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'''''Pimenta racemosa''''' é uma espécie arbórea de [[plantas com flor]] da família [[Myrtaceae]], oriunda das [[Antilhas]] e [[Guiana]], de cujas [[folha]]s são obtidos as [[baga]]s e os [[óleos essenciais]], fortemente aromáticos, comercializados comercializados sob o nome de ''pimenta-racemosa'', ''pimenta-coroada'' ou ''bay-rum''.
'''''Pimenta racemosa''''' é uma espécie arbórea de [[plantas com flor]] da família [[Myrtaceae]], oriunda das [[Antilhas]] e [[Guiana]], de cujas [[folha]]s são obtidos as [[baga]]s e os [[óleos essenciais]], fortemente aromáticos, comercializados comercializados sob o nome de ''pimenta-racemosa'', ''pimenta-coroada'' ou ''bay-rum''.
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== Descrição==
== Descrição==
A espécie ''Pimenta racemosa'' é uma árvore de 4-12&nbsp;m de altura, de tronco recto e copa frondosa. São árvores de crescimento lento, raízes profundas e vida bastante longa.<ref name = HEAR>[http://www.hear.org/pier/species/pimenta_racemosa.htm ''Pimenta racemosa'' en PIER- Pacific Island Ecosystems at Risk]''pro parte''</ref>
Es un árbol de 4-12 m de altura, de tronco recto y copa frondosa de hojas con [[pecíolo]]s de 3-10 mm de largo y limbo entero, obovado, oblanceolado o elíptico de (1,5)4-10(12,5) cm de largo y 2,5-6 cm de ancho, coriáceo, basalmente agudo, finamente reticulado y veteado, de color verde bastante oscuro, brillante por la haz, sin brillo y pálido por el envés que esta finamente puntuado de glándulas de las cuales emanan su olor aromático. Las [[inflorescencia]]s se presentan en [[cima]]s [[pedúnculo|pedunculadas]] de [[flor]]es de unos 10 mm, con [[cáliz]] de 5 [[sépalo]]s basalmente soldados e igual número de [[pétalo]]s blancos, de [[Ovario (botánica)|ovario]] ínfero con un solo [[Estilo (botánica)|estilo]] y numerosos [[estambre]]s. El fruto es una [[baya]] —en su sentido amplío, pues estrictamente hablando es una [[baya|pseudobaya]] ya que deriva de un ovario ínfero— globular de 7-12 mm de diámetro, de superficie finamente granulada de color pardo oscuro en la madurez, y con restos del estilo y del cáliz (en forma de corona —de allí uno de sus nombres vernaculares en [[Idioma francés|Francés]], "piment couronné", pimienta coronada— en el ápice. Encierra 1-2 [[semilla]]s arrugadas de forma ovoide-arriñonada. Es un árbol de crecimiento lento, raíces profundas y vida bastante larga.<ref name = HEAR>[http://www.hear.org/pier/species/pimenta_racemosa.htm ''Pimenta racemosa'' en PIER- Pacific Island Ecosystems at Risk]''pro parte''</ref>


As [[folha]]s apresentam [[pecíolo]]s de 3-10&nbsp;mm de largura e [[Limbo (botânica)|limbo]] inteiro, obovado, oblanceolado ou elíptico de (1,5)4-10(12,5)&nbsp;cm de comprimento e 2,5-6&nbsp;cm de largura, coreáceo, basalmente agudo, finamente reticulado e marmoreado, de coloração verde bastante escura, brilhante na face superior, sem brilho e pálido na face inferior. As folhas apresentam-se finamente pontuadas de [[glândula]]s das quais emana o odor aromático característico da espécie.
== Distribución ==

