Desinformação: diferenças entre revisões

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'''Desinformação''' é a utilização das técnicas de [[comunicação]] e [[informação]] para induzir a erro ou dar uma falsa imagem da realidade, mediante a supressão ou ocultação de informações, minimização da sua importância ou modificação do seu sentido.<ref> [http://www.priberam.pt/dlpo/desinforma%C3%A7%C3%A3o "desinformação"], in [[Dicionário Priberam da Língua Portuguesa]] 2008-2013.</ref> Tem como objetivo influenciar a [[opinião pública]] de maneira a proteger interesses privados.
'''Desinformação''' é uma ferramenta do ramo da Contrainteligência, que consiste na utilização de técnicas de [[comunicação]] e [[informação]] para induzir a erro ou dar uma falsa imagem da realidade, mediante a supressão ou ocultação de informações, minimização da sua importância ou modificação do seu sentido.<ref> [http://www.priberam.pt/dlpo/desinforma%C3%A7%C3%A3o "desinformação"], in [[Dicionário Priberam da Língua Portuguesa]] 2008-2013.</ref>

Segundo o Especialista em Inteligência Estratégica Jacinto Murowaniecki, a desinformação, além das funcionalidades de elaboração e divulgação de dados e informações falsas, inexatas ou excessivas, objetivando impedir o acesso às informações verdadeiras e confundir aquele que as obtém, pode ser utilizada para alterar a compreensão de assuntos tratados por meio de processos ou contratos, de forma a influenciar decisivamente o signatário na tomada de uma decisão ambicionada pelo desinformante.<ref>{{citar web|url=https://sites.google.com/view/contrainteligencia|titulo=A Contrainteligência no Senado Federal|data=06/03/2017|acessodata=07/05/2018|publicado=Indexador Dura Verum, Sed Verum|ultimo=Murowaniecki|primeiro=Jacinto}}</ref>

O objetivo, portanto, pode variar desde proteger dados sensíveis de uma instituição, até mesmo acobertar improbidades e corrupção, através da capacidade de influenciar desde um determinado agente público ou privado, até toda a [[opinião pública]].


Algumas vezes, a palavra é empregada no contexto de [[relações públicas]] ou da [[propaganda]].
Algumas vezes, a palavra é empregada no contexto de [[relações públicas]] ou da [[propaganda]].
== Atividade Política e Social ==
== Procedimentos ==
A desinformação pode operar através da [[publicidade]] pública de um [[regime político]], geralmente organizada por um ''[[spin doctor]]'' por meio de mecanismos da [[Engenharia social (ciência política)|engenharia social]], ou da publicidade privada ou, ainda, por meio de [[boato]]s, "sondagens", [[estatística]]s, filtragem de informações ou estudos supostamente científicos e imparciais, mas pagos por [[empresa]]s ou instituições económicas interessadas, por afirmações não autorizadas para inspecionar os [[argumento]]s adversos que possam suscitar uma medida e antecipar respostas e uso de meios não independentes ou financiados em parte por quem divulga a notícia ou com [[jornalista]]s sem contrato fixo.
A desinformação pode operar através da [[publicidade]] pública de um [[regime político]], geralmente organizada por um ''[[spin doctor]]'' por meio de mecanismos da [[Engenharia social (ciência política)|engenharia social]], ou da publicidade privada ou, ainda, por meio de [[boato]]s, "sondagens", [[estatística]]s, filtragem de informações ou estudos supostamente científicos e imparciais, mas pagos por [[empresa]]s ou instituições económicas interessadas, por afirmações não autorizadas para inspecionar os [[argumento]]s adversos que possam suscitar uma medida e antecipar respostas e uso de meios não independentes ou financiados em parte por quem divulga a notícia ou com [[jornalista]]s sem contrato fixo.


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A mesma aplicação têm os adjetivos ''inquestionável, inquebrável, inexequível, insuspeitável, indeclinável'' e ''substancial.'' O seu maximalismo serve para rebaixar qualquer [[discurso]] no sentido oposto e criar uma atmosfera irrespirável de [[monologia]]. Segundo [[Noam Chomsky]], muitas destas palavras costuma atrair outros elementos em cadeia formando [[lexia]]s: ''adesão inquebrável'', ''dever incontornável'', ''legítimas aspirações'', ''absolutamente imprescindível''. Ou com lexias redundantes como ''totalmente cheio'' ou ''absolutamente indiscutível, inaceitável'' ou ''inadmissível.''
A mesma aplicação têm os adjetivos ''inquestionável, inquebrável, inexequível, insuspeitável, indeclinável'' e ''substancial.'' O seu maximalismo serve para rebaixar qualquer [[discurso]] no sentido oposto e criar uma atmosfera irrespirável de [[monologia]]. Segundo [[Noam Chomsky]], muitas destas palavras costuma atrair outros elementos em cadeia formando [[lexia]]s: ''adesão inquebrável'', ''dever incontornável'', ''legítimas aspirações'', ''absolutamente imprescindível''. Ou com lexias redundantes como ''totalmente cheio'' ou ''absolutamente indiscutível, inaceitável'' ou ''inadmissível.''

