Osella Corse: diferenças entre revisões

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Revisão das 00h02min de 22 de maio de 2017

Itália Osella
Nome completo Osella Engineering
Osella Corse
Sede Volpiano,  Itália
Chefe de equipe Itália Enzo Osella
Diretores Itália Antonio Tommaini
Pilotos
Chassis
Motor Ford, Alfa Romeo e Osella
Pneus Goodyear, Michelin e Pirelli
Histórico na Fórmula 1
Estreia Argentina GP da Argentina de 1980
Último GP Austrália GP da Austrália de 1990
Grandes Prêmios 132 (93 largadas)
Campeã de construtores 0 (11º lugar em 1984)
Campeã de pilotos 0 (19º lugar com Piercarlo Ghinzani em 1984)
Vitórias 0 (4º lugar no GP de San Marino de 1982 com Jean-Pierre Jarier)
Pole Position 0 (Melhor largada: 8ª no GP dos Estados Unidos de 1990 com Olivier Grouillard)
Voltas rápidas 0
Posição no último campeonato
(1990)
NC (16°) - nenhum ponto

Osella Engineering ou Osella Corse (ou simplesmente Osella) é uma antiga construtora de carros de corrida italiana, fundada em 1965 por Enzo Osella e que participou da Fórmula 1, com sede na cidade de Volpiano. A equipe participou de 132 Grandes Prêmios entre 1980 e 1990.

Desde o meio da década de 80, os carros utilizavam um motor Alfa Romeo.

História

O surgimento da Osella

A trajetória da Osella começa ainda na Década de 1960, através de Vincenzo "Enzo" Osella, que no início corria com carros da Abarth, em campeonatos italianos de turismo e subida de montanha. Quando a FIAT comrprou a Abarth, Enzo assumiu a direção esportiva e fundou seu time na pequena cidade italiana de Volpiano, na região de Turim. Foram várias vitórias, principalmente com Arturo Merzario ao volante. Em 1974, ele ficou farto dos carros-esporte e se mandou para os monopostos.

Fórmula 2

A Osella iniciou a sua passagem nas categorias de monopostos em 1974, na Fórmula 2, com um FA2 equipado com motor BMW e pilotado por Giorgio Francia. Nos anos seguintes, Enzo Osella fez carros de F2, Fórmula 3 e esporte, sempre com resultados bons e ruins. O time foi vice do Mundial de Marcas em 1978 com Francia, Lella Lombardi e Pal Joey, enquanto que em 1979, um novo FA2 conseguiu vitórias com Eddie Cheever na categoria.

Estréia na Fórmula 1

Não demoraria muito para que Enzo chegasse à categoria máxima do automobilismo. Em 1980, a Osella Squadra Corse debutaria no Mundial de F1 com um FA1 desenhado por Giorgio Stirano, patrocinado pela Denim, com motor Ford Cosworth DFV e dirigido pelo norte-americano Eddie Cheever. A estréia foi no GP da Argentina, onde Cheever não entraria no grid de largada. A primeira largada de um Osella foi no GP da África do Sul, o terceiro da temporada. Mas Cheever sofreria um acidente e abandonaria o GP. A Osella só terminaria uma prova: o GP da Itália, onde Cheever terminaria em décimo segundo, já usando um novo carro, o FA1B, desenhado por Giorgio Valentini.

Desempenho em 1981 e a chegada de Jarier

A temporada de 1981 prometia ser melhor, mantendo o patrocínio da Denim, e tendo como pilotos o italiano Beppe Gabbiani e o argentino Miguel Ángel Guerra. O ano foi demasiadamente instável para a Osella: Gabbiani e Guerra oscilavam entre não-qualificações e abandonos (Gabbiani não terminaria nenhuma corrida do ano). Guerra foi embora depois do GP de San Marino e foi substituído por Piercarlo Ghinzani, que logo na estréia terminou o GP da Bélgica em décimo terceiro, mas não iria para o grid em Monaco e foi substituído por Giorgio Francia (que não se qualificou para o grid do GP da Espanha), e mais tarde pelo veterano francês Jean-Pierre Jarier. Ele, inclusive, conseguiu os dois melhores resultados da equipe naquela temporada (dois oitavos lugares, na Inglaterra e na Alemanha). Mesmo com a estreia do FA1C (com patrocínios da Saima e da Pioneer), projetado por Valentini, no GP da Itália, os pontos teimavam em não chegar para a esquadra de Enzo. Mas Jarier ficaria para 1982, e teria o jovem italiano Riccardo Paletti como companheiro de time.

