteis, ou inclusive estaminodes (às vezes, quando androceu indefinido).
Estames ereto em broto, ou inflexo em broto (ou dobrado duas vezes), geralmente numerosos, desenvolvidos de dentro para fora da flor, livres a basalmente conados em 4 ou 5 fascículos. Anteras frequentemente providas de conectivo com uma cavidade apical secretora, são dorsifixadas; versátil; abre através das fendas longitudinais, ou através dos poros (raramente); bilocular (principalmente), ou unilocular (por exemplo Corynanthera ); principalmente tetrasporangiada (mas trisporangiada em Corynanthera , e, ocasionalmente, unisporangiada em Malleostemon ); Endotélio que desenvolvem com espessamentos fibrosos. Os grãos de pólen se abrem, colpado (raramente), ou colporado (comumente), porado (às vezes sincolpado), mas geralmente tricolporados, com os sulcos fusionados; celulados (em 6 gêneros).
Gineceu carpeado, sincárpico; inferior (normalmente, mais ou menos), ou parte inferior (em diferentes graus, raramente 'quase superior ").
Ovário geralmente ínfero a semi-ínfero, com placentação axial ou menos frequentemente parietal, com placentas intrusivas (por exemplo Feijoa ). Óvulos 2 a numerosos por lóculo,anátropos a campilótropos. Disco epiginoso presente, ou ausente. Tegumento externo contribuindo ou não para o micrópila. Células antípodas formadas, ou não formadas; Quando formado não proliferante; Muito efêmero. Endosperma formação nuclear.
Do tipo baga, raramente cápsula. O embrião das sementes é muito utilizado para a classificação das Myrtaceae em tribos.Cápsulas septicidas, ou loculicidas, ou denticidas, ou circunscissíveis (tornandose então operculadas por remoção do disco epiginoso). Sementes não-endospérmicas ; voada (por exemplo, em alguns Eucalyptus ), ou sem asas. Embrião com cotilédones pequenos a grandes, às vezes conados, ou ambos dobrados ou retorcidos; endosperma escasso ou ausente.
Tronco, madeira (Anatomia axial)
Câmbio de cortiça presente; Inicialmente profundamente assentado, ou inicialmente superficial. Nodos 'tipicamente' unilacunar. Tecidos vasculares primários em um cilindro, sem feixes separados; muito comumente bicolateral . Floema interno normalmente presente . Espessamento secundário desenvolvido a partir de um anel cambial convencional. Raios medulares primários de largura, ou misturados largos e estreitos. O anel de madeira difusa porosa. Os vasos são pequenos (tipicamente), ou médios (menos frequentemente), ou grandes (raramente); Solitárias ou radialmente emparelhadas, ou em múltiplos radiais, ou agrupados, ou em arcos tangenciais (mas tipicamente exclusivamente solitários). O recipiente terminaparedes simples (geralmente), ou scalariforme. Os vasos com orifícios revestidos; Com espessamento espiral, ou sem espessamento espiral. O xilema axial com traqueídeos, ou sem traqueídeos; Comumente com traqueides vasicentrico; Com traqueídeos de fibras (usualmente), ou sem traqueídeos de fibras; Com fibras libriformes, ou sem fibras libriformes; incluindo fibras septadas, ou sem fibras septadas. As fibras sem espessamento espiral. O parênquima apotraqueal, ou paratraqueal, ou apotraqueal e paratraqueal. O floema secundário estratificados em zonas difíceis (fibrosos) e macios (parenquimatosos) (geralmente), ou não estratificada (eg Darwinia ,Verticordia ).
Tipo reprodutivo, polinização
Plantas hermafrodita (geralmente). Polinização entomófila ou ornitófila; mecanismo visivelmente especializada ( Chamelaucium e alguns parentes, com a apresentação de pólen através de uma parte modificada do estilo), ou não especializado (principalmente).
Sistemática
A família Myrtaceae foi estabelecida em 1789 por Antoine Laurent de Jussieu na sua obra Genera Plantarum, pp. 322–323. O género tipo é Myrtus L.[5] A família Myrtaceae Juss. tem como sinónimos taxonómicos: Heteropyxidaceae Engl. & Gilg nom. cons., Kaniaceae Nakai, Leptospermaceae Bercht. & J.Presl, Myrrhiniaceae Arn. e Psiloxylaceae Croizat.[2]
A posição filogenética tradicional da família Mystaceae no sistema taxonómico é na divisão Magnoliophyta, incluída na classe Magnoliopsida na qual constitui a ordem Myrtales, posição que manteve no sistema APG III de 2009,[6] confirmada no sistema APG IV de 2016.
-
Filogenia da família Myrtaceae.
