Jorge Sampaio: diferenças entre revisões

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|nome = Jorge Sampaio<br><small>[[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GColTE]] • [[Ordem do Infante D. Henrique|GOIH]] • [[Ordem da Liberdade|GColL]]</small>
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'''Jorge Fernando Branco de Sampaio''' <small>[[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GColTE]] • [[Ordem da Liberdade|GColL]] • [[Ordem do Infante D. Henrique|GOIH]]</small> ([[Lisboa]], [[18 de Setembro]] de [[1939 na política|1939]]) é um [[político]] [[Portugueses|português]], terceiro presidente eleito na vigência da III República Portuguesa, entre 9 de Março de 1996 e 9 de Março de 2006. Tem uma biblioteca com o seu nome em [[Ourique]].
'''Jorge Fernando Branco de Sampaio''' <small>[[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GColTE]] • [[Ordem da Liberdade|GColL]] • [[Ordem do Infante D. Henrique|GColIH]]</small> ([[Lisboa]], [[18 de setembro]] de [[1939]]) é um [[político]] [[Portugueses|português]], terceiro presidente eleito na vigência da III República Portuguesa, entre 9 de março de 1996 e 9 de março de 2006. Tem uma biblioteca com o seu nome em [[Ourique]].


== Biografia ==
== Biografia ==
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===Infância e juventude===
===Infância e juventude===
Por imperativo da carreira do pai, passou algum tempo da sua infância viajando entre os [[EUA]] e a [[Inglaterra]], experiência que o marcou muito. Também fez estudos musicais.<ref>[http://www.presidencia.pt/?idc=13 Museu da Presidência]</ref> Ainda nos primeiros anos da sua infância, a atriz [[Mariana Rey Monteiro]] foi sua preceptora.<ref>[http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/livro-jorge-sampaio-um-homem-contra-a-corrente=f758590 Expresso]</ref>
Por imperativo da carreira do pai, passou algum tempo da sua infância viajando entre os [[Estados Unidos]] e a [[Inglaterra]], experiência que o marcou muito. Também fez estudos musicais.<ref>[http://www.presidencia.pt/?idc=13 Museu da Presidência]</ref> Ainda nos primeiros anos da sua infância, a atriz [[Mariana Rey Monteiro]] foi sua precetora.<ref>[http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/livro-jorge-sampaio-um-homem-contra-a-corrente=f758590 Expresso]</ref>


Faz os estudos secundários nos liceus lisboetas Pedro Nunes e Passos Manuel. A seguir prossegue estudos superiores na [[Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa]], onde se licenciou em [[1961]].
Faz os estudos secundários nos liceus lisboetas Pedro Nunes e Passos Manuel. A seguir, prossegue estudos superiores na [[Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa]], onde se licenciou em [[1961]].


O seu nome encontra-se na lista de colaboradores da publicação académica ''[[Quadrante (1958)|Quadrante]]'' <ref >{{Citar web |autor=Ana Cabrera |título= Ficha histórica:Quadrante – a revolta de uma elite perante a crise da universidade |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Quadrante.pdf | formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=30 de março de 2015}}</ref> (1958-1962) publicada pela [[Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa|AAFDL]].
O seu nome encontra-se na lista de colaboradores da publicação académica ''[[Quadrante (1958)|Quadrante]]'' <ref >{{Citar web |autor=Ana Cabrera |título= Ficha histórica:Quadrante – a revolta de uma elite perante a crise da universidade |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Quadrante.pdf | formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=30 de março de 2015}}</ref> (1958-1962), publicada pela [[Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa|AAFDL]].


===Carreira profissional===
===Carreira profissional===
Após a licenciatura em [[Direito]], que concluiu em [[1961]], Jorge Sampaio iniciou a sua carreira profissional como advogado, que o levou a envolver-se muitas vezes na defesa de presos políticos.
Após a licenciatura em [[Direito]], que concluiu em [[1961]], iniciou a sua carreira profissional como advogado, que o levou a envolver-se muitas vezes na defesa de presos políticos.


Com [[Júlio Castro Caldas]] Sampaio juntou-se à sociedade de advogados formada na década de [[1970]] por [[José Vera Jardim]], Jorge Santos e José Macedo e Cunha, dando origem à Jardim, Sampaio, Caldas e Associados, a qual adota, atualmente, a denominação de Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva & Associados.<ref>[http://www.jsms.pt/pt/apresentacao JSMS]</ref>
Com [[Júlio Castro Caldas]], juntou-se à sociedade de advogados formada na década de [[1970]] por [[José Vera Jardim]], Jorge Santos e José Macedo e Cunha, dando origem à Jardim, Sampaio, Caldas e Associados, a qual adota, atualmente, a denominação de Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva & Associados.<ref>[http://www.jsms.pt/pt/apresentacao JSMS]</ref>


Também desempenhou funções diretivas na [[Ordem dos Advogados]].
Também desempenhou funções diretivas na [[Ordem dos Advogados Portugueses|Ordem dos Advogados]].


===Carreira política===
===Carreira política===
====Antes do [[25 de abril de 1974]]====
====Antes do [[Revolução de 25 de Abril de 1974|25 de Abril de 1974]]====
Jorge Sampaio iniciou a sua carreira política na altura em que era estudante na [[Faculdade de Direito de Lisboa]]. Envolvido na contestação ao regime [[Estado Novo (Portugal)|salazarista]], foi presidente da [[Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa]], em [[1959]]-[[1960|60]] e em [[1960]]-[[1961|61]], e secretário-geral da Reunião Inter-Associações Académicas (RIA), em [[1961]]-[[1962]]. Foi, nessa qualidade, um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos [[1960|60]] &mdash; início de um longo e generalizado movimento de contestação estudantil, que teve o seu auge na [[Universidade de Lisboa]] em [[1962]] e na [[Universidade de Coimbra]] em [[1969]].
Iniciou a sua carreira política na altura em que era estudante na [[Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa]]. Envolvido na contestação ao [[Estado Novo (Portugal)|regime salazarista]], foi presidente da [[Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa]], em [[1959]]-[[1960|60]] e em [[1960]]-[[1961|61]], e secretário-geral da Reunião Inter-Associações Académicas (RIA), em [[1961]]-[[1962]]. Foi, nessa qualidade, um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos [[1960|60]] &mdash; início de um longo e generalizado movimento de contestação estudantil, que teve o seu auge na [[Universidade de Lisboa]], em [[1962]], e na [[Universidade de Coimbra]], em [[1969]].


No contexto das lutas académicas, Sampaio cria com [[João Cravinho]] e outros, o MAR - Movimento de Ação Revolucionário, de esquerda radical, onde também chega a participar [[Vasco Pulido Valente]].<ref>[http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/livro-jorge-sampaio-um-homem-contra-a-corrente=f758590 Expresso]</ref> A seguir vai aproximar-se dos católicos progressistas &mdash; colabora em [[O Tempo e o Modo]], de [[António Alçada Baptista]] e [[João Bénard da Costa]]; o mesmo sucede com [[Vasco Pulido Valente]]<ref>[hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/.../OTempoeoModo/OTempoeoModo_guiao.pdf Hemeroteca Digital]</ref>. Antes, publicara artigos na [[Seara Nova]], conotado com a esquerda republicana oposicionista<ref>[http://jorgesampaio.pt/jorgesampaio/pt/jorge-sampaio/ Jorge Sampaio]</ref>.
No contexto das lutas académicas, cria, com [[João Cravinho]] e outros, o MAR - Movimento de Ação Revolucionário, de esquerda radical, onde também chega a participar [[Vasco Pulido Valente]].<ref>[http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/livro-jorge-sampaio-um-homem-contra-a-corrente=f758590 Expresso]</ref> A seguir, vai aproximar-se dos católicos progressistas &mdash; colabora em [[O Tempo e o Modo]], de [[António Alçada Baptista]] e [[João Bénard da Costa]]; o mesmo sucede com [[Vasco Pulido Valente]]<ref>[hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/.../OTempoeoModo/OTempoeoModo_guiao.pdf Hemeroteca Digital]</ref>. Antes, publicara artigos na [[Seara Nova]], conotada com a esquerda republicana oposicionista<ref>[http://jorgesampaio.pt/jorgesampaio/pt/jorge-sampaio/ Jorge Sampaio]</ref>.


Prosseguindo a sua acção como opositor à ditadura, candidatou-se, nas [[Eleições legislativas portuguesas de 1969|eleições legislativas de 1969]], à [[Assembleia Nacional]], integrando as listas da [[CDE]], que em [[Lisboa]] se opunha à [[CEUD]] (esta liderada por [[Mário Soares]] e com incorporação da [[Comissão Eleitoral Monárquica]]).
Prosseguindo a sua ação como opositor à ditadura, candidatou-se, nas [[Eleições legislativas portuguesas de 1969|eleições legislativas de 1969]], à [[Assembleia Nacional (Portugal)|Assembleia Nacional]], integrando as listas da [[Comissão Democrática Eleitoral|CDE]], que em [[Lisboa]] se opunha à [[Comissão Eleitoral de Unidade Democrática|CEUD]] (esta liderada por [[Mário Soares]] e com incorporação da [[Comissão Eleitoral Monárquica]]).


