Jackson Pollock: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Desfeita a edição 49942061 de 179.113.64.89
Inseri mais algumas informações sobre as contribuições de Jackson Pollock para o movimento do expressionismo abstrato.
Linha 50: Linha 50:
* 1953: "Ocean Greyness"<ref>{{citar web|url=http://academic.algonquincollege.com/students/cars0037/ocean.jpg|data=|acessodata=|obra=|publicado=Academic.algonquincollege.com|formato=JPG|autor=|título=Ocean Greyness|língua=}}</ref>
* 1953: "Ocean Greyness"<ref>{{citar web|url=http://academic.algonquincollege.com/students/cars0037/ocean.jpg|data=|acessodata=|obra=|publicado=Academic.algonquincollege.com|formato=JPG|autor=|título=Ocean Greyness|língua=}}</ref>


== Contribuições ao expressionismo abstrato ==
== Contribuições para o expressionismo abstrato ==
A obra de Pollock foi fundamental para que fossem pensadas muitas questões dentro do expressionismo abstrato. Uma delas é a passividade no estilo de pintura: mesmo que Pollock faça uso da ''action painting'', a abstração resultante é informal e livre.<ref>{{citar livro|título=Os Movimentos Artísticos a Partir de 1945|ultimo=LUCIE-SMITH|primeiro=Edward|editora=Martins Fontes|ano=2006|local=São Paulo|páginas=15, 16|acessodata=}}</ref> Como descrito pelo próprio artista:<blockquote>"Quando estou ''na'' pintura, não tenho consciência do que estou fazendo. Só vejo o que fiz depois de um período de "conscientização". Não tenho medo de fazer mudanças, destruir a imagem etc., porque a pintura tem vida própria. É só quando perco contato com a pintura que o resultado é ruim. Caso contrário, há pura harmonia, uma troca tranquila, e a pintura fica ótima."<ref>{{citar periódico|ultimo=POLLOCK|primeiro=Jackson|data=Inverno de 1947-48|titulo=My Painting|jornal=Possibilities I|doi=|url=|acessadoem=}}</ref></blockquote><blockquote></blockquote>
Como um dos primeiros artistas e peça-chave para o expressionismo abstrato, onda artística que se desenvolveu durante o [[pós-guerra]] norte-americano (principalmente em Nova Iorque), a obra de Pollock foi fundamental para que fossem pensadas muitas questões dentro do movimento. Uma delas é a passividade no estilo de pintura: mesmo que Pollock faça uso da ''action painting'', a abstração resultante é informal e livre.<ref name=":0">{{citar livro|título=Os Movimentos Artísticos a Partir de 1945|ultimo=LUCIE-SMITH|primeiro=Edward|editora=Martins Fontes|ano=2006|local=São Paulo|páginas=15, 16|acessodata=}}</ref> Como descrito pelo próprio artista:<blockquote>"Quando estou ''na'' pintura, não tenho consciência do que estou fazendo. Só vejo o que fiz depois de um período de "conscientização". Não tenho medo de fazer mudanças, destruir a imagem etc., porque a pintura tem vida própria. É só quando perco contato com a pintura que o resultado é ruim. Caso contrário, há pura harmonia, uma troca tranquila, e a pintura fica ótima."<ref>{{citar periódico|ultimo=POLLOCK|primeiro=Jackson|data=Inverno de 1947-48|titulo=My Painting|jornal=Possibilities I|doi=|url=|acessadoem=}}</ref></blockquote>Outra questão trazida à tona pelo trabalho de Pollock foi a da espacialidade na pintura. Suas obras não são planas – ao contrário, ele cria um espaço entre a superfície da pintura e a tinta gotejada sobre ela. O fato de a pintura ser criada antes mesmo do limite real da tela ter sido definido (a tela era cortada depois, para adaptar-se à criação) também difere do trabalho dos pintores [[Arte moderna|modernos]]<ref name=":0" />

Por essa habilidade de sintetizar o que os artistas antes dele haviam feito com um olhar para o futuro, Pollock foi batizado por [[Harold Rosenberg]], o principal teórico do expressionismo abstrato, de "fenômeno de conversão"<ref>{{citar livro|título=The Tradition of the New|ultimo=ROSENBERG|primeiro=Harold|editora=Da Capo Press|ano=1994|local=Boston|páginas=p. 31|acessodata=}}</ref>.


== Cultura ==
== Cultura ==

Revisão das 01h20min de 25 de setembro de 2017

 Nota: Se procura por outras acepções, veja Pollock (desambiguação).
Jackson Pollock
Jackson Pollock
Nascimento Paul Jackson Pollock
28 de janeiro de 1912
Cody, Estados Unidos
Morte 11 de agosto de 1956 (44 anos)
Springs, Estados Unidos
Sepultamento Green River Cemetery
Nacionalidade Estados Unidos Norte-americano
Cidadania Estados Unidos
Cônjuge Lee Krasner
Filho(a)(s) Ester Mistergan, Jack Pallor
Alma mater
Ocupação Pintor
Obras destacadas No. 5, 1948, Ritmo de outono (Número 30), Blue Poles
Movimento estético expressionismo abstrato, gestualismo
Religião Cristã
Causa da morte acidente rodoviário
Assinatura

Paul Jackson Pollock (Cody, Wyoming, 28 de janeiro de 1912Springs, 11 de agosto de 1956) foi um pintor norte-americano e referência no movimento do expressionismo abstrato.