Es planta nativa de las [[Antillas]] (Entre otras islas: [[Anguila (isla)]], [[Antigua y Barbuda]], [[Barbados]], [[Cuba]], [[Dominica]], [[Granada]], [[Guadalupe]], [[Española|Haiti]], [[Martinica]], [[Montserrat]], [[Puerto Rico]], [[Trinidad y Tobago]], [[Tórtola]], [[islas Vírgenes]]).<ref>[http://www.ars-grin.gov/cgi-bin/npgs/html/taxon.pl?28393#dist ''Pimenta racemosa'' en USDA-GRIN Taxonomy for Plants]</ref> También cultivada en otras países, en particular de [[Oceanía]] ([[Tonga]], [[Hawái]], [[Nueva Caledonia]], [[Fiji]], [[Polinesia Francesa]], [[Guam]], [[islas Cook]],...), donde, en unas de estas islas, incluso se ha vuelto invasiva (Tonga, Fiji, islas Cook).<ref name = HEAR/>
As flores ocorrem em [[inflorescência]]s do tipo [[cime]], [[pedúnculo|pedunculadas]], com [[flor]]es de cerca de 10 mm de diâmetro, com [[cálice (botânica)|cálice]] de 5 [[sépala]]s basalmente soldadas e igual número de [[pétala]]s brancas, de [[Ovário (botânica)|ovário]] ínfero, com um único [[Estilo (botânica)|estilo]] e numerosos [[estame]]s.
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O [[fruto]] é uma [[baga]], em sentido alargado, pois estritamente é uma [[pseudobaga]] pois deriva de um ovário ínfero— globular de 7-12 mm de diâmetro, de superfície finamente granulada, de coloração castanho-escuro a acinzentada na maturidade, com restos do estilo e do cálice no ápice (em forma de coroa, daí um dos nomes pelo qual as bagas são conhecidas: ''pimenta-coroada''). Encerra 1-2 [[semente]]s, de cutícula enrrugada e forma ovoide-renal.<ref name = HEAR/>

A espécie tem [[distribuição natural]] nas [[Antilhas]]<ref>[http://www.ars-grin.gov/cgi-bin/npgs/html/taxon.pl?28393#dist ''Pimenta racemosa'' en USDA-GRIN Taxonomy for Plants]</ref> e na [[Guiana]]. É cultivada em diversas regiões dos trópicos, em particular na [[Oceânia]], onde, em algumas ilhas apresenta comportamento invasivo (Tonga, Fiji, ilhas Cook).<ref name = HEAR/>


A espécie é cultivada e comercializada para diversos usos, nomeadamente como [[especiaria]], em perfumaria e como [[planta medicinal]].
A espécie é cultivada e comercializada para diversos usos, nomeadamente como [[especiaria]], em perfumaria e como [[planta medicinal]].

Revisão das 23h15min de 31 de janeiro de 2017

Pimenta racemosa
Pimenta racemosa
Classificação científica
Reino:
Divisão:
Classe:
Subclasse:
Ordem:
Família:
Subfamília:
Tribo:
Gênero:
Espécies:
P. racemosa
Nome binomial
Pimenta racemosa
Pimenta racemosa, em primeiro plano, no jardim de uma casa em Curiepe, Estado de Miranda (Venezuela).
Folhas e bagas secas.
Bagas secas.
Grãos secos (bagas) cortados transversalmente do ápice ao pedúnculo, com sementes in situ e sementes soltas.
Sementes soltas.

Pimenta racemosa é uma espécie arbórea de plantas com flor da família Myrtaceae, oriunda das Antilhas e Guiana, de cujas folhas são obtidos as bagas e os óleos essenciais, fortemente aromáticos, comercializados comercializados sob o nome de pimenta-racemosa, pimenta-coroada ou bay-rum.