De resto, desenvolveu uma constante atividade política e intelectual, participando nos movimentos de resistência à ditadura e propugnando ao mesmo tempo uma alternativa democrática de matriz socialista, aberta aos novos horizontes do pensamento político europeu.<ref>[http://www.presidencia.pt/?idc=13 Museu da Presidência]</ref>
De resto, desenvolveu uma constante atividade política e intelectual, participando nos movimentos de resistência à ditadura e propugnando ao mesmo tempo uma alternativa democrática de matriz socialista, aberta aos novos horizontes do pensamento político europeu.<ref>[http://www.presidencia.pt/?idc=13 Museu da Presidência]</ref>


====Pós-[[25 de abril de 1974|25 de abril]]====
====Pós-[[25 de Abril de 1974|25 de Abril]]====
Após o golpe de [[Revolução dos Cravos|25 de abril de 1974]], Jorge Sampaio foi fundador do [[Movimento de Esquerda Socialista]] ([[MES]]).
Após o golpe de [[Revolução de 25 de Abril de 1974|25 de Abril de 1974]], foi fundador do [[Movimento de Esquerda Socialista]] ([[MES]]).


Consta que antes fora sondado para a fundação do [[PS]], mas recusara.<ref>[http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/livro-jorge-sampaio-um-homem-contra-a-corrente=f758590 Expresso]</ref>
Consta que antes fora sondado para a fundação do [[Partido Socialista (Portugal)|PS]], mas recusara.<ref>[http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/livro-jorge-sampaio-um-homem-contra-a-corrente=f758590 Expresso]</ref>


Apesar do seu papel na fundação do [[MES]], Sampaio abandonou o projeto logo no primeiro congresso do partido, em [[dezembro]] do mesmo [[1974|ano]], alegando discordância de fundo com a orientação ideológica aí definida.<ref>[https://sigarra.up.pt/fcup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1021428 Universidade do Porto]</ref>
Apesar do seu papel na fundação do MES, abandonou o projeto logo no primeiro congresso do partido, em [[dezembro]] do mesmo [[1974|ano]], alegando discordância de fundo com a orientação ideológica aí definida.<ref>[https://sigarra.up.pt/fcup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1021428 Universidade do Porto]</ref>


Em [[28 de setembro]] de [[1974]] Sampaio está nas barricadas à volta de [[Lisboa]], destinadas a impedir a chegada da população à manifestação de apoio ao general [[António Spínola]], mais conhecida como a manifestação da [[Maioria Silenciosa]].<ref>[http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/livro-jorge-sampaio-um-homem-contra-a-corrente=f758590 Expresso]</ref>
Em [[28 de setembro]] de [[1974]], está nas barricadas à volta de [[Lisboa]], destinadas a impedir a chegada da população à manifestação de apoio ao general [[António de Spínola]], mais conhecida como a manifestação da [[maioria silenciosa]].<ref>[http://expresso.sapo.pt/cultura/Livros/livro-jorge-sampaio-um-homem-contra-a-corrente=f758590 Expresso]</ref>


Subsequentemente, durante o processo revolucionário, a sua proximidade com [[Ernesto Melo Antunes]] fez de Sampaio uma espécie de agente de ligação entre as instituições democráticas e a ala moderada do [[MFA]], sendo um ativo apoiante das posições do [[Grupo dos Nove]]. Em [[março]] de [[1975]], sendo Ministro dos Negócios Estrangeiros [[Ernesto Melo Antunes|Melo Antunes]], Sampaio é nomeado Secretário de Estado da Cooperação Externa do [[IV Governo Provisório]], o terceiro e penúltimo de [[Vasco Gonçalves]].<ref>[https://sigarra.up.pt/fcup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1021428 Universidade do Porto]</ref>
Subsequentemente, durante o processo revolucionário, a sua proximidade com [[Ernesto Melo Antunes]] fez de Sampaio uma espécie de agente de ligação entre as instituições democráticas e a ala moderada do [[Movimento das Forças Armadas|MFA]], sendo um ativo apoiante das posições do [[Grupo dos Nove]]. Em [[março]] de [[1975]], sendo ministro dos Negócios Estrangeiros [[Ernesto Melo Antunes|Melo Antunes]], é nomeado Secretário de Estado da Cooperação Externa do [[IV Governo Provisório de Portugal|IV Governo Provisório]], o terceiro e penúltimo de [[Vasco Gonçalves]].<ref>[https://sigarra.up.pt/fcup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1021428 Universidade do Porto]</ref>


Ainda em [[1975]] é um dos fundadores da Intervenção Socialista, um grupo constituído por políticos e intelectuais que se dedica à reflexão política.<ref>[https://sigarra.up.pt/fcup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1021428 Universidade do Porto]</ref>
Ainda em [[1975]], é um dos fundadores da Intervenção Socialista, um grupo constituído por políticos e intelectuais que se dedica à reflexão política.<ref>[https://sigarra.up.pt/fcup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1021428 Universidade do Porto]</ref>


À semelhança de outros antigos militantes do [[MES]] (casos de [[Eduardo Ferro Rodrigues]], [[Augusto Mateus]], por exemplo), Sampaio viria a aderir ao [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]], em [[1978]]. Assim, é já na bancada socialista que se estreia como deputado à [[Assembleia da República]], na sequência das eleições [[Eleições legislativas portuguesas de 1979|legislativas de 1979]]. Por designação da [[Assembleia da República|Assembleia]], entre [[1979]] e [[1984]], foi membro da Comissão Europeia para os Direitos Humanos, onde desempenhou um papel ativo. Entre [[1986]] e [[1987]] presidiu ao Grupo Parlamentar do [[Partido Socialista (Portugal)|PS]].
À semelhança de outros antigos militantes do MES (casos de [[Eduardo Ferro Rodrigues]] e [[Augusto Mateus]], por exemplo), viria a aderir ao [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]], em [[1978]]. Assim, é já na bancada socialista que se estreia como deputado à [[Assembleia da República]], na sequência das eleições [[Eleições legislativas portuguesas de 1979|legislativas de 1979]]. Por designação da [[Assembleia da República|Assembleia]], entre [[1979]] e [[1984]], foi membro da Comissão Europeia para os Direitos Humanos, onde desempenhou um papel ativo. Entre [[1986]] e [[1987]], presidiu ao Grupo Parlamentar do [[Partido Socialista (Portugal)|PS]].


Em [[1989]] Jorge Sampaio obtém aquele que será, provavelmente, o feito político mais marcante na sua carreira, ao liderar uma histórica coligação entre o [[PS (Portugal)|PS]] e o [[PCP]], à [[Câmara Municipal de Lisboa]], nas [[Eleições autárquicas portuguesas de 1989|eleições autárquicas]] desse [[1989|ano]]. Essa união faz com que consiga derrotar o candidato do [[centro-direita]], [[Marcelo Rebelo de Sousa]], com 49,07% dos votos e 9 vereadores. O sucesso da coligação ditaria que nas autárquicas seguintes, em [[1993]], Sampaio continuasse o projeto de coligação, agora ampliado à [[União Democrática Popular|UDP]] e ao [[Partido Socialista Revolucionário|PSR]]; o que veio a suceder, permitindo a reeleição de Sampaio, com 56,66% dos votos e 11 vereadores, melhor resultado de sempre obtido por um candidato à Câmara lisboeta.<ref>[https://sigarra.up.pt/fcup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1021428 Universidade do Porto]</ref>
Em [[1989]], obtém aquele que será, provavelmente, o feito político mais marcante na sua carreira, ao liderar uma histórica coligação entre o [[PS (Portugal)|PS]] e o [[Partido Comunista Português|PCP]], à Câmara Municipal de [[Lisboa]], nas [[Eleições autárquicas portuguesas de 1989|eleições autárquicas]] desse [[1989|ano]]. Essa união faz com que consiga derrotar o candidato do [[centro-direita]], [[Marcelo Rebelo de Sousa]], com 49,07% dos votos e 9 vereadores (em 17). O sucesso da coligação ditaria que nas autárquicas seguintes, em [[1993]], continuasse o projeto de coligação, agora ampliado à [[União Democrática Popular|UDP]] e ao [[Partido Socialista Revolucionário (Portugal)|PSR]]; o que veio a suceder, permitindo a reeleição de Sampaio, com 56,66% dos votos e 11 vereadores (em 17), melhor resultado de sempre obtido por um candidato à Câmara lisboeta.<ref>[https://sigarra.up.pt/fcup/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1021428 Universidade do Porto]</ref>


Ainda em [[1989]] sucedeu a [[Vítor Constâncio]] como secretário-geral do [[PS (Portugal)|PS]], cargo que ocupou até [[1992]], quando perdeu a chefia do partido para [[António Guterres]].
Ainda em [[1989]], sucedeu a [[Vítor Constâncio]] como secretário-geral do [[Partido Socialista (Portugal)|PS]], cargo que ocupou até [[1992]], quando perdeu a chefia do partido para [[António Guterres]].


