Caboclo: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Nascimento Caboclo.JPG|thumb|Nascimento de caboclo representado no Monumento aos Bandeirantes, em [[Santana de Parnaíba]], no [[Brasil]]]]
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'''Caboclo''', '''caboco''', '''mameluco''', '''caiçara''', '''cariboca''' ou '''curiboca''' é o [[mestiço]] de [[Brancos|branco]] com [[Povos ameríndios|índio]]. Também era a antiga designação do [[Povos indígenas do Brasil|indígena brasileiro]]. Pode, também, ser sinônimo de [[caipira]].<ref name="FERREIRA, A. B. H. 1986. p. 302">FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 302.</ref>
'''Cabloco''', '''caboco''', '''mameluco''', '''caiçara''', '''cariboca''' ou '''curiboca''' é o [[mestiço]] de [[Brancos|branco]] com [[Povos ameríndios|índio]]. Também era a antiga designação do [[Povos indígenas do Brasil|indígena brasileiro]]. Pode, também, ser sinônimo de [[caipira]].<ref name="FERREIRA, A. B. H. 1986. p. 302">FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 302.</ref>


== Etimologia ==
== Etimologia ==

Revisão das 11h15min de 23 de maio de 2018

 Nota: Para a entidade da umbanda, veja Caboclos na umbanda.
Ficheiro:Nascimento Cabloco.JPG
Nascimento de cabloco representado no Monumento aos Bandeirantes, em Santana de Parnaíba, no Brasil

Cabloco, caboco, mameluco, caiçara, cariboca ou curiboca é o mestiço de branco com índio. Também era a antiga designação do indígena brasileiro. Pode, também, ser sinônimo de caipira.[1]

Etimologia

Segundo o Dicionário Aurélio, "caboclo" procede do tupi kari'boka, que significa "procedente do branco".[1] O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro defende que "caboclo" se originou do termo tupi kuriboka, que, num primeiro momento, designava o filho de índio com africana. Mais tarde, kuriboka teria passado a se referir também ao filho de mãe índia e pai branco.[2]

Câmara Cascudo, no "Dicionário do Folclore Brasileiro", defende a forma "caboco". Além disso, não encontrou base nas diversas hipóteses etimológicas existentes para o termo, como a que afirma derivar do tupi caa-boc, "o que vem da floresta", ou de kari'boca, "filho do homem branco".

Descrição

Os caboclos formam o mais numeroso grupo populacional da Região Norte do Brasil (Amazônia) e de alguns estados da Região Nordeste do Brasil (Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Alagoas, Ceará e Paraíba).[carece de fontes?] Contudo, a quantificação do número de pessoas consideradas caboclas no Brasil é tarefa difícil, pois, segundo os métodos usados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em seus recenseamentos, os caboclos entram na contagem dos 44,2% de pessoas consideradas pardas no Brasil, grupo que também inclui mulatos, cafuzos e várias outras combinações da mistura de negros ou índios com outras raças, como negro e oriental, índio e oriental, negro, índio e branco, negro, índio e oriental etc.[3]

Os atributos que definem a categoria social caboclos são econômicos, políticos e culturais. Nesse sentido, o termo refere-se aos pequenos produtores familiares da Amazônia que vivem da exploração dos recursos da floresta. Os principais atributos culturais que distinguem os caboclos dos pequenos produtores de imigração recente são o conhecimento da floresta, os hábitos alimentares e os padrões de moradia. Devido a seus atributos econômicos similares, no entanto, os dois, caboclos e imigrantes, podem ser alocados na categoria social mais ampla de camponeses.

Referências

  1. a b FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 302.
  2. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 244.
  3. «PNAD 2006» (PDF) 

Bibliografia

  • CARVALHO, M. R.; CARVALHO, A. M. (org.). Índios e caboclos: a história recontada. Salvador: EDUFBA, 2012, 269 p. link.
  • CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura / Instituto Nacional do Livro, 1954.
  • MAGALHÃES LIMA, Deborah. A construção histórica do termo caboclo: sobre estruturas e representações sociais no meio rural amazônico. Novos Cadernos NAEA, Belém, v. 2, n. 2, p. 5-32. 1999. link.
  • RIBEIRO, Darcy. O Brasil caboclo. In: O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. link.
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