Independentismo: diferenças entre revisões
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* ''[[Imagem:Flag of Piratini Republic.svg|25px]] RS Livre'': Sigla para Associação Rio Grande Livre, é uma ONG não oficialmente separatista, composta por pessoas que têm em geral o ideal da independência política e administrativa para o Rio Grande do Sul, assim como o resgate da cultura e história locais. |
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O independentismo, também chamado por vezes separatismo, é um conjunto de ideologias nacionalistas que têm a ver com a reivindicação dos direitos nacionais por parte de um povo sem Estado face a um Estado de expansão maior. Nas aplicações normais em português, muitas vezes o termo separatismo recebe uma denotação pejorativa.
Se opõe ao unionismo (também denominado unitarismo), que é a corrente ideológica que defende o contrário, a união de todo o estado originário.
Há diversas formas de independentismo, que podem aparecer misturados:
- de base política, cívica ou administrativa
- de base étnica ou "racial"
- de base religiosa
- de base social
Existem ainda movimentos independentistas de diversos significados políticos, alguns com base na reivindicação por livre exercício de autodeterminação reconhecido pelas principais instâncias internacionais, outros promovidos de maneira mais ou menos "artificial" com base em interesses econômicos de elites poderosas, como no caso da região Padânia, no norte da (Itália) ou o departamento de Santa Cruz, na Bolívia.
Movimentos independentistas bem sucedidos
O processo de formação da maior parte dos países atuais envolveu o separatismo em suas diversas formas. São exemplo disso os numerosos países surgidos dos processos de descolonização das potências imperialistas ao longo dos séculos XIX e XX nas Américas, na África, na Ásia e na Oceania. Foi por processo de separação que os Estados Unidos proclamaram sua independência da Grã-Bretanha, e o Texas, do México, antes de se autoanexar aos Estados Unidos. O mesmo ocorreu com o Brasil, emancipado de Portugal em 1822, e o Uruguai, emancipado do Brasil, em 1825.
No mundo todo, existem movimentos separatistas em numerosos países, de maior ou menor expressão. Por exemplo, na Europa, apenas a Islândia e Portugal carecem hoje de movimentos soberanistas de grande incidência[carece de fontes], uma vez que todos os outros Estados contam com territórios com línguas e consciência nacional próprias. Os movimentos separatistas podem ser armados ou pacíficos, e podem ou não envolver conflitos com os países dos quais se pretende a separação. Alguns casos de separatismo recentemente bem sucedido, por via militar ou mais ou menos violenta, incluem:
- A Namíbia, da África do Sul, em 1990;
- A Croácia, da antiga Iugoslávia, em 1991;
- A Bósnia, da antiga Iugoslávia, em 1992;
- A Eritreia, da Etiópia, em 1993.
Por via pacífica, mediante referendo, atingiram recentemente a independência, países como:
- A Finlândia, da URSS, em 1918
- As repúblicas bálticas da ex-União Soviética (Estônia, Letônia e Lituânia, em 1991)
- A Eslovênia, da antiga Iugoslávia, em 1990
- A Eslováquia e a República Checa, que formavam a Checoslováquia, em 1993
- Timor-Leste, da Indonésia (mediante referendo após uma longa e violenta guerra de resistência, em 2002)
- Montenegro, em 2006, emancipado da Sérvia mediante um referendo de autodeterminação.
- Sudão do Sul, em 2011, emancipado do Sudão mediante um referendo de autodeterminação.
A independência de Kosovo, emancipado da Sérvia em 2008, ainda não pode ser tida como bem-sucedida, eis que não foi até o momento reconhecida pela Sérvia, Rússia e outros países. Sua independência também não pode ser tida por pacífica ainda, devido à ameaça constante de guerra, tanto civil, podendo envolver a minoria sérvia do norte do país, como externa, contra a própria Sérvia.