====Presidência da República====
====Presidência da República====
Em [[1995]] Jorge Sampaio anunciou o desejo de se candidatar à Presidência da República, o que o levou a demitir-se da presidência da Câmara de [[Lisboa]].
Em [[1995]], anunciou o desejo de se candidatar à Presidência da República, o que o levou a demitir-se da presidência da Câmara de [[Lisboa]].


Ganhou a eleição logo na primeira volta, contra [[Aníbal Cavaco Silva]], o anterior Primeiro-Ministro, e foi [[Eleições presidenciais portuguesas de 1996|eleito Presidente]] em 14 de Janeiro de 1996. Tomou posse deste cargo a 9 de Março. Seria [[Eleições presidenciais portuguesas de 2001|reeleito Presidente]] pela segunda vez, em 14 de Janeiro de 2001.
Ganhou a eleição logo na primeira volta, contra [[Aníbal Cavaco Silva]], o anterior primeiro-ministro, e foi [[Eleições presidenciais portuguesas de 1996|eleito presidente]] em 14 de janeiro de 1996. Tomou posse deste cargo a 9 de março. Seria [[Eleições presidenciais portuguesas de 2001|reeleito presidente]] em 14 de janeiro de 2001.


Com a eleição de Jorge Sampaio concretiza-se, pela primeira vez desde o [[25 de Abril de 1974]], um cenário político marcado por uma maioria governamental e um Presidente da República da mesma família política.<ref>[Museu da Presidência]</ref>
Com a eleição de Jorge Sampaio concretiza-se, pela primeira vez desde o [[Revolução de 25 de Abril de 1974|25 de Abril de 1974]], um cenário político marcado por uma maioria governamental e um Presidente da República da mesma família política.<ref>[Museu da Presidência]</ref>


A sua acção privilegiou os aspetos sociais e culturais. No domínio económico, impulsionou a criação da [[COTEC Portugal]]. Na cena política internacional, Sampaio foi um importante contribuidor para a tomada de consciência da causa pela Independência de [[Timor-Leste]].
A sua ação privilegiou os aspetos sociais e culturais. No domínio económico, impulsionou a criação da [[COTEC Portugal]]. Na cena política internacional, foi um importante contribuidor para a tomada de consciência da causa pela Independência de [[Timor-Leste]].


[[Ficheiro:Retrato oficial do Presidente Jorge Sampaio (2005) - Paula Rego.png|thumb|left|200px|Retrato oficial do Presidente Jorge Sampaio (2005), por [[Paula Rego]]. [[Museu da Presidência da República]].]]
[[Ficheiro:Retrato oficial do Presidente Jorge Sampaio (2005) - Paula Rego.png|thumb|left|200px|Retrato oficial do Presidente Jorge Sampaio (2005), por [[Paula Rego]]. [[Museu da Presidência da República]].]]


Jorge Sampaio conviveu com quatro primeiros-ministros diferentes: [[António Guterres]], [[José Manuel Durão Barroso]], [[Pedro Santana Lopes]] e [[José Sócrates]]. Marcada por um senso firme de prudência e moderação, um estilo que assegurou a Sampaio um primeiro mandato sem controvérsias, a presidência de Sampaio viria a conhecer momentos conturbados na fase final do segundo mandato, que o levaram a tomar decisões polémicas.
Conviveu com quatro primeiros-ministros diferentes: [[António Guterres]], [[José Manuel Durão Barroso]], [[Pedro Santana Lopes]] e [[José Sócrates]]. A sua presidência viria a conhecer momentos conturbados na fase final do segundo mandato, que o levaram a tomar decisões polémicas.


Até ao ano de [[2001]] o país viveu em relativa tranquilidade política. Nesse ano, a crise financeira em que Portugal mergulhou passou a dominar as atenções de boa parte dos esforços das autoridades nacionais, incluindo a Presidência da República. Seguiu-se um período durante o qual o Presidente Sampaio teve de ponderar o uso do poder de dissolução da Assembleia da República, ocasião que fez reacender o debate em torno dos poderes constitucionalmente atribuídos ao Presidente da República portuguesa.
Até ao ano de [[2001]], o país viveu em relativa tranquilidade política. Nesse ano, a crise financeira em que Portugal mergulhou passou a dominar as atenções de boa parte dos esforços das autoridades nacionais, incluindo a Presidência da República. Seguiu-se um período durante o qual o Presidente Sampaio teve de ponderar o uso do poder de dissolução da Assembleia da República, ocasião que fez reacender o debate em torno dos poderes constitucionalmente atribuídos ao Presidente da República.


A primeira situação ocorreu ainda em [[2001]], no seguimento da derrota do [[Partido Socialista]] nas eleições autárquicas, quando António Guterres apresenta a sua demissão do cargo de primeiro-ministro. Sampaio decide-se pela convocação de eleições legislativas antecipadas das quais sai vencedor o [[PPD-PSD|Partido Social Democrata]], chefiado por [[Durão Barroso]].
A primeira situação ocorreu ainda em [[2001]], no seguimento da derrota do [[Partido Socialista (Portugal)|PS]] nas eleições autárquicas, quando António Guterres apresenta a sua demissão do cargo de primeiro-ministro. Sampaio decide-se pela convocação de eleições legislativas antecipadas, das quais sai vencedor o [[Partido Social Democrata (Portugal)|Partido Social Democrata]], chefiado por Durão Barroso.


Três anos mais tarde, na sequência do convite que lhe foi dirigido, Durão Barroso abandona o cargo para presidir à [[Comissão Europeia]]. Podendo optar entre a dissolução da Assembleia da República, a convocação de eleições ou permitir à mesma maioria parlamentar formar novo Governo, Sampaio decide pela terceira opção e indigita [[Santana Lopes]] como Primeiro-Ministro do [[XVI Governo Constitucional]].<ref>[http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=142# Museu da Presidência]</ref> A sua decisão foi contestada pelos partidos de esquerda e acabou por influenciar a decisão de demissão do líder do Partido Socialista [[Eduardo Ferro Rodrigues]].
Três anos mais tarde, na sequência do convite que lhe foi dirigido, Durão Barroso abandona o cargo para presidir à [[Comissão Europeia]]. Podendo optar entre a dissolução da Assembleia da República, a convocação de eleições ou permitir à mesma maioria parlamentar formar novo Governo, decide pela terceira opção e indigita [[Pedro Santana Lopes]] como primeiro-ministro do [[XVI Governo Constitucional de Portugal|XVI Governo Constitucional]].<ref>[http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=142# Museu da Presidência]</ref> A sua decisão foi contestada pelos partidos de esquerda e acabou por influenciar a decisão de demissão do então líder do Partido Socialista, [[Eduardo Ferro Rodrigues]].


Em finais do ano de [[2004]] &mdash; contrariando aquilo que fora a sua decisão anunciada e o compromisso com o novo primeiro-ministro, [[Pedro Santana Lopes]] &mdash; Sampaio resolve dissolver a [[Assembleia da República]] e, bem assim, tirar o poder à maioria formada pelo [[PPD-PSD|PSD]] de [[Pedro Santana Lopes|Santana]] e o seu parceiro de coligação, o [[CDS-PP]] de [[Paulo Portas]] (também membro desse [[XVI Governo Constitucional|governo]]).
Em finais do ano de [[2004]] &mdash; contrariando aquilo que fora a sua decisão anunciada e o compromisso com o novo primeiro-ministro, [[Pedro Santana Lopes]] &mdash; resolve dissolver a [[Assembleia da República]] e, bem assim, tirar o poder à maioria formada pelo PSD de [[Pedro Santana Lopes|Santana]] e o seu parceiro de coligação, o CDS-PP de [[Paulo Portas]] (também membro desse [[XVI Governo Constitucional de Portugal|governo]]).


