Sete Sábios da Grécia: diferenças entre revisões

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[[Plutarco]] lista os sete sábios como Tales, Bias, Pítaco, ''Solon'', Quílon, Cleóbulo e [[Anacarses]].<ref name="nota.plutarco.moralia.sete.sabios">Introdução à edição Loeb, [[Plutarco]], ''Moralia'', ''O jantar dos sete homens sábios'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Plutarch/Moralia/Dinner_of_the_Seven*.html <nowiki>[em linha]</nowiki>]</ref>
[[Plutarco]] lista os sete sábios como Tales, Bias, Pítaco, ''Solon'', Quílon, Cleóbulo e [[Anacarses]].<ref name="nota.plutarco.moralia.sete.sabios">Introdução à edição Loeb, [[Plutarco]], ''Moralia'', ''O jantar dos sete homens sábios'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Plutarch/Moralia/Dinner_of_the_Seven*.html <nowiki>[em linha]</nowiki>]</ref>

[[Platão (desambiguação)|Platão]], no diálogo intitulado [[Protágoras (desambiguação)|Protágoras]], expõe a seguinte lista: [[Tales de Mileto|Tales]], [[Pítaco|Pítacos]], [[Bias de Priene|Bias]], [[Sólon|Solon]], [[Cleóbulo de Lindos|Cleóbulo]], [[Mison de Queneia|Mison]] e [[Quilão de Esparta|Quílon]].


Como características, os sábios eram muito sintéticos em suas afirmações. De [[Sólon]], temos: "Se sabes, cala"; de [[Bias de Priene|Bias]]: "Odeia o falar ligeiro"; de [[Cleóbulo de Lindos|Cleobulo]]: "Ser ávido de escutar e não de falar" e de [[Quilon de Esparta]]: "Que a tua língua não corra à frente do teu pensamento". De [[Brias de Priene|Bias de Priene]] temos a seguinte máxima, profunda e atual: "A maioria dos homens é perversa"<ref>Laércio, Diógenes, Vida dos Filósofos I, 71.</ref>. Numa rápida averiguação histórica, até o momento, sempre que o homem se fez maioria, a perversidade foi duramente percebida.
Como características, os sábios eram muito sintéticos em suas afirmações. De [[Sólon]], temos: "Se sabes, cala"; de [[Bias de Priene|Bias]]: "Odeia o falar ligeiro"; de [[Cleóbulo de Lindos|Cleobulo]]: "Ser ávido de escutar e não de falar" e de [[Quilon de Esparta]]: "Que a tua língua não corra à frente do teu pensamento". De [[Brias de Priene|Bias de Priene]] temos a seguinte máxima, profunda e atual: "A maioria dos homens é perversa"<ref>Laércio, Diógenes, Vida dos Filósofos I, 71.</ref>. Numa rápida averiguação histórica, até o momento, sempre que o homem se fez maioria, a perversidade foi duramente percebida.

Revisão das 22h36min de 1 de maio de 2017

Sete Sábios da Grécia
Filosofia Pré-Socrática
Sete Sábios da Grécia
Data de nascimento: Séculos VII e VI a.C.
Local: Grécia

Aos Sete Sábios da Grécia eram atribuídas grande quantidade de máximas e preceitos (sentenças proverbiais), por todos conhecidas. Algumas eram tão famosas que foram inscritas no templo de Apolo em Delfos. A lista dos Sete sábios não foi sempre a mesma.[1]

História

Fora do âmbito mítico, vinte e dois homens foram citados como pertencentes ao grupo dos sete sábios,[1] sendo eles: Tales, Pítaco, Bias, Sólon, Quilon de Esparta, Cleobulo, Periandro, Míson, Aristodemo, Epiménides, Leofanto, Pitágoras, Anacarses, Epicarmo, Acusilau, Orfeu, Pisístrato, Ferecides, Hermióneo, Laso, Panfilo e Anaxágoras. Nunca houve um consenso entre os historiadores, os únicos que sempre pertenceram ao grupo são os quatro primeiros da lista.

No texto atribuído a Higino, os sete sábios são: Pítaco de Mitilene, Periandro de Corinto, Tales de Mileto, Sólon de Atenas, Quílon de Esparta, Cleóbulo de Lindos e Bias de Priene.[2]

Plutarco lista os sete sábios como Tales, Bias, Pítaco, Solon, Quílon, Cleóbulo e Anacarses.[3]

Platão, no diálogo intitulado Protágoras, expõe a seguinte lista: Tales, Pítacos, Bias, Solon, Cleóbulo, Mison e Quílon.

