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[[Imagem:Zichy Mihály A démon fegyverei.jpg|thumb|''O Triunfo do Gênio da Destruição'' (1878), de [[Mihály Zichy]].]]
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{{PEPB|Demónio|demônio}} é, segundo o [[cristianismo]], um [[anjo]] que se rebelou contra [[Deus]] e que passou a lutar pela perdição da [[humanidade]].<ref name="enoch.69">[[Livro de Enoque]], Capítulo LXIX [http://www.sacred-texts.com/bib/boe/boe072.htm <nowiki>[em linha]</nowiki>]</ref> Na [[antiguidade]], contudo, o termo tinha outra conotação, referindo-se a um [[Gênio (mitologia romana)|gênio]] que inspirava os indivíduos tanto para o [[bem]] quanto para o [[mal]].<ref name="ref1">FERREIRA, A. B. H. ''Novo Dicionário da Língua Portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.534</ref><ref name="ovidio.metamorfoses.675">[[Bóreas]] se enche de raiva demoníaca para violentar [[Orítia]], filha do rei [[Erecteu]] de Atenas e casada com [[Tereu]] rei da Trácia; [[Ovídio]], ''Metamorfoses'', Livro VI, 675-701</ref>
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Nos contextos [[Judaísmo|judaico]] e [[Islão|islâmico]], a ideia é diversa, até porque não se trata de um ente opositor ao Criador, mas de algumas criaturas a Ele subalternas. Na cércea do primeiro contexto, refere-se a um ser imperfeito que foi formado no sexto dia da [[Criação (teologia)|Criação]].<ref>{{Citar livro|lingua2=en|título=Tree of Souls|subtítulo=the mythology of Judaism|primeiro=Howard|último=Schwartz|local=Nova Iorque|editora=Oxford|ano=2004|página=227}}</ref> Para o segundo, os demônios, ou ''[[jiin]]'', são seres que coexistem com os seres humanos, sendo dotados de [[livre-arbítrio]] e chefiados por [[Iblis]].<ref>{{Citar livro|lingua3=en|título=Islam|subtítulo=historical, social, and political perspectives|primeiro=Jean Jacques|último=Waardenburg|local=|editora=Walter de Gruyter & Co|ano=2002|página=38|isbn=3110171783}}</ref>
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Revisão das 21h58min de 4 de maio de 2018

O Triunfo do Gênio da Destruição (1878), de Mihály Zichy.

Demónio (português europeu) ou demônio (português brasileiro) é, segundo o cristianismo, um anjo que se rebelou contra Deus ecarlos cabeca que passou a lutar pela perdição da vida interestelar.[1] Na antiguidade, contudo, o termo tinha outra conotação, referindo-se a um gênio que inspirava os indivíduos tanto para o bem quanto para o mal.[2][3]

Nos contextos judaico e islâmico, a ideia é diversa, até porque não se trata de um ente opositor ao Criador, mas de algumas criaturas a Ele subalternas. Na cércea do primeiro contexto, refere-se a um ser imperfeito que foi formado no sexto dia da Criação.[4] Para o segundo, os demônios, ou jiin, são seres que coexistem com os seres humanos, sendo dotados de livre-arbítrio e chefiados por Iblis.[5]

Etimologia

O termo «demônio» vem do grego δαιμόν (daimon), através do termo latino daemonium.[2]

Cristianismo

Ver artigos principais: Inferno, Demonologia e Possessão demoníaca
A Tentação de Santo Antão (1480-90), de Martin Schongauer, retrata Santo Antão (também grafado Antônio) cercado por demônios.

Na maioria das religiões cristãs, os demônios, ou espíritos imundos, são anjos caídos que foram expulsos do terceiro céu (a presença de Deus) (Apocalipse 12:7–9).