Abriram-se assim as portas para a chegada ao poder de [[José Sócrates]], que entretanto (em eleições internas subsequentes à demissão de [[Eduardo Ferro Rodrigues|Ferro Rodrigues]]) conquistou a liderança do [[PS]] contra [[João Soares]] e [[Manuel Alegre]]. [[José Sócrates|Sócrates]] tornar-se-ia assim o primeiro primeiro-ministro socialista a governar com maioria absoluta, após derrotar, nessas [[Eleições legislativas portuguesas de 2005|legislativas de 2005]], o [[PPD-PSD|PSD]] de [[Santana Lopes]].<ref>[http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=142# Museu da Presidência]</ref>
Abriram-se assim as portas para a chegada ao poder de [[José Sócrates]], que entretanto (em eleições internas subsequentes à demissão de [[Eduardo Ferro Rodrigues|Ferro Rodrigues]]) conquistou a liderança do [[PS]] contra [[João Soares]] e [[Manuel Alegre]]. [[José Sócrates|Sócrates]] tornar-se-ia assim o primeiro primeiro-ministro socialista a governar com maioria absoluta, após derrotar, nessas [[Eleições legislativas portuguesas de 2005|legislativas de 2005]], o [[Partido Social Democrata (Portugal)|PSD]] de [[Pedro Santana Lopes]].<ref>[http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=142# Museu da Presidência]</ref>


Ao longo dos seus dois mandatos, Jorge Sampaio utilizou o veto político num total de 75 vezes, em domínios de natureza diversificada, da lei das vagas adicionais, em [[dezembro]] de [[1996]], passando pelas portagens do [[Oeste]], em [[1998]], ou o casino do Parque Mayer, em [[2002]]. Alguns dos diplomas rejeitados por Sampaio revestiram-se de polémica, como foi o caso da lei do ato médico, em [[setembro]] de [[1999]], ou a lei-quadro dos novos municípios, em [[2003]].<ref>[http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=142# Museu da Presidência]</ref>
Ao longo dos seus dois mandatos, utilizou o veto político num total de 75 vezes, em domínios de natureza diversificada, da lei das vagas adicionais, em [[dezembro]] de [[1996]], passando pelas portagens do [[Oeste]], em [[1998]], ou o casino do Parque Mayer, em [[2002]]. Alguns dos diplomas rejeitados por Sampaio revestiram-se de polémica, como foi o caso da lei do ato médico, em [[setembro]] de [[1999]], ou a lei-quadro dos novos municípios, em [[2003]].<ref>[http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=142# Museu da Presidência]</ref>


As suas intervenções presidenciais foram reunidas em seis volumes, sob o título ''Portugueses'' (I, II, III, IV, V e VI).
As suas intervenções presidenciais foram reunidas em seis volumes, sob o título ''Portugueses'' (I, II, III, IV, V e VI).


====Pós-Presidência da República====
====Pós-Presidência da República====
Em Maio de 2006, foi nomeado pelo Secretário-Geral das [[Nações Unidas]] Enviado Especial para a Luta contra a Tuberculose. Em 26 de Abril de 2007 foi nomeado Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, [[Ban Ki-moon]].
Em maio de 2006, foi nomeado pelo Secretário-Geral da [[Organização das Nações Unidas]] Enviado Especial para a Luta contra a Tuberculose. Em 26 de abril de 2007, foi nomeado Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, [[Ban Ki-moon]].


No programa [[Os Grandes Portugueses]], Jorge Sampaio obteve o 80.º lugar.
No programa [[Os Grandes Portugueses]], obteve o 80.º lugar.


===Casamento e descendência===
===Casamento e descendência===
* Casou primeira vez com a Dr.ª Karin Schmidt Dias, Médica, filha de António Jorge Dias e de sua mulher Margot Schmidt, [[Alemães|Alemã]], e irmã da Dr.ª [[Margot Schmidt Dias]], Grande-Oficial da [[Ordem do Infante D. Henrique]] a 4 de Fevereiro de 1989, de quem se divorciou,<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa |acessodata=2015-10-19 |notas=Resultado da busca de "Margot Schmidt Dias".}}</ref> sem geração.
* Casou primeira vez com a Dr.ª Karin Schmidt Dias, Médica, filha de António Jorge Dias e de sua mulher Margot Schmidt, [[Alemães|Alemã]], e irmã da Dr.ª [[Margot Schmidt Dias]], Grande-Oficial da [[Ordem do Infante D. Henrique]] a 4 de fevereiro de 1989, de quem se divorciou,<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa |acessodata=2015-10-19 |notas=Resultado da busca de "Margot Schmidt Dias".}}</ref> sem geração.
* Casou segunda vez com [[Maria José Ritta]] e tem uma filha e um filho, Vera Ritta de Sampaio, nascida em 1977, solteira e sem geração, e André Ritta de Sampaio, nascido em 1981, solteiro e sem geração.<ref name="GH"/>
* Casou segunda vez com [[Maria José Ritta]] e tem uma filha e um filho, Vera Ritta de Sampaio, nascida em 1977, solteira e sem geração, e André Ritta de Sampaio, nascido em 1981, solteiro e sem geração.<ref name="GH"/>


== Homenagens ==
== Homenagens ==
* Em 1999 recebeu um [[Doutoramento]] ''[[honoris causa]]'' pela [[Universidade de Aveiro]]<ref>{{citar web |url=http://www.ua.pt/PageText.aspx?id=8209 |título=Doutores honoris causa pela UA |acessodata=23 de Agosto de 2014 |autorlink= |publicado=Universidade de Aveiro |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140728023229/http://www.ua.pt/PageText.aspx?id=8209 |arquivodata=28 de Julho de 2014 |arquivourl_li= |arquivourl_datali= |citação= |notas= |ref= }}</ref>
* Em 1999, recebeu um [[Doutoramento]] ''[[honoris causa]]'' pela [[Universidade de Aveiro]]<ref>{{citar web |url=http://www.ua.pt/PageText.aspx?id=8209 |título=Doutores honoris causa pela UA |acessodata=23 de agosto de 2014 |autorlink= |publicado=Universidade de Aveiro |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140728023229/http://www.ua.pt/PageText.aspx?id=8209 |arquivodata=28 de Julho de 2014 |arquivourl_li= |arquivourl_datali= |citação= |notas= |ref= }}</ref>
* Em 24 de Janeiro de 2010 recebeu um Doutoramento ''honoris causa'' pela Universidade de Coimbra.<ref>{{Citar web |url=http://www.publico.pt/politica/noticia/jorge-sampaio-recebe-hoje-grau-de-doutor-honoris-causa-pela-universidade-de-coimbra-1419407 |título=Jorge Sampaio recebe hoje grau de doutor "honoris causa" pela Universidade de Coimbra |autor=Agência Lusa |data=24-01-2010 |publicado=Jornal Público |arquivourl=http://web.archive.org/web/20140520091012/http://www.publico.pt/politica/noticia/jorge-sampaio-recebe-hoje-grau-de-doutor-honoris-causa-pela-universidade-de-coimbra-1419407 |arquivodata=2014-05-20 |acessodata=2014-05-20}}</ref>
* Em 24 de janeiro de 2010, recebeu um Doutoramento ''honoris causa'' pela Universidade de Coimbra.<ref>{{Citar web |url=http://www.publico.pt/politica/noticia/jorge-sampaio-recebe-hoje-grau-de-doutor-honoris-causa-pela-universidade-de-coimbra-1419407 |título=Jorge Sampaio recebe hoje grau de doutor "honoris causa" pela Universidade de Coimbra |autor=Agência Lusa |data=24-01-2010 |publicado=Jornal Público |arquivourl=http://web.archive.org/web/20140520091012/http://www.publico.pt/politica/noticia/jorge-sampaio-recebe-hoje-grau-de-doutor-honoris-causa-pela-universidade-de-coimbra-1419407 |arquivodata=2014-05-20 |acessodata=2014-05-20}}</ref>
* Dia 11 de Outubro de 2010 recebeu um Doutoramento ''honoris causa'' pela Universidade de Lisboa, aquando das comemorações do centenário da mesma, coincidindo com as comemorações do centenário da República Portuguesa ([[Implantação da República Portuguesa|5 de Outubro]]).
* Em 11 de outubro de 2010, recebeu um Doutoramento ''honoris causa'' pela [[Universidade de Lisboa]], aquando das comemorações do centenário da mesma, coincidindo com as comemorações do centenário da República Portuguesa ([[Implantação da República Portuguesa|5 de Outubro]]).
* 24 de julho de 2015: Prémio Nelson Mandela.<ref>{{Citar web |url=http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/jorge_sampaio_recebe_premio_nelson_mandela.html |título=
* Em 24 de julho de 2015, recebeu o Prémio Nelson Mandela.<ref>{{Citar web |url=http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/jorge_sampaio_recebe_premio_nelson_mandela.html |título=
Jorge Sampaio recebe Prémio Nelson Mandela |autor=Liliana Borges |data=24-07-2015 |publicado=Jornal de Negócios|arquivourl=|arquivodata= |acessodata=2015-07-24}}</ref>
Jorge Sampaio recebe Prémio Nelson Mandela |autor=Liliana Borges |data=24-07-2015 |publicado=Jornal de Negócios|arquivourl=|arquivodata= |acessodata=2015-07-24}}</ref>