É uma das famílias mais complexas do ponto de vista taxonómico, tanto pelo número de espécies como pela escassez de estudos de biologia molecular capazes de esclarecer as relações filogenéticas internas e externa do agrupamento. A posição do agrupamento Myrtales dentro dos rosídeos foi considerada instável face aos resultados de uma análise de rbcL de todas as angiospermas.[7] No entanto, esses estudos oferecem algum suporte para considerar a família, na sua presente circunscrição taxonómica como o grupo irmão de todos os outros rosídeos, excepto Geraniales, Vitales e Saxifragales. Contudo, outros estudos sugerem que será um grupo irmão de Geraniales,[8], sendo o agrupamento combinado grupo irmão de todos os outros malvídeos.
Por outro lado, a posição de Combretaceae parece ainda não ser clara, embora existam dados que dão pelo menos algum apoio para uma posição de grupo irmão do agrupamento [ Onagraceae + Lythraceae ]. Alguns aspectos da anatomia (cavidades revestidas), algumas características morfológicas (tipo de folha geral e inserção) e dados moleculares sugerem fortemente que a família Vochysiaceae deve ser incluída em Myrtales, mas à primeira vista as flores espontâneas monossimétricas distintivas dessa família são bastante diferentes das do resto da ordem.[9]
Estrutura taxonómica
A família Myrtaceae foi em 2005 subdividida em duas subfamílias com 17 tribos agrupando de 131 a 138 géneros [2][10][11] com cerca de 4620 espécies:
- Subfamília Psiloxyloideae— contém apenas duas tribos, cada uma delas com um género, totalizando quatro espécies:
- Tribo Heteropyxideae Harv. — contém apenas um género monotípico:
- Heteropyxis Harv.: com três espécies da África do Sul.
- Tribo Psiloxyleae — contém apenas um género monotípico:
- Psiloxylum Thouars ex Tul. — com apenas uma espécie:
- Psiloxylum mauritianum (Bouton ex Hook. f.) Baill. — nativa das ilhas Mascarenhas. É uma árvore dioica ou poligamomonoica.
- Psiloxylum Thouars ex Tul. — com apenas uma espécie:
- Tribo Heteropyxideae Harv. — contém apenas um género monotípico:
- Subfamília Myrtoideae Sweet — contém 15 tribos:
- Tribo Backhousieae Peter G.Wilson — contém apenas dois géneros:
- Backhousia Hook. & Harv. — as cerca de oito espécies que ocorrem em Queensland e New South Wales.
- Choricarpia Domin — com apenas duas espécies que ocorrem em Queensland e New South Wales (Austrália).
- Tribo Chamelaucieae — maioritariamente com flores relativamente pequenas, produzem frutos secos uniloculares. Todas as espécies, com excepção de uma que é polinizada por aves, são polinizadas por insectos.[12] A tribo agrupa cerca de 30 géneros, com centro de diversidade na Austrália:
- Actinodium Schauer — com apenas uma espécie:
- Actinodium cunninghamii Schauer ex Lindl. — ocorre apenas no sudoeste da Western Australia (Austrália).
- Aluta Rye & Trudgen — as cerca de cinco espécies ocorrem na Austrália.
- Astartea DC. — as cerca de 9 espécies, nativas do sudoeste da Austrália.
- Astus Trudgen & Rye — as cerca de quatro espécies são nativas do sudoeste da Austrália.
- Babingtonia Lindl. — as cerca de 75 espécies ocorrem na Nova Caledónia, Bornéu e Austrália (cerca de 70 espécies).
- Baeckea L. — as cerca de 75 espécies são nativas da Ásia, Nova Caledónia e Austrália.
- Balaustion Hook. — com apenas uma espécie:
- Balaustion pulcherrimum Hook. — nativa do sudoeste da Austrália.[12]
- Calytrix Labill. — as cerca de 75 espécies são nativas da Austrália.
- Chamelaucium Desf. — as cerca de 13 espécies são nativas do sudoeste da Austrália.
- Cheyniana Rye — co apenas duas espécies, nativas do sudoeste da Austrália.[12]
- Corynanthera J.W.Green — com apenas uma espécie:
- Corynanthera flava J.W.Green — ocorre apenas em Western Australia.
- Cyathostemon Turcz. — as cerca de quatro espécies ocorrem em Western Australia.[13]
- Darwinia Rudge — as cerca de 51 espécies são nativas da Austrália.
- Enekbatus Trudgen & Rye — as cerca de 10 espécies são nativas do sudoeste da Western Australia.[14]
- Euryomyrtus Schauer — as cerca de sete espécies são nativas da Austrália.
- Harmogia Schauer — com apenas uma espécie:
- Harmogia densifolia (Sm.) Schauer — nativa do leste da Austrália.