Sensação de melhora e a morte precoce de Paletti

O modelo FA1C foi mantido para o começo da temporada, e as coisas pareciam ser melhores para a Osella. Jarier chegou em 4º lugar no GP de San Marino e levou os primeiros 3 pontos para o time (o GP só teve 7 equipes, já que o restante boicotaram devido a rivalidade FISA x FOCA)[1]. Jarier se classificaria com certa frequência, mas Paletti só largaria em dois GPs: em Detroit e no Canadá. Aliás, a corrida do Canadá foi de triste memória: Paletti sofreria um acidente após se chocar com a Ferrari de Didier Pironi na largada. Ele morreria pouco tempo depois, com apenas 23 anos. Em sinal de luto, a Osella só manteve o carro de Jarier, mas a rotina de quebras continuaria (após o acidente, a Osella só terminaria 1 GP: o GP da Holanda, com o décimo quarto lugar de Jarier). No GP da Alemanha, o FA1D estrearia, com patrocínio da Kelemata e projetado por Tony Southgate (ex-Shadow e Arrows).

Situação para 1983

O FA1D seria o carro do começo da temporada de 1983, e a Osella voltaria a ter dois pilotos: Piercarlo Ghinzani e Corrado Fabi (irmão de Teo Fabi). A Kelemata continuaria a patrocinar e o carro agora teria os motores da Alfa Romeo, a partir do GP de San Marino - inicialmente, apenas para o carro de Ghinzani. Só a partir do GP da Grã-Bretanha, os dois carros teriam o Alfa. Também em Ímola, estrearia o FA1E (criação de Southgate). A temporada foi um fiasco, apenas como destaque o décimo lugar de Fabi no GP austríaco. Nos outros GP's, foram várias decepções.

1984-1985: a sina continuaria?

O Osella FA1F de 1984, pilotado por Piercarlo Ghinzani no GP de Dallas.

A temporada de 1984 chegou e o FA1F (agora equipado com motor Alfa Romeo turbo) já seria lançado no GP do Brasil, apenas pilotado por Ghinzani, que mais tarde teria o austríaco Jo Gartner como companheiro. Apenas dois pontos foram somados: um 5º lugar de Ghinzani em Dallas, deveria ser quatro no total com o 5º lugar conquistado por Gartner na Itália. Mas o piloto austríaco não teve direito aos pontos[2], porque a equipe inscreveu naquele campeonato apenas o carro de Ghinzani. No fim, um ano melhor que os outros, com vários términos de corrida.

O FA1F ainda correria as três primeiras etapas de 1985, quando o FA1G saiu do papel, mas praticamente era o mesmo carro. A falta de resultados e os frequentes abandonos foram suficientes para que Ghinzani perdesse sua vaga para o holandês Huub Rothengatter (favorecido pels generosos patrocínios que ostentava, com o objetivo de reforçar o caixa). Rothengatter nunca colocou o carro nos eixos, e a sina perseguia ainda mais a Osella.

1986: quatro pilotos e mais palhaçadas na pista

Em 1986, o FA1F reapareceria junto com o FA1G nas corridas com a dupla formada por Ghinzani e o alemão Christian Danner, que foi substituído no Grande Prêmio de Detroit pelo obscuro canadense Allen Berg (que chegou ao lado do patrocínio da Landis & Gyr), e até um FA1H apareceria pilotado por Ghinzani na Inglaterra, mas o melhor que a Osella pode oferecer foi o décimo primeiro lugar do italiano no GP da Áustria, usando o FA1G. Berg seria substiuído pelo jovem italiano Alex Caffi, apenas no GP da Itália, mas mesmo assim não aconteceram melhoras mais significativas.