=== Condecorações ===
=== Condecorações ===
Ordens nacionais:<ref name="OHnp">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa |acessodata=2014-05-20 |notas=Resultado da busca de "Jorge Fernando Branco Sampaio".}}</ref>
Ordens nacionais:<ref name="OHnp">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa |acessodata=2018-04-23 |notas=Resultado da busca de "Jorge Fernando Branco Sampaio".}}</ref>


* Grande-Colar Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (6 de Abril de 2018)
* [[Ficheiro:PRT_Order_of_Prince_Henry_-_Grand_Officer_BAR.png|60px]] Grande-Oficial da [[Ordem do Infante D. Henrique]] de [[Portugal]] (3 de agosto de 1983)
* [[Ficheiro:PRT_Military_Order_of_the_Tower_and_of_the_Sword_-_Grand_Collar.png|60px]] Grande-Colar da [[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito]] de [[Portugal]] (9 de março de 2006)

* [[Ficheiro:PRT Order of Prince Henry - Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Oficial da [[Ordem do Infante D. Henrique]] de [[Portugal]] (3 de Agosto de 1983)
* [[Ficheiro:PRT_Order_of_Liberty_-_Grand_Collar_BAR.png|60px]] Grande-Colar da [[Ordem da Liberdade]] de [[Portugal]] (9 de março de 2006)
* [[Ficheiro:PRT Military Order of the Tower and of the Sword - Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar da [[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito]] de [[Portugal]] (9 de Março de 2006)
* [[Ficheiro:PRT_Order_of_Prince_Henry_-_Grand_Collar_BAR.png|60px]] Grande-Colar da [[Ordem do Infante D. Henrique]] de Portugal (5 de abril de 2018)
* [[Ficheiro:PRT Order of Liberty - Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar da [[Ordem da Liberdade]] de [[Portugal]] (9 de Março de 2006)