- Homalocalyx F.Muell. — as cerca de 11 espécies são nativas da Austrália.
- Homoranthus A.Cunn. ex Schauer — as cerca de 22 espécies são nativas da Austrália.
- Hypocalymma (Endl.) Endl. — contém 22 espécies.
- Malleostemon J.W.Green — as cerca de seis espécies são nativas do sudoeste da Austrália.
- Micromyrtus Benth. — as cerca de 22 espécies são nativas da Austrália.
- Ochrosperma Trudgen — as cerca de cinco espécies que ocorrem em Queensland e New South Wales.
- Oxymyrrhine Schauer— com apenas quatro espécies, nativas do sul da Western Australia.[15]
- Pileanthus Labill. — as cerca de oito espécies ocorrem em Western Australia.
- Rinzia Schauer — as cerca de 12 espécies são nativas do sudoeste da Austrália.
- Scholtzia Schauer — as cerca de 13 espécies são nativas do sudoeste da Austrália.
- Tetrapora Schauer — com um pequeno número de espécies na Austrália.[13]
- Thryptomene Endl. — as cerca de 32 espécies são nativas da Austrália.
- Triplarina Raf. — as cerca de 7 espécies que ocorrem em Queensland e New South Wales.
- Verticordia DC. — as cerca de 100 espécies, nativa da Austrália.
- Actinodium Schauer — com apenas uma espécie:
- Tribo Eucalypteae Peter G.Wilson — contém sete géneros:
- Allosyncarpia S.T.Blake — com apenas uma espécie:
- Allosyncarpia ternata S.T.Blake — ocorre apenas em Northern Territory (Austrália).
- Angophora Cav. — as cerca de 13 espécies são nativas da Austrália.
- Arillastrum Pancher ex Baill. — com apenas uma espécie:
- Arillastrum gummiferum (Brongn. & Gris) Pancher ex Baill. — ocorre apenas na região central e sueste da Nova Caledónia.
- Corymbia K.D.Hill & L.A.S.Johnson — as 95 a 115 espécies ocorrem na Nova Guiné e Austrália.
- Eucalyptopsis C.T.White — com apenas duas espécies, nativas de Maluku e Nova Guiné.
- Eucalyptus L'Hér. — com 620 a 810 espécies, nativas principalmente da Austrália; apenas 16 espécies ocorrem fora da Austrália, ainda assim confinadas à Malésia e Nova Guiné.
- Stockwellia D.J.Carr et al. — com apenas uma espécie:
- Stockwellia quadrifida D.J.Carr, S.G.M.Carr & B.Hyland — ocorre apenas em Queensland.
- Allosyncarpia S.T.Blake — com apenas uma espécie:
- Tribo Kanieae Peter G.Wilson ex Reveal — contém 8 géneros:
- Barongia Peter G.Wilson & B.Hyland — com apenas uma espécie:
- Barongia lophandra Peter G.Wilson & B.Hyland — é um endemismo que ocorre apenas em Queensland (na State Forest Reserve 755, nas áreas florestais de Palmerston, Barong e Brewer), em altitudes entre 50 e 200 m, em florestas tropicais húmidas bem desenvolvidas.[16]
- Basisperma C.T.White — com apenas uma espécie:
- Basisperma lanceolata C.T.White — ocorre apenas em Papua Nova Guiné.
- Kania Schltr. — as cerca de seis espécies são nativas das Filipinas e Nova Guiné.
- Lysicarpus F.Muell. — com apenas uma espécie:
- Lysicarpus angustifolius (Hook.) Druce — ocorre apenas em Queensland.
- Mitrantia Peter G.Wilson & B.Hyland — com apenas uma espécie:
- Mitrantia bilocularis Peter G.Wilson & B.Hyland — ocorre apenas no norte da Queensland.
- Ristantia Peter G.Wilson & J.T.Waterh. — com apenas três espécies, confinadas ao norte e nordeste de Queensland (Austrália).
- Sphaerantia Peter G.Wilson & B.Hyland — com apenas duas espécies, restritas ao norte de Queensland.
- Tristaniopsis Brongn. & Gris — as cerca de 40 espécies são nativas da Austrália, Nova Caledónia, Malésia, Burma e Tailândia.
- Barongia Peter G.Wilson & B.Hyland — com apenas uma espécie:
- Tribo Leptospermeae — contém sete géneros:
- Agonis (DC.) Sweet — as cerca de seis espécies, com distribuição restrita à Western Australia.
- Asteromyrtus Schauer — as cerca de sete espécies são nativas da Nova Guiné e Austrália.
- Homalospermum Schauer — com apenas uma espécie:
- Homalospermum firmum Schauer — nativas do sudoeste da Austrália.
