Mário Couto: diferenças entre revisões

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Cilene havia sido envolvida como uma das principais articuladoras das fraudes em licitações durante a gestão de Mário Couto à frente da ALEPA<ref name=":0">{{Citar web|titulo = Senador que fala em 'ética' é réu em 11 processos por corrupção|url = http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/04/senador-que-fala-em-etica-e-reu-em-11-processos-por-corrupcao.html|website = Pragmatismo Político|acessodata = 2016-02-04}}</ref>
Cilene havia sido envolvida como uma das principais articuladoras das fraudes em licitações durante a gestão de Mário Couto à frente da ALEPA<ref name=":0">{{Citar web|titulo = Senador que fala em 'ética' é réu em 11 processos por corrupção|url = http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/04/senador-que-fala-em-etica-e-reu-em-11-processos-por-corrupcao.html|website = Pragmatismo Político|acessodata = 2016-02-04}}</ref>

Em 2015, após sua derrota na disputa pela reeleição ao Senado no ano anterior, Couto desfilia-se do PSDB, estando sem filiação partidária até 2017, quando assinou a ficha de filiação ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).


=== Impeachment de Dilma Rousseff ===
=== Impeachment de Dilma Rousseff ===

Revisão das 23h09min de 11 de abril de 2018

Mário Couto
Mário Couto
Foto:Waldemir Barreto/Agência Senado
Senador pelo Pará
Período 1º de fevereiro de 2007
até 31 de janeiro de 2015
Deputado Estadual do Pará
Período 1º de fevereiro de 1991
até 31 de janeiro de 2007
(4 mandatos consecutivos)
Dados pessoais
Nascimento 14 de janeiro de 1946 (78 anos)
Salvaterra, PA, Brasil
Cônjuge Solange de Nazaré Gomes da Silva
Partido PP
Profissão Administrador

Mário Couto Filho (Salvaterra, 14 de janeiro de 1946) é um administrador de empresas e político brasileiro. Atualmente filiado ao Partido Progressista[1]. Couto é conhecido pelo temperamento forte e frequentes envolvimentos em bate-bocas. Foi um dos críticos mais severos ao Partido do Trabalhadores (PT) durante sua candidatura no Senado Federal, chegando a chamar os colegas de ladrões durante pronunciamento[2].

Carnaval Paraense

Em 1982 Mário Couto funda no bairro do Guamá, a Sociedade Recreativa Cultural e Carnavalesca Arco-Íris, uma escola de samba da cidade de Belém do Pará, no Estado do Pará. Nascendo através de um alto investimento e integrando o grupo principal do carnaval paraense, a agremiação estava disposta a acabar com a supremacia da escola Rancho Não Posso Me Amofiná, até então absoluta campeã das edições anteriores[3].

A agremiação contou com o apoio de dois nomes de proa da Beija-Flor de Nilópolis (do RJ): o carnavalesco Joãozinho Trinta e diretor de harmonia Laíla.

Finalmente em 1983, o esforço compartilhado de Mario Couto com a Comunidade do bairro do Guamá culminou no título de Campeã do Carnaval Paraense em 1983.

Carreira Política

Graduado em Administração na UFPA, Mário Couto começou a sua vida política após presidir o antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) do Pará. Cumpriu 4 mandatos consecutivos como deputado estadual do Pará (de 1990 a 2006), tendo presidido também a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA), período no qual acumulou a maior parte dos seus processos criminais por fraude.

Foi eleito senador pelo PSDB do Pará em 2006, com os suplentes também tucanos Demetrius Fernandes Ribeiro e Sydney Jorge Rosa, nessa ordem.

O senador alçou fama por tecer severas críticas aos governos do PT. Chegou a classificar senadores como "ladrões" em discurso proferido na tribuna do Senado e a pedir ao Supremo Tribunal Federal uma "limpeza" do Congresso, com a averiguação do patrimônio de cada senador.[4][5][6][7][8][9]

Nas eleições estaduais no Pará em 2010, Cilene Couto, filha do senador, elegeu-se deputada estadual.[10]

Cilene havia sido envolvida como uma das principais articuladoras das fraudes em licitações durante a gestão de Mário Couto à frente da ALEPA[11]

Impeachment de Dilma Rousseff

A primeira vez que Couto apresentou pedido de impeachment foi quando a presidente declarou ter lido todo o documento da compra da refinaria de Pasadena e seguidamente aprovou a operação. Segundo Couto, a então Presidente teria cometido "crime de improbidade administrativa". Segundo informou aos jornais da época, Couto acreditava que esse fato teria dado início ao maior escândalo da corrupção no país[12].