Ordens estrangeiras:<ref name="OHne">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=155 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa |acessodata=2014-05-20 |notas=Resultado da busca de "Jorge Fernando Branco Sampaio".}}</ref>
Ordens estrangeiras:<ref name="OHne">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=155 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa |acessodata=2014-05-20 |notas=Resultado da busca de "Jorge Fernando Branco Sampaio".}}</ref>
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| [[Ficheiro:Order Of Merif of the Republic of Cyprus - ribbon bar.gif|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem do Mérito do Chipre|Ordem do Mérito]] || {{CYPb}} [[Chipre]] || 21 de Dezembro de 1990
| [[Ficheiro:Order Of Merif of the Republic of Cyprus - ribbon bar.gif|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem do Mérito do Chipre|Ordem do Mérito]] || {{CYPb}} [[Chipre]] || 21 de dezembro de 1990
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| [[Ficheiro:FIN Order of the Lion of Finland 1Class BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem do Leão da Finlândia]] || {{FINb}} [[Finlândia]] || 8 de Março de 1991
| [[Ficheiro:FIN Order of the Lion of Finland 1Class BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem do Leão da Finlândia|Ordem do Leão]] || {{FINb}} [[Finlândia]] || 8 de março de 1991
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| [[Ficheiro:BRA Order of the Southern Cross - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul]] || {{BRAb}} [[Brasil]] || 22 de Agosto de 1991
| [[Ficheiro:BRA Order of the Southern Cross - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul]] || {{BRAb}} [[Brasil]] || 22 de agosto de 1991
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| [[Ficheiro:NLD Order of Orange-Nassau - Knight Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Orange-Nassau]] || {{NEDb}} [[Países Baixos]] || 25 de Março de 1992
| [[Ficheiro:NLD Order of Orange-Nassau - Knight Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Orange-Nassau]] || {{NEDb}} [[Países Baixos]] || 25 de março de 1992
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| [[Ficheiro:CHL Order of Bernardo O'Higgins - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Bernardo O'Higgins]] || {{CHIb}} [[Chile]] || 5 de Março de 1993
| [[Ficheiro:CHL Order of Bernardo O'Higgins - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Bernardo O'Higgins]] || {{CHIb}} [[Chile]] || 5 de março de 1993
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| [[Ficheiro:Order of the Republic (Tunisia) - ribbon bar.gif|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem da República]] || {{TUNb}} [[Tunísia]] || 12 de Julho de 1994
| [[Ficheiro:Order of the Republic (Tunisia) - ribbon bar.gif|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem da República]] || {{TUNb}} [[Tunísia]] || 12 de julho de 1994
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| [[Ficheiro:Royal Victorian Order Honorary Ribbon.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem Real Vitoriana]] || {{UKb}} [[Grã-Bretanha e Irlanda do Norte]] || 12 de Julho de 1994
| [[Ficheiro:Royal Victorian Order Honorary Ribbon.png|60px]] Grã-Cruz || [[Real Ordem Vitoriana]] || {{UKb}} [[Reino Unido]] || 12 de julho de 1994
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| [[Ficheiro:Ordre de l'Ouissam Alaouite GC ribbon (Maroc).svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Ouissam Alaoui]] || {{MARb}} [[Marrocos]] || 27 de Julho de 1995
| [[Ficheiro:Ordre de l'Ouissam Alaouite GC ribbon (Maroc).svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Ouissam Alaoui]] || {{MARb}} [[Marrocos]] || 27 de julho de 1995
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| [[Ficheiro:GER Bundesverdienstkreuz 7 Grosskreuz.svg|60px]] Grã-Cruz com Estrela || [[Ordem do Mérito da Alemanha|Ordem do Mérito]] || {{ALEb}} [[Alemanha]] || 15 de Outubro de 1996
| [[Ficheiro:GER Bundesverdienstkreuz 7 Grosskreuz.svg|60px]] Grã-Cruz com Estrela || [[Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha|Ordem do Mérito]] || {{ALEb}} [[Alemanha]] || 15 de outubro de 1996
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| [[Ficheiro:Ordem Nacional das Colinas do Boé.png|60px]] Medalha || [[Ordem Nacional das Colinas do Boé]] || {{GBSb}} [[Guiné-Bissau]] || 2 de Julho de 1996
| [[Ficheiro:Ordem Nacional das Colinas do Boé.png|60px]] Medalha || [[Ordem Nacional das Colinas do Boé]] || {{GBSb}} [[Guiné-Bissau]] || 2 de julho de 1996
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| [[Ficheiro:BRA Ordem de Rio Branco Gra-Cruz BAR.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Rio Branco]] || {{BRAb}} [[Brasil]] || 25 de Julho de 1996
| [[Ficheiro:BRA Ordem de Rio Branco Gra-Cruz BAR.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Rio Branco]] || {{BRAb}} [[Brasil]] || 25 de julho de 1996
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| [[Ficheiro:Order of Friendship and Peace (Mozambique).png|60px]] 1.º Grau || [[Ordem de Amizade e Paz]] || {{MOZb}} [[Moçambique]] || 12 de Maio de 1997
| [[Ficheiro:Order of Friendship and Peace (Mozambique).png|60px]] 1.º Grau || [[Ordem de Amizade e Paz]] || {{MOZb}} [[Moçambique]] || 12 de maio de 1997
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| [[Ficheiro:POL Order Orła Białego BAR.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem da Águia Branca]] || {{POLb}} [[Polónia]] || 9 de Outubro de 1997
| [[Ficheiro:POL Order Orła Białego BAR.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem da Águia Branca (Polônia)|Ordem da Águia Branca]] || {{POLb}} [[Polónia]] || 9 de outubro de 1997
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| [[Ficheiro:BRA Order of the Southern Cross - Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul]] || {{BRAb}} [[Brasil]] || 9 de Dezembro de 1997
| [[Ficheiro:BRA Order of the Southern Cross - Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul]] || {{BRAb}} [[Brasil]] || 9 de dezembro de 1997
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| [[Ficheiro:Order of Isabella the Catholic - Sash of Collar.svg|60px]] Colar || [[Ordem de Isabel a Católica]] || {{ESPb}} [[Espanha]] || 3 de Março de 1998
| [[Ficheiro:Order of Isabella the Catholic - Sash of Collar.svg|60px]] Colar || [[Ordem de Isabel a Católica]] || {{ESPb}} [[Espanha]] || 3 de março de 1998
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| [[Ficheiro:Order of Prince Yaroslav the Wise 1st 2nd and 3rd Class of Ukraine.png|60px]] Grande-Colar e Banda || [[Ordem do Príncipe Jaroslav o Sábio]] || {{UKRb}} [[Ucrânia]] || 13 de Abril de 1998
| [[Ficheiro:Order of Prince Yaroslav the Wise 1st 2nd and 3rd Class of Ukraine.png|60px]] Grande-Colar e Banda || [[Ordem do Príncipe Jaroslav o Sábio]] || {{UKRb}} [[Ucrânia]] || 13 de abril de 1998
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| [[Ficheiro:VEN Order of the Liberator - Grand Cordon BAR.png|60px]] Colar || [[Ordem do Libertador]] || {{VENb}} [[Venezuela]] || 24 de Fevereiro de 1999
| [[Ficheiro:VEN Order of the Liberator - Grand Cordon BAR.png|60px]] Colar || [[Ordem do Libertador]] || {{VENb}} [[Venezuela]] || 24 de fevereiro de 1999
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| [[Ficheiro:HUN Order of Merit of the Hungarian Rep (civil) 1class BAR.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem do Mérito da Hungria|Ordem do Mérito]] || {{HUNb}} [[Hungria]] || 22 de Abril de 1999
| [[Ficheiro:HUN Order of Merit of the Hungarian Rep (civil) 1class BAR.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem do Mérito da República da Hungria|Ordem do Mérito]] || {{HUNb}} [[Hungria]] || 22 de abril de 1999
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| [[Ficheiro:MEX Order of the Aztec Eagle 1Class BAR.png|60px]] Colar || [[Ordem da Águia Asteca]] || {{MEXb}} [[México]] || 14 de Maio de 1999
| [[Ficheiro:MEX Order of the Aztec Eagle 1Class BAR.png|60px]] Colar || [[Ordem da Águia Asteca]] || {{MEXb}} [[México]] || 14 de maio de 1999
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| [[Ficheiro:GER Bundesverdienstkreuz 9 Sond des Grosskreuzes.svg|60px]] Grã-Cruz Classe Especial || [[Ordem do Mérito da Alemanha|Ordem do Mérito]] || {{ALEb}} [[Alemanha]] || 17 de Maio de 1999
| [[Ficheiro:GER Bundesverdienstkreuz 9 Sond des Grosskreuzes.svg|60px]] Grã-Cruz Classe Especial || [[Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha|Ordem do Mérito]] || {{ALEb}} [[Alemanha]] || 17 de maio de 1999
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| [[Ficheiro:Legion Honneur GC ribbon.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem Nacional da Legião de Honra]] || {{FRAb}} [[França]] || 29 de Novembro de 1999
| [[Ficheiro:Legion Honneur GC ribbon.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem Nacional da Legião de Honra]] || {{FRAb}} [[França]] || 29 de novembro de 1999
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| [[Ficheiro:GRE Order Redeemer 1Class.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem do Salvador]] || {{GREb}} [[Grécia]] || 10 de Dezembro de 1999
| [[Ficheiro:GRE Order Redeemer 1Class.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem do Salvador]] || {{GREb}} [[Grécia]] || 10 de dezembro de 1999
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| [[Ficheiro:Star of Romania Ribbon.PNG|60px]] Grande-Colar || [[Ordem da Estrela]] || {{ROMb}} [[Roménia]] || 15 de Março de 2000
| [[Ficheiro:Star of Romania Ribbon.PNG|60px]] Grande-Colar || [[Ordem da Estrela]] || {{ROMb}} [[Roménia]] || 15 de março de 2000
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| [[Ficheiro:Gold medal of freedom of slovenia rib.png|60px]] Medalha de Ouro || [[Ordem da Liberdade da Eslovénia|Ordem da Liberdade]] || {{SLOb}} [[Eslovénia]] || 31 de Março de 2000
| [[Ficheiro:Gold medal of freedom of slovenia rib.png|60px]] Medalha de Ouro || [[Ordem da Liberdade da Eslovénia|Ordem da Liberdade]] || {{SLOb}} [[Eslovénia]] || 31 de março de 2000
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| [[Ficheiro:Order of 7th November 1987.gif|60px]] Grande-Colar || [[Ordem 7 de Setembro]] || {{TUNb}} [[Tunísia]] || 10 de Maio de 2000
| [[Ficheiro:Order of 7th November 1987.gif|60px]] Grande-Colar || [[Ordem 7 de Setembro]] || {{TUNb}} [[Tunísia]] || 10 de maio de 2000
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| [[Ficheiro:Order of Charles III - Sash of Collar.svg|60px]] Colar || [[Ordem de Carlos III]] || {{ESPb}} [[Espanha]] || 11 de Setembro de 2000
| [[Ficheiro:Order of Charles III - Sash of Collar.svg|60px]] Colar || [[Ordem de Carlos III]] || {{ESPb}} [[Espanha]] || 11 de setembro de 2000
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| [[Ficheiro:Grand Crest Ordre de Leopold.png|60px]] Grande Cordão || [[Ordem de Leopoldo (Bélgica)|Ordem de Leopoldo]] || {{BELb}} [[Bélgica]] || 9 de Outubro de 2000
| [[Ficheiro:Grand Crest Ordre de Leopold.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Leopoldo (Bélgica)|Ordem de Leopoldo]] || {{BELb}} [[Bélgica]] || 9 de outubro de 2000
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| [[Ficheiro:Amílcar Cabral Order - 1st Class (Cabo Verde).png|60px]] 1.º Grau || [[Ordem de Amílcar Cabral]] || {{CPVb}} [[Cabo Verde]] || 26 de Março de 2001
| [[Ficheiro:Amílcar Cabral Order - 1st Class (Cabo Verde).png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem de Amílcar Cabral]] || {{CPVb}} [[Cabo Verde]] || 26 de março de 2001
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| [[Ficheiro:CHL Order of Merit of Chile - Grand Cross BAR.png|60px]] Colar || [[Ordem do Mérito do Chile|Ordem de Mérito]] || {{CHIb}} [[Chile]] || 30 de Setembro de 2001
| [[Ficheiro:CHL Order of Merit of Chile - Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem do Mérito do Chile|Ordem de Mérito]] || {{CHIb}} [[Chile]] || 30 de setembro de 2001
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| [[Ficheiro:Cordone di gran Croce di Gran Cordone OMRI BAR.svg|60px]] Grande-Colar || [[Ordem de Mérito de Itália|Ordem de Mérito]] || {{ITAb}} [[Itália]] || 4 de Dezembro de 2001
| [[Ficheiro:Cordone di gran Croce di Gran Cordone OMRI BAR.svg|60px]] Grande-Colar || [[Ordem do Mérito da República Italiana|Ordem de Mérito]] || {{ITAb}} [[Itália]] || 4 de dezembro de 2001
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| [[Ficheiro:GAB Order of the Equatorial Star - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem da Estrela Equatorial]] || {{GABb}} [[Gabão]] || 8 de Janeiro de 2002
| [[Ficheiro:GAB Order of the Equatorial Star - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem da Estrela Equatorial]] || {{GABb}} [[Gabão]] || 8 de janeiro de 2002
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| [[Ficheiro:VEN Order Francisco de Miranda - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Francisco de Miranda]] || {{VENb}} [[Venezuela]] || 24 de Junho de 2002
| [[Ficheiro:VEN Order Francisco de Miranda - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Francisco de Miranda]] || {{VENb}} [[Venezuela]] || 24 de junho de 2002
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| [[Ficheiro:HUN Order of Merit of the Hungarian Rep (civil) 1class BAR.svg|60px]] Grande-Colar || [[Ordem do Mérito da Hungria|Ordem do Mérito]] || {{HUNb}} [[Hungria]] || 23 de Setembro de 2002
| [[Ficheiro:HUN Order of Merit of the Hungarian Rep (civil) 1class BAR.svg|60px]] Grande-Colar || [[Ordem do Mérito da República da Hungria|Ordem do Mérito]] || {{HUNb}} [[Hungria]] || 23 de setembro de 2002
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| [[Ficheiro:UK Order St-Michael St-George ribbon.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de São Miguel e São Jorge]] || {{UKb}} [[Grã-Bretanha e Irlanda do Norte]] || 23 de Setembro de 2002
| [[Ficheiro:UK Order St-Michael St-George ribbon.svg|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de São Miguel e São Jorge]] || {{UKb}} [[Reino Unido]] || 23 de setembro de 2002
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| [[Ficheiro:ARG Order of the Liberator San Martin - Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem do Libertador San Martín]] || {{ARGb}} [[Argentina]] || 12 de Dezembro de 2002
| [[Ficheiro:ARG Order of the Liberator San Martin - Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem do Libertador San Martín]] || {{ARGb}} [[Argentina]] || 12 de dezembro de 2002
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| [[Ficheiro:FIN Order of the White Rose Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem da Rosa Branca]] || {{FINb}} [[Finlândia]] || 6 de Fevereiro de 2003
| [[Ficheiro:FIN Order of the White Rose Grand Cross BAR.png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem da Rosa Branca]] || {{FINb}} [[Finlândia]] || 6 de fevereiro de 2003
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| [[Ficheiro:EST Order of the Cross of Terra Mariana - 1st Class BAR.png|60px]] Colar || [[Ordem da Cruz da Terra Mariana]] || {{ESTb}} [[Estónia]] || 27 de Junho de 2003
| [[Ficheiro:EST Order of the Cross of Terra Mariana - 1st Class BAR.png|60px]] Grande-Colar || [[Ordem da Cruz da Terra Mariana]] || {{ESTb}} [[Estónia]] || 27 de junho de 2003
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| [[Ficheiro:LTU Order of Vytautas the Great - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Vitautas o Grande]] || {{LITb}} [[Lituânia]] || 27 de Junho de 2003
| [[Ficheiro:LTU Order of Vytautas the Great - Grand Cross BAR.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Vitautas o Grande]] || {{LITb}} [[Lituânia]] || 27 de junho de 2003
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| [[Ficheiro:Order Sint Olaf 1 kl.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Santo Olavo]] || {{NORb}} [[Noruega]] || 24 de Junho de 2004
| [[Ficheiro:Order Sint Olaf 1 kl.png|60px]] Grã-Cruz || [[Ordem de Santo Olavo]] || {{NORb}} [[Noruega]] || 24 de junho de 2004
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| [[Ficheiro:National Order of Merit - Athir v.1 (Algeria) - ribbon bar.gif|60px]] Grande-Colar || [[Ordem de Mérito da Argélia|Ordem de Mérito]] || {{ALGb}} [[Argélia]] || 1 de Dezembro de 2004
| [[Ficheiro:National Order of Merit - Athir v.1 (Algeria) - ribbon bar.gif|60px]] Grande-Colar || [[Ordem de Mérito da Argélia|Ordem de Mérito]] || {{ALGb}} [[Argélia]] || 1 de dezembro de 2004
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| [[Ficheiro:National Order of Merit (Paraguay) - ribbon bar.png|60px]] Colar || [[Ordem Nacional do Mérito do Paraguai|Ordem Nacional do Mérito]] || {{PARb}} [[Paraguai]] || 4 de Janeiro de 2006
| [[Ficheiro:National Order of Merit (Paraguay) - ribbon bar.png|60px]] Colar || [[Ordem Nacional do Mérito do Paraguai|Ordem Nacional do Mérito]] || {{PARb}} [[Paraguai]] || 4 de janeiro de 2006
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| [[Ficheiro:EST Order of the White Star - 1st Class BAR.png|60px]] 1.ª Classe || [[Ordem da Estrela Branca]] || {{ESTb}} [[Estónia]] || 29 de Março de 2006
| [[Ficheiro:EST Order of the White Star - 1st Class BAR.png|60px]] 1.ª Classe || [[Ordem da Estrela Branca]] || {{ESTb}} [[Estónia]] || 29 de março de 2006
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Revisão das 23h05min de 23 de abril de 2018