Como características, os sábios eram muito sintéticos em suas afirmações. De Sólon, temos: "Se sabes, cala"; de Bias: "Odeia o falar ligeiro"; de Cleobulo: "Ser ávido de escutar e não de falar" e de Quilon de Esparta: "Que a tua língua não corra à frente do teu pensamento". De Bias de Priene temos a seguinte máxima, profunda e atual: "A maioria dos homens é perversa"[4]. Numa rápida averiguação histórica, até o momento, sempre que o homem se fez maioria, a perversidade foi duramente percebida.

Máximas e Preceitos[5]

Tales de Mileto

  • Conhece-te a ti mesmo. [6] [7] [nota 1].
  • A certeza é precursora da ruína.[2]
  • A ignorância é incômoda.
  • Espera receber de teus filhos, quando fores velho, o mesmo tratamento que dispensaste a teus pais.
  • Evita as palavras que possam ferir os amigos.
  • Evita enriquecer por vias desonestas.
  • Evita os adornos exteriores e procura os interiores.
  • Perto ou longe, importa lembrar os amigos.
  • Quem promete, falta.
  • Se és chefe, começa por saber dominar-te.

Pítaco de Mitilene

  • A ambição é insaciável
  • Ama a educação, a temperança, a prudência, a verdade, a fidelidade, a experiência, a gentileza, a companhia dos outros, a exatidão, os cuidados domésticos, a arte e a piedade.
  • Dá-te ao respeito
  • Não faças o que não gostares que te façam
  • Não reveles projetos para, se falhares, não seres motivo de troça
  • Sabe aproveitar a oportunidade [2]
  • Sábio é quem sabe discernir o futuro; o passado é passado, mas o porvir é incerto.

Bias de Priene

  • A maioria dos homens é perversa[2]
  • Adolescente, sê activo; velho, sê sábio
  • Aprende a saber ouvir
  • Fala sempre com propósito
  • Não sejas nem mau, nem tolo
  • O cargo revela o homem
  • Persuade pelo bem, e nunca pela força
  • Reflete nos teus atos.
  • Sê cuidadoso na realização de um projeto e, uma vez iniciado, prossegue sem desfalecimento.
  • Vê-te num espelho.

Sólon de Atenas

  • Aconselha o que for justo, não o que aches agradável
  • Evita a mentira, confessando a verdade
  • Evita o prazer, se ele for causa de remorso
  • Guia-te pela razão
  • Honra pai e mãe
  • Mede as tuas palavras pelo silêncio e o silêncio pelas circunstâncias
  • Nada em excesso [2]
  • Nunca digas tudo o que sabes
  • Procura ser honesto, porque a honestidade é melhor do que uma palavra honrada
  • Respeita os amigos
  • Quando souberes obedecer, saberás chefiar
  • Se exiges a honestidade dos outros, começa por ser honesto
  • Toma a peito as coisas importantes

Cleóbulo de Lindos

  • A moderação é coisa ótima [2]
  • A sabedoria é preferível à ignorância
  • Aconselha retamente os teus concidadãos
  • Casa com uma mulher da tua condição; se casares com uma rica, em vez de sogros arranjarás patrões
  • Considera inimigo público quem odiar o povo
  • Cuidado com a língua
  • Evita a violência
  • Evita acariciar a tua esposa em público; quem a desfruta em público procede mal, mas quem a acaricia, desperta paixões fúteis

Periandro de Corinto

  • Tudo deve ser estudado com cuidado[2]

Quílon de Lacedemonia

  • Conhece-te a ti mesmo[2][8]
  • Nada em excesso[8]
  • Foge dos intriguistas
  • Não desejes o impossível
  • Não maldigas dos outros, para não ouvires críticas desagradáveis
  • Põe a razão antes da língua
  • Quando beberes, fala pouco para não cometeres indiscrições
  • Respeita os velhos


Notas

[nota 1] ^ Posteriormente Sócrates adotou essa máxima, que acabou sendo vinculada ao seu nome.

Referências

  1. a b Crescenzo, L., História da Filosofia Grega - Os pré-socráticos. Editorial Presença: Lisboa, 1988.
  2. a b c d e f g h Higino Fabulae, CCXXI, Os Sete Homens Sábios [em linha]
  3. Introdução à edição Loeb, Plutarco, Moralia, O jantar dos sete homens sábios [em linha]
  4. Laércio, Diógenes, Vida dos Filósofos I, 71.
  5. António Pinela, Reflexões, 1980.
  6. [1] Euroshophia, António Pinela, Reflexões, 1980
  7. [2] Wilson Mileris, 2005
  8. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro IX, 10.1 [ael/fr][en]

Ver também