Mosteiro de São Bento (São Paulo): diferenças entre revisões

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== História ==
== História ==
[[Ficheiro:Mosteiro de São Bento (SP, 1860).jpg|200px|left|thumb|O mosteiro por volta de 1860 (fotografia de [[Militão de Azevedo]])]]
[[Ficheiro:Monasterio de São Bento roof, São Paulo, Brazil.jpg|thumb|Mural no teto]]
[[Ficheiro:Monasterio de São Bento roof, São Paulo, Brazil.jpg|thumb|Mural no teto]]
A história dos [[beneditinos]] em São Paulo começa em 1598 (ano em que chegaram na cidade)<ref>{{Citar web|url=http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/205-mosteiro-de-sao-bento|titulo=Mosteiro de São Bento|acessodata=2017-04-26|obra=www.cidadedesaopaulo.com|ultimo=Omuro|primeiro=Adriana|lingua=pt-br}}</ref>, quando [[frei Mauro Teixeira]], religioso paulista de [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]], levantou uma modesta igreja dedicada a [[São Bento]]. O terreno escolhido era um dos melhores da povoação, localizando-se no alto do morro, entre o [[rio Anhangabaú]] e o [[rio Tamanduateí]], onde antes havia residido a casa do [[cacique]] [[Tibiriçá]].<ref name="HISTORICO" /> A construção começou a ser levantada a partir de 1600, quando a [[Câmara Municipal de São Paulo|Câmara Municipal]] validou oficialmente a carta de [[sesmaria]], que concedia permissão do governo de Portugal para o uso de tais terras. A carta especificava que os terrenos seriam "para o [[convento]], mosteiro, ou casa do dito santo, fôrros livres e isentos de todo [[tributo]] e pensão, de hoje até o fim do mundo".<ref name="HISTORICO">''[http://mosteiro.org.br/o-mosteiro/ Histórico do Mosteiro]'' no sítio oficial</ref><ref name="SP">''[http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-1_mosteiro_saobento.asp# Mosteiro de São Bento (1598-1600)]'' no sítio ''São Paulo 450 anos''</ref> O conjunto era inicialmente muito modesto, composto pela pequena e velha igreja e quatro [[cela]]s.<ref name="SP" />
A história dos [[beneditinos]] em São Paulo começa em 1598 (ano em que chegaram na cidade)<ref>{{Citar web|url=http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/205-mosteiro-de-sao-bento|titulo=Mosteiro de São Bento|acessodata=2017-04-26|obra=www.cidadedesaopaulo.com|ultimo=Omuro|primeiro=Adriana|lingua=pt-br}}</ref>, quando [[frei Mauro Teixeira]], religioso paulista de [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]], levantou uma modesta igreja dedicada a [[São Bento]]. O terreno escolhido era um dos melhores da povoação, localizando-se no alto do morro, entre o [[rio Anhangabaú]] e o [[rio Tamanduateí]], onde antes havia residido a casa do [[cacique]] [[Tibiriçá]].<ref name="arqui">[http://www.arquisp.org.br/regiaose/paroquias/mosteiros-igrejas-historicas-oratorios-da-regiao-se/basilica-nossa-senhora-da-assuncao-mosteiro-de-sao-bento Basílica Nossa Senhora da Assunção - Mosteiro de São Bento]. Portal da Arquidiocese de São Paulo.</ref> A construção começou a ser levantada a partir de 1600, quando a [[Câmara Municipal de São Paulo|Câmara Municipal]] validou oficialmente a carta de [[sesmaria]], que concedia permissão do governo de Portugal para o uso de tais terras. Em seu teor, a carta especifica:
{{Citação2|bq=s|cinza=s| <center>'''“Carta de chãos de sesmaria, para o sítio do convento”'''</center><br>Por “constar ser como o dito padre diz e alega, por serviço de Deus Nosso Senhor e de seu servo, o bem aventurado São Bento”, “os quais chãos serão para o convento, mosteiro, ou casa do dito santo, fôrros livres e isentos de todo tributo e pensão, de hoje até o fim do mundo”.<ref name="arqui" />}}


O conjunto era inicialmente muito modesto, composto pela pequena e velha igreja e quatro [[cela]]s.<ref name="SP">''[http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-1_mosteiro_saobento.asp# Mosteiro de São Bento (1598-1600)]'' no sítio ''São Paulo 450 anos''</ref>
[[Ficheiro:Oscar Pereira da Silva - 1931 - Aclamação de Amador Bueno.jpg|thumb|left|[[Amador Bueno]] não aceitando a coroa, foi perseguido pelos paulistas e se refugiou no Mosteiro de São Bento, em [[São Paulo]]. Óleo de [[Oscar Pereira da Silva]].]]


