Barragem do Tua: diferenças entre revisões

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==Estudo de Impacto Ambiental==
*[http://siaia.apambiente.pt/AIADOC/AIA1916/RNT1916.pdf Resumo Não-Técnico]. Novembro de 2008.
*[http://siaia.apambiente.pt/AIADOC/AIA1916/relatoriocp19162014917111316.pdf Relatório de Consulta Pública]. Março de 2009.
*[http://siaia.apambiente.pt/AIADOC/AIA1916/DIA1916.pdf Declaração de Impacto Ambiental]. 11 de Maio de 2009.
*[http://siaia.apambiente.pt/AIADOC/AIA1916/Alteracao_DIA1916.pdf 1.ª alteração à Declaração de Impacto Ambiental]. 18 de Junho de 2009.
*[http://siaia.apambiente.pt/AIADOC/AIA1916/ahfoztuaalteracaodia2017920103625.pdf 2.ª alteração à Declaração de Impacto Ambiental]. 28 de Dezembro de 2016.
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Revisão das 10h23min de 23 de maio de 2018


Barragem do Tua
Localização
Localização Alijó e Carrazeda de Ansiães, Portugal Editar isso no Wikidata
Bacia hidrográfica Douro
Rio Rio Tua
Coordenadas 41°13'8"N, 7°25'22"W
Mapa
Dados gerais
Data de inauguração 2011
Tipo usina hidrelétrica, central hidroelétrica reversível

A barragem do Tua, também conhecida como barragem da foz do Tua ou barragem de Foz Tua, é uma barragem portuguesa destinada ao aproveitamento hidroeléctrico do rio Tua. A sua construção foi anunciada em 2006[1] no âmbito do chamado Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (que previa a construção de mais 9 barragens), e tinha um custo previsto de 300 milhões de euros.[1]

A Barragem de Foz Tua é possivelmente uma das barragens mais controversas da história de Portugal, em grande parte porque a sua albufeira obrigou ao encerramento e submersão dos primeiros 16 quilómetros da linha ferroviária do Tua, cortando a sua ligação ao resto da rede ferroviária nacional e inviabilizando um futuro aproveitamento. A construção da Barragem motivou protestos de várias organizações ambientalistas e movimentos cívicos da região de Trás-os-Montes; contudo, ao contrário do que sucedeu com o também controverso projeto da Barragem de Foz Côa (em 1994–1995), nenhum dos dois principais partidos de Portugal (PS e PPD-PSD) se opôs à construção da Barragem do Tua, pelo que a Barragem acabou por ser construída e foi concluída em 2017.

Oposição e queixas

O projecto teve a oposição dos partidos Bloco de Esquerda e os Verdes, tendo os Verdes feito denúncias à UNESCO alegando pôr em causa a classificação da UNESCO do Douro Vinhateiro como património da humanidade.[1] A Quercus também efectuou denúncias à UNESCO, alegando que o "imenso estaleiro" em que se transformou aquela região classificada do Alto Douro Vinhateiro e que a sua construção representaria um "verdadeiro atentado a um património ambiental e cultural insubstituível".[2] Apesar das queixas, a UNESCO concluiu que a construção da barragem não põe me risco a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial.[3]

Em 7 de dezembro de 2011, devido a receios de que a construção da barragem viesse a afectar a classificação da UNESCO do Douro vinhateiro como Património da Humanidade, a EDP anunciou a reformulação do projecto da barragem com vista a mitigar o seu impacto.[4] Com esse fim, a EDP declarou estar a trabalhar com o arquitecto Souto Moura "para conseguir a melhor solução possível e para que a barragem venha a constituir um valor acrescentado para o local".[4]

A 18 de Setembro de 2013, a EDP deu início à segunda fase da construção da barragem. O director do projecto, Freitas da Costa, indicou também que o risco de desclassificação por parte da UNESCO do Douro Património Cultural estava já "completamente ultrapassado".[5] Dois dias após as declarações, a 2013-09-20, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela aceitou uma providência cautelar interposta pelo movimento "Plataforma Salvar o Tua" com o objectivo de parar a construção da barragem.[6] A 2013-10-04 foi divulgado que a EDP contestou a providência cautelar, tendo as obras prosseguido.[7]

Linha do Tua

Um novo plano de mobilidade foi a principal contrapartida imposta pela submersão de quase 20 quilómetros da linha do Tua.