1987: a "longa noite" da Osella se inicia

Para a temporada de 1987, a Osella lança o FA1I, ainda com motores da Alfa Romeo. Dois italianos (Alex Caffi e Gabriele Tarquini) e um suíço (Franco Forini) se revezaram pela temporada inteira tentando fazer o carro andar mais. Apenas uma vez, o carro viu bandeira quadriculada, graças ao décimo segundo lugar de Caffi em San Marino. No restante da temporada, vieram mais não-classificações e, quando se classificava, o carro abandonava logo depois.

1988: a "longa noite" segue

Para 1988, a Alfa Romeo desiste da parceria total com a equipe, mas sem parar de fornecer os motores, rebatizados simplesmente com o nome do time. Viria o FA1L, e o azul característico deu lugar ao preto. Nada que fosse assim tão importante para bons resultados, mas Nicola Larini segurou a barra da Osella, apesar da equipe ter terminado apenas três corridas, com destaque para o nono lugar em Monte Carlo. No final do ano, Enzo trocou a Alfa Romeo pelos Ford-Cosworth de volta, ainda com o dinheiro e apoio da Fondmetal (empresa fabricante de rodas para corridas), chefiada por Gabriele Rumi. Como fruto dessa nova parceria, saiu o FA1M, predominantemente branco, mantendo Larini e trazendo Ghinzani de volta. Não seria bastante dizer que o carro não era tão bom assim, apesar de Larini ter largado em décimo no Japão (e em décimo primeiro na Austrália) e de ter sido o único a fazer o carro terminar uma corrida (décimo segundo em Ímola). Enquanto isso, Ghinzani, já veterano, teria muitas dificuldades com o carro nas pré-qualificação. Enfim, 1989 não seria novamente o ano da Osella.

1990: a "longa noite" continua, e a Osella é vendida

Ver artigo principal: Fondmetal

O ano de 1990 marca o fim da aventura da Osella na F-1. Rumi aumentaria suas cotas no time e a equipe é renomeada Fondmetal-Osella. O novo carro da equipe, o FA1ME, seria pilotado pelo francês Olivier Grouillard. O derradeiro ano do time seria um pouco melhor, com a equipe se qualificando com frequência e terminando várias corridas. O melhor desempenho do time foram dois décimos-terceiros lugares, no Canadá e na Austrália. No fim do ano, Enzo Osella vende sua parte para Rumi e sai da F-1. Finalmente, em 1991 Rumi (falecido em 2001) muda o nome da equipe apenas para Fondmetal.