== Atividade Administrativa ==
No Brasil, a desinformação tem sido largamente utilizada por Instituições Públicas e Privadas como forma de ocultar atos de corrupção.

O site "[https://sites.google.com/view/desinforma Desinformação]" apresenta uma série de processos administrativos do Senado federal contendo denúncias, cuja condução foi objeto de desinformação com o objetivo de evitar o andamento dos processos e beneficiar diretores poderosos.

Tal site, que é indexado através da página Duraverum<ref>{{citar web|url=http://www.duraverum.com/|titulo=Indexador Dura Verum, Sed Verum|data=06/03/2017|acessodata=07/05/2018|publicado=Indexador Dura Verum, Sed Verum|ultimo=Murowaniecki|primeiro=Jacinto}}</ref>, lista algumas ferramentas de desinformação aplicadas ao processo administrativo, tais como '''ocultação''', '''seletividade''' e '''documento-alvo''', entre outros.

O trecho a seguir deixa bastante clara a implicação da desinformação no contexto administrativo:

''"A desinformação não se dá somente através da inserção de informações não confiáveis, também podemos ser desinformados pela ausência de informações verídicas. Através da '''ocultação''', uma outra ferramenta bastante útil conhecida como '''seletividade''' adquire uma importância ímpar.''

''Quanto mais informações sobre determinado assunto, mais completo será o resultado, seja qual for o objetivo. Quando o objetivo for o de desconstruir uma denúncia, o responsável pela ação pode utilizar a técnica da '''ocultação''' para diminuir o rol das informações a serem processadas. Desvirtuando as informações que continuam visíveis, se obtém um rol de informações não confiáveis, cuja '''seletividade''' permite a construção de uma desinformação bem elaborada.''

''Especificamente nesta primeira denúncia, o leitor poderá notar como a Comissão de Sindicância foi afastando todos os fatos comprometedores, desde as denúncias até os depoimentos, '''desconstruindo''' o documento original até restar uma única denúncia. E ainda mais, uma denúncia tão desvirtuada a ponto de não serem mais imputados fatos contra os denunciados, e sim contra o denunciante."''<ref>{{citar web|url=https://sites.google.com/view/desinforma|titulo=Desinformação|data=06/03/2017|acessodata=07/05/2018|publicado=Indexador Dura Verum, Sed Verum|ultimo=Murowaniecki|primeiro=Jacinto}}</ref>


== Retórica da desinformação ==
== Retórica da desinformação ==

* '''[[Apelo ao medo]]''' - Um público que tenha medo está em situação de receptividade passiva e admite mais facilmente qualquer tipo de indoutrinação ou a ideia que se lhe quer incutir; recorre-se a sentimentos instalados na [[psicologia]] do [[cidadão]] por [[preconceito]]s [[escolar]]es e de [[educação]], mas sem razões nem provas.
* '''[[Apelo ao medo]]''' - Um público que tenha medo está em situação de receptividade passiva e admite mais facilmente qualquer tipo de indoutrinação ou a ideia que se lhe quer incutir; recorre-se a sentimentos instalados na [[psicologia]] do [[cidadão]] por [[preconceito]]s [[escolar]]es e de [[educação]], mas sem razões nem provas.
* '''[[Apelo à autoridade]]''' - Citar [[personalidade]]s importantes para sustentar uma ideia, um argumento ou uma linha de conduta e negligenciar outras opiniões.
* '''[[Apelo à autoridade]]''' - Citar [[personalidade]]s importantes para sustentar uma ideia, um argumento ou uma linha de conduta e negligenciar outras opiniões.

Revisão das 18h39min de 7 de maio de 2018

Desinformação é uma ferramenta do ramo da Contrainteligência, que consiste na utilização de técnicas de comunicação e informação para induzir a erro ou dar uma falsa imagem da realidade, mediante a supressão ou ocultação de informações, minimização da sua importância ou modificação do seu sentido.[1]

Segundo o Especialista em Inteligência Estratégica Jacinto Murowaniecki, a desinformação, além das funcionalidades de elaboração e divulgação de dados e informações falsas, inexatas ou excessivas, objetivando impedir o acesso às informações verdadeiras e confundir aquele que as obtém, pode ser utilizada para alterar a compreensão de assuntos tratados por meio de processos ou contratos, de forma a influenciar decisivamente o signatário na tomada de uma decisão ambicionada pelo desinformante.[2]

O objetivo, portanto, pode variar desde proteger dados sensíveis de uma instituição, até mesmo acobertar improbidades e corrupção, através da capacidade de influenciar desde um determinado agente público ou privado, até toda a opinião pública.