Movimentos independentistas atuais
Outros movimentos separatistas atuais, em maior ou em menor grau, incluem as seguintes cisões:
- País Basco, da Espanha e da França
- Catalunha, da Espanha
- Galiza, da Espanha
- Córsega, da França
- Bretanha, da França
- Occitânia, da França, da Itália e da Espanha
Cabo Verde UCID - União Cabo-verdiana, Independente e Democrática.
- Camarões do Sul do Camarões
- Curdistão, da Turquia, do Iraque, do Irã, da Armênia e do Azerbaijão
- Quebec, do Canadá
- Caxemira, da Índia, do Paquistão e da China
- Tibete, da China
- Porto Rico, dos Estados Unidos
- Califórnia, dos Estados Unidos
- Havaí, dos Estados Unidos
- Texas, dos Estados Unidos
- Santa Cruz (departamento) da Bolívia
- Xinjiang, da China
- Cabinda, de Angola
- Escócia, do Reino Unido
- Cabília da Argélia
- Irlanda do Norte, do Reino Unido
- Aceh, da Indonésia
- Flandres, da Bélgica
- Nariño da Colômbia
- Chechênia, da Rússia
- Somalilândia, da Somália
- Estado da Palestina, de Israel
- Tamil Eelam, do Sri Lanka
- Chipre do Norte, do Chipre
- Transnístria, da Moldávia
- Mayotte, da França
- Nagorno-Karabakh, da Armênia e Azerbaijão
- Sealand, da Grã-Bretanha
- Sardenha, da Itália
- Sicília, da Itália
- Ficheiro:Coat of Arms, Seborga, Italy.jpg Seborga, da Itália
- Lombardia, da Itália
- Vêneto, da Itália
- Crimeia, da Ucrânia
Na história do Brasil
Durante a história do Brasil, especialmente no período imperial, surgiram vários movimentos separatistas, pretendendo formar repúblicas separadas, por acharem que a monarquia brasileira não atendia adequadamente os interesses de uma dada região. Conspiração dos Suassunas, Revolução Pernambucana, Confederação do Equador e Revolução Praieira, em Pernambuco;[1][2][3][4] Cabanagem, no Pará; a Balaiada, no Maranhão; e a Sabinada, na Bahia. Houve também movimentos que defendiam criações de novos estados, como aconteceu com Mato Grosso do Sul e Tocantins.
O único movimento separatista de sucesso no Brasil foi o que proclamou a República Oriental do Uruguai, na Guerra da Cisplatina; e o que mais tempo durou sendo suplantado no final foi o que proclamou a República Rio-Grandense, na Revolução Farroupilha.
- Movimentos atuais no Brasil
- Movimento República de Pernambuco: O Movimento reivindica a soberania do então Estado de Pernambuco.
- Movimento Ceará meu país: Reivindica a soberania do estado do Ceará
- Movimento Rio Grande Livre[5][6]: Propugna pelo rompimento dos laços federativos do Rio Grande do Sul com o Brasil e a reconstituição do Estado independente criado pelos Farrapos com o nome de República Rio-Grandense.
- Movimento pró República Rio-grandense: Movimento que defende a separação do estado do Rio Grande do Sul.
- RS Livre: Sigla para Associação Rio Grande Livre, é uma ONG não oficialmente separatista, composta por pessoas que têm em geral o ideal da independência política e administrativa para o Rio Grande do Sul, assim como o resgate da cultura e história locais.
- República do Pampa: Criado em 1990 por Irton Marx, e defende a separação do estado do Rio Grande do Sul.
- O Sudeste é Meu País: defende a autonomia da Região Sudeste, sendo esta constituída por quatro estados: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
- O Sul é o Meu País: Defende a autonomia da Região Sul, constituída por três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
- Grupo de Estudos Nordeste Independente (GESNI): Defende a autonomia da Região Nordeste do Brasil.