- Kunzea Rchb. (sin.: Tillospermum Salisb., Pentagonaster Klotzsch, Salisia Lindl., Stenospermum Sweet ex Heynh., Angasomyrtus Trudgen & Keighery) — as cerca de 36 espécies ocorrem na Nova Zelândia e Austrália (todas as espécies), entre as quais:
- Kunzea ericoides (A.Rich.) JoyThomps.
- Leptospermum J.R.Forst. & G.Forst. — as cerca de 79 espécies são nativas do Sueste da Ásia, Nova Guiné, Austrália (77 espécies) e Nova Zelândia.
- Neofabricia Joy Thomps.— com apenas três espécies, confinadas ao norte da Queensland.
- Pericalymma (Endl.) Endl. — as cerca de quatro espécies são nativa do sueste da Austrália.
- Tribo Lindsayomyrteae Peter G.Wilson — contém apenas um género monotípico:
- Lindsayomyrtus B.Hyland & Steenis — com apenas uma espécie:
- Lindsayomyrtus racemoides (Greves) Craven — nativa da região que vai das Molucas ao norte de Queensland.
- Lindsayomyrtus B.Hyland & Steenis — com apenas uma espécie:
- Tribo Lophostemoneae Peter G.Wilson — contém 4 géneros:
- Kjellbergiodendron Burret — com apenas uma espécie:
- Kjellbergiodendron celebicum (Koord.) Merr. — ocorre apenas em Sulawesi.
- Lophostemon Schott — as quatro espécies são nativas da Austrália e Nova Guiné.
- Welchiodendron PeterG.Wilson & J.T.Waterh. — com apenas uma espécie:
- Welchiodendron longivalve (F.Muell.) Peter G.Wilson & J.T.Waterh. — ocorre apenas na Nova Guiné e no norte de Queensland.
- Whiteodendron Steenis — com apenas uma espécie:
- Whiteodendron moultonianum (W.W.Sm.) Steenis — ocorre apenas em Bornéu.
- Kjellbergiodendron Burret — com apenas uma espécie:
- Tribo Melaleuceae — contém 7 géneros:
- Beaufortia R.Br. — as cerca de 21 espécies são nativas do sudoeste da Austrália.
- Callistemon R.Br. — as cerca de 30 espécies que ocorrem na Nova Caledónia e Austrália (26 espécies).
- Calothamnus Labill. — as cerca de 43 espécies são nativas do sudoeste da Austrália.
- Eremaea Lindl. — as cerca de 16 espécies são nativas do oeste da Austrália.
- Melaleuca L. — com 220 a 280 espécies, com distribuição natural principalmente na Austrália (215 espécies) e na Nova Guiné, mas ocorrendo também na Malésia e na Nova Caledónia.
- Phymatocarpus F.Muell. — com apenas duas espécies, nativas da Western Australia.
- Regelia Schauer — as cerca de cinco espécies são nativas do sudoeste da Austrália.
- Tribo Metrosidereae Peter G.Wilson — contém dois géneros:
- Metrosideros Banks ex Gaertn. (sin.: Agalmanthus (Endl.) Hombr. & Jacquinot, Ballardia Montrouz., Carpolepis (J.W.Dawson) J.W.Dawson, Mearnsia Merr., Microsideros Baum.-Bod. nom. inval.): com cerca de 55 espécies, originalmente ausente da Austrália, com distribuição natural desde a região do Cabo e da região que vai das ilhas Ogosawara à Malésia e às ilhas do Pacífico. Inclui as espécies neozelandesas Metrosideros umbellata e Metrosideros robusta e a pohutukawa das ilhas Hawaii.
- Tepualia Griseb. — com apenas uma espécie:
- Tepualia stipularis (Hook. & Arn.) Griseb. — nativa do centro e sul do Chile e do sudoeste da Argentina.
- Tribo Myrteae — com frutos carnudos do tipo baga ou drupa (fruto com caroço). A tribo tem o seu centro de diversidade na região neotropical (Neotropis) e também no região sul da Oceânia. A tribo contém cerca de 54 géneros:
- Acca O.Berg — com três a seis espécies, nativas da região que vai do Peru ao Uruguai, entre as quais:
- Acca sellowiana (O.Berg) Burret — a goiaba-do-brasil.
- Acca lanuginosa (Ruiz & Pav. ex G.Don) McVaugh
- Accara Landrum — com apenas uma espécie:
- Accara elegans (DC.) Landrum — endémica do estado de Minas Gerais (Brasil).
- Algrizea Proença & NicLugh. — com apenas duas espécies, endémicas no estado da Bahia (Brasil).
- Amomyrtella Kausel — com apenas duas espécies, nativas da América do Sul.
- Amomyrtus (Burret) D.Legrand & Kausel — com apenas duas espécies, nativas do Chile e sudoeste da Argentina.