Em uma segunda tentativa e já despedindo-se do Senado em 2014, após ser derrotado pelo petista Paulo Rocha nas eleições estaduais no Pará em 2014, o então Senador Mario Couto chegou a anunciar um novo pedido de impeachment da então Presidente Dilma Rousseff que foi posteriormente arquivado pela presidência do Senado[13].

Mudança de Partido

Em 2015, após sua derrota na disputa pela reeleição ao Senado Federal, Couto desfilia-se do PSDB, entendendo que fora prejudicado pelo partido na corrida eleitoral, mais precisamente pelo Governador do Estado do Pará Simão Jatene (PSDB), quem Mário Couto chegou a ofender publicamente[14]. Segundo Couto, o Governador teria articulado a candidatura de 6 aspirantes ao Senado Federal, incluindo Mário Couto, na coligação "Juntos Com o Povo". Com isso, restou à Mário Couto escassos 60 segundos para a realização de sua propaganda eleitoral gratuita frente aos 6 minutos de seu principal adversário Paulo Rocha (PT). Segundo informou à imprensa e em uma de suas publicações, a consequência direta do fato foi que o petista dispunha de vastos minutos para proferir acusações, enquanto ele - Mario Couto - não tinha tempo suficiente para se defender e esclarecer os fatos em que fora direta ou indiretamente citado[15].

Permaneceu sem partido até outubro de 2017, quando assinou a ficha de filiação partidária pelo Partido Progressista (PP)

Crimes e Processos que responde como Réu

Mário Couto já respondia, até abril de 2014, 11 processos como réu.[16][17]

Anos 1980: bicheiros e ameaças a delegados

Na década de 80, o senador já era figura carimbada no mundo da contravenção penal. Em matéria recente, o Congresso em Foco, publicação do Congresso Nacional, revelou ao país aquilo que Couto ainda negava: ele foi um dos líderes da contravenção penal em Belém, nas décadas de 80 e 90. Reproduzindo informações da jornalista paraense Ana Célia Pinheiro, o jornal brasiliense informa que o senador do PSDB aparecia todos os dias nos jornais da época, ao lado de Miguel Pinho, Bosco Moisés, Valdemar e outros, ameaçando delegados e policiais civis que cumpriam a lei. O poder que ele e seus sócios exerciam no esquema ilegal era tanto que Couto dizia que "o jogo deveria ser tolerado e não reprimido, porque contribuía para obras de caridade do governo". Proprietário da banca de jogo A Favorita, estava sempre cercado de seguranças armados, chegando a ser um dos diretores de uma inusitada Associação dos Banqueiros e Bicheiros do Estado do Pará.

As fotos e matérias da época dos jornais DIÁRIO DO PARÁ, A Província do Pará e do próprio O Liberal, ainda produziram no senador mais uma de suas habituais crises de cinismo.[18]

Estelionato

Foi processado por emitir três cheques sem fundos e se recusar a pagar uma dívida que, corrigida, chegaria a R$ 82 mil, e fugiu da citação do oficial de justiça. A dívida de Couto fora contraída na compra de um barco pertencente a um renomado médico de Belém que, temendo por sua integridade, pediu anomimatoe é representado por seu advogado, Dalton Lavor Moreira. Este vem lutando sem sucesso para receber o que tem direito através da justiça. Couto nunca foi encontrado para receber a citação judicial em seu endereço residencial, em Belém, no clube de futebol de sua propriedade, o Santa Cruz de Cuiarana, em Salinópolis, ou mesmo no gabinete dele do Senado, em Brasília. O processo tramita na 8ª Vara Cível de Belém, cujo titular é o juiz Amilcar Bezerra Guimarães. Guimarães dizia na sentença que, para a hipótese de não pagamento, caberá ao oficial de justiça proceder de imediato a penhora de bens e a sua avaliação, munido da segunda via do mandado, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado [Mário Couto], na pessoa de seus advogados; não o tendo, será intimado pessoalmente. Isso até hoje não foi possível, porque o senador nunca é encontrado pelo oficial de justiça.

