Demónio: diferenças entre revisões

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A tradição judaica cunhou a figura de demónio com significado totalmente diverso daquela corrente na tradição cristã. Para o primeiro, os demónios são seres meio-humano, meio-[[espírito]], criados após o homem, podendo reproduzir-se e ser bons ou maus, mas de natureza incompleta, cujos atos tendem ao caos.<ref>{{Citar livro|lingua3=en|título=Folktales of the Jews|subtítulo=tales from Arab lands|autor={{Smallcaps|Ben-Amos}}, Dan; {{Smallcaps|Noy}}, Dov|local=Filadélfia|editora=Jewish Publications Society|ano=2011|página=574, 577}}</ref>
A tradição judaica cunhou a figura de demónio com significado totalmente diverso daquela corrente na tradição cristã. Para o primeiro, os demónios são seres meio-humano, meio-[[espírito]], criados após o homem, podendo reproduzir-se e ser bons ou maus, mas de natureza incompleta, cujos atos tendem ao caos.<ref>{{Citar livro|lingua3=en|título=Folktales of the Jews|subtítulo=tales from Arab lands|autor={{Smallcaps|Ben-Amos}}, Dan; {{Smallcaps|Noy}}, Dov|local=Filadélfia|editora=Jewish Publications Society|ano=2011|página=574, 577}}</ref>
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== Ver também ==
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Visão Ateísta:

Na Idade Média, o Inferno e os Demônios em geral eram utilizados como meios de punição e controle da população, sendo que naquela época quem comandava era a Igreja, e não o Estado; e não havia normas legislativas e suas penas como sanções cabíveis para cada crime ou infrações penais e cíveis cometidas pelos cidadãos.

Sendo assim, a ordem era estabelecida pela Igreja, e as pessoas deixavam de cometer crimes, no caso, "heresia", por medo de serem condenados ao Inferno quando morrerem, ou por medo do próprio "Demônio" tão falado.

Também havia condenações em praça pública, onde o condenado era queimado na fogueira, e sua alma condenada a viver no Inferno.

Desta forma, o medo conseguia controlar muitas pessoas, sendo que a população mundial era muito menor que a atual.

Com o passar dos tempos, o Estado passou a comandar cada região, ao invés da Igreja, trazendo Constituições e normas para estabelecer uma ordem total. As figuras do Demônio e do Inferno não tiveram mais serventia alguma no papel social.

Porém, como crenças são passadas por gerações e dificilmente desacreditadas pela maioria, há quem ainda acredite, em pleno século XXI, na figura do Demônio e na existência do Inferno.

Quanto à pessoas possuídas por demônios que devem ser exorcizadas, a ciência avançou de um tempo para cá com estudos cerebrais, comprovando doenças e síndromes neurológicas e psicológicas, como esquizofrenia, psicose, psicopatia, síndrome do pânico, entre outras - que não são curadas ou tratadas em rituais utilizando o nome de Jesus Cristo, mas sim com medicamentos devidos, como Rivotril, Depakote, Quetrus, Alprazolan, Cloridratos de sertralina, de paroxetina ou de fluoxetina, Lexotan, Lítio, entre outros.

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Revisão das 01h47min de 12 de fevereiro de 2018

O Triunfo do Gênio da Destruição (1878), de Mihály Zichy.

Demónio (português europeu) ou demônio (português brasileiro) é, segundo o cristianismo, um anjo que se rebelou contra Deus e que passou a lutar pela perdição da humanidade.[1] Na antiguidade, contudo, o termo tinha outra conotação, referindo-se a um gênio que inspirava os indivíduos tanto para o bem quanto para o mal.[2][3]

Nos contextos judaico e islâmico, a ideia é diversa, até porque não se trata de um ente opositor ao Criador, mas de algumas criaturas a Ele subalternas. Na cércea do primeiro contexto, refere-se a um ser imperfeito que foi formado no sexto dia da Criação.[4] Para o segundo, os demônios, ou jiin, são seres que coexistem com os seres humanos, sendo dotados de livre-arbítrio e chefiados por Iblis.[5]

Etimologia

O termo «demônio» vem do grego δαιμόν (daimon), através do termo latino daemonium.[2]

Cristianismo

Ver artigos principais: Inferno, Demonologia e Possessão demoníaca
A Tentação de Santo Antão (1480-90), de Martin Schongauer, retrata Santo Antão (também grafado Antônio) cercado por demônios.

Na maioria das religiões cristãs, os demônios, ou espíritos imundos, são anjos caídos que foram expulsos do terceiro céu (a presença de Deus) (Apocalipse 12:7–9).

Popularmente, acredita-se que o chefe dos demônios, Lúcifer, era um querubim da guarda ungido (Ezequiel 28 e Isaías 14:13–14) que, ao desejar ser igual a Deus, foi expulso do Paraíso. É certo que há passagens na Bíblia que falam de seres caindo do céu, porém não são sobre Satanás e usam linguagem figurativa. Somente por uma leitura descuidada destes textos pode, alguém, chegar à história popular relativa à origem de Satanás.[6]

Porém, quando foi expulso do Céu, a Bíblia nos relata que Lúcifer (conhecido, depois da expulsão, como diabo e satanás, também referido em Apocalipse como "dragão" ou "antiga serpente", fazendo uma referência ao Livro do Gênesis) trouxe, consigo, um terço dos anjos de Deus (Apocalipse 12:4). Não encontra-se, na Bíblia cristã, qualquer referência ao quantitativo de anjos que acompanharam Lúcifer, mas o livro do Apocalipse diz que o número de anjos a serviço do Criador são "milhares de milhares e milhões de milhares" (Apocalipse 5:11).