Jorge Sampaio
GColTEGColIHGColL
Jorge Sampaio
Jorge Sampaio
GColTEGColIHGColL
18Presidente de Portugal
Período 9 de março de 1996
a 9 de março de 2006
Antecessor(a) Mário Soares
Sucessor(a) Aníbal Cavaco Silva
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Período 22 de janeiro de 1990
a 15 de novembro de 1995
Antecessor(a) Nuno Krus Abecasis
Sucessor(a) João Barroso Soares
Secretário-Geral do Partido Socialista
Período 15 de janeiro de 1989
a 23 de fevereiro de 1992
Antecessor(a) Vítor Constâncio
Sucessor(a) António Guterres
Dados pessoais
Nome completo Jorge Fernando Branco de Sampaio
Nascimento 18 de setembro de 1939 (84 anos)
Lisboa, Portugal
Alma mater Universidade de Lisboa
Cônjuge Karin Schmidt Dias (div.),
Maria José Rodrigues Ritta
Partido MES (1974)
PS (1978–actualidade)
Profissão Advogado e político
Assinatura Assinatura de Jorge Sampaio

Jorge Fernando Branco de Sampaio GColTEGColLGColIH (Lisboa, 18 de setembro de 1939) é um político português, terceiro presidente eleito na vigência da III República Portuguesa, entre 9 de março de 1996 e 9 de março de 2006. Tem uma biblioteca com o seu nome em Ourique.

Biografia

Filho do médico Arnaldo Sampaio e de sua mulher, Fernanda Bensaúde Branco (filha de Fernando Branco, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Marinha da Ditadura Nacional (1928-1933), e de sua mulher, Sara Bensliman Bensaúde, esta, por sua vez, sobrinha-neta do industrial de tabacos José Bensaúde, de ascendência judaica). É irmão do psiquiatra Daniel Sampaio.[1]

Infância e juventude

Por imperativo da carreira do pai, passou algum tempo da sua infância viajando entre os Estados Unidos e a Inglaterra, experiência que o marcou muito. Também fez estudos musicais.[2] Ainda nos primeiros anos da sua infância, a atriz Mariana Rey Monteiro foi sua precetora.[3]

Faz os estudos secundários nos liceus lisboetas Pedro Nunes e Passos Manuel. A seguir, prossegue estudos superiores na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em 1961.

O seu nome encontra-se na lista de colaboradores da publicação académica Quadrante [4] (1958-1962), publicada pela AAFDL.

Carreira profissional

Após a licenciatura em Direito, que concluiu em 1961, iniciou a sua carreira profissional como advogado, que o levou a envolver-se muitas vezes na defesa de presos políticos.

Com Júlio Castro Caldas, juntou-se à sociedade de advogados formada na década de 1970 por José Vera Jardim, Jorge Santos e José Macedo e Cunha, dando origem à Jardim, Sampaio, Caldas e Associados, a qual adota, atualmente, a denominação de Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva & Associados.[5]

Também desempenhou funções diretivas na Ordem dos Advogados.

Carreira política

Antes do 25 de Abril de 1974

Iniciou a sua carreira política na altura em que era estudante na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Envolvido na contestação ao regime salazarista, foi presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1959-60 e em 1960-61, e secretário-geral da Reunião Inter-Associações Académicas (RIA), em 1961-1962. Foi, nessa qualidade, um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60 — início de um longo e generalizado movimento de contestação estudantil, que teve o seu auge na Universidade de Lisboa, em 1962, e na Universidade de Coimbra, em 1969.

No contexto das lutas académicas, cria, com João Cravinho e outros, o MAR - Movimento de Ação Revolucionário, de esquerda radical, onde também chega a participar Vasco Pulido Valente.[6] A seguir, vai aproximar-se dos católicos progressistas — colabora em O Tempo e o Modo, de António Alçada Baptista e João Bénard da Costa; o mesmo sucede com Vasco Pulido Valente[7]. Antes, publicara artigos na Seara Nova, conotada com a esquerda republicana oposicionista[8].

Prosseguindo a sua ação como opositor à ditadura, candidatou-se, nas eleições legislativas de 1969, à Assembleia Nacional, integrando as listas da CDE, que em Lisboa se opunha à CEUD (esta liderada por Mário Soares e com incorporação da Comissão Eleitoral Monárquica).

De resto, desenvolveu uma constante atividade política e intelectual, participando nos movimentos de resistência à ditadura e propugnando ao mesmo tempo uma alternativa democrática de matriz socialista, aberta aos novos horizontes do pensamento político europeu.[9]

Pós-25 de Abril

Após o golpe de 25 de Abril de 1974, foi fundador do Movimento de Esquerda Socialista (MES).

Consta que antes fora sondado para a fundação do PS, mas recusara.[10]

Apesar do seu papel na fundação do MES, abandonou o projeto logo no primeiro congresso do partido, em dezembro do mesmo ano, alegando discordância de fundo com a orientação ideológica aí definida.[11]

Em 28 de setembro de 1974, está nas barricadas à volta de Lisboa, destinadas a impedir a chegada da população à manifestação de apoio ao general António de Spínola, mais conhecida como a manifestação da maioria silenciosa.[12]

Subsequentemente, durante o processo revolucionário, a sua proximidade com Ernesto Melo Antunes fez de Sampaio uma espécie de agente de ligação entre as instituições democráticas e a ala moderada do MFA, sendo um ativo apoiante das posições do Grupo dos Nove. Em março de 1975, sendo ministro dos Negócios Estrangeiros Melo Antunes, é nomeado Secretário de Estado da Cooperação Externa do IV Governo Provisório, o terceiro e penúltimo de Vasco Gonçalves.[13]

Ainda em 1975, é um dos fundadores da Intervenção Socialista, um grupo constituído por políticos e intelectuais que se dedica à reflexão política.[14]

À semelhança de outros antigos militantes do MES (casos de Eduardo Ferro Rodrigues e Augusto Mateus, por exemplo), viria a aderir ao Partido Socialista, em 1978. Assim, é já na bancada socialista que se estreia como deputado à Assembleia da República, na sequência das eleições legislativas de 1979. Por designação da Assembleia, entre 1979 e 1984, foi membro da Comissão Europeia para os Direitos Humanos, onde desempenhou um papel ativo. Entre 1986 e 1987, presidiu ao Grupo Parlamentar do PS.