O Serasa registra os três cheques sem fundos do senador, que deveriam ser sacados na agência do Banco do Brasil, onde todos os 81 senadores têm conta. Na página do Serasa, que é um serviço de proteção ao crédito, é possível verificar que Couto é useiro e vezeiro em espalhar "cheques voadores", dentro e fora do Estado. Ele também já emitiu outros 18 cheques sem fundos para vítimas diferentes.[19]

Futebol de 2a divisão

Couto é patrono do Santa Cruz de Cuiarana, em Salinópolis, um time da segunda divisão do futebol paraense. O estádio do time, do interior do Pará, recebeu seu nome, e é conhecido como Coutão. Algumas contratações caras para os padrões locais despertaram suspeitas, por se tratar de um clube muito modesto para bancar as despesas sem receita de estádio e com patrocínio tímidos. Segundo as evidências, a fraude se iniciara no Detran do Pará, um sabido reduto de Couto.

As denúncias sugeriam que Couto arrumava bons empregos no Detran para mulheres de jogadores, por onde se dava o pagamento, com salário de funcionárias públicas. Numa reportagem de uma emissora local, foi mostrado um pequeno empresário munido de documentos de um terreno, que teria sido tomado por Couto para fazer parte das dependências do clube. O terreno fica ao lado do Coutão.[20]

Fábrica de Tapioca, o Tapicouto

Em novembro de 2012, o senador teve seus bens bloqueados por determinação da Justiça do Pará, a pedido do Ministério Público. Mário Couto foi acusado por improbidade administrativa em licitações na Assembleia Legislativa do estado entre 2003 e 2007. Os promotores alegam ter encontrado contratações suspeitas em sua gestão, como uma fábrica de tapioca que foi contratada para prestar serviços de engenharia, e solicitam a devolução de treze milhões de reais desviados do erário, no esquema que ficou conhecido por Tapiocouto.[21][22]

Fraudes na Assembléia Legislativa do Pará

O senador Mário Couto (PSDB-PA) é alvo de um processo aberto pelo Ministério Público do Pará que investiga supostas irregularidades em licitações e pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Pará, noticiou o site "Congresso em Foco" em 15.jul.2011. O período investigado, de acordo com o site, vai de 2003 a 2007, quando a assembleia paraense era presidida por Mário Couto. "Segundo a denúncia [do Ministério Público], Mário compunha uma quadrilha especializada em adulterar contracheques, autorizar compras superfaturadas, fraudar licitações, utilizar laranjas em negócios escusos e compactuar com a ocorrência de funcionários fantasmas no Legislativo paraense", publicou "Congresso em Foco".

O "Congresso em Foco" publicou que: "as denúncias seguem em três linhas: fraude em folha de pagamento, com funcionários fantasmas e laranjas; fraude em licitações; e sonegação e evasão fiscal, uma vez que, com a fraude na folha, a consequência é o não pagamento de tributos".[23][24]

Crime Eleitoral e Cestas Básicas devidas à Santa Casa

Em 2008, uma proposta de transação penal feita pela Procuradoria Regional Eleitoral no Pará e ratificada pela Procuradoria Geral da República dava início a uma decisão inusitada que poderia ajudar centenas de pessoas carentes que buscam tratamento na Santa Casa de Misericórdia em Belém. Relatada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, o réu, o senador Mário Couto Filho (PSDB-PA), deveria doar mensalmente, durante um ano, uma cesta de remédios à Santa Casa de Misericórdia de Belém. O acordo, chamado no meio jurídico de transação penal, foi selado pelo ministro Marco Aurélio Mello. O tucano se declarou satisfeito, mas, na época do acordo, em novembro de 2008, chegou a reclamar da rigidez da lei eleitoral por obrigá-lo a pagar cerca de R$ 7 mil ao mês em multas.