- Archirhodomyrtus (Nied.) Burret — com 5 espécies, nativas da Austrália e Nova Caledónia.
- Austromyrtus (Nied.) Burret — com apenas 3 espécies, nativas de Queensland e New South Wales (Austrália).
- Blepharocalyx O.Berg — as cerca de quatro espécies são nativas do Neotropis.
- Calycolpus O.Berg — as cerca de 15 espécies são nativas do Neotropis.
- Calycorectes O.Berg — as cerca de 28 espécies são nativas do México e do Neotropis.
- Calyptranthes Sw. — as cerca de 100 espécies são nativas do Neotropis.
- Calyptrogenia Burret — com cerca de seis espécies, nativas das ilhas Hispaniola e Jamaica.
- Campomanesia Ruiz & Pav. — com cerca de 37 espécies recentemente descritas, com distribuição natural desde Trinidad até às região mais a sul da América tropical. Com uma espécie recentemente extinta:
- Campomanesia lundiana (Kiaersk.) Mattos — um endemismo do estado do Rio de Janeiro (Brasil).
- Chamguava Landrum — com apenas três espécies, nativas do México e da América Central.
- Curitiba Salywon & Landrum — com apenas uma espécie:
- Curitiba prismatica (D.Legrand) Salywon & Landrum — endémica no sul do Brasil.
- Decaspermum J.R.Forst. & G.Forst. — com cerca de 30 espécies, com distribuição natural desde a China à Austrália e às ilhas do Pacífico.
- Eugenia L. (sin.: Catinga Aubl., Greggia Gaertn., Olynthia Lindl., Calophylloides Smeathman ex DC., Jossinia Comm. ex DC., Emurtia Raf., Epleienda Raf., Calomyrtus Blume, Hexachlamys O.Berg, Phyllocalyx O.Berg, Stenocalyx O.Berg, Myrtopsis O.Hoffm., Psidiastrum Bello, Chloromyrtus Pierre, Myrcialeucus Rojas, Pilothecium (Kiaersk.) Kausel, Pseudeugenia D.Legrand & Mattos, Monimiastrum J.Guého & A.J.Scott) — com 500 a 1000 espécies, com distribuição natural alargada, mas com maior diversidade no Neotropis.
- Gossia N.Snow et al. — as cerca de 35 espécies tem distribuição natural da Malésia à Nova Caledónia, Fiji e Austrália (16 espécies).
- Hottea Urb. — as cerca de 9 espécies são endémicas da Hispaniola e do leste de Cuba.
- Kanakomyrtus N.Snow — as cerca de seis espécies ocorrem apenas na Nova Caledónia.
- Legrandia Kausel — com apenas uma espécie:
- Legrandia concinna (Phil.) Kausel — ocorre apenas na região central do Chile.
- Lenwebbia N.Snow et al. — com apenas duas espécies que ocorrem em Queensland e New South Wales.
- Lithomyrtus F.Muell. — as cerca de 11 espécies são nativas da Austrália.
- Lophomyrtus Burret— com apenas três espécies que ocorrem na Nova Zelândia.
- Luma A.Gray — com apenas duas espécies, nativas do Chile e Argentina:
- Luma apiculata (DC.) Burret
- Luma chequen F.Phil.
- Marlierea Cambess. — as cerca de 90 espécies são nativas do Neotropis.
- Meteoromyrtus Gamble — com apenas uma espécie:
- Meteoromyrtus wynaadensis (Bedd.) Gamble — nativa do sudoeste da Índia.
- Mitranthes O.Berg — as cerca de 7 espécies ocorrem apenas na Jamaica e Cuba.
- Mosiera Small — as cerca de 12 espécies são nativas do Neotropis.
- Myrceugenia O.Berg — as cerca de 46 espécies são nativas da América do Sul.
- Myrcia DC. (sin.: Aguava Raf., Cumetea Raf., Aulomyrcia O.Berg, Calyptromyrcia O.Berg, Cerqueiria O.Berg, Gomidesia O.Berg, Calycampe O.Berg, Mozartia Urb.) — as cerca de 400 espécies são nativas da região que vai do México às regiões tropicais da América do Sul. Estão extintas as seguintes espécies:
- Myrcia neocambessedeana Lucas & Sobral (basiónimo: Gomidesia cambessedeana O.Berg) — extinta no Brasil (Rio de Janeiro).
- Myrcia skeldingii Proctor — uma espécie considerada extinta, nativa da Jamaica.
- Myrcianthes O.Berg — as cerca de 50 espécies, com distribuição natural desde o sul da Flórida até às regiões tropicais da América do Sul.