Algumas vezes, a palavra é empregada no contexto de relações públicas ou da propaganda.

Atividade Política e Social

A desinformação pode operar através da publicidade pública de um regime político, geralmente organizada por um spin doctor por meio de mecanismos da engenharia social, ou da publicidade privada ou, ainda, por meio de boatos, "sondagens", estatísticas, filtragem de informações ou estudos supostamente científicos e imparciais, mas pagos por empresas ou instituições económicas interessadas, por afirmações não autorizadas para inspecionar os argumentos adversos que possam suscitar uma medida e antecipar respostas e uso de meios não independentes ou financiados em parte por quem divulga a notícia ou com jornalistas sem contrato fixo.

A desinformação serve-se de diversos procedimentos retóricos como a demonização, o esoterismo, a pressuposição, o uso de falácias, mentiras, omissão, sobreinformação, descontextualização, negativismo, generalização, especificação, analogia, metáfora, eufemismo, desorganização do conteúdo, uso de adjetivo dissuasivo, reserva da última palavra ou ordenação da informação preconizada sobre a oposta (ordem nestoriana).

A demonização ou satanização consiste em identificar a opinião contrária com o mal, de forma a que a própria opinião fique enobrecida ou glorificada. Falar do vizinho como de um demónio converte-nos em anjos e as "guerras santas" sempre serão menos injustas que as outras guerras. Trata-se antes de mais de convencer as pessoas com sentimentos e não com razões objectivas. Habitualmente emprega-se em defesa de interesses económicos, ou, por exemplo, quando se demoniza a Internet chamando-lhe refúgio de pederastas e piratas, encobrindo a intenção económica a que obedece esse ponto de vista aparentemente bem-intencionado de a regular.

Algumas palavras e expressões não admitem réplica nem razoabilidade lógica: são os chamados adjetivos dissuasivos, contundentes e negativistas que obrigam a submeter-se a essas palavras e excluem o teor e qualquer forma de trâmite inteligente. A sua contundência emocional, o pathos emotivo da mensagem, eclipsa toda qualquer possível dúvida ou ignorância, os princípios de qualquer forma razoável de pensamento: a constituição ou a integração europeia é irreversível.

A mesma aplicação têm os adjetivos inquestionável, inquebrável, inexequível, insuspeitável, indeclinável e substancial. O seu maximalismo serve para rebaixar qualquer discurso no sentido oposto e criar uma atmosfera irrespirável de monologia. Segundo Noam Chomsky, muitas destas palavras costuma atrair outros elementos em cadeia formando lexias: adesão inquebrável, dever incontornável, legítimas aspirações, absolutamente imprescindível. Ou com lexias redundantes como totalmente cheio ou absolutamente indiscutível, inaceitável ou inadmissível.

Atividade Administrativa

No Brasil, a desinformação tem sido largamente utilizada por Instituições Públicas e Privadas como forma de ocultar atos de corrupção.

O site "Desinformação" apresenta uma série de processos administrativos do Senado federal contendo denúncias, cuja condução foi objeto de desinformação com o objetivo de evitar o andamento dos processos e beneficiar diretores poderosos.

Tal site, que é indexado através da página Duraverum[3], lista algumas ferramentas de desinformação aplicadas ao processo administrativo, tais como ocultação, seletividade e documento-alvo, entre outros.

O trecho a seguir deixa bastante clara a implicação da desinformação no contexto administrativo:

"A desinformação não se dá somente através da inserção de informações não confiáveis, também podemos ser desinformados pela ausência de informações verídicas. Através da ocultação, uma outra ferramenta bastante útil conhecida como seletividade adquire uma importância ímpar.

Quanto mais informações sobre determinado assunto, mais completo será o resultado, seja qual for o objetivo. Quando o objetivo for o de desconstruir uma denúncia, o responsável pela ação pode utilizar a técnica da ocultação para diminuir o rol das informações a serem processadas. Desvirtuando as informações que continuam visíveis, se obtém um rol de informações não confiáveis, cuja seletividade permite a construção de uma desinformação bem elaborada.