Descrição

A espécie Pimenta racemosa é uma árvore de 4-12 m de altura, de tronco recto e copa frondosa. São árvores de crescimento lento, raízes profundas e vida bastante longa.[2]

As folhas apresentam pecíolos de 3-10 mm de largura e limbo inteiro, obovado, oblanceolado ou elíptico de (1,5)4-10(12,5) cm de comprimento e 2,5-6 cm de largura, coreáceo, basalmente agudo, finamente reticulado e marmoreado, de coloração verde bastante escura, brilhante na face superior, sem brilho e pálido na face inferior. As folhas apresentam-se finamente pontuadas de glândulas das quais emana o odor aromático característico da espécie.

As flores ocorrem em inflorescências do tipo cime, pedunculadas, com flores de cerca de 10 mm de diâmetro, com cálice de 5 sépalas basalmente soldadas e igual número de pétalas brancas, de ovário ínfero, com um único estilo e numerosos estames.

O fruto é uma baga, em sentido alargado, pois estritamente é uma pseudobaga pois deriva de um ovário ínfero— globular de 7-12 mm de diâmetro, de superfície finamente granulada, de coloração castanho-escuro a acinzentada na maturidade, com restos do estilo e do cálice no ápice (em forma de coroa, daí um dos nomes pelo qual as bagas são conhecidas: pimenta-coroada). Encerra 1-2 sementes, de cutícula enrrugada e forma ovoide-renal.[2]

A espécie tem distribuição natural nas Antilhas[3] e na Guiana. É cultivada em diversas regiões dos trópicos, em particular na Oceânia, onde, em algumas ilhas apresenta comportamento invasivo (Tonga, Fiji, ilhas Cook).[2]

A espécie é cultivada e comercializada para diversos usos, nomeadamente como especiaria, em perfumaria e como planta medicinal.

Para fins alimentares, é uma apreciada especiaria, já que de todas as partes do arbusto é exalado um odor aromático e estimulante, particularmente forte nas bagas e folhas. Apesar das semelhanças, não deve confundir-se com a Pimenta dioica, a conhecida pimenta-da-jamaica, já que as sementes de P. dioica são tóxicas e as de P. dioica são utilizadas como especiaria.

Diversos extractos da planta são utilizados como remédio tradicional para uso externo. As folhas são consideradas estimulantes e, uma vez destiladas com rum (daí o nome de bay-rum) produzem uma loção tónica e refrescante de variados usos em perfumaria, muito utilizada na primeira metade do século XX, mas presentemente de uso muito menos frequente.[4] Apesar disso, ainda se fabrica em algumas ilhas da Caraíbas, sendo usada em massagens e fricções contra o cansaço, as dores de cabeça, os golpes e os hematomas e para refrescar o corpo.[5]

Variedades e seus sinónimos

A espécie tem como sinonímia:

A espécie inclui as seguintes variedades aceites e sinónimos taxonómicos:[6]