- Myrciaria O.Berg — as cerca de 50 espécies são nativas do Neotropis, entre as quais:
- Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh — o camu-camu
- Myrciaria cauliflora (Mart.) O.Berg — a jaboticaba
- Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.Berg.
- Myrrhinium Schott — com apenas uma espécie:
- Myrrhinium atropurpureum Schott — nativa da América do Sul.
- Myrtastrum Burret — com apenas uma espécie:
- Myrtastrum rufopunctatum (Pancher ex Brongn. & Gris) Burret — ocorre apenas em Nova Caledónia.
- Myrtella F.Muell. — com apenas duas espécies, nativas das ilhas do Pacífico.
- Myrteola O.Berg — com apenas três espécies, nativas da América do Sul.
- Myrtus — contém apenas duas espécies:
- Myrtus communis L. — com duas subespécies na Macaronésia, na Europa do Sul e no Paquistão.
- Myrtus nivelii Batt. & Trab. — nativas da Norte de África.
- Neomitranthes D.Legrand — as cerca de 15 espécies são nativas do Brasil.
- Neomyrtus Burret — com apenas uma espécie:
- Neomyrtus pedunculata (Hook.f.) Allan — nativas da Nova Zelândia.
- Octamyrtus Diels — as cerca de seis espécies nativas da Nova Guiné e das Molucas.
- Pilidiostigma Burret — as cerca de cinco espécies que ocorrem em Queensland e New South Wales.
- Pimenta Lindl. — com cerca de 15 espécies nativas do Neotropis, principalmente das Grandes Antilhas.
- Plinia L. — as cerca de 68 espécies são nativas do Neotropis.
- Pseudanamomis Kausel — com apenas uma espécie:
- Pseudanamomis umbellulifera (Kunth) Kausel — nativas das Caraíbas a do norte da América do Sul.
- Guaven (Psidium L.) — as cerca de 100 a 150 espécies são nativas do Neotropis, entre as quais:
- ‘’Psidium guajava L., a goiabeira
- Rhodamnia Jack — as cerca de 20 a 28 espécies nativas das regiões tropicais da Ásia, Austrália (13 espécies) e Nova Caledónia.
- Rhodomyrtus (DC.) Rchb. — as cerca de 11 espécies são nativas da região que vai do sul da China até à Nova Caledónia e Austrália.
- Siphoneugena O.Berg — as cerca de 11 espécies são nativas do Neotropis.
- Stereocaryum Burret — com apenas três espécies ocorrem apenas na Nova Caledónia.
- Ugni Turcz. — as cerca de quatro espécies são nativas do Neotropis.
- Uromyrtus Burret — as cerca de 15 espécies são maioritariamente nativas da região entre a Nova Guiné e a Nova Caledónia, mas com quatro espécies que ocorrem na Austrália.
- Acca O.Berg — com três a seis espécies, nativas da região que vai do Peru ao Uruguai, entre as quais:
- Tribo Osbornieae Peter G.Wilson — contém apenas um género:
- Osbornia F.Muell. — com apenas uma espécie:
- Osbornia octodonta F.Muell. — esta árvore dos mangais tem distribuição natural nas Filipinas e no norte da Austrália.
- Osbornia F.Muell. — com apenas uma espécie:
- Tribo Syncarpieae Peter G.Wilson — contém apenas um género:
- Tribo Syzygieae Peter G.Wilson — contém apenas três géneros:
- Piliocalyx Brongn. & Gris — as cerca de oito espécies ocorrem apenas na Nova Caledónia.
- Syzygium — as 500 a 1000 espécies ocorrem nas regiões tropicais e subtropicais da África, Ásia, Austrália e das ilhas do Pacífico.
- Waterhousea B.Hyland — com apenas quatro espécies que ocorrem em Queensland e New South Wales.
- Tribo Tristanieae Peter G.Wilson — contém apenas três géneros:
- Thaleropia Peter G.Wilson — com apenas três espécies que ocorrem na Nova Guiné e Austrália.
- Tristania — com apenas uma espécie:
- Tristania neriifolia (Sims) R.Br. — ocorre apenas em New South Wales.
- Xanthomyrtus Diels — as cerca de 23 espécies ocorrem na Malésia e Nova Caledónia.
- Tribo Xanthostemoneae Peter G.Wilson — contém apenas três géneros:
- Pleurocalyptus Brongn. & Gris — com duas espécies nativas da Nova Caledónia.
- Purpureostemon Gugerli — com apenas uma espécie:
- Purpureostemon ciliatus (J.R.Forst. & G.Forst.) Gugerli — ocorre apenas no noroeste e centro da Nova Caledónia.
- Xanthostemon F.Muell. — das cerca de 45 espécies, 14 ocorrem na Austrália e 19 na Nova Caledónia.
