Cáli (deusa hindu): diferenças entre revisões

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==Mito==
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É a verdadeira representação da [[natureza]] e é também considerada, por muitas pessoas, a essência de tudo o que é ruim e a fonte na existência do ser. [[Deusa]] da [[morte]] do ego, é a "esposa" do deus [[Shiva]] em algumas culturas. Já segundo os [[Vedas]], Shiva é transformado em Kali, que seria um de seus lados, para trazer o fim. Segundo o [[tantrismo]], é a divina "mãe" ou pai do universo, destruidor(a) de toda a maldade. É representada(o) como uma mulher exuberante, em uma parte da [[Índia]]; em outra, como mulher exuberante de pele escura (ou azul), que traz um colar de crânios em volta do pescoço e uma saia de braços decepados — expressando, assim, a implacabilidade da morte.
É a verdadeira representação da [[natureza]] e é também considerada, por muitas pessoas, a essência de tudo e a fonte da existência do ser. [[Deusa]] da [[morte]] do ego, é a "esposa" do deus [[Shiva]] em algumas culturas. Já segundo os [[Vedas]], Shiva é transformado em Kali, que seria um de seus lados, para trazer o fim. Segundo o [[tantrismo]], é a divina "mãe" ou pai do universo, destruidor(a) de toda a maldade. É representada(o) como uma mulher exuberante, em uma parte da [[Índia]]; em outra, como mulher exuberante de pele escura (ou azul), que traz um colar de crânios em volta do pescoço e uma saia de braços decepados — expressando, assim, a implacabilidade da morte.


A lenda conta que, numa luta entre [[Durga]] e o demônio Raktabija, este uniu-se a Durga com um diabólico feitiço: cada gota de seu sangue se transformava em um demônio. Durga e Shiva, ao tentar matar os vários demônios que surgiam de cada gota de sangue, cortavam a cabeça (e, daí, nasciam mais e mais demônios). Já em desespero, surge Kali, que cortava as cabeças e lambia o sangue (daí, a representação tradicional sua com o colar de cabeças, a adaga e a língua de fora). Assim, dizimou os demônios de Raktabija.
A lenda conta que, numa luta entre [[Durga]] e o demônio Raktabija, este uniu-se a Durga com um diabólico feitiço: cada gota de seu sangue se transformava em um demônio. Durga e Shiva, ao tentar matar os vários demônios que surgiam de cada gota de sangue, cortavam a cabeça (e, daí, nasciam mais e mais demônios). Já em desespero, surge Kali, que cortava as cabeças e lambia o sangue (daí, a representação tradicional sua com o colar de cabeças, a adaga e a língua de fora). Assim, dizimou os demônios de Raktabija.

Revisão das 09h50min de 4 de março de 2017

 Nota: Para outros significados, veja Cáli (deusa hindu) (desambiguação).
Kali
Cáli (deusa hindu)
Altar celebrando a deusa Kali, que paira, como é tradicional, sobre o corpo dominado de Shiva
Kali
assassina de demônios
arma espada
Símbolos serpente, colar de crânios[1]
Portal de religião
Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Cáli (deusa hindu)

Kali ou Cali[2] é uma das divindades do hinduísmo. É considerada uma manifestação da deusa Parvati, a esposa de Shiva. É representada manchada de sangue, com cobras e um colar de crânios.[3]

Etimologia

"Cali" vem do sânscrito Kālī, काली, a forma feminina de kālam (negra, de pele escura).

Mito

É a verdadeira representação da natureza e é também considerada, por muitas pessoas, a essência de tudo e a fonte da existência do ser. Deusa da morte do ego, é a "esposa" do deus Shiva em algumas culturas. Já segundo os Vedas, Shiva é transformado em Kali, que seria um de seus lados, para trazer o fim. Segundo o tantrismo, é a divina "mãe" ou pai do universo, destruidor(a) de toda a maldade. É representada(o) como uma mulher exuberante, em uma parte da Índia; em outra, como mulher exuberante de pele escura (ou azul), que traz um colar de crânios em volta do pescoço e uma saia de braços decepados — expressando, assim, a implacabilidade da morte.

A lenda conta que, numa luta entre Durga e o demônio Raktabija, este uniu-se a Durga com um diabólico feitiço: cada gota de seu sangue se transformava em um demônio. Durga e Shiva, ao tentar matar os vários demônios que surgiam de cada gota de sangue, cortavam a cabeça (e, daí, nasciam mais e mais demônios). Já em desespero, surge Kali, que cortava as cabeças e lambia o sangue (daí, a representação tradicional sua com o colar de cabeças, a adaga e a língua de fora). Assim, dizimou os demônios de Raktabija.

Mas Kali não é uma deusa do mal, pois, na verdade, o seu papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Os devotos são, supostamente, recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos. É, também, uma das formas da deusa Parvati, esposa de Shiva. É coberta de cobras no seu corpo em vez de roupas, e tem um colar com crânios.

A figura da deusa tem quatro braços, pele azul, os olhos ferozmente arregalados, os cabelos revoltos, a língua pendente, os lábios tintos de hena e bétele. No pescoço, traz um colar de cabeças humanas (símbolo da reencarnação),[4] e, nos flancos, uma faixa de mãos decepadas. Sempre é representada em pé sobre o corpo caído do esposo Shiva.

Apesar da aparência de malvada, Kali mostra o lado subestimado da mulher e a verdadeira força feminina. Kali é venerada na Índia como uma mãe pelos seus devotos e devotas, que esperam, dela, uma morte sem dor ou aflição e a libertação do ciclo de reencarnações. Acredita-se que assombre locais de cremação.[5]

Referências

  1. SCHULBERG, L. Índia histórica. Tradução de J. A. Pinheiro de Lemos. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. p. 182.
  2. SCHULBERG, L. Índia histórica. Tradução de J. A. Pinheiro de Lemos. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. p. 182.
  3. SCHULBERG, L. Índia histórica. Tradução de J. A. Pinheiro de Lemos. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora. 1979. p. 182.
  4. WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões: o fascinante universo das crenças e doutrinas que acompanham o homem através dos tempos. Tradução de Margarida e Flávio Quintiliano. São Paulo. Publifolha. 2001. p. 36.
  5. WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões: o fascinante universo das crenças e doutrinas que acompanham o homem através dos tempos. Tradução de Margarida e Flávio Quintiliano. São Paulo. Publifolha. 2001. p. 36.
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