Biografia

Jackson Pollock nasceu a 28 de Janeiro de 1912 em Cody, no estado de Wyoming, EUA. Começou seus estudos em Los Angeles e depois mudou-se para New York. Homem de personalidade volátil com vários problemas relacionados com o alcoolismo, casou-se com a pintora Lee Krasner em 1945, que se tornaria uma importante influência em sua carreira e em seu legado.[1]

Desenvolveu uma técnica de pintura criada por Max Ernst, o dripping (gotejamento), na qual respingava a tinta sobre suas imensas telas: os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. Pollock foi muito importante para o dripping; o quadro "UM" é um exemplo dessa técnica. Pintava com a tela colocada no chão para se sentir dentro do quadro. Pollock partia do zero: do pingo de tinta que deixava cair na tela elaborava uma obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete, Pollock também não usava pincéis.

A arte de Pollock combina a simplicidade com a pintura pura e suas obras de maiores dimensões possuem características monumentais que exemplificam o seu estilo. Com Pollock, há o auge da pintura de ação (action painting). A tensão ético-religiosa por ele vivida o impele aos pintores da Revolução mexicana. Sua esfera da arte é o inconsciente: seus signos são um prolongamento do seu interior. Apesar de ter seu trabalho reconhecido e com exposições por vários países do mundo, Pollock nunca saiu dos Estados Unidos.

Morreu em um acidente de carro em 11 de agosto de 1956, com 44 anos. Foi sepultado no Green River Cemetery, Condado de Suffolk, Nova Iorque, Estados Unidos.[2]

Lista dos principais trabalhos

Contribuições para o expressionismo abstrato

Como um dos primeiros artistas e peça-chave para o expressionismo abstrato, onda artística que se desenvolveu durante o pós-guerra norte-americano (principalmente em Nova Iorque), a obra de Pollock foi fundamental para que fossem pensadas muitas questões dentro do movimento. Uma delas é a passividade no estilo de pintura: mesmo que Pollock faça uso da action painting, a abstração resultante é informal e livre.[24] Como descrito pelo próprio artista:

"Quando estou na pintura, não tenho consciência do que estou fazendo. Só vejo o que fiz depois de um período de "conscientização". Não tenho medo de fazer mudanças, destruir a imagem etc., porque a pintura tem vida própria. É só quando perco contato com a pintura que o resultado é ruim. Caso contrário, há pura harmonia, uma troca tranquila, e a pintura fica ótima."[25]

Outra questão trazida à tona pelo trabalho de Pollock foi a da espacialidade na pintura. Suas obras não são planas – ao contrário, ele cria um espaço entre a superfície da pintura e a tinta gotejada sobre ela. O fato de a pintura ser criada antes mesmo do limite real da tela ter sido definido (a tela era cortada depois, para adaptar-se à criação) também difere do trabalho dos pintores modernos[24]

Por essa habilidade de sintetizar o que os artistas antes dele haviam feito com um olhar para o futuro, Pollock foi batizado por Harold Rosenberg, o principal teórico do expressionismo abstrato, de "fenômeno de conversão"[26].

Cultura

Referências

  1. Naifeh, Steven and Smith, Gregory White, Jackson Pollock:an American saga, p.503, Published by Clarkson N. Potter, Inc.1989, ISBN 0-517-56084-4
  2. Jackson Pollock (em inglês) no Find a Grave
  3. «Male and Female» (JPG). Ibiblio.org 
  4. «Stenographic Figure» (JPG). Ibiblio.org. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  5. «Moon-Woman Cuts the Circle» (JPG). Beatmuseum.org 
  6. «Blue (Moby Dick)» (JPG). Ibiblio.org 
  7. «Eyes in the Heat» (JPG). Ibiblio.org 
  8. «The Key» (JPG). Ibiblio.org 
  9. «The Tea Cup» (JPG). Ibiblio.org 
  10. «Shimmering Substance» (JPG). Ibiblio.org 
  11. «Full Fathom Five» (JPG). Ibiblio.org 
  12. «Cathedral» (JPG). Academic.algonquincollege.com 
  13. «Convergence» (JPG). Academic.algonquincollege.com 
  14. «Painting» (JPG). Academic.algonquincollege.com 
  15. «Number 8» (JPG). Academic.algonquincollege.com 
  16. «Summertime: Number 9A» (em inglês). Tate.org.uk 
  17. «Lavender Mist: Number 1, 1950» (JPG). Ibiblio.org 
  18. «Autumn Rhythm: No.30, 1950» (JPG). Academic.algonquincollege.com 
  19. «One: No. 31, 1950» (JPG) 
  20. «Number 7» (JPG). Academic.algonquincollege.com 
  21. «Blue Poles: No. 11, 1952» (JPG). Academic.algonquincollege.com 
  22. «Easter and the Totem» (JPG). Ibiblio.org 
  23. «Ocean Greyness» (JPG). Academic.algonquincollege.com 
  24. a b LUCIE-SMITH, Edward (2006). Os Movimentos Artísticos a Partir de 1945. São Paulo: Martins Fontes. pp. 15, 16 
  25. POLLOCK, Jackson (Inverno de 1947-48). «My Painting». Possibilities I  Verifique data em: |data= (ajuda)
  26. ROSENBERG, Harold (1994). The Tradition of the New. Boston: Da Capo Press. pp. p. 31 

Ligações externas

0


0