- Tribo Backhousieae Peter G.Wilson — contém apenas dois géneros:
Gêneros
A família Myrtaceae inclui os seguintes gêneros:
- Abbevillea
- Acca
- Accara
- Acmena
- Actinodium
- Acmenosperma
- Actinodium
- Agonis
- Algrizea
- Allosyncarpia
- Aluta
- Amomis
- Amomyrtella
- Amomyrtus
- Angasomyrtus
- Angophora
- Archirhodomyrtus
- Arillastrum
- Astartea
- Asteromyrtus
- Astus
- Aulomyrcia
- Austromyrtus
- Babingtonia
- Backhousia
- Baeckea
- Balaustion
- Barongia
- Basisperma
- Beaufortia
- Blepharocalyx
- Britoa
- Callistemon
- Calothamnus
- Calycolpus
- Calycorectes
- Calyptranthes
- Calyptrogenia
- Calythropsis
- Calytrix
- Campomanesia
- Caryophyllus
- Catinga
- Chamelaucium
- Chamguava
- Cheyniana
- Choricarpia
- [[Chytraculia
- Cloezia
- Cluacena
- Conothamnus
- Corymbia
- Corynanthera
- Curitiba
- Cyathostemon
- Darwinia
- Decaspermum
- Enekbatus
- Eremaea
- Eucalyptopsis
- Eucalyptus
- Eugenia
- Eugeniopsis
- Euryomyrtus
- Fabricia
- Gomidesia
- Gossia
- Guaiava
- Guajava
- Guapurium
- Harmogia
- Heteropyxis
- Hexachlamys
- Homalocalyx
- Homalospermum
- Homoranthus
- Hottea
- Hypocalymma
- Jambosa
- Jossinia
- Kanakomyrtus
- Kania
- Kardomia
- Kjellbergiodendron
- Kunzea
- × Kunzspermum
- Lamarchea
- Lamarkea
- Legrandia
- Lencymmoea
- Lenwebbia
- Leptospermum
- Lindsayomyrtus
- Lithomyrtus
- Lophomyrtus
- Lophostemon
- Luma
- Lysicarpus
- Malleostemon
- Manglesia
- Marlierea
- Meladendron
- Melaleuca
- Meteoromyrtus
- Metrosideros
- Micromyrtus
- Mitranthes
- Mitrantia
- Monimiastrum
- Mosiera
- Myrceugenia
- Myrcia
- Myrcialeucus
- Myrcianthes
- Myrciaria
- Myrrhinium
- Myrtastrum
- Myrtekmania
- Myrtella
- Myrteola
- Myrtus
- Neofabricia
- Neomitranthes
- Neomyrtus
- Ochrosperma
- Octamyrtus
- Opa
- Orthostemon
- Osbornia
- Oxymyrrhine
- Paramitranthes
- Pericalymma
- Petraeomyrtus
- Phyllocalyx
- Phymatocarpus
- Pileanthus
- Pilidiostigma
- Piliocalyx
- Pimenta
- Pimentus
- Pleurocalyptus
- Plinia
- Pseudanamomis
- Pseudeugenia
- Pseudocaryophyllus
- Pseudomyrcianthes
- Psidium
- Psiloxylon
- Purpureostemon
- Regelia
- Rhodamnia
- Rhodomyrtus
- Rinzia
- Ristantia
- Sannantha
- Schizocalomyrtus
- Scholtzia
- Seorsus
- Sinoga
- Siphoneugena
- Sphaerantia
- Stenostegia
- Stereocaryum
- Stockwellia
- Syncarpia
- Syzygium
- Taxandria
- Tepualia
- Thaleropia
- Thryptomene
- Triplarina
- Tristania
- Tristaniopsis
- Ugni
- Uromyrtus
- Verticordia
- Waterhousea
- Welchiodendron
- Whiteodendron
- Xanthomyrtus
- Xanthostemon
Ocorrência no Brasil
Myrtaceae constitui uma das mais importantes famílias de Angiospermas no Brasil, concentrada em uma única tribo, Myrteae e três subtribos Myrciinae, Eugeniinae e Myrtinae. É considerada uma das famílias mais bem representadas no Brasil, com distribuição de suas espécies em todos os biomas. São distribuídas por todos os continentes, à exceção da Antártica, porém com predominância nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. As mirtáceas têm sido organizadas tradicionalmente em duas subfamílias, Leptospermoideae e Myrtoideae, esta última incluindo todas as mirtáceas americanas, exceto o gênero monotípico Tepualia. Atualmente, a nova classificação infra-família proposta por Wilson et al. (2005) reconhece duas subfamílias, Myrtoideae e Psiloxyloideae, e 17 tribos. Todas as mirtáceas brasileiras estão incluídas na Tribo Myrteae. Representada por aproximadamente 1.000 espécies, Myrtaceae é uma das famílias mais importantes do Brasil destacando-se, com mais de uma centena de espécies, os gêneros Eugenia, Myrcia e Calyptranthes, enquanto o restante dos gêneros possui menos de 60 espécies. Myrtaceae é uma das famílias lenhosas dominantes em várias formações vegetais brasileiras, especialmente na floresta atlântica onde mais de 50 espécies podem ocorrer sintopicamente. Destaca-se, com mais de uma centena de espécies, os gêneros Eugenia, Myrcia e Calyptranthes, enquanto o restante dos gêneros possui menos de 60 espécies.