Ele era investigado por não ter retirado pichações de muros no prazo definido após determinação da Justiça Eleitoral. O fato ocorreu no início de 2006, quando Couto era deputado estadual. A Procuradoria Geral da República tratava o crime como de menor potencial ofensivo e já concedia a possibilidade de acordo desde o início da investigação. Em sua defesa, Couto disse que não poderia fiscalizar a propaganda no interior do Estado e culpou a euforia dos correligionários pelas pichações. Marco Aurélio, relator do inquérito, homologou a transação, pela qual o parlamentar se comprometeu a doar para o hospital, por mês, durante 12 meses,albumina humana, Cefalexina, Clexane, Mathergan, Maxcef e Espironolactona. Todo mês o senador deveria encaminhar os documentos comprovando o cumprimento de sua obrigação.[25]

Racismo e Discriminação

O político-empresário-contraventor também foi acusado de racismo por Edisane Gonçalves de Oliveira, uma moradora de Salinópolis a quem ofendeu verbalmente, caso que resultou em processo por abuso de autoridade de No. 0001100-59.2012.814.48 e que foi encaminhado pelo juiz Eduardo Rodrigues de Mendonça Freire em setembro de 2014 passado ao STF.[26][27]

Referências

  1. «Relação de filiados». www.tse.jus.br. Consultado em 11 de abril de 2018 
  2. «Senador tucano chama colegas de ladrões e provoca revolta». O Globo. 30 de outubro de 2012 
  3. OLIVEIRA, Alfredo (2006). Carnaval Paraense. Belém: SECULT 
  4. Humberto pede a Sarney que impropérios de Mário Couto sejam coibidos. Portal Pernambuco.com
  5. Veja discussão que terminou em bate-boca no Senado. UOL
  6. Mário Couto e Humberto Costa discutem no Senado. UOL/BandNews
  7. Postura de Marta irrita senador e gera bate-boca no Senado. UOL
  8. Marta Suplicy provoca bate-boca com Mário Couto no Senado. Portal Clicapiaui.com
  9. Tucano que chamou colegas de ‘ladrões’ tem os bens bloqueados Carta Capital
  10. ALEPA
  11. «Senador que fala em 'ética' é réu em 11 processos por corrupção». Pragmatismo Político. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  12. «Senador tucano quer impeachment de Dilma pela segunda vez». Valor Econômico 
  13. «Mário Couto apresenta novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff». Senado Federal. 25 de novembro de 2014 
  14. «Mário Couto chama Jatene de "safado" e ameaça deixar o PSDB». epoca.globo.com 
  15. COUTO, Mário (2017). A Política: Doa a Quem Doer. Belém: Samauma 
  16. «Senador que fala em 'ética' é réu em 11 processos por corrupção». Pragmatismo Político. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  17. «Diário do Pará - Mário Couto é réu no STF por corrupção». diariodopara.diarioonline.com.br. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  18. «Senador que fala em 'ética' é réu em 11 processos por corrupção». Pragmatismo Político. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  19. «Estelionato é a mais nova jogada de Mário Couto | Notícias JusBrasil». JusBrasil. 4 de fevereiro de 2016. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  20. «Senador que fala em 'ética' é réu em 11 processos por corrupção». Pragmatismo Político. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  21. Diário de Justiça do Estado do Pará de 12 de Setembro de 2013
  22. «Pagot cai e Mário Couto estranhamente some». Congresso em Foco. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  23. «59. Mário Couto (PSDB-PA) é investigado por fraudes na Assembleia do Pará - Escândalos no congresso - Política». Política. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  24. «Veja a briga entre Humberto Costa e Mário Couto». Congresso em Foco. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  25. «Estelionato é a mais nova jogada de Mário Couto | Notícias JusBrasil». JusBrasil. 4 de fevereiro de 2016. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  26. «Estelionato é a mais nova jogada de Mário Couto | Notícias JusBrasil». JusBrasil. 4 de fevereiro de 2016. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  27. «Família de mulher xingada de "macaca" por Senador Mário Couto é perseguida - Anonymous Brasil». Anonymous Brasil. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 

Ligações externas


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