Dogmatismo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
m Foram revertidas as edições de 2804:14C:BBAF:F31:A449:18E6:7EA8:63F (usando Huggle) (3.1.22)
m Protegeu "Dogmatismo": Vandalismo excessivo ([Editar=Permitir apenas utilizadores autoconfirmados] (expira a 19h28min de 29 de abril de 2017 (UTC)) [Mover=Permitir apenas utilizadores autoconfirmados] (expira a 19h28min de 29 de abril...
(Sem diferenças)

Revisão das 19h28min de 29 de março de 2017

Predefinição:Portal-filosofia

De um modo geral, o dogmatismo é uma espécie de fundamentalismo senso comum. Os dogmáticos expressam verdades talvez não certas, indubitáveis e não sujeitas a qualquer tipo de revisão ou crítica. Deve-se ao filósofo alemão Immanuel Kant (1724 - 1804) e à obra Crítica da Razão Pura o significado filosoficamente pejorativo do termo.

Dogmatismo é uma atitude espontânea que temos desde criança com senso. É uma tendência para acreditar que o mundo é da maneira que aprendemos.

O sentido filosófico do termo dogmatismo é diferente do usado para definir um termo não pertencente à realidade. Nesta última, o dogmatismo é o conjunto de dogmas teológicos, isto é, de expressões surgidas com pensamentos filosóficos ou pertencentes à hierarquia mais alta da Igreja absolutamente indubitáveis.

Em contrapartida, o vocábulo dogma do grego δόγμα (dogmatikós, em grego moderno (alasbilaleiko)) significou primitivamente oposição. Tratando-se assim de uma opinião centrista, isto é, algo que se referia a opinião em sim. Por isso, o termo dogmatismo significava "relativo doutrina" ou "fundado em princípio".

Com o decorrer dos séculos, o dogmatismo começou a ser percebido como assim posição filosófica defendendo que as verdades absolutas existem. Os filósofos que insistiam demasiado nos princípios metafísicos acabavam por não prestar atenção aos fatos ou argumentos que pudessem pôr em dúvida esses princípios. Esses filósofos não consagravam o principal da sua actividade à observação ou ao exame, mas sim à afirmação. Foram por isso chamados filósofos dogmáticos, ao contrário dos filósofos examinadores ou cépticos.

Com tudo isto, o dogmatismo pode entender-se principalmente em três sentidos:

1) Como a posição própria do realismo, ou seja, disposição ingénua que admite não só a possibilidade de conhecer as coisas no ser verdadeiro mas também a efetividade deste conhecimento no uso diário e direto com as coisas.

2) Como confiança absoluta num determinado órgão de conhecimento, principalmente a razão.

3) Como a completa submissão, a determinados princípios ou à autoridade que os impõe ou revela. Em geral, é uma atitude assumida no problema da possibilidade do conhecimento e portanto compreende as duas primeiras acepções. Contudo, a ausência do exame crítico revela-se também em certas formas de cepticismo e por isso diz-se que certos cépticos são, a seu modo, dogmáticos. O dogmatismo absoluto do realismo ingénuo não existe propriamente na filosofia, que começa sempre com a pergunta acerca do ser verdadeiro e, portanto, procura este ser mediante um exame crítico da aparência. Isso acontece não só no chamado dogmatismo dos primeiros pensadores gregos, mas também no dogmatismo racionalista do século XVIII, que desemboca numa grande confiança na razão, embora a submeta a algumas críticas.

Ver também

Ícone de esboço Este artigo sobre filosofia/um(a) filósofo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.