[17] Myrtaceae é uma das famílias lenhosas dominantes em várias formações vegetais brasileiras, especialmente na floresta atlântica onde mais de 50 espécies podem ocorrer sintopicamente. Goiás inclui 20 gêneros e 202 espécies, sendo 9 gêneros de ocorrência na região sudoeste do estado[18] e 64 espécimes foram registrados no Maranhão.[19]
Referências
- ↑ Angiosperm Phylogeny Group (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III» (PDF). Botanical Journal of the Linnean Society. 161 (2): 105–121. doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00996.x. Consultado em 26 de junho de 2013
- ↑ a b c «Myrtaceae». Agricultural Research Service (ARS), United States Department of Agriculture (USDA). Germplasm Resources Information Network (GRIN)
- ↑ Christenhusz, M. J. M.; Byng, J. W. (2016). «The number of known plants species in the world and its annual increase». Magnolia Press. Phytotaxa. 261 (3): 201–217. doi:10.11646/phytotaxa.261.3.1
- ↑ Govaerts, R. et al. (12 additional authors). 2008. World Checklist of Myrtaceae. Royal Botanic Gardens, Kew. xv + 455 pp.
- ↑ «Myrtaceae». Tropicos. Missouri Botanical Garden. 42000198
- ↑ «Angiosperm Phylogeny Website». Angiosperm Phylogeny Website, version 13 (em inglês). Consultado em 22 de janeiro de 2017
- ↑ Hilu et al., 2003.
- ↑ Wang et al. (2009).
- ↑ «Myrtales». Missouri Botanical Garden. Consultado em Visitado em 20 de Janeiro de 2017 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ Gattungsnamen in Suchmaske bei World Checklist of Selected Plant Families von Kew eingeben. (letzte Änderungen nach R. Govaerts, N. Sobral, P. Ashton, F. Barrie, B. K. Holst, L. L. Landrum, K. Matsumoto, F. Fernanda Mazine, E. Nic Lughadha, C. Proença et al.: World Checklist of Myrtaceae, Kew Publishing, Royal Botanic Gardens, Kew, 2008, S. 1–455.) letzter Zugriff am 29. September 2013
- ↑ Barbara L. Rye: An interim key to the Western Australian tribes and genera of Myrtaceae. In: Nuytsia. Bd. 19, 2009, Nr. 2, S. 313–323: PDF.
- ↑ a b c Barbara L. Rye: A reduced circumscription of Balaustion and description of the new genus Cheyniana (Myrtaceae: Chamelaucieae). In: Nuytsia. Bd. 19, Nr. 1, 2009, S. 129–148: PDF.
- ↑ a b Barbara L. Rye, Malcolm E. Trudgen: Seven new combinations for Western Australian members of Myrtaceae tribe Chamelaucieae. In: Nuytsia. Bd. 22, Nr. 6, 2012, S. 393–398: PDF.
- ↑ Malcolm E. Trudgen, Barbara L. Rye: Enekbatus, a new Western Australian genus of Myrtaceae with a multi-locular indehiscent fruit. In: Nuytsia. Bd. 20, 2010, S. 229–259: PDF.
- ↑ Barbara L. Rye: Reinstatement of the Western Australian genus Oxymyrrhine (Myrtaceae: Chamelaucieae) with three new species. In: Nuytsia. Bd. 19, Nr. 1, 2009, S. 149–165: PDF.
- ↑ Barongia lophandra - Datenblatt bei Australian Tropical Rainforest Plants, Edition 6.
- ↑ «Polinização e dispersão de sementes em Myrtaceae do Brasil». Scielo. Consultado em 23 de janeiro de 2017
- ↑ «A FAMÍLIA MYRTACEAE NO BRASIL» (PDF). Consultado em 23 de janeiro de 2017
- ↑ Morais, Larissa Maria Fernandes. «FAMÍLIA MYRTACEAE: ANÁLISE MORFOLÓGICA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE UMA COLEÇÃO BOTÂNICA» (PDF)
Erro de citação: Elemento <ref>
definido em <references>
não tem um atributo de nome.