Popularmente, acredita-se que o chefe dos demônios, Lúcifer, era um querubim da guarda ungido (Ezequiel 28 e Isaías 14:13–14) que, ao desejar ser igual a Deus, foi expulso do Paraíso. É certo que há passagens na Bíblia que falam de seres caindo do céu, porém não são sobre Satanás e usam linguagem figurativa. Somente por uma leitura descuidada destes textos pode, alguém, chegar à história popular relativa à origem de Satanás.[6]

Porém, quando foi expulso do Céu, a Bíblia nos relata que Lúcifer (conhecido, depois da expulsão, como diabo e satanás, também referido em Apocalipse como "dragão" ou "antiga serpente", fazendo uma referência ao Livro do Gênesis) trouxe, consigo, um terço dos anjos de Deus (Apocalipse 12:4). Não encontra-se, na Bíblia cristã, qualquer referência ao quantitativo de anjos que acompanharam Lúcifer, mas o livro do Apocalipse diz que o número de anjos a serviço do Criador são "milhares de milhares e milhões de milhares" (Apocalipse 5:11).

Devido a vários motivos ou simplesmente por submissão religiosa a Satanás, os demônios podem, segundo a crença cristã, possuir alguém, assumindo inclusive o senhorio sobre o corpo desta pessoa, manipulando suas atitudes e palavras e influenciando fortemente os seus pensamentos. Para os cristãos, o único meio eficaz utilizado pelos apóstolos para falir a autoridade de um ou mais demônios sobre uma ou mais pessoas é o nome de Jesus Cristo, Filho de Deus, que, segundo a crença cristã, é o Nome sobre todo nome, inclusive o sobre o nome dos demônios.[7]

Cristadelfianos

Para os Cristadelfianos, os demônios na Bíblia são os deuses dos pagãos, isto é, dos não cristãos e não judeus. Segundo os Cristadelfianos, os antigos gregos acreditavam que os espíritos podiam possuir pessoas e que eram os espíritos dos falecidos que tinham subido ao nível de demônios (semideuses que traziam o bem ou o mal à humanidade). Quando alguém não entendia a causa de uma enfermidade, por não haver causa aparente ou por ser uma doença do foro psicológico, a enfermidade era atribuída a demônios. Os Cristadelfianos também não acreditam que os anjos possam pecar.[8]

Judaísmo

A tradição judaica cunhou a figura de demónio com significado totalmente diverso daquela corrente na tradição cristã. Para o primeiro, os demónios são seres meio-humano, meio-espírito, criados após o homem, podendo reproduzir-se e ser bons ou maus, mas de natureza incompleta, cujos atos tendem ao caos.[9]

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Demónio

Ver também

Referências

  1. Livro de Enoque, Capítulo LXIX [em linha]
  2. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.534
  3. Bóreas se enche de raiva demoníaca para violentar Orítia, filha do rei Erecteu de Atenas e casada com Tereu rei da Trácia; Ovídio, Metamorfoses, Livro VI, 675-701
  4. Schwartz, Howard (2004). Tree of Souls. the mythology of Judaism (em inglês). Nova Iorque: Oxford. p. 227 
  5. Waardenburg, Jean Jacques (2002). Islam. historical, social, and political perspectives (em inglês). [S.l.]: Walter de Gruyter & Co. p. 38. ISBN 3110171783 
  6. «A origem de Satanás». Consultado em 26.jun.2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. Lara, Aroldo (2011). Possessão e exorcismo. São Paulo: Biblioteca24horas. p. 38. ISBN 978-85-7893-980-9 
  8. «Literatura - Diabo e Satanás - O Diabo, vosso adversário». Consultado em 26.jun.2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. Ben-Amos, Dan; Noy, Dov (2011). Folktales of the Jews. tales from Arab lands (em inglês). Filadélfia: Jewish Publications Society. p. 574, 577  templatestyles stripmarker character in |autor= at position 1 (ajuda)

Bibliografia

  • Sigmund Freud (1950). Totem and Taboo:Some Points of Agreement between the Mental Lives of Savages and Neurotics (em inglês). Nova Iorque: W. W. Norton & Company. ISBN 978-0-393-00143-3 
  • Wundt, W. (1906). Mythus und Religion, Teil II (Völkerpsychologie, Band II). Leipzig.
  • Castaneda, Carlos (1998). The Active Side of Infinity. HarperCollins NY ISBN 978-0-06-019220-4

Leitura adicional

  • Evil and the Demonic: A New Theory of Monstrous Behavior (em inglês). Nova Iorque: New York University Press. 1996. ISBN 978-0-8147-6193-9