Em 1641, o mosteiro foi palco importante do episódio histórico conhecido como [[Aclamação de Amador Bueno]].<ref name="HISTORICO" /> Com o fim da [[União Ibérica]], [[João IV de Portugal|D. João]], na época [[Duque]] de Bragança, foi coroado [[rei]] de [[Portugal]]. Em São Paulo, um grupo de [[Colono|colonos]] - em grande parte [[Reino de Castela|castelhanos]] - quis que a [[Capitanias do Brasil|Capitania]] não reconhecesse o novo rei, e ofereceram o título de "Rei de São Paulo" a [[Amador Bueno]]. No entanto, este não quis aceitar a oferta, refugiando-se no Mosteiro de São Bento para se proteger da fúria popular. Finalmente, com a ajuda dos monges, os ânimos se acalmaram e D. João acabou sendo reconhecido pelos paulistas como o novo rei de Portugal.
Em 1641, o mosteiro foi palco importante do episódio histórico conhecido como [[Aclamação de Amador Bueno]]. Com o fim da [[União Ibérica]], [[João IV de Portugal|D. João]], na época [[Duque]] de Bragança, foi coroado [[rei]] de [[Portugal]]. Em São Paulo, um grupo de [[Colono|colonos]] - em grande parte [[Reino de Castela|castelhanos]] - quis que a [[Capitanias do Brasil|Capitania]] não reconhecesse o novo rei, e ofereceram o título de "Rei de São Paulo" a [[Amador Bueno]]. No entanto, este não quis aceitar a oferta, refugiando-se no Mosteiro de São Bento para se proteger da fúria popular. Finalmente, com a ajuda dos monges, os ânimos se acalmaram e D. João acabou sendo reconhecido pelos paulistas como o novo rei de Portugal.<ref name="arqui" />

[[Ficheiro:Oscar Pereira da Silva - 1931 - Aclamação de Amador Bueno.jpg|thumb|left|[[Amador Bueno]] não aceitando a coroa, foi perseguido pelos paulistas e se refugiou no Mosteiro de São Bento, em [[São Paulo]]. Óleo de [[Oscar Pereira da Silva]].]]


A partir de 1650, a estrutura passou por uma grande ampliação, graças ao [[bandeirante]] [[Fernão Dias Pais]], conhecido como "caçador de [[esmeraldas]]".<ref name="SP" /><ref name="HISTORICO" /> Em troca do apoio financeiro, os monges lhe concederam o privilégio de após a sua morte ser sepultado na [[Capela-Mor|capela-mor]] da igreja do mosteiro, assim como seus parentes e descendentes.<ref name="SP" /> Até hoje seus restos mortais repousam na [[cripta]] da igreja.<ref name="HISTORICO" /> Datam dessa mesma época as imagens de barro de [[Bento de Núrsia|São Bento]] e [[Santa Escolástica]], feitas por [[frei Agostinho de Jesus]] (c. 1600-1661) e conservadas até a atualidade expostas no [[altar-mor]] da igreja.<ref name="HISTORICO" /><ref name="BEURON" />
A partir de 1650, a estrutura passou por uma grande ampliação, graças ao [[bandeirante]] [[Fernão Dias Pais]], conhecido como "caçador de [[esmeraldas]]".<ref name="SP" /> Em troca do apoio financeiro, os monges lhe concederam o privilégio de após a sua morte ser sepultado na [[Capela-Mor|capela-mor]] da igreja do mosteiro, assim como seus parentes e descendentes.<ref name="SP" /> Até hoje seus restos mortais repousam na [[cripta]] da igreja.<ref name="HISTORICO">''[http://mosteiro.org.br/o-mosteiro/ Histórico do Mosteiro]'' no sítio oficial</ref> Datam dessa mesma época as imagens de barro de [[Bento de Núrsia|São Bento]] e [[Santa Escolástica]], feitas por [[frei Agostinho de Jesus]] (c. 1600-1661) e conservadas até a atualidade expostas no [[altar-mor]] da igreja.<ref name="BEURON" />


