Heródoto: diferenças entre revisões

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== Traduções das ''Histórias'' ==
== Traduções das ''Histórias'' ==
Há em português uma tradução brasileira feita por Mário da Gama Kury, pela Editora da UnB. Também há tradução portuguesa de alguns livros das ''Histórias'' pela editora Edições 70. Ambas são feitas a partir do original grego.
Há em português uma tradução brasileira feita por Mário da Gama Kury, pela Editora da UnB. Também há tradução portuguesa de alguns livros das ''Histórias'' pela editora Edições 70. Ambas são feitas a partir do original grego.

Também há as traduções de Maria Aparecida de Oliveira Silva, pela Edipro, Livro I - Clio (2015), Livro II - Euterpe (2016) e Livro III - Talia (2017), todas a partir do original grego.


Em espanhol há [http://es.wikisource.org/wiki/Los_nueve_libros_de_la_Historia tradução disponível na wikisource]?
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Revisão das 16h18min de 8 de julho de 2017

Heródoto
Heródoto
Busto de Heródoto, cópia romana do século II,
no Estoa de Átalo, Atenas
Nome completo Ἡρόδοτος (Hēródotos)
Nascimento 485 a.C.
Halicarnasso (atual Bodrum)
Morte 420 a.C. (65 anos)

Heródoto (em grego, Ἡρόδοτος - Hēródotos, na transliteração) foi um geógrafo e historiador grego, continuador de Hecateu de Mileto, nascido no século V a.C. (485?–420 a.C.) em Halicarnasso (hoje Bodrum, na Turquia).

Foi o autor da história da invasão persa da Grécia nos princípios do século V a.C., conhecida simplesmente como As histórias de Heródoto. Esta obra foi reconhecida como uma nova forma de literatura pouco depois de ser publicada.

Antes de Heródoto, tinham existido crónicas e épicos, e também estes haviam preservado o conhecimento do passado. Mas Heródoto foi o primeiro não só a gravar o passado mas também a considerá-lo um problema filosófico ou um projeto de pesquisa que podia revelar conhecimento do comportamento humano. A sua criação deu-lhe o título de "pai da história" e a palavra que utilizou para o conseguir, historie, que previamente tinha significado simplesmente "pesquisa", tomou a conotação atual de "história".

A obra Histórias foi frequentemente acusada no velho mundo de influenciável, imprecisa e plagiária. Ataques semelhantes foram preconizados por alguns pensadores modernos, que defendem que Heródoto exagerou na extensão das suas viagens e nas fontes criadas. Contudo, o respeito pelo seu rigor tem aumentado na última metade do século, sendo actualmente reconhecido não apenas como pioneiro na história, mas também na etnografia e antropologia.

Vale ressaltar sua contribuição aos estudos geográficos, por esse feito a revista de geografia geopolítica, de maior tiragem na França, fundada pelo famoso geógrafo Yves Lacoste leva seu nome.

Provavelmente escritas entre 450 e 430 a.C., as Histórias foram posteriormente divididas em 9 livros, intituladas segundo os nomes das musas, pelos eruditos alexandrinos. Por volta de 445 a.C., segundo consta, Heródoto fez leituras públicas de sua obra em Atenas.

Quanto ao conteúdo, os primeiros seis livros relatam o crescimento do Império Aquemênida. Começam com uma introdução do primeiro monarca asiático a conquistar as cidades-estado gregas e o verdadeiro tributo, Creso da Lídia. Creso perdeu o reinado para Ciro, o Grande, o fundador do Império Aquemênida. As primeiras seis obras acabam com a derrota dos persas em 490 a.C., na batalha de Maratona, que constituiu o primeiro retrocesso no progresso imperial.

Os últimos três livros descrevem a tentativa do rei persa Xerxes I de vingar dez anos mais tarde a derrota persa em Maratona e absorver a Grécia no Império Aquemênida. Histórias acaba em 479 a.C. com a expulsão na batalha de Plateias e o recuo da fronteira do Império Aquemênida para a linha costeira da Anatólia.

No que diz respeito à vida de Heródoto, sabe-se que foi exilado de Halicarnasso após um golpe de estado frustrado contra a dinastia no poder em que estava envolvido, retirando-se para a ilha de Samos. Parece nunca ter regressado a Halicarnasso, embora em Histórias pareça sentir orgulho de sua cidade natal e da respectiva sátrapa, Artemísia I de Cária.

Representação moderna do que seria o "Mundo" de Heródoto.

Deve ter sido durante o exílio que empreendeu as viagens que descreve em Histórias. Estas viagens conduziram-no ao Egipto, Primeira Catarata, Babilónia, Ucrânia, Itália e Sicília. Heródoto refere uma conversa com um informador em Esparta, e muito certamente terá vivido durante um determinado período em Atenas. Nesta, registou as tradições orais das famílias proeminentes, em especial, a Alcmeônidas, à qual Péricles pertencia do lado materno. Mas os Atenienses não aceitavam os estrangeiros como cidadãos, e quando Atenas apoiou a colónia de Túrio na aniquilação de Itália em 444 a.C., Heródoto tornou-se colono. Desconhece-se se lá morreu ou não.

Numa determinada altura tornou-se um logios – isto é, um recitador de prosa logai ou histórias – cujos temas baseavam-se em contos de batalhas, maravilhas de países distantes e outros acontecimentos históricos. Fez roteiros das cidades gregas e dos maiores festivais atléticos e religiosos, onde dava espectáculos pelos quais esperava pagamento. Em 431 a.C., a guerra do Peloponeso rebentou entre Atenas e Esparta. Poderá ter sido esse conflito, que dividiu o mundo grego, que o inspirou a reunir logoi numa narrativa contínua – Histórias – centrada no progresso imperial da Pérsia interrompido pela aliança entre Atenas e Esparta.

Traduções das Histórias

Há em português uma tradução brasileira feita por Mário da Gama Kury, pela Editora da UnB. Também há tradução portuguesa de alguns livros das Histórias pela editora Edições 70. Ambas são feitas a partir do original grego.

Em espanhol há tradução disponível na wikisource?

Bibliografia

  • Evans, James Allan Stewart. Herodotus. Boston: G. K. Hall, 1982.
  • Evans, James Allan Stewart. Herodotus, Explorer of the Past: Three Essays. Princeton, NJ: Princeton University oit: Wayne State University Press, 1987.
  • Hartog, François. The Mirror of Herodotus. Berkeley, CA: University of California Press, 1988.
  • Lateiner, Donald. The Historical Method of Herodotus. Toronto: University of Toronto Press, 1989.
  • Pritchett, William Kendrick. The Liar School of Herodotus. Amsterdam: Gieben, 1991.
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