Paradeiro do pessoal da Osella

  • Piercarlo Ghinzani - Italiano, estreou e encerrou na Fórmula 1 no time de Enzo Osella. Foi o piloto que mais atuou na história do time com 47 provas e o último piloto a pontuar. Correu também pela: Toleman, Ligier e Zakspeed, sem sucesso. De vez em quando, corre algumas etapas de categorias menores na Itália.
  • Jean-Pierre Jarier - Francês, foi o primeiro piloto na história da equipe que pontuou, e é o segundo piloto que mais correu: foram 21 provas. Ex-piloto de Shadow, Lotus e Tyrrell, Jumper Jarier fez uma temporada terrível pela Ligier em 1983, e depois abandonou a F-1. Escapou de um acidente de helicóptero e correu em eventos de turismo francês e da Porsche.
  • Nicola Larini - Italiano, é o terceiro piloto que atuou na equipe (19 provas) nos campeonatos de 1988 e 1989. Após uma curta experiência na Coloni, correu também pelas equipes Ligier e Lambo-Modena, foi piloto de testes da Ferrari (chegando a disputar duas corridas em 1992 e duas também em 1994). Correu pela Sauber em 1997 e deixou a F-1 no mesmo ano. Também compete no Campeonato Mundial de Carros de Turismo.
  • Eddie Cheever - O norte-americano fez 10 provas em 1980 pela equipe de Volpiano. Passou um bom tempo na F-1, sendo um razoável piloto nas equipes Tyrrell, Ligier, Renault, Alfa Romeo e Arrows. Depois voltaria aos EUA para correr, vencer as 500 Milhas de Indianápolis de 1998 e virar dono de time na Indy Racing League.
  • Miguel Ángel Guerra - Argentino, estreou e encerrou na F1 no time em 1981 tentando quatro vezes alinhar no grid, mas apenas uma vez conseguiu. Correu em campeonatos de Super Turismo na Argentina e depois desapareceu da mídia.
  • Beppe Gabbiani - Italiano, teve 15 tentativas, mas em apenas 3 conseguiu alinhar. Voltou à F-2 e fez ótimas temporadas. Depois passaria a ser um eventual corredor de turismo e carros-esporte.
  • Giorgio Francia - Italiano, tentou uma vez e não se qualificou para o GP da Espanha de 1981. Correu em carros de Turismo até o fim dos anos 90, com relativo sucesso.
  • Riccardo Paletti - Também italiano, estreou pelo time tendo 8 tentativas, mas em apenas três alinhou no grid. Faleceu no GP do Canadá de 1982, após um choque com a Ferrari do francês Didier Pironi.
  • Corrado Fabi - Também italiano, fez a estreia no time de Volpiano em 1983 com 9 provas das 15 naquele ano. Ele disputou 3 provas com a Brabham em 1984 substituindo seu irmão mais velho Teo Fabi, que disputava naquela época a Fórmula Indy. Corrado foi Campeão Europeu da F2 em 1982. Foi para os Estados Unidos juntamente com Teo, e depois abandonando o esporte para cuidar dos negócios de sua família.
  • Jo Gartner - Austríaco, que estreou pela escuderia de Enzo Osella disputando 8 provas em 1984. Ele deveria ter marcado 2 pontos com o 5º lugar no GP da Itália daquela temporada, mas o piloto não teve direito aos pontos, porque naquele ano sua equipe inscreveu apenas o carro de seu companheiro de equipe Piercarlo Ghinzani. Ele teve uma boa carreira nos carros-esporte, vencendo as 12 Horas de Sebring de 1986, em companhia de Bob Akin e Hans Stuck. Morreria num grave acidente nas 24 Horas de Le Mans daquele ano, com um Porsche.
  • Huub Rothengatter - Holandês, pilotou por 7 provas e sem sucesso em 1985. Pilotou também pela equipe Zakspeed. Depois reapareceria na F-1, como empresário do compatriota Jos Verstappen.
  • Christian Danner - Alemão, correu apenas 5 provas em 1986. Pilotou por: Zakspeed, Arrows e Rial, obtendo por esta equipe um 4º lugar no GP dos Estados Unidos de 1989. Depois da F-1, Danner correu no Japão, nos EUA, na DTM e hoje é comentarista de TV.
  • Allen Berg - Canadense, estreou e encerrou a carreira na Fórmula 1 em 1986 com apenas 9 provas no currículo. Fez fama no México correndo na Fórmula 3 de lá, se aposentando em 2001. Hoje é dono de equipe em categorias menores do automobilismo norte-americano.
  • Alex Caffi - Italiano, fez sua estreia na categoria pelo time de Volpiano, disputando o GP da Itália de 1986; continuou nela em 1987 com 14 participações. Além da Osella, pilotou para: Scuderia Italia, Footwork e foi ludibriado pela Andrea Moda em 1992. Hoje compete na Fórmula Truck.
  • Gabriele Tarquini - Italiano, fazendo também sua estreia no time e na categoria no GP de San Marino de 1987 com apenas uma prova. Pilotou para Coloni, AGS, Fondmetal e Tyrrell. Corre com muito sucesso pelo WTCC.
  • Franco Forini - Italiano, e o último piloto que estreou pelo time. Correu nas F-3 alemã e italiana, também participou de corridas de Rali e Kart e hoje é dono de postos de gasolina na Suíça.
  • Olivier Grouillard - Francês, fez 9 provas das 16 tentativas em 1990. A 8ª posição foi a melhor classificação do carro no grid naquele ano e na história da Osella. Foi o último piloto na história da equipe. Passou ainda por Ligier, Fondmetal e Tyrrell, marcando um ponto em 1989. Se mudou para os EUA, fracassou e foi para os carros-esporte, também sem muito sucesso.
  • Vincenzo "Enzo" Osella - Reconstruiu a equipe nos carros-esporte, com sucesso, ganhando campeonatos de subida de montanha e de turismo.

Referências

Ligações externas