Na primeira metade do século XIX, uma lei do governo imperial determinou a extinção dos [[Noviciado|noviciados]] no Brasil, impedindo a renovação dos velhos monges por religiosos mais jovens. A decadência inevitável causada por essa lei fez com que se cogitasse a transferência do mosteiro ao tesouro público.<ref name="BEURON">João Baptista Barbosa Neto, OSB. ''[http://bibliotecadomosteiro.com.br/o-mosteiro-de-sao-bento-de-sao-paulo-e-a-arte-beuronense/ O Mosteiro de São Bento e a Arte Beuronense]'' no sítio da Biblioteca do Mosteiro</ref> Essa situação só foi revertida pela ação do [[abade]] [[Miguel Kruse|D. Miguel Kruse]] (1864-1929), religioso alemão que renovou o mosteiro. Em 1903, Kruse fundou o Colégio de São Bento, de ensino secundário, e em 1908 ainda criou a Faculdade de [[Filosofia]], considerada a primeira do tipo no Brasil.<ref name="HISTORICO" />
Na primeira metade do século XIX, uma lei do governo imperial determinou a extinção dos [[Noviciado|noviciados]] no Brasil, impedindo a renovação dos velhos monges por religiosos mais jovens. A decadência inevitável causada por essa lei fez com que se cogitasse a transferência do mosteiro ao tesouro público.<ref name="BEURON">João Baptista Barbosa Neto, OSB. ''[http://bibliotecadomosteiro.com.br/o-mosteiro-de-sao-bento-de-sao-paulo-e-a-arte-beuronense/ O Mosteiro de São Bento e a Arte Beuronense]'' no sítio da Biblioteca do Mosteiro</ref> Essa situação só foi revertida pela ação do [[abade]] [[Miguel Kruse|D. Miguel Kruse]] (1864-1929), religioso alemão que renovou o mosteiro. Em 1903, Kruse fundou o Colégio de São Bento, de ensino secundário, e em 1908 ainda criou a Faculdade de [[Filosofia]], considerada a primeira do tipo no Brasil.<ref name="HISTORICO" />


Também por iniciativa de D. Miguel Kruse foram demolidas a igreja e o mosteiro da época colonial para a construção de um edifício mais moderno e grandioso. .<ref name="HISTORICO" />
Também por iniciativa de D. Miguel Kruse foram demolidas a igreja e o mosteiro da época colonial para a construção de um edifício mais moderno e grandioso.<ref name="HISTORICO" /> A edificação atual, visando acompanhar o processo de [[urbanização]] da cidade, começou a ser erguida em [[1910]] e a quarta construção desde sua instalação na cidade de São Paulo.<ref name="arqui" />


== Arquitetura ==
== Arquitetura ==
[[Ficheiro:Mosteiro de São Bento (SP, 1860).jpg|200px|thumb|esquerda|O mosteiro por volta de 1860 (fotografia de [[Militão de Azevedo]])]]

O mosteiro tem sua arquitetura originada tipicamente do século XVII. As obras para a construção do atual Mosteiro de São Bento ocorreram entre 1910 e 1922, seguindo o projeto do arquiteto alemão [[Richard Berndl]], natural de [[Munique]].<ref name="SP" /><ref name="BEURON" /> O estilo geral segue a tradição da [[arquitetura eclética]] germânica.<ref name="BEURON" /> A maior parte da decoração interna, como os murais, foi planejada e executada pelo monge [[Adalbert Gressnicht|D. Adalbert Gressnicht]] (1877-1956), holandês que chegou ao Brasil em 1913 especialmente para essa responsabilidade. Adalbert veio originalmente da [[Abadia de Maredsous]] na [[Bélgica]]. Gressnicht era seguidor da Escola de Arte Beuron, uma tradicional escola de Praga<ref>{{Citar web|url=http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/205-mosteiro-de-sao-bento|titulo=Mosteiro de São Bento|acessodata=2017-04-26|obra=www.cidadedesaopaulo.com|ultimo=Omuro|primeiro=Adriana|lingua=pt-br}}</ref> e realizou pinturas, [[Vitral|vitrais]], murais, [[Afresco|afrescos]] e decoração escultória no estilo da [[Abadia de Beuron]], na [[Alemanha]].<ref name="BEURON" />
O mosteiro tem sua arquitetura originada tipicamente do século XVII. As obras para a construção do atual Mosteiro de São Bento ocorreram entre 1910 e 1922, seguindo o projeto do arquiteto alemão [[Richard Berndl]], natural de [[Munique]].<ref name="SP" /><ref name="BEURON" /> O estilo geral segue a tradição da [[arquitetura eclética]] germânica.<ref name="BEURON" /> A maior parte da decoração interna, como os murais, foi planejada e executada pelo monge [[Adalbert Gressnicht|D. Adalbert Gressnicht]] (1877-1956), holandês que chegou ao Brasil em 1913 especialmente para essa responsabilidade. Adalbert veio originalmente da [[Abadia de Maredsous]] na [[Bélgica]]. Gressnicht era seguidor da Escola de Arte Beuron, uma tradicional escola de Praga<ref>{{Citar web|url=http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/205-mosteiro-de-sao-bento|titulo=Mosteiro de São Bento|acessodata=2017-04-26|obra=www.cidadedesaopaulo.com|ultimo=Omuro|primeiro=Adriana|lingua=pt-br}}</ref> e realizou pinturas, [[Vitral|vitrais]], murais, [[Afresco|afrescos]] e decoração escultória no estilo da [[Abadia de Beuron]], na [[Alemanha]].<ref name="BEURON" />


