Flávio Rocha: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
== Biografia ==

Revisão das 21h30min de 30 de março de 2017

Flávio Rocha
Dados pessoais
Nome completo Flávio Gurgel Rocha
Nascimento 14 de fevereiro de 1958 (66 anos)
Recife,  Pernambuco
Nacionalidade brasileiro
Partido PFL (1985–1987)
PL (1987–1989)
PRN (1989–1992)
PL (1992–2002)
NOVO (desde 2015)
Ocupação Empresário e político

Flávio Gurgel Rocha (Recife, 14 de fevereiro de 1958) é um empresário e ex-político brasileiro, filiado ao Partido Novo (NOVO). Foi deputado federal pelo estado do Rio Grande do Norte entre 1987 e 1995. A família é proprietária de um dos 50 maiores grupos privados do país, que inclui empresas como a Rede de Lojas Riachuelo e o Shopping Midway Mall.

Biografia

Flávio Gurgel Rocha nasceu em Recife, no dia 14 de fevereiro de 1958, filho de Nevaldo Rocha e de Eliete Gurgel Rocha. A família é proprietária de um dos 50 maiores grupos privados do país.

Formado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo, iniciou-se na política em novembro de 1986, concorrendo à uma vaga de deputado federal constituinte pela legenda do Partido da Frente Liberal (PFL). Eleito, transferiu-se para o Partido Liberal (PL), tomando posse no dia 1º de fevereiro de 1987. Titular na Subcomissão de Orçamento e Fiscalização Financeira, da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças, e suplente da Subcomissão da Nacionalidade, da Soberania e das Relações Internacionais, da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher, votou contra o rompimento de relações diplomáticas com países que praticassem políticas de discriminação racial, a pena de morte, a limitação do direito de propriedade, o turno ininterrupto de seis horas, a jornada semanal de 40 horas, a demissão sem justa causa e a proibição do comércio de sangue. E a favor do mandado de segurança coletivo, da pluralidade sindical, do presidencialismo, do voto facultativo aos 16 anos, do mandato de cinco anos para o então presidente José Sarney, da anistia aos micro e pequenos empresários e da legalização do jogo do bicho.

Promulgada a nova Constituição, Flávio Rocha integrou-se aos trabalhos legislativos ordinários do Congresso Nacional como titular da Comissão de Economia Indústria e Comércio, e como suplente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Embora ocupasse os cargos de vice-presidente nacional e presidente da seção regional do PL no Rio Grande do Norte, desligou-se do PL e filiou-se ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN), legenda pela qual Fernando Collor de Melo se elegera presidente da República em dezembro de 1989.

Presidente do diretório regional do PRN, no pleito de outubro 1990 foi o candidato mais votado do estado, reelegendo-se com 72.406 votos.

Assessorado pelo economista da FGV Marcos Cintra, apresentou em 1991 uma proposta de emenda constitucional criando o Imposto Único sobre Transações — uma alíquota de 2% sobre todas as operações financeiras, a ser repartida entre credor e devedor — em substituição aos 58 impostos existentes, incluindo o imposto de renda. Os recursos arrecadados seriam depositados numa conta única e repassados à União.

De volta às fileiras do PL, na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde o dia 2 de outubro.

Em abril de 1994 o PL foi o primeiro partido a oficializar uma candidatura à sucessão presidencial, lançando Flávio Rocha, que numa prévia interna superara o brigadeiro Ivan Frota. No mês seguinte, já em campanha, Flávio Rocha sugeriu às forças de centro que abandonassem a candidatura Fernando Henrique, optando por um nome alternativo que evitasse a vitória de Lula no primeiro turno — o senador catarinense Esperidião Amin, do PPR, ou ele próprio.

Durante a campanha, tendo como principal bandeira a sua proposta de imposto único, mas em virtude dos baixíssimos índices nas pesquisas de intenções de voto, sofreu pressões do próprio partido para renunciar em favor de uma coligação com outra candidatura. Negando veracidade a tais histórias, prosseguiu ocupando o horário eleitoral e divulgando seu plano de governo.