Especificamente nesta primeira denúncia, o leitor poderá notar como a Comissão de Sindicância foi afastando todos os fatos comprometedores, desde as denúncias até os depoimentos, desconstruindo o documento original até restar uma única denúncia. E ainda mais, uma denúncia tão desvirtuada a ponto de não serem mais imputados fatos contra os denunciados, e sim contra o denunciante."[4]

Retórica da desinformação

  • Apelo ao medo - Um público que tenha medo está em situação de receptividade passiva e admite mais facilmente qualquer tipo de indoutrinação ou a ideia que se lhe quer incutir; recorre-se a sentimentos instalados na psicologia do cidadão por preconceitos escolares e de educação, mas sem razões nem provas.
  • Apelo à autoridade - Citar personalidades importantes para sustentar uma ideia, um argumento ou uma linha de conduta e negligenciar outras opiniões.
  • Testemunho - Mencionar dentro ou fora de contexto casos particulares em vez de situações gerais para sustentar uma opção política.
  • Efeito acumulativo - Persuasão do auditório para adoptar uma ideia insinuando que um movimento de massas irresistível e implacável está já comprometido no seu apoio, embora tal seja falso.
  • Redefinição e revisionismo - Consiste em redefinir as palavras ou falsificar a história de forma parcial para criar uma ilusão de coerência.
  • Procura de desaprovação ou pôr palavras na boca de alguém - Relacionada com o anterior, consiste em sugerir ou apresentar uma ideia ou acção que seja adoptada por um grupo adverso sem a estudar verdadeiramente. Afirmar que um grupo tem uma opinião e que os indivíduos indesejáveis, subversivos ou reprováveis a têm também. Isto predispõe os demais a mudar a sua opinião.
  • Uso de generalidades e palavras virtuosas - As generalidades podem provocar emoção intensa no auditório. O amor à pátria e o desejo de paz, de liberdade, de glória, de justiça, de honra e de pureza permitem assassinar o espírito crítico do auditório, pois o significado destas palavras varia segundo a interpretação de cada indivíduo, mas o seu significado conotativo general é positivo e por associação os conceitos e os programas do propagandista serão percebidos como grandiosos, bons, desejáveis e virtuosos.
  • Imprecisão intencional - Referir factos deformando-os ou citar estatísticas sem indicar as fontes ou todos os dados. A intenção é dar ao discurso um conteúdo de aparência científica sem permitir analisar a sua validade ou a sua aplicabilidade.
  • Transferência - Esta técnica serve para projectar qualidades positivas ou negativas de uma pessoa, entidade, objecto ou valor (indivíduo, grupo, organização, nação, raça, etc...) sobre algo para fazer isto mais (ou menos) aceitável mediante cargas emotivas.
  • Simplificação exagerada - Generalidades usadas para contextualizar problemas sociais, políticos, económicos ou militares complexos.
  • Quidam - Para ganhar a confiança do auditório, o propagandista emprega o nível de linguagem e as maneiras e aparências de uma pessoa comum. Pelo mecanismo psicológico de projecção, o auditório encontra-se mais inclinado a aceitar as ideias que se apresentam deste modo, já que quem as presenta parece-lhe semelhante.
  • Estereotipagem ou etiquetagem Esta técnica utiliza os preconceitos e os estereótipos do auditório para conseguir a adesão a algo.
  • Bode expiatório - Lançando anátemas de demonização sobre um indivíduo ou um grupo de indivíduos, acusado de ser responsável por um problema real ou suposto, o propagandista pode evitar falar dos verdadeiros responsáveis e aprofundar o problema.
  • Uso de chavões (slogans) - Frases breves e curtas, fáceis de memorizar e reconhecer e que permitem deixar um traço em todos os espíritos, de forma positiva, ou de forma irónica: "Bruto é um homem honrado", por exemplo.
  • Eufemismo ou deslize semântico - Substituição de uma expressão por outra retirando-lhe todo o conteúdo emocional e esvaziá-la do seu sentido: "interrupção voluntária da gravidez" em vez de aborto induzido, "solução habitacional" em vez de habitação, "limpeza étnica" por matança racista. Outros exemplos, "danos colaterais" em vez de vítimas civis, "liberalismo" em vez de capitalismo, "lei da selva" em vez de liberalismo, "reajuste laboral" em vez de despedimento, "solidaridade" em vez de imposto, "pessoas com preferências sexuais diferentes" em lugar de homossexuais, "pessoas com capacidades diferentes" em lugar de deficientes e "relações impróprias" em vez de adultério.
  • Adulação - Uso de qualificativos agradáveis, por vezes sem moderação, com a intenção de convencer o receptor: "Você é muito inteligente, deveria estar de acordo com o que lhe digo".

Referências

  1. "desinformação", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 2008-2013.
  2. Murowaniecki, Jacinto (6 de março de 2017). «A Contrainteligência no Senado Federal». Indexador Dura Verum, Sed Verum. Consultado em 7 de maio de 2018 
  3. Murowaniecki, Jacinto (6 de março de 2017). «Indexador Dura Verum, Sed Verum». Indexador Dura Verum, Sed Verum. Consultado em 7 de maio de 2018 
  4. Murowaniecki, Jacinto (6 de março de 2017). «Desinformação». Indexador Dura Verum, Sed Verum. Consultado em 7 de maio de 2018