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=== Relógio e órgão ===
=== Relógio e órgão ===
[[Ficheiro:Igreja saobento sp5.jpg|180px|thumb|<center>Órgão da Igreja</center>]]
O [[relógio]] do Mosteiro de São Bento, é de fabricação alemã, e foi instalado em 1921.<ref name="SP" /> Era considerado o relógio mais preciso de São Paulo, até o aparecimento dos relógios a cristal de [[quartzo]].<ref name="SP" /> O seu maquinário, conta também com um [[carrilhão]] com seis sinos afinados que tocam nas horas cheias e nas frações.<ref name="SP" />
O [[relógio]] do Mosteiro de São Bento, é de fabricação alemã, e foi instalado em 1921.<ref name="SP" /> Era considerado o relógio mais preciso de São Paulo, até o aparecimento dos relógios a cristal de [[quartzo]].<ref name="SP" /> O seu maquinário, conta também com um [[carrilhão]] com seis sinos afinados que tocam nas horas cheias e nas frações.<ref name="SP" />


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=== Papa Bento XVI e restauração ===
=== Papa Bento XVI e restauração ===
{{Artigo principal|[[Visita do Papa Bento XVI ao Brasil]]}}
{{Artigo principal|[[Visita do Papa Bento XVI ao Brasil]]}}
Em 2006, o mosteiro passou por um intenso processo de restauração e melhorias para receber e hospedar o [[papa Bento XVI]], em sua visita ao Brasil em maio de 2007.
Em 2006, o mosteiro passou por um intenso processo de restauração e melhorias para receber e hospedar o [[papa Bento XVI]], em sua visita ao Brasil em maio de 2007.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Monteiro|primeiro=Flora|data=|titulo=Mosteiro de São Bento|jornal=Revista Veja SP|volume=|numero=|paginas=|issn=|doi=|url= https://vejasp.abril.com.br/estabelecimento/mosteiro-de-sao-bento/}}</ref>


Com a cobertura internacional gerada pelo interesse que a visita despertou, o Mosteiro ganha projeção, o que pode desenvolver o [[turismo na cidade de São Paulo|turismo]] religioso e cultural na cidade.
Com a cobertura internacional gerada pelo interesse que a visita despertou, o Mosteiro ganha projeção, o que pode desenvolver o [[turismo na cidade de São Paulo|turismo]] religioso e cultural na cidade.


== Colégio e Faculdade ==
== Colégio e Faculdade ==
[[Ficheiro:Mosteiro igreja saobento.jpg|180px|thumb|esquerda|<center>A basílica, o mosteiro ao centro e o colégio à esquerda</center>]]
Em julho de 1900, se iniciou um novo período na história do mosteiro, quando se deu início as obras do colégio (então chamado de ginásio), que ficou pronto em 1903, contando, entre seus professores fundadores, com [[Afonso d'Escragnolle Taunay]]. Após isso, em 1908, foi fundada a Faculdade de Filosofia, que viria a ser a primeira do Brasil e embrião da atual [[Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]].
Em julho de 1900, se iniciou um novo período na história do mosteiro, quando se deu início as obras do colégio (então chamado de ginásio), que ficou pronto em 1903, contando, entre seus professores fundadores, com [[Afonso d'Escragnolle Taunay]]. Após isso, em 1908, foi fundada a Faculdade de Filosofia, que viria a ser a primeira do Brasil e embrião da atual [[Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]].<ref name="arqui" />


Foi nessa mesma época, que também se iniciou o projeto de uma nova abadia e um novo mosteiro. Em 1910, teve início a construção, segundo projeto do arquiteto Richard Berndl, da cidade de [[Munique]], na [[Alemanha]]. Quatro anos mais tarde, em 1914, estava completo o conjunto tal como é conhecido hoje, abrigando a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, o Mosteiro e o Colégio de São Bento.
Foi nessa mesma época, que também se iniciou o projeto de uma nova abadia e um novo mosteiro. Em 1910, teve início a construção, segundo projeto do arquiteto Richard Berndl, da cidade de [[Munique]], na [[Alemanha]]. Quatro anos mais tarde, em 1914, estava completo o conjunto tal como é conhecido hoje, abrigando a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, o Mosteiro e o Colégio de São Bento.<ref name="arqui" />


A [[Faculdade de São Bento]] ainda hoje retém sua tradição educacional oferecendo curso de licenciatura em filosofia, além de cursos livres de idiomas.
A [[Faculdade de São Bento]] ainda hoje retém sua tradição educacional oferecendo curso de licenciatura em filosofia, além de cursos línguas clássicas, como [[Língua grega antiga|grego]] e [[latim]].<ref>[http://faculdadedesaobento.com.br/114/25/detalhe-do-curso/curso-de-linguas.html Curso de Línguas]. Portal da Faculdade São Bento.</ref>


== Padaria e lojinha do Mosteiro de São Bento ==
== Padaria e lojinha do Mosteiro de São Bento ==
[[Ficheiro:Igreja saobento sp4.jpg|180px|thumb|<center>Fachada da Basílica</center>]]