Em 2017, o plano está pronto com barcos para navegar na nova albufeira, entre o Tua e a Brunheda, e um novo comboio turístico, da responsabilidade do empresário Mário Ferreira, para fazer os cerca de 30 quilómetros de ferrovia que restaram entre a Brunheda e Mirandela.

A EDP entregou 10 milhões de euros ao operador turístico para dinamizar o projeto, com um figurino que inclui também comboio para servir a mobilidade quotidiana das populações ribeirinhas do Tua.[8]

Acidentes de trabalho

Em 27 de maio de 2006, Armando Sabrosa, arqueólogo de 42 anos envolvido na elaboração de um estudo de impacto ambiental do projecto da barragem, morreu após uma queda de uma escarpa na zona de Fragas Más.[9]

Em 30 de agosto de 2011, três trabalhadores foram feridos devido ao derrube de uma plataforma elevadora.[10]

Em 26 de janeiro de 2012, três trabalhadores morreram ao ficarem soterrados após um deslizamento de terras.[11]

Em 8 de fevereiro de 2012, cinco trabalhadores foram feridos, um deles com gravidade, em um acidente na execução do desvio provisório da Estrada Nacional 212. Os trabalhadores, que se encontravam na margem esquerda do rio a proceder à montagem de cofragens na boca de saída do túnel de derivação provisória do rio, foram atingidos por fragmentos de rocha projectados durante o desmonte de rocha que era efectuado na margem direita.[12][13]

Em 24 de maio de 2014, um trabalhador de 50 anos morreu após uma queda.[14]

Estudo de Impacto Ambiental

Referências

  1. a b c «Construção da barragem do Tua arranca hoje com a presença de Sócrates». TSF Rádio Notícias. 18 de fevereiro de 2011. Consultado em 7 de dezembro de 2011 
  2. «Quercus apresenta mais uma denúncia à UNESCO contra atentado no Património Mundial». Rádio e Televisão de Portugal. 17 de novembro de 2011. Consultado em 7 de dezembro de 2011 
  3. «UNESCO dá luz verde à barragem de Foz Tua». Rádio Renascença. 11 de outubro de 2012. Consultado em 11 de outubro de 2012 
  4. a b «EDP reformula projeto da barragem do Tua». Sapo notícias. 7 de dezembro de 2011 
  5. Olímpia Mairos (18 de setembro de 2013). «Barragem do Tua entra na segunda fase de construção sem aborrecer UNESCO». Rádio Renascença. Consultado em 24 de maio de 2014 
  6. «Providência para travar Barragem do Tua chega a tribunal». Rádio Renascença. 20 de setembro de 2013. Consultado em 24 de maio de 2014 
  7. «EDP contesta providência cautelar que tenta travar barragem». Rádio Renascença. 4 de outubro de 2013. Consultado em 24 de maio de 2014 
  8. «Barragem do Tua está concluída e começou a produzir energia em modo experimental» 
  9. «Arqueólogo morre ao cair de escarpa para o rio Tua». Jornal de Notícias. 29 de maio de 2006. Consultado em 15 de fevereiro de 2012 
  10. «Três operários feridos na barragem do Tua». Jornal de Notícias. 30 de agosto de 2011. Consultado em 8 de fevereiro de 2012 
  11. «Foz Tua: Três mortos em acidente nas obras da barragem». Semanário Expresso. 26 de janeiro de 2012 
  12. «Foz Tua: Quatro feridos foram atingidos por projeção de fragmentos de rocha». SAPO. Sapo notícias. 8 de fevereiro de 2012 
  13. «Um ferido grave e quatro ligeiros transportados para Centro Hospitalar de Vila Real». SAPO. Sapo notícias. 8 de fevereiro de 2012 
  14. «Trabalhador morre em acidente na barragem de Foz Tua». Rádio Renascença. 24 de maio de 2014. Consultado em 24 de maio de 2014 
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