Em 1989, obtém aquele que será, provavelmente, o feito político mais marcante na sua carreira, ao liderar uma histórica coligação entre o PS e o PCP, à Câmara Municipal de Lisboa, nas eleições autárquicas desse ano. Essa união faz com que consiga derrotar o candidato do centro-direita, Marcelo Rebelo de Sousa, com 49,07% dos votos e 9 vereadores (em 17). O sucesso da coligação ditaria que nas autárquicas seguintes, em 1993, continuasse o projeto de coligação, agora ampliado à UDP e ao PSR; o que veio a suceder, permitindo a reeleição de Sampaio, com 56,66% dos votos e 11 vereadores (em 17), melhor resultado de sempre obtido por um candidato à Câmara lisboeta.[15]

Ainda em 1989, sucedeu a Vítor Constâncio como secretário-geral do PS, cargo que ocupou até 1992, quando perdeu a chefia do partido para António Guterres.

Presidência da República

Em 1995, anunciou o desejo de se candidatar à Presidência da República, o que o levou a demitir-se da presidência da Câmara de Lisboa.

Ganhou a eleição logo na primeira volta, contra Aníbal Cavaco Silva, o anterior primeiro-ministro, e foi eleito presidente em 14 de janeiro de 1996. Tomou posse deste cargo a 9 de março. Seria reeleito presidente em 14 de janeiro de 2001.

Com a eleição de Jorge Sampaio concretiza-se, pela primeira vez desde o 25 de Abril de 1974, um cenário político marcado por uma maioria governamental e um Presidente da República da mesma família política.[16]

A sua ação privilegiou os aspetos sociais e culturais. No domínio económico, impulsionou a criação da COTEC Portugal. Na cena política internacional, foi um importante contribuidor para a tomada de consciência da causa pela Independência de Timor-Leste.

Retrato oficial do Presidente Jorge Sampaio (2005), por Paula Rego. Museu da Presidência da República.

Conviveu com quatro primeiros-ministros diferentes: António Guterres, José Manuel Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e José Sócrates. A sua presidência viria a conhecer momentos conturbados na fase final do segundo mandato, que o levaram a tomar decisões polémicas.

Até ao ano de 2001, o país viveu em relativa tranquilidade política. Nesse ano, a crise financeira em que Portugal mergulhou passou a dominar as atenções de boa parte dos esforços das autoridades nacionais, incluindo a Presidência da República. Seguiu-se um período durante o qual o Presidente Sampaio teve de ponderar o uso do poder de dissolução da Assembleia da República, ocasião que fez reacender o debate em torno dos poderes constitucionalmente atribuídos ao Presidente da República.

A primeira situação ocorreu ainda em 2001, no seguimento da derrota do PS nas eleições autárquicas, quando António Guterres apresenta a sua demissão do cargo de primeiro-ministro. Sampaio decide-se pela convocação de eleições legislativas antecipadas, das quais sai vencedor o Partido Social Democrata, chefiado por Durão Barroso.

Três anos mais tarde, na sequência do convite que lhe foi dirigido, Durão Barroso abandona o cargo para presidir à Comissão Europeia. Podendo optar entre a dissolução da Assembleia da República, a convocação de eleições ou permitir à mesma maioria parlamentar formar novo Governo, decide pela terceira opção e indigita Pedro Santana Lopes como primeiro-ministro do XVI Governo Constitucional.[17] A sua decisão foi contestada pelos partidos de esquerda e acabou por influenciar a decisão de demissão do então líder do Partido Socialista, Eduardo Ferro Rodrigues.

Em finais do ano de 2004 — contrariando aquilo que fora a sua decisão anunciada e o compromisso com o novo primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes — resolve dissolver a Assembleia da República e, bem assim, tirar o poder à maioria formada pelo PSD de Santana e o seu parceiro de coligação, o CDS-PP de Paulo Portas (também membro desse governo).

Abriram-se assim as portas para a chegada ao poder de José Sócrates, que entretanto (em eleições internas subsequentes à demissão de Ferro Rodrigues) conquistou a liderança do PS contra João Soares e Manuel Alegre. Sócrates tornar-se-ia assim o primeiro primeiro-ministro socialista a governar com maioria absoluta, após derrotar, nessas legislativas de 2005, o PSD de Pedro Santana Lopes.[18]

Ao longo dos seus dois mandatos, utilizou o veto político num total de 75 vezes, em domínios de natureza diversificada, da lei das vagas adicionais, em dezembro de 1996, passando pelas portagens do Oeste, em 1998, ou o casino do Parque Mayer, em 2002. Alguns dos diplomas rejeitados por Sampaio revestiram-se de polémica, como foi o caso da lei do ato médico, em setembro de 1999, ou a lei-quadro dos novos municípios, em 2003.[19]

As suas intervenções presidenciais foram reunidas em seis volumes, sob o título Portugueses (I, II, III, IV, V e VI).

Pós-Presidência da República

Em maio de 2006, foi nomeado pelo Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas Enviado Especial para a Luta contra a Tuberculose. Em 26 de abril de 2007, foi nomeado Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

No programa Os Grandes Portugueses, obteve o 80.º lugar.

Casamento e descendência

  • Casou primeira vez com a Dr.ª Karin Schmidt Dias, Médica, filha de António Jorge Dias e de sua mulher Margot Schmidt, Alemã, e irmã da Dr.ª Margot Schmidt Dias, Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique a 4 de fevereiro de 1989, de quem se divorciou,[20] sem geração.
  • Casou segunda vez com Maria José Ritta e tem uma filha e um filho, Vera Ritta de Sampaio, nascida em 1977, solteira e sem geração, e André Ritta de Sampaio, nascido em 1981, solteiro e sem geração.[1]

Homenagens

  • Em 1999, recebeu um Doutoramento honoris causa pela Universidade de Aveiro[21]
  • Em 24 de janeiro de 2010, recebeu um Doutoramento honoris causa pela Universidade de Coimbra.[22]
  • Em 11 de outubro de 2010, recebeu um Doutoramento honoris causa pela Universidade de Lisboa, aquando das comemorações do centenário da mesma, coincidindo com as comemorações do centenário da República Portuguesa (5 de Outubro).
  • Em 24 de julho de 2015, recebeu o Prémio Nelson Mandela.[23]

Condecorações

Ordens nacionais:[24]

Ordens estrangeiras:[25]

Referências

  1. a b José Maria Raposo de Sousa Abecassis (1.ª Edição, Lisboa, 1990). Genealogia Hebraica. [S.l.]: Edição do Autor. pp. Volume II. 248  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  2. Museu da Presidência
  3. Expresso
  4. Ana Cabrera. «Ficha histórica:Quadrante – a revolta de uma elite perante a crise da universidade» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de março de 2015 
  5. JSMS
  6. Expresso
  7. [hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/.../OTempoeoModo/OTempoeoModo_guiao.pdf Hemeroteca Digital]
  8. Jorge Sampaio
  9. Museu da Presidência
  10. Expresso
  11. Universidade do Porto
  12. Expresso
  13. Universidade do Porto
  14. Universidade do Porto
  15. Universidade do Porto
  16. [Museu da Presidência]
  17. Museu da Presidência
  18. Museu da Presidência
  19. Museu da Presidência
  20. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Margot Schmidt Dias". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 19 de outubro de 2015 
  21. «Doutores honoris causa pela UA». Universidade de Aveiro. Consultado em 23 de agosto de 2014. Cópia arquivada em 28 de Julho de 2014 
  22. Agência Lusa (24 de janeiro de 2010). «Jorge Sampaio recebe hoje grau de doutor "honoris causa" pela Universidade de Coimbra». Jornal Público. Consultado em 20 de maio de 2014. Cópia arquivada em 20 de maio de 2014 
  23. Liliana Borges (24 de julho de 2015). «Jorge Sampaio recebe Prémio Nelson Mandela». Jornal de Negócios. Consultado em 24 de julho de 2015 
  24. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Jorge Fernando Branco Sampaio". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 23 de abril de 2018 
  25. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Jorge Fernando Branco Sampaio". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de maio de 2014 

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