Devido a vários motivos ou simplesmente por submissão religiosa a Satanás, os demônios podem, segundo a crença cristã, possuir alguém, assumindo inclusive o senhorio sobre o corpo desta pessoa, manipulando suas atitudes e palavras e influenciando fortemente os seus pensamentos. Para os cristãos, o único meio eficaz utilizado pelos apóstolos para falir a autoridade de um ou mais demônios sobre uma ou mais pessoas é o nome de Jesus Cristo, Filho de Deus, que, segundo a crença cristã, é o Nome sobre todo nome, inclusive o sobre o nome dos demônios.[7]

Cristadelfianos

Para os Cristadelfianos, os demônios na Bíblia são os deuses dos pagãos, isto é, dos não cristãos e não judeus. Segundo os Cristadelfianos, os antigos gregos acreditavam que os espíritos podiam possuir pessoas e que eram os espíritos dos falecidos que tinham subido ao nível de demônios (semideuses que traziam o bem ou o mal à humanidade). Quando alguém não entendia a causa de uma enfermidade, por não haver causa aparente ou por ser uma doença do foro psicológico, a enfermidade era atribuída a demônios. Os Cristadelfianos também não acreditam que os anjos possam pecar.[8]

Judaísmo

A tradição judaica cunhou a figura de demónio com significado totalmente diverso daquela corrente na tradição cristã. Para o primeiro, os demónios são seres meio-humano, meio-espírito, criados após o homem, podendo reproduzir-se e ser bons ou maus, mas de natureza incompleta, cujos atos tendem ao caos.[9]

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Ver também

Visão Ateísta:

Na Idade Média, o Inferno e os Demônios em geral eram utilizados como meios de punição e controle da população, sendo que naquela época quem comandava era a Igreja, e não o Estado; e não havia normas legislativas e suas penas como sanções cabíveis para cada crime ou infrações penais e cíveis cometidas pelos cidadãos.

Sendo assim, a ordem era estabelecida pela Igreja, e as pessoas deixavam de cometer crimes, no caso, "heresia", por medo de serem condenados ao Inferno quando morrerem, ou por medo do próprio "Demônio" tão falado.

Também havia condenações em praça pública, onde o condenado era queimado na fogueira, e sua alma condenada a viver no Inferno.

Desta forma, o medo conseguia controlar muitas pessoas, sendo que a população mundial era muito menor que a atual.

Com o passar dos tempos, o Estado passou a comandar cada região, ao invés da Igreja, trazendo Constituições e normas para estabelecer uma ordem total. As figuras do Demônio e do Inferno não tiveram mais serventia alguma no papel social.

Porém, como crenças são passadas por gerações e dificilmente desacreditadas pela maioria, há quem ainda acredite, em pleno século XXI, na figura do Demônio e na existência do Inferno.

Quanto à pessoas possuídas por demônios que devem ser exorcizadas, a ciência avançou de um tempo para cá com estudos cerebrais, comprovando doenças e síndromes neurológicas e psicológicas, como esquizofrenia, psicose, psicopatia, síndrome do pânico, entre outras - que não são curadas ou tratadas em rituais utilizando o nome de Jesus Cristo, mas sim com medicamentos devidos, como Rivotril, Depakote, Quetrus, Alprazolan, Cloridratos de sertralina, de paroxetina ou de fluoxetina, Lexotan, Lítio, entre outros.

Referências

  1. Livro de Enoque, Capítulo LXIX [em linha]
  2. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.534
  3. Bóreas se enche de raiva demoníaca para violentar Orítia, filha do rei Erecteu de Atenas e casada com Tereu rei da Trácia; Ovídio, Metamorfoses, Livro VI, 675-701
  4. Schwartz, Howard (2004). Tree of Souls. the mythology of Judaism (em inglês). Nova Iorque: Oxford. p. 227 
  5. Waardenburg, Jean Jacques (2002). Islam. historical, social, and political perspectives (em inglês). [S.l.]: Walter de Gruyter & Co. p. 38. ISBN 3110171783 
  6. «A origem de Satanás». Consultado em 26.jun.2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. Lara, Aroldo (2011). Possessão e exorcismo. São Paulo: Biblioteca24horas. p. 38. ISBN 978-85-7893-980-9 
  8. «Literatura - Diabo e Satanás - O Diabo, vosso adversário». Consultado em 26.jun.2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. Ben-Amos, Dan; Noy, Dov (2011). Folktales of the Jews. tales from Arab lands (em inglês). Filadélfia: Jewish Publications Society. p. 574, 577  templatestyles stripmarker character in |autor= at position 1 (ajuda)

Bibliografia

  • Sigmund Freud (1950). Totem and Taboo:Some Points of Agreement between the Mental Lives of Savages and Neurotics (em inglês). Nova Iorque: W. W. Norton & Company. ISBN 978-0-393-00143-3 
  • Wundt, W. (1906). Mythus und Religion, Teil II (Völkerpsychologie, Band II). Leipzig.
  • Castaneda, Carlos (1998). The Active Side of Infinity. HarperCollins NY ISBN 978-0-06-019220-4

Leitura adicional

  • Evil and the Demonic: A New Theory of Monstrous Behavior (em inglês). Nova Iorque: New York University Press. 1996. ISBN 978-0-8147-6193-9