  • Pimenta racemosa var. grisea (Kiaersk.) Fosberg, Amer. Midl. Naturalist, 27: 762, 1942 (da República Dominicana às ilhas Virgens.
    • Pimenta acris var. grisea Kiaersk., Bot. Tidsskr., 17: 289, 1890
    • Amomis caryophyllata var. grisea (Kiaersk.) Kiaersk., Bot. Jahrb. Syst., 19: 575, 1894
    • Amomis grisea (Kiaersk.) Britton, Sci. Surv. Porto Rico & Virgin Islands, 6: 28,1925
  • Pimenta racemosa var. hispaniolensis (Urb.) Landrum, Brittonia, 36: 242, 1984 (Hispaniola).
    • Amomis hispaniolensis Urb., Ark. Bot., 20A(5): 21,1926
    • Pimenta hispaniolensis (Urb.) Burret, Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem, 15: 511, 1941
    • Amomis pauciflora Urb., Ark. Bot., 21A(5): 21, 1927
    • Pimenta pauciflora (Urb.) Burret, Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem, 15: 511,1941
    • Pimenta crenulata Alain, Moscosoa, 1: 29, 1976
  • Pimenta racemosa var. ozua (Urb. & Ekman) Landrum, Brittonia, 36: 242, 1984 (centro e norte da Hispaniola).
    • Amomis ozua Urb. & Ekman, Ark. Bot., 22A(10): 22, 1929
    • Pimenta ozua (Urb. & Ekman) Burret, Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem, 15: 511, 1941
    • Amomis anisomera Urb. & Ekman, Ark. Bot., 22A(10): 23 (1929).
    • Pimenta anisomera (Urb. & Ekman) Burret, Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem, 15: 511,1941
  • Pimenta racemosa var. racemosa (região do Caribe até ao norte da Venezuela).
    • Myrtus caryophyllata Jacq., Observ. Bot. 2: 1, 1767, nom. illeg.
    • Myrtus acris Sw., Prodr., 79, 1788
    • Myrtus citrifolia Poir. in J.B.A.P.M.de Lamarck, Encycl., 4: 410, 1798
    • Myrcia acris (Sw.) DC., Prodr., 3: 243, 1828
    • Myrcia pimentoides DC., Prodr., 3: 243, 1828
    • Eugenia tabasco (Willd. ex Schltdl. & Cham.) G.Don, Gen. Hist., 2: 866, 1832
    • Myrtus pimentoides (DC.) T.Nees in M.F.Weihe & al., Pl. Offic., Suppl., t. 89, 1833
    • Pimenta acris (Sw.) Kostel., Allg. Med.-Pharm. Fl., 4: 1526, 1835
    • Pimenta citrifolia (Poir.) Kostel., Allg. Med.-Pharm. Fl., 4: 1525, 1835
    • Pimentus cotinifolia Raf., Sylva Tellur., 105, 1838
    • Amomis oblongata var. occidentalis O.Berg, Handb. Pharm. Bot., 340, 1855
    • Amomis acris (Sw.) O.Berg, Linnaea, 27: 417, 1856
    • Amomis acris var. grandifolia O.Berg, Linnaea, 27: 418, 1856
    • Amomis acris var. obtusata O.Berg, Linnaea, 27: 418 (1856).
    • Amomis acris var. parvifolia O.Berg, Linnaea, 27: 418, 1856
    • Amomis oblongata O.Berg, Linnaea, 27: 421, 1856
    • Amomis pimento O.Berg, Linnaea, 27: 418, 1856
    • Amomis pimento var. jamaicensis O.Berg, Linnaea 27: 419, 1856
    • Amomis pimento var. surinamensis O.Berg, Linnaea 27: 419, 1856
    • Amomis pimentoides O.Berg, Linnaea, 27: 420, 1856
    • Pimenta acris var. pimentoides (DC.) Griseb., Fl. Brit. W. I., 241, 1860
    • Pimenta pimento Griseb., Fl. Brit. W. I., 241, 1860
    • Pimenta acuminata Bello, Anales Soc. Esp. Hist. Nat., 10: 270, 1881
    • Amomis caryophyllata Krug & Urb., Bot. Jahrb. Syst., 19: 573, 1894
    • Pimenta tabasco (Willd. ex Schltdl. & Cham.) Lundell, Wrightia, 2: 58, 1960
  • Pimenta racemosa var. terebinthina (Burret) Landrum, Brittonia, 36: 243, 1984 (norte da República Dominicana).
    • Pimenta terebinthina Burret, Notizbl. Bot. Gart. Berlin-Dahlem, 15: 511, 1941.

Referências

  1. Bernice P. Bishop Mus. Bull., 102, p. 33, 1933.
  2. a b c Pimenta racemosa en PIER- Pacific Island Ecosystems at Riskpro parte
  3. Pimenta racemosa en USDA-GRIN Taxonomy for Plants
  4. West Indian Bay Tree, Bay Rum Tree.
  5. Bois d'Inde en Ladfograve, Médecine des plantes.
  6. «Pimenta racemosa». Royal Botanic Gardens, Kew: World Checklist of Selected Plant Families. Consultado em 29 de abril de 2010 

Ligações externas

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