Além da Catedral, da Faculdade, do Colégio, o Mosteiro conta também com uma espécie de padaria em suas habitações, onde são fabricados pelos próprios monges pães,bolos, biscoitos, geleias, doces. As receitas são muito bem guardadas e só são passadas de monge para monge pois não se pode perder a tradição. Em relação aos preços, comparado com uma padaria tradicional, pode-se considerar bem alto, porém todos os seus produtos são feitos com total qualidade.
Além da Catedral, da Faculdade, do Colégio, o Mosteiro conta também com uma [[padaria]] em suas habitações, onde são fabricados, pelos próprios monges, [[pão|pães]], [[bolo]]s, [[biscoito]]s, [[geleia]]s, [[chocolate]]s e [[cerveja]]s artesanais.<ref name="estado">{{Citar periódico|ultimo=Veiga|primeiro=Edison|data=11 de setembro de 2017|titulo=As boas novas da divina padaria do Mosteiro São Bento|jornal=Estadão|volume=|numero=|paginas=|issn=|doi=|url= http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,as-boas-novas-da-divina-padaria-do-mosteiro-sao-bento,70001984412}}</ref> As receitas são muito bem guardadas e só são passadas de monge para monge pois não se pode perder a tradição. Em relação aos preços, comparado com uma padaria tradicional, pode-se considerar bem alto, porém todos os seus produtos são feitos com total qualidade.


Os produtos mais procurados são: os pães,que na sua composição tem mandioquinha, os ''benedictus'' que é um pão de mel recheado com geleia de morango, e também como mais procurados tem os bolos, que fogem do estilo tradicional, como por exemplo a receita suíça do bolo de nozes com maça.
Os produtos mais procurados são: os pães,que na sua composição tem mandioquinha, os ''benedictus'' que é um pão de mel recheado com geleia de morango, e também como mais procurados tem os bolos, que fogem do estilo tradicional, como por exemplo a receita suíça do bolo de nozes com maça.


Na lojinha pode se encontrar livro, imagens sagradas, e as famosas medalhas de São Bento.<ref>http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/205-mosteiro-de-sao-bento</ref>
Na lojinha pode se encontrar [[livro]]s, imagens sagradas, medalhas de São Bento,<ref>http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/205-mosteiro-de-sao-bento</ref> e [[Compact Disc|cd's]] de [[canto gregoriano]] gravados pelos monges, como o [[Cantus Selecti (álbum)|''Cantus Selecti'']] que é uma compilação de orações em [[latim]] cantadas em gregoriano.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Caesar|primeiro=Demetrius|data=5 de agosto de 2001|titulo=Monges a capela|jornal=Folha de S. Paulo|volume=|numero=|paginas=|issn=|doi=|url= http://www1.folha.uol.com.br/fsp/acontece/ac0508200101.htm}}</ref>

Além da loja anexa ao Mosteiro, há também um café avulso localizado no bairro dos [[Jardins]], na [[Zona Oeste de São Paulo]].<ref name="estado" />


== Biblioteca ==
== Biblioteca ==
O mosteiro abriga ainda uma [[biblioteca]] com mais de 100 000 títulos, alguns bem raros. Especula-se que seja a mais antiga da cidade de São Paulo,<ref>{{Citar web |url=https://culturageralsaibamais.wordpress.com/biblioteca/ |título=Biblioteca do Mosteiro|língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> tendo início com os primeiros monges que chegaram em 1598.
O mosteiro abriga ainda uma [[biblioteca]] com mais de 100 000 títulos, alguns bem raros. Especula-se que seja a mais antiga da cidade de São Paulo,<ref>{{Citar web |url=https://culturageralsaibamais.wordpress.com/biblioteca/ |título=Biblioteca do Mosteiro|língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> tendo início com os primeiros monges que chegaram em 1598.


O acervo contém 581 títulos publicados antes do [[século XIX]], entre eles seis raros [[incunábulo]]s. O mais antigo é um [[Novo Testamento]] datado de 1496. Possui ainda, uma curiosa coleção de [[Manuscrito|manuscritos]] minúsculos, com menos de um centímetro de [[Lombada (livro)|lombada]], que contém uma [[Bíblia|passagem bíblica]] ou uma oração.
O acervo contém 581 títulos publicados antes do [[século XIX]], entre eles seis raros [[incunábulo]]s. O mais antigo é um [[Novo Testamento]] datado de 1496. Possui ainda, uma curiosa coleção de [[Manuscrito|manuscritos]] minúsculos, com menos de um centímetro de [[Lombada (livro)|lombada]], que contém uma [[Bíblia|passagem bíblica]] ou uma oração, além de edições raras de livros que foram proibidos pela [[Igreja Católica]].<ref name="livro">{{Citar periódico|ultimo=Veiga|primeiro=Edison|data=30 de março de 2016|titulo=Os livros censurados do Mosteiro de São Bento|jornal=Estadão|volume=|numero=|paginas=|issn=|doi=|url= http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/edison-veiga/os-livros-censurados-do-mosteiro-de-sao-bento/}}</ref>

O acesso ao acervo é restrito aos monges e alunos, mas pesquisadores e estudiosos podem solicitar uma permissão especial.