Em agosto de 1994, em face de denúncias sobre a existência de um “mercado paralelo” de venda ilegal de bônus eleitorais com deságio a fim de legalizar recursos de empresas não contabilizados oficialmente, Flávio Rocha demitiu o coordenador do comitê envolvido, seu primo Teófilo Furtado Neto. Pouco depois, tendo obtido a renúncia do candidato a vice, Jadiel Loredo Júnior, a executiva nacional do PL forçou a retirada de Flávio Rocha. O partido acabou apoiando a candidatura vitoriosa de Fernando Henrique Cardoso, lançada por coligação do PSDB com o PFL e PTB.

Flávio afastou-se da política, tornando-se, então, um dos diretores da empresa da família, a Guararapes. Segundo os registros do TSE, ele manteve-se filiado ao PL até 2002. Alguns jornais atribuem seu afastamento da política às pressões de seu pai, Nevaldo Rocha, a fim de que pudesse se dedicar totalmente à presidência da empresa, cargo que passou a ocupar depois da aposentadoria do pai. Em fevereiro de 2004, contudo, o Jornal do Brasil informou que Flávio estaria “esquentando” uma candidatura ao Senado pelo Rio Grande do Norte, o que acabou não se concretizando, já que não disputou as eleições de outubro de 2006. Em 2009, novamente o assunto voltou à cena. Segundo o blog do jornalista potiguar Marcos Dantas, Flávio Rocha teria se encontrado com a governadora Vilma Maia, durante a inauguração da expansão de um shopping de Natal, construído pela empresa da família de Flávio. Nessa ocasião, a governadora teria se comprometido a apoiar a candidatura de Flávio ao Senado.

Foi casado com Alda Ramalho Pereira, com quem teve um filho. Em segundas núpcias, desposou Ana Cláudia Rocha, com quem teve mais dois filhos.

Vida política

Iniciou-se na política em 1986, pelo PFL, elegendo-se deputado federal com a terceira maior votação (71.208 sufrágios). No ano seguinte, filia-se ao PL. Em 1989, convidado por Fernando Collor, filia-se ao PRN.

Em 1990, com 72.406 votos, Flávio Rocha é reeleito deputado federal para mais 4 anos de mandato. Em 1992, de volta às fileiras do PL, votou a favor do processo de impeachment do presidente Fernando Collor.

Em abril de 1994, o PL lançou a pré-candidatura de Flávio, que superou o brigadeiro Ivan Frota. Em agosto de 1994, Flávio, acusado de envolvimento no "escândalo dos bônus eleitorais", renunciou[1] em favor de Fernando Henrique Cardoso. Seu vice, Jadiel Loredo Júnior, também deixou a disputa. Tentou ser suplente de senador, na coligação de Lavoisier Maia, também apoiado por Fernando Henrique e Vivaldo Costa, mas desistiu. Em fevereiro de 1995, encerrou sua carreira política.[2] Permaneceu filiado ao PL até 2002, quando desligou-se completamente do partido, segundo os registros do TSE. O afastamento de Flávio Rocha foi atribuído, segundo alguns jornais, a pressões de seu pai Nevaldo Rocha, que havia pedido a seu filho para que dedicasse apenas à presidência da Riachuelo, cargo que o ex-deputado exerceria a partir de então.

Porém, o Jornal do Brasil divulgou, em fevereiro de 2004, que Flávio planejava disputar o Senado nas eleições de 2006, mas a candidatura não saiu do papel.

Em 2009, novamente o assunto voltou à cena. Segundo o blog do jornalista potiguar Marcos Dantas, Flávio Rocha teria se encontrado com a governadora Vilma Maia, durante a inauguração da expansão de um shopping de Natal, construído pela empresa da família de Flávio. Nessa ocasião, a governadora teria se comprometido a apoiar a candidatura de Flávio ao Senado.

Referências

  1. «Folha de S.Paulo - Flávio Rocha aponta boicote - 9/8/1994». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 10 de março de 2017 
  2. Biografia de Flávio Rocha. FGV

Luciana Barbosa Arêas - FONTES: ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987-1988); CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995); COELHO, J. & OLIVEIRA, A. NovaEstado de S. Paulo (21/1/93, 5/7 e 8/8/94); Folha de S. Paulo(14/8/91, 19/4, 11/6, 5, 8, 11 e 12/8/94); Globo (11/7/91, 23/9/92, 8 e 11/8/94); Jornal do Brasil (17 e 18/6, 24/7, 6 e 8/8/94; 26/02/04); Tribunal Superior Eleitoral (2002); “Blog do Marcos Dantas”, (25/04/09).