- Movimento O Rio é o Meu País: Reivindica a independência do Rio de Janeiro.[7]
- Movimento República de São Paulo: É um movimento paulista, que atua diretamente com todas as comunidades. Busca alcançar maior autonomia do estado de São Paulo em relação ao Governo Federal com "a mudança do sistema federativo brasileiro para uma confederação de estados livremente associados", conforme reportagem da Terra Magazine.[8] [9]
- Movimento São Paulo Independente (MSPI): Criado em 1992, luta pela completa independência do estado de São Paulo. Em fins de 2013 teve a formação de uma nova diretoria, e o renascimento do Movimento. Tem se mostrado muito ativo em passeatas e atos públicos, tanto na capital, quanto em cidades do interior Paulista.
- Movimento São Paulo para os Paulistas: Criado em 2010, luta pelo direito do paulista defender seus valores culturais, e contra as diversas formas de ofensas praticadas contra o povo paulista.'[10]
Na América do Sul
O movimento Mapuche luta pela independência da Argentina e do Chile.[11] Bandeira do movimento O Sul É o Meu País.svg O Sul é o Meu País: Defende a autonomia da Região Sul do Brasil, constituída por três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Na História de Portugal
Na sequência da Revolução dos Cravos (25 de Abril de 1974), formaram-se em Portugal alguns movimentos separatistas para os arquipélagos dos Açores e Madeira.
Madeira
A FLAMA (Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira) (extinto) - movimento independentista da Madeira com respeito a Portugal. A FLAMA levou a cabo ações armadas nos anos 1974-1976, foi desativada, mas realizou recentemente algumas ações propagandísticas.[12]
Açores
- Frente de Libertação dos Açores (FLA) (extinto) - movimento independentista dos Açores com respeito a Portugal. O FLA levou a cabo ações violentas no ano 1975.[13]
- Partido Democrático do Atlântico (extinto em 2015 [14]) - luta por uma autonomia mais ampla das regiões autónomas de Portugal (Açores e Madeira) contudo, excluindo a independência das mesmas, pelo que não pode ser considerado um movimento de índole puramente separatista.[15]
Ver também
- Nação
- Estado
- Nacionalismo
- Autodeterminação
- Colonialismo
- Descolonização
- Independência
- Lista de reivindicações de soberania
Referências
- ↑ «Conspiração dos Suassunas - HistoriaBrasileira.com»
- ↑ «A Revolução Pernambucana de 1817 - MultiRio»
- ↑ «Confederação do Equador (1824) - Mundo Educação»
- ↑ «Revolução Praieira - SuaPesquisa.com»
- ↑ «Site de Desenvolvimento das Bases Teóricas da Associação Rio Grande Livre». www.riograndelivre.rs. Consultado em 6 de julho de 2015
- ↑ «Site de Desenvolvimento das Bases Teóricas do Movimento Rio Grande Livre». www.riograndelivre.rs. Consultado em 6 de julho de 2015
- ↑ http://www.rioindependente.net
- ↑ http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4785825-EI6578,00-Caso+Mayara+provoca+acao+contra+discriminacao+a+paulistas.html
- ↑ [http://www.nacaopaulista.com/
- ↑ «Em manifesto na web jovens paulistas criticam migracao». terramagazine.terra.com.br. Consultado em 14 de novembro de 2016
- ↑ [1]
- ↑ «Omissão na lei permite regresso da FLAMA». Diário de Notícias. 26 de abril de 2009. Consultado em 26 de fevereiro de 2011
- ↑ O que é a FLA (O Século Ilustrado)
- ↑ «ACÓRDÃO Nº 404/2015». Tribunal Constitucional. 1 de setembro de 2015. Consultado em 6 de setembro de 2015
- ↑ «PDA apoia Manuel Alegre por ser defensor da autonomia regional». Lusa. 3 de maio de 2010. Consultado em 20 de maio de 2010
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/O_Sul_%C3%89_o_Meu_Pa%C3%ADs