O acesso ao acervo é restrito aos monges e alunos, mas pesquisadores e estudiosos podem solicitar uma permissão especial.<ref name="livro"/>


== Ver também ==
== Ver também ==
* [[Turismo na cidade de São Paulo]]
* [[Turismo na cidade de São Paulo]]
* [[Ordem de São Bento]]
* [[Bento de Núrsia]]
* [[Nilva Leda Calixto]]
* [[Nilva Leda Calixto]]
* [[Mosteiro de São Bento (Sorocaba)]]*
* [[Mosteiro de São Bento (Sorocaba)]]*


{{Referências}}
{{Referências}}


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Ficheiro:Mosteiro igreja saobento.jpg|<center>A basílica, o mosteiro ao centro e o colégio à esquerda</center>
Ficheiro:Igreja saobento sp4.jpg|<center>Fachada da Basílica</center>
Ficheiro:Igreja saobento sp5.jpg|<center>Órgão da Igreja</center>
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== Ligações externas ==
== Ligações externas ==
{{commonscat|Mosteiro de São Bento (São Paulo)}}
{{commonscat|Mosteiro de São Bento (São Paulo)}}
* {{Link||2=http://www.mosteiro.org.br/ |3=Página oficial}}
* {{Link||2=http://www.mosteiro.org.br/ |3=Página oficial}}
* [http://padariadomosteiro.com.br/ Padaria do Mosteiro]
* [http://www.audicoelum.mus.br/igrejas.htm#www.audicoelum.mus.br As Igrejas]
* [http://faculdadedesaobento.com.br/ Faculdade São Bento]
* [http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/o-que-visitar/pontos-turisticos/205-mosteiro-de-sao-bento Visitar o Mosteiro de São Bento]
* [http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/edison-veiga/os-livros-censurados-do-mosteiro-de-sao-bento/ Os livros censurados do Mosteiro de São Bento]
* [http://colegiodesaobento.com.br/ Colégio São Bento]


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{{Cidade de São Paulo}}


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Revisão das 00h36min de 12 de setembro de 2017

Mosteiro de
São Bento
Mosteiro de São Bento (São Paulo)
Vista do Mosteiro e Igreja
Tipo
Estilo dominante Neorromânico
Arquiteto Richard Berndl
Início da construção 1910
Fim da construção 1922
Inauguração
  • 1922
Diocese Arquidiocese de São Paulo
Website http://www.mosteiro.org.br
Geografia
País  Brasil
Cidade São Paulo
Coordenadas 23° 32' 37" S 46° 38' 02" O

O Mosteiro de São Bento é um local histórico e religioso localizado no Largo de São Bento, no Centro da cidade de São Paulo, no Brasil. O local é um conjunto da Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção, do Colégio de São Bento e da Faculdade de São Bento. Sua estrutura atual começou a ser construída entre 1910 e 1912, a partir do projeto criado pelo arquiteto alemão Richard Berndl, mas o verdadeiro início da história do Mosteiro tem mais de 400 anos. Cerca de 45 monges vivem no Mosteiro, onde dedicam suas vidas à tradição do "ora e trabalha" (em latim: ora et labora). No caso dos monges paulistanos, acrescentou-se a tradição "e leia" (em latim: et legere). Os religiosos estão sempre dispostos a receber hóspedes e visitantes, acolhendo os que vêm à procura de oração, retiro, orientação espiritual ou confissão. A Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção (elevada a esta dignidade em 14 de junho de 1922) possui o coro para o ofício divino em rito monástico rezado diariamente pelos monges e a missa em rito romano, ambos com canto gregoriano.

Desde 2006, o titular do mosteiro é dom abade Mathias Tolentino Braga, que, em maio de 2007, hospedou o papa Bento XVI em sua primeira visita ao Brasil.

