Ditongo: diferenças entre revisões

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* m'''au''' /ˈm'''aw'''/
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* s'''ou''' /ˈs'''ow'''/ (em muitos [[dialeto]]s não é pronunciado como ditongo, mas sim como uma vogal: /ˈs'''o'''/)
* s'''ou''' /ˈs'''ow'''/ (em muitos [[dialeto]]s não é pronunciado como ditongo, mas sim como uma vogal: /ˈs'''o'''/)
Em muitos dialetos brasileiros, devido à Vocalização do [[fonema]] /l/ em fim de sílaba, também são considerados ditongos decrescentes os seguintes casos. Ex.:
Em muitos dialetos brasileiros, devido à Vocalização do Pablo[[fonema]] /l/ em fim de sílaba, também são considerados ditongos decrescentes os seguintes casos. Ex.:
* fun'''il''' /fu.ˈn'''iw'''/
* fun'''il''' /fu.ˈn'''iw'''/
* f'''el'''tro /f'''ew'''.tɾu/
* f'''el'''tro /f'''ew'''.tɾu/

Revisão das 01h55min de 25 de julho de 2017

Ditongo é o nome que se dá à combinação de um som vocálico com um som semivocálico emitidos num só esforço de voz. O ditongo diferencia-se do hiato pelo fato de este último ser constituído por duas vogais e não ser pronunciado na mesma sílaba.

Quando a vogal antecede a semivogal denomina-se ditongo decrescente. Na língua portuguesa temos os seguintes ditongos decrescentes.Ex.:

  • leite /ˈlej.ti/ (PB) /ˈlɐj.tɨ/ (PE)
  • cai /ˈcaj/
  • dói /ˈdɔj/
  • foi /ˈfoj/
  • cuidado /cuj.ˈda.du/
  • viu /ˈviw/
  • meu /ˈmew/
  • céu /ˈcɛw/
  • mau /ˈmaw/
  • sou /ˈsow/ (em muitos dialetos não é pronunciado como ditongo, mas sim como uma vogal: /ˈso/)

Em muitos dialetos brasileiros, devido à Vocalização do Pablofonema /l/ em fim de sílaba, também são considerados ditongos decrescentes os seguintes casos. Ex.:

  • funil /fu.ˈniw/
  • feltro /few.tɾu/
  • mel /ˈmɛw/
  • mal /ˈmaw/
  • Sol /ˈsɔw/
  • soldado /sow.ˈda.du/
  • azul /aˈzuw/

Os ditongos podem ser denominados ditongos nasais, se a vogal que contiverem for uma vogal nasal.Ex.:

  • mãe /ˈmɐ̃j/
  • põe /ˈpõj/
  • não /ˈnɐ̃w/

Quando a semivogal antecede a vogal denomina-se ditongo crescente. Segundo as convenções da língua portuguesa apenas são considerados ditongos estáveis os ditongos cujo primeiro elemento é a semivogal /w/, e quando estão precedidos dos sons /k/ ou /ɡ/. Ex.:

  • aguardar /aɡwaʀˈdaʀ/ (PB) /ɐɡɾˈdaɾ/ (PE)
  • igual /iˈɡwaw/ (PB) /iˈɡwal/
  • quase /ˈkwazi/ (PB) /ˈkwazɨ/ (PE)
  • quanto /ˈktu/

Os outros casos que na escrita costumam estar representados por «i» + vogal ou «u» mais vogal (ou, no português europeu, «e» + vogal ou «o» + vogal), costumam ser considerados como hiatos.

No caso de ditongos formados por u + i antecedidos de g ou q, a escrita não permite saber se se trata de um ditongo crescente ou de um decrescente, podendo haver uma ambiguidade. Por exemplo, a 3ª pessoa do presente do verbo arguir, (ele) argui (outrora escrita argúi, com ditongo decrescente), é escrita de forma idêntica à 1ª pessoa do pretérito perfeito, (eu) argui (outrora argüi, com ditongo crescente). Esta última forma só pode levar acento (arguí) se, em vez de ditongo, houver hiato entre o U e o I, porque as regras ortográficas estabelecem que nesses casos o I só leva acento se não formar ditongo com a vogal anterior. Por isso, Suíça leva acento (U e I não formam ditongo, mas hiato), mas linguiça não (já que U e I formam ditongo).

Observação: qu"em : não é um encontro vocálico, pois não se pronuncia o U. Portanto, é um dígrafo e não um ditongo.

Tritongo

Ver artigo principal: Tritongo

Um tritongo é uma sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem. Segundo as convenções da língua portuguesa apenas são considerados tritongos estáveis os tritongos cujo primeiro elemento é a semivogal /w/, e quando estão precedidos por dos sons /k/ ou /ɡ/. Ex.:

  • enxaguei /ĩʃaˈɡwej/ (PB) enxaguei /ẽʃaˈɡwɐj/ (PE)
  • quaisquer /kwajsˈkɛʀ/ (PB) /kwajʃˈkɛɾ/ (PE)

Também os tritongos podem ser tritongos nasais:

  • saguão /saˈɡwɐ̃w/
  • delínquem /deˈlĩkwẽj/ (PB) delinquem /dɨˈlĩk
  • dedão /de'dow

Ver também

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