Expulsão dos alemães após a Segunda Guerra Mundial: diferenças entre revisões

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O movimento dos alemães envolveu um total de pelo menos 12 milhões de pessoas, com algumas fontes colocando o valor de 14 milhões de pessoas, e foi a maior movimentação ou transferência de qualquer outro [[grupo étnico]] único da [[história moderna]]. Os maiores números vieram dos antigos territórios orientais da Alemanha adquirida pela Polónia e pela União Soviética (cerca de 7 milhões) e da Tchecoslováquia (cerca de 3 milhões). Foi também a maior entre todas as expulsões do pós-guerra na Europa Central e Oriental, onde mais de vinte milhões de pessoas foram deslocadas no total. O evento têm sido descrito de diversas formas como [[transferência populacional]], [[limpeza étnica]] ou [[democídio]].
O movimento dos alemães envolveu um total de pelo menos 12 milhões de pessoas, com algumas fontes colocando o valor de 14 milhões de pessoas, e foi a maior movimentação ou transferência de qualquer outro [[grupo étnico]] único da [[história moderna]]. Os maiores números vieram dos antigos territórios orientais da Alemanha adquirida pela Polónia e pela União Soviética (cerca de 7 milhões) e da Tchecoslováquia (cerca de 3 milhões). Foi também a maior entre todas as expulsões do pós-guerra na Europa Central e Oriental, onde mais de vinte milhões de pessoas foram deslocadas no total. O evento têm sido descrito de diversas formas como [[transferência populacional]], [[limpeza étnica]] ou [[democídio]].


Muitas mortes foram atribuídas às expulsões, com estimativas variando 500 mil a dois milhões, onde os valores mais elevados incluem as mortes por [[fome]] e [[doença]]s, bem como de atos violentos .Em 1953, o governo da Alemanha Ocidental ordenou uma pesquisa do Suchdienst (serviço de busca) das igrejas alemãs para rastrear o destino de 16,2 milhões de pessoas na área das expulsões, a pesquisa foi concluída em 1964, mas mantida em segredo até 1987. O serviço de pesquisa foi capaz de confirmar 473.013 mortes de civis, houve 1.905.991 casos adicionais de pessoas cujo destino não pôde ser determinado. em 1998 o historiador americano rudolph rummel examinou os dados entrou uma faixa de 528.000 a 3.724.000 mortes devido as expusões.Muitos civis alemães também foram enviados para campos de internamento e de trabalho. A política era parte da geopolítica e de reconfiguração étnica da Europa pós-guerra e, em retaliação à [[Alemanha nazista]] pelas subsequentes limpezas étnicas e atrocidades cometidas na Europa ocupada pelos nazistas.
Muitas mortes foram atribuídas às expulsões, com estimativas variando 500 mil a dois milhões, onde os valores mais elevados incluem as mortes por [[fome]] e [[doença]]s, bem como de atos violentos. Muitos civis alemães também foram enviados para campos de internamento e de trabalho. A política era parte da geopolítica e de reconfiguração étnica da Europa pós-guerra e, em retaliação à [[Alemanha nazista]] pelas subsequentes limpezas étnicas e atrocidades cometidas na Europa ocupada pelos nazistas.


As deslocações ocorreram em três fases sobrepostas, a primeira das quais foi a fuga e evacuação de civis alemães face ao avanço do [[Exército Vermelho]], de meados de 1944 até ao início de 1945.<ref name="Gibney197198">{{citar livro|título=Immigration and Asylum: From 1900 to the Present|primeiro1 =Matthew J |último1 =Gibney |primeiro2 =Randall |último2 =Hansen|ano=2005|página=197 |isbn=1-57607-796-9 |publicado=ABC-CLIO |local=Santa Barbara, Calif.}}</ref> A segunda fase foi a expulsão desorganizada de alemães que se seguiu à derrota da [[Wehrmacht]].<ref name="Gibney197198"/> A terceira foi já mais organizada e seguiu-se ao [[Acordo de Potsdam]],<ref name="Gibney197198"/> que redefiniu as fronteiras da Europa Central e aprovou as expulsões ordeiras e humanas dos alemães da Polónia, Checoslováquia e Hungria.<ref>{{citar web|url=http://www.pbs.org/wgbh/amex/truman/psources/ps_potsdam.html |título=Agreements of the Berlin (Potsdam) Conference, July 17-August 2, 1945|publicado=[[Public Broadcasting Service|PBS]]|acessodata=29 de agosto de 2009}}</ref> Muitos civis alemães foram também enviados para campos de trabalho.<ref>*{{citar livro|título=Germany: 2000 Years : Volume III : From the Nazi Era to German Unification|editor-nome =Frederic C|editor-sobrenome =Tubach|primeiro1 =Gerhart|último1 =Hoffmeister|primeiro2 =Kurt Frank|último2 =Reinhardt|primeiro3 =Frederic C|último3 =Tubach|edição=2|publicado=Continuum International Publishing Group|ano=1992|isbn=0-8264-0601-7|url=http://www.google.de/books?id=glMpTyiRXDoC&pg=PA57|acessodata=28 de agosto de 2009|página=57}}
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Expulsão dos sudetos alemães
Refugiados alemães expulsos da Silésia após a transferência do território para a Polónia em 1945.