História

Mural no teto

A história dos beneditinos em São Paulo começa em 1598 (ano em que chegaram na cidade)[1], quando frei Mauro Teixeira, religioso paulista de São Vicente, levantou uma modesta igreja dedicada a São Bento. O terreno escolhido era um dos melhores da povoação, localizando-se no alto do morro, entre o rio Anhangabaú e o rio Tamanduateí, onde antes havia residido a casa do cacique Tibiriçá.[2] A construção começou a ser levantada a partir de 1600, quando a Câmara Municipal validou oficialmente a carta de sesmaria, que concedia permissão do governo de Portugal para o uso de tais terras. Em seu teor, a carta especifica:

“Carta de chãos de sesmaria, para o sítio do convento”

Por “constar ser como o dito padre diz e alega, por serviço de Deus Nosso Senhor e de seu servo, o bem aventurado São Bento”, “os quais chãos serão para o convento, mosteiro, ou casa do dito santo, fôrros livres e isentos de todo tributo e pensão, de hoje até o fim do mundo”.[2]

O conjunto era inicialmente muito modesto, composto pela pequena e velha igreja e quatro celas.[3]

Em 1641, o mosteiro foi palco importante do episódio histórico conhecido como Aclamação de Amador Bueno. Com o fim da União Ibérica, D. João, na época Duque de Bragança, foi coroado rei de Portugal. Em São Paulo, um grupo de colonos - em grande parte castelhanos - quis que a Capitania não reconhecesse o novo rei, e ofereceram o título de "Rei de São Paulo" a Amador Bueno. No entanto, este não quis aceitar a oferta, refugiando-se no Mosteiro de São Bento para se proteger da fúria popular. Finalmente, com a ajuda dos monges, os ânimos se acalmaram e D. João acabou sendo reconhecido pelos paulistas como o novo rei de Portugal.[2]

Amador Bueno não aceitando a coroa, foi perseguido pelos paulistas e se refugiou no Mosteiro de São Bento, em São Paulo. Óleo de Oscar Pereira da Silva.

A partir de 1650, a estrutura passou por uma grande ampliação, graças ao bandeirante Fernão Dias Pais, conhecido como "caçador de esmeraldas".[3] Em troca do apoio financeiro, os monges lhe concederam o privilégio de após a sua morte ser sepultado na capela-mor da igreja do mosteiro, assim como seus parentes e descendentes.[3] Até hoje seus restos mortais repousam na cripta da igreja.[4] Datam dessa mesma época as imagens de barro de São Bento e Santa Escolástica, feitas por frei Agostinho de Jesus (c. 1600-1661) e conservadas até a atualidade expostas no altar-mor da igreja.[5]

Na primeira metade do século XIX, uma lei do governo imperial determinou a extinção dos noviciados no Brasil, impedindo a renovação dos velhos monges por religiosos mais jovens. A decadência inevitável causada por essa lei fez com que se cogitasse a transferência do mosteiro ao tesouro público.[5] Essa situação só foi revertida pela ação do abade D. Miguel Kruse (1864-1929), religioso alemão que renovou o mosteiro. Em 1903, Kruse fundou o Colégio de São Bento, de ensino secundário, e em 1908 ainda criou a Faculdade de Filosofia, considerada a primeira do tipo no Brasil.[4]

Também por iniciativa de D. Miguel Kruse foram demolidas a igreja e o mosteiro da época colonial para a construção de um edifício mais moderno e grandioso.[4] A edificação atual, visando acompanhar o processo de urbanização da cidade, começou a ser erguida em 1910 e a quarta construção desde sua instalação na cidade de São Paulo.[2]

Arquitetura

O mosteiro por volta de 1860 (fotografia de Militão de Azevedo)

O mosteiro tem sua arquitetura originada tipicamente do século XVII. As obras para a construção do atual Mosteiro de São Bento ocorreram entre 1910 e 1922, seguindo o projeto do arquiteto alemão Richard Berndl, natural de Munique.[3][5] O estilo geral segue a tradição da arquitetura eclética germânica.[5] A maior parte da decoração interna, como os murais, foi planejada e executada pelo monge D. Adalbert Gressnicht (1877-1956), holandês que chegou ao Brasil em 1913 especialmente para essa responsabilidade. Adalbert veio originalmente da Abadia de Maredsous na Bélgica. Gressnicht era seguidor da Escola de Arte Beuron, uma tradicional escola de Praga[6] e realizou pinturas, vitrais, murais, afrescos e decoração escultória no estilo da Abadia de Beuron, na Alemanha.[5]

Destacam-se ainda as imagens da nave realizadas entre 1919 e 1922 pelo escultor e pintor belga Adrian Henri Vital van Emelen (1868-1943), do Liceu de Artes e Ofícios. De 1921 data o conjunto escultório localizado numa trave sobre a capela-mor, da autoria de Anton Lang (1875–1938).[5] Por fim, o altar-mor em si é feito de mármore da região do Lago Maggiore na Itália.[5]

Relógio e órgão

Órgão da Igreja

O relógio do Mosteiro de São Bento, é de fabricação alemã, e foi instalado em 1921.[3] Era considerado o relógio mais preciso de São Paulo, até o aparecimento dos relógios a cristal de quartzo.[3] O seu maquinário, conta também com um carrilhão com seis sinos afinados que tocam nas horas cheias e nas frações.[3]

O órgão da igreja data de 1954 e é também alemão. Foi produzido pela Fábrica Walcker e possui mais de 6.000 tubos.[5]

Papa Bento XVI e restauração

Em 2006, o mosteiro passou por um intenso processo de restauração e melhorias para receber e hospedar o papa Bento XVI, em sua visita ao Brasil em maio de 2007.[7]

Com a cobertura internacional gerada pelo interesse que a visita despertou, o Mosteiro ganha projeção, o que pode desenvolver o turismo religioso e cultural na cidade.

