Baluarte: diferenças entre revisões

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* '''Meio-baluarte''': aquele que apenas tem uma face e um flanco.
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* [[Cortina (arquitetura militar)|Cortina]]
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== Bibliografia ==
* GRAVE, João. ''Castelos Portugueses - Enciclopédia pela Imagem''. Porto: Lello & Irmão Editores, s.d..
* GRAVE, João. ''Castelos Portugueses - Enciclopédia pela Imagem''. Porto: Lello & Irmão Editores, s.d..
* GIL, Júlio. ''Os Mais Belos Castelos de Portugal''. Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1986.
* GIL, Júlio. ''Os Mais Belos Castelos de Portugal''. Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1986.
* NUNES, António Lopes Pires. ''Dicionário de Arquitetura Militar''. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005. 264p. il. ISBN 972-8801-94-7
* NUNES, António Lopes Pires. ''Dicionário de Arquitetura Militar''. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005. 264p. il. ISBN 972-8801-94-7
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Revisão das 03h03min de 24 de julho de 2017

Planta de um baluarte de orelhões.
Cinco baluartes regulares do corpo principal da Fortaleza de Bourtange, Países Baixos.
Baluartes duplos da Praça-forte de Valença, Portugal.

Um baluarte (do provençal baloart, do neerlandês bolwerk) ou bastião (do francês bastion) - em arquitetura militar - é uma obra defensiva, situada nas esquinas e avançada em relação à estrutura principal de uma fortificação abaluartada.

História

A primeira referência ao termo encontra-se no Antigo Testamentoː

"Somente as árvores que souberes não serem árvores cujo fruto se pode comer, é que destruirás e cortarás, e contra a cidade que guerrear contra ti edificarás baluartes, até que seja vencida." (Deuteronómio 20ː20, Versão de João Ferreira de Almeida)

O moderno baluarte surgiu pela primeira vez na Itália em fins do século XV, tendo alcançado a sua máxima expressão com o marquês de Vauban, na França, na segunda metade do século XVII.

Era utilizado como plataforma de artilharia, para cruzar fogos com os baluartes vizinhos, impedindo o assalto inimigo às cortinas situadas entre eles.

Observe-se que Duarte de Armas em Portugal e outros autores do início do século XVI - período em que a nova terminologia ainda não era muito difundida - empregaram o termo "baluarte" para designar qualquer obra fortificada.

Características

O baluarte tem, normalmente, um formato pentagonal, apresentando duas faces, dois flancos e uma gola (linha pela qual está ligado à estrutura principal). Normalmente, é sustentado por muralhas de alvenaria e preenchido com terra apiloada.

Em relação aos castelos medievais, constitui-se numa defesa mais baixa e mais larga, melhor adaptada ao emprego da artilharia, que se difundiu na Europa a partir do século XV.

Tipos de baluarte

  • Baluarte em tenalha: aquele cujo ângulo flanqueado forma um reentrante;
  • Baluarte truncado: aquele cujo ângulo flanqueado é substituído por um ou dois ângulos reentrantes;
  • Baluarte de orelhões: aquele cujos ângulos retirados e convexos estão cobertos até ao centro por uma extremidade da face conhecida por "orelhão";
  • Baluarte destacado: reduto isolado em forma de baluarte;
  • Baluarte duplo: aquele que possui um baluarte menor no seu interior;
  • Baluarte terraplanado: aquele que, além do terrapleno normal da praça, era ainda cheio no seu interior com outro terrapleno, ficando mais reforçado;
  • Baluarte plano: aquele que tem meias golas em linha reta;
  • Baluarte real: aquele que apresenta dimensões muito elevadas, com vários entrincheiramentos e com capacidade para albergar uma grande guarnição;
  • Baluarte regular: aquele cujas linhas e ângulos correspondentes são iguais entre si;
  • Baluarte simples: aquele cujo terrapleno acompanha as suas faces e flancos, deixando um espaço vazio no centro, que pode ser utilizado para se construir alguma edificação;
  • Baluarte vazio: aquele sem qualquer terrapleno;
  • Meio-baluarte: aquele que apenas tem uma face e um flanco.

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Baluarte

Bibliografia

  • GRAVE, João. Castelos Portugueses - Enciclopédia pela Imagem. Porto: Lello & Irmão Editores, s.d..
  • GIL, Júlio. Os Mais Belos Castelos de Portugal. Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1986.
  • NUNES, António Lopes Pires. Dicionário de Arquitetura Militar. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005. 264p. il. ISBN 972-8801-94-7
  • Patterson, B.H. (1985). A Military Heritage A history of Portsmouth and Portsea Town Fortifications. [S.l.]: Fort Cumberland & Portsmouth Militaria Society. pp. 7–10 
  • Hyde, John (2007). Elementary Principles of Fortification. Doncaster: D.P&G. pp. 50–54. ISBN 978-1-906394-07-3 

Ligações externas