A expulsão de alemães após a Segunda Guerra Mundial se refere à migração forçada de alemães étnicos (Volksdeutsche) e cidadãos alemães (Reichsdeutsche) nas fases finais da Segunda Guerra Mundial e no período após o fim da guerra, de vários estados e territórios da Europa, principalmente das zonas ocupadas pelos Aliados na Alemanha e a na Áustria.

Depois da Segunda Guerra, essas áreas, incluídas nas províncias alemãs pré-guerra, foram transferidas para a Polônia e para a União Soviética, assim como as áreas que a Alemanha nazista havia anexado ou ocupado na Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, norte da Iugoslávia e outros Estados da Europa Central e Oriental.

O movimento dos alemães envolveu um total de pelo menos 12 milhões de pessoas, com algumas fontes colocando o valor de 14 milhões de pessoas, e foi a maior movimentação ou transferência de qualquer outro grupo étnico único da história moderna. Os maiores números vieram dos antigos territórios orientais da Alemanha adquirida pela Polónia e pela União Soviética (cerca de 7 milhões) e da Tchecoslováquia (cerca de 3 milhões). Foi também a maior entre todas as expulsões do pós-guerra na Europa Central e Oriental, onde mais de vinte milhões de pessoas foram deslocadas no total. O evento têm sido descrito de diversas formas como transferência populacional, limpeza étnica ou democídio.

Muitas mortes foram atribuídas às expulsões, com estimativas variando 500 mil a dois milhões, onde os valores mais elevados incluem as mortes por fome e doenças, bem como de atos violentos. Muitos civis alemães também foram enviados para campos de internamento e de trabalho. A política era parte da geopolítica e de reconfiguração étnica da Europa pós-guerra e, em retaliação à Alemanha nazista pelas subsequentes limpezas étnicas e atrocidades cometidas na Europa ocupada pelos nazistas.

As deslocações ocorreram em três fases sobrepostas, a primeira das quais foi a fuga e evacuação de civis alemães face ao avanço do Exército Vermelho, de meados de 1944 até ao início de 1945.[1] A segunda fase foi a expulsão desorganizada de alemães que se seguiu à derrota da Wehrmacht.[1] A terceira foi já mais organizada e seguiu-se ao Acordo de Potsdam,[1] que redefiniu as fronteiras da Europa Central e aprovou as expulsões ordeiras e humanas dos alemães da Polónia, Checoslováquia e Hungria.[2] Muitos civis alemães foram também enviados para campos de trabalho.[3] As maiores expulsões ficaram completas em 1950.[1] As estimativas para o número total de pessoas descendentes de alemães que vivem na Europa Oriental varia de 700 000 a 2,7 milhões.

Ver também

Referências

  1. a b c d Gibney, Matthew J; Hansen, Randall (2005). Immigration and Asylum: From 1900 to the Present. Santa Barbara, Calif.: ABC-CLIO. p. 197. ISBN 1-57607-796-9 
  2. «Agreements of the Berlin (Potsdam) Conference, July 17-August 2, 1945». PBS. Consultado em 29 de agosto de 2009 
  3. *Hoffmeister, Gerhart; Reinhardt, Kurt Frank; Tubach, Frederic C (1992). Tubach, Frederic C, ed. Germany: 2000 Years : Volume III : From the Nazi Era to German Unification 2 ed. [S.l.]: Continuum International Publishing Group. p. 57. ISBN 0-8264-0601-7. Consultado em 28 de agosto de 2009 

Bibliografia

Ligações externas


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