Colégio e Faculdade

A basílica, o mosteiro ao centro e o colégio à esquerda

Em julho de 1900, se iniciou um novo período na história do mosteiro, quando se deu início as obras do colégio (então chamado de ginásio), que ficou pronto em 1903, contando, entre seus professores fundadores, com Afonso d'Escragnolle Taunay. Após isso, em 1908, foi fundada a Faculdade de Filosofia, que viria a ser a primeira do Brasil e embrião da atual Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.[2]

Foi nessa mesma época, que também se iniciou o projeto de uma nova abadia e um novo mosteiro. Em 1910, teve início a construção, segundo projeto do arquiteto Richard Berndl, da cidade de Munique, na Alemanha. Quatro anos mais tarde, em 1914, estava completo o conjunto tal como é conhecido hoje, abrigando a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, o Mosteiro e o Colégio de São Bento.[2]

A Faculdade de São Bento ainda hoje retém sua tradição educacional oferecendo curso de licenciatura em filosofia, além de cursos línguas clássicas, como grego e latim.[8]

Padaria e lojinha do Mosteiro de São Bento

Fachada da Basílica

Além da Catedral, da Faculdade, do Colégio, o Mosteiro conta também com uma padaria em suas habitações, onde são fabricados, pelos próprios monges, pães, bolos, biscoitos, geleias, chocolates e cervejas artesanais.[9] As receitas são muito bem guardadas e só são passadas de monge para monge pois não se pode perder a tradição. Em relação aos preços, comparado com uma padaria tradicional, pode-se considerar bem alto, porém todos os seus produtos são feitos com total qualidade.

Os produtos mais procurados são: os pães,que na sua composição tem mandioquinha, os benedictus que é um pão de mel recheado com geleia de morango, e também como mais procurados tem os bolos, que fogem do estilo tradicional, como por exemplo a receita suíça do bolo de nozes com maça.

Na lojinha pode se encontrar livros, imagens sagradas, medalhas de São Bento,[10] e cd's de canto gregoriano gravados pelos monges, como o Cantus Selecti que é uma compilação de orações em latim cantadas em gregoriano.[11]

Além da loja anexa ao Mosteiro, há também um café avulso localizado no bairro dos Jardins, na Zona Oeste de São Paulo.[9]

Biblioteca

O mosteiro abriga ainda uma biblioteca com mais de 100 000 títulos, alguns bem raros. Especula-se que seja a mais antiga da cidade de São Paulo,[12] tendo início com os primeiros monges que chegaram em 1598.

O acervo contém 581 títulos publicados antes do século XIX, entre eles seis raros incunábulos. O mais antigo é um Novo Testamento datado de 1496. Possui ainda, uma curiosa coleção de manuscritos minúsculos, com menos de um centímetro de lombada, que contém uma passagem bíblica ou uma oração, além de edições raras de livros que foram proibidos pela Igreja Católica.[13]

O acesso ao acervo é restrito aos monges e alunos, mas pesquisadores e estudiosos podem solicitar uma permissão especial.[13]

Ver também

Referências

  1. Omuro, Adriana. «Mosteiro de São Bento». www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 26 de abril de 2017 
  2. a b c d e f Basílica Nossa Senhora da Assunção - Mosteiro de São Bento. Portal da Arquidiocese de São Paulo.
  3. a b c d e f g Mosteiro de São Bento (1598-1600) no sítio São Paulo 450 anos
  4. a b c Histórico do Mosteiro no sítio oficial
  5. a b c d e f g h João Baptista Barbosa Neto, OSB. O Mosteiro de São Bento e a Arte Beuronense no sítio da Biblioteca do Mosteiro
  6. Omuro, Adriana. «Mosteiro de São Bento». www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 26 de abril de 2017 
  7. Monteiro, Flora. «Mosteiro de São Bento». Revista Veja SP 
  8. Curso de Línguas. Portal da Faculdade São Bento.
  9. a b Veiga, Edison (11 de setembro de 2017). «As boas novas da divina padaria do Mosteiro São Bento». Estadão 
  10. http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/atrativos/pontos-turisticos/205-mosteiro-de-sao-bento
  11. Caesar, Demetrius (5 de agosto de 2001). «Monges a capela». Folha de S. Paulo 
  12. «Biblioteca do Mosteiro» 
  13. a b Veiga, Edison (30 de março de 2016). «Os livros censurados do Mosteiro de São Bento». Estadão 

Ligações externas

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