Carlo Ginzburg: diferenças entre revisões

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==Biografia==
==Biografia==
Filho do professor e tradutor Leone Ginzburg e da romancista [[Natalia Ginzburg]], estudou na [[Escola Normal Superior de Pisa]], e em seguida no [[Instituto Warburg]] em [[Londres]]; ensinou história moderna na [[Universidade de Bolonha]] e, em seguida, nas universidades de [[Universidade Harvard|Harvard]], [[Universidade Yale|Yale]] e [[Universidade Princeton|Princeton]], além da [[Universidade da Califórnia]] em [[Los Angeles]] (nesta última, ocupou, durante duas décadas desde [[1988]], a cadeira de história do [[Renascença italiana|Renascimento italiano]]). Desde [[2006]], ele ocupa a cadeira de história cultural europeia na Escola Normal Superior de Pisa.
Filho do professor e tradutor Leone Ginzburg e da romancista [[Natalia Ginzburg]], estudou na [[Escola Normal Superior de Pisa]], e em seguida no [[Instituto Warburg]] em [[Londres]]; ensinou história moderna na [[Universidade de Bolonha]] e, em seguida, nas universidades de [[Universidade Harvard|Harvard]], [[Universidade Yale|Yale]] e [[Universidade Princeton|Princeton]], além da [[Universidade da Califórnia]] em [[Los Angeles]] (nesta última, ocupou, durante duas décadas desde [[1988]], a cadeira de história do [[Renascença italiana|Renascimento italiano]]). Desde [[2006]], ele ocupa a cadeira de história cultural europeia na [[Escola Normal Superior de Pisa]].


Atento especialista das atitudes e crenças religiosas populares do início da [[Idade Moderna|época moderna]], publicou em [[1966]] ''Os andarilhos do bem'' (''I Benandanti''), um estudo sobre a sociedade camponesa de [[Friul]] do [[século XVI]], no qual ilumina, tendo como base um tipo de documentação relacionada a processos [[Inquisição|inquisitoriais]], a relação [[dialética]] entre um complexo sistema de crenças amplamente disseminadas no mundo rural, resultado da evolução de um antigo culto agrário, e sua interpretação pelos inquisidores que tendiam a equipará-las a formas codificadas de bruxaria. Tornou-se mundialmente conhecido com a obra ''[[O queijo e os vermes]]'' (''Il formaggio e i vermi'', [[1976]]), que abordava a vida de um camponês em [[Montereale Valcellina]], [[Itália]]. Em ''História noturna'' (''Storia notturna'', [[1989]]), ele traça um caminho complexo desde a caça às bruxas até uma grande variedade de práticas que evidenciam substratos de cultos [[xamanismo|xamânicos]] na [[Europa]].
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==Prêmios==
==Prêmios==
*''Prix Aby Warburg'' (1992);
*''Prix Aby Warburg'' (1992);<ref>[http://normalenews.sns.it/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=263 Notas biográficas sobre Ginzburg (em italiano)] - Acesso em 26 de fevereiro de 2011.</ref>
*''Prix Lyssenko'' (1993);
*''Prix Lyssenko'' (1993);<ref>[http://www.clubdelhorloge.fr/lyssenko_1993ginzdem.php Vencedores do ''Prix Lyssenko'' 1993 (em francês)] - Acesso em 26 de fevereiro de 2011.</ref>
*''Premio Letterario Viareggio-Rèpaci'' (1998);
*''Premio Letterario Viareggio-Rèpaci'' (1998);<ref>[http://www.premioletterarioviareggiorepaci.it/repaci/repaci_albo.html Relação de vencedores do ''Premio Letterario Viareggio-Rèpaci'' (em italiano)] - Acesso em 26 de fevereiro de 2011.</ref>
*''Prêmio Antonio Feltrinelli'' (2005), para a ciência histórica;<ref>[http://www.lincei.it/premi/assegnati_feltrinelli.php Relação de vencedores do ''Prêmio Antonio Feltrinelli" (em italiano)] - Acesso em 26 de fevereiro de 2011.</ref>
*''Prêmio Antonio Feltrinelli'' (2005), para a ciência histórica;{{sfn|Lincei.it|2018}}
*''[[Prêmio Balzan]]'' (2010);
*''[[Prêmio Balzan]]'' (2010);<ref>[http://www.balzan.org/news-it/i-vincitori-dei-premi-balzan-2010_5154.html Página oficial do ''Prêmio Balzan'' 2010 (em italiano)] - Acesso em 26 de fevereiro de 2011.</ref>


==Publicações==
==Obra==
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*''I benandanti. Stregoneria e culti agrari tra '500 e '600'', 1966 (traduzido para o francês, inglês, alemão, japonês, holandês, português, sueco, coreano, espanhol, chinês);
*''I benandanti. Stregoneria e culti agrari tra '500 e '600'', 1966 (traduzido para o francês, inglês, alemão, japonês, holandês, português, sueco, coreano, espanhol, chinês);
*''Il nicodemismo. Simulazione e dissimulazione religiosa nell'Europa del '500'', 1970;
*''Il nicodemismo. Simulazione e dissimulazione religiosa nell'Europa del '500'', 1970;
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*''Rekishi o Sakanadeni Yomu'', 2003;
*''Rekishi o Sakanadeni Yomu'', 2003;
*''Il filo e le tracce. Vero falso finto'', 2006 (traduzido para o português);
*''Il filo e le tracce. Vero falso finto'', 2006 (traduzido para o português);
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{{Referências}}


==Ver também==
==Ver também==
*[[Historiografia]]
*[[Historiografia]]

*[[Micro-história]]
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==Bibliografia==
* {{citar web |autor=JewAge.org |ano=2018 |título=Carlo Ginzburg - Biography |url=http://www.jewage.org/wiki/en/Article:Carlo_Ginzburg_-_Biography |língua=en |wayb=20180727230000 |ref=harv}}

* {{citar web |autor=Unibo.it |ano=2018 |título=Professori ordinari |língua=it |url=https://www.unibo.it/annuari/annu9597/final/c1/p3/sp2/ssp2/index.html |wayb=20171109083251 |ref=harv}}

* {{citar web |autor=Lincei.it |ano=2018 |título=Premi <<''Antonio Feltrinelli''>> Finora Conferiti |url=http://www.lincei.it/premi/assegnati_feltrinelli.php |língua=it |wayb=20180613015354 |ref=harv}}


==Ligações externas==
==Ligações externas==
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*[http://www.sns.it/it/lettere/menunews/docenti/ginzburg/ Página de Ginzburg na ''Scuola Normale Superiore'' de Pisa]
*[http://www.sns.it/it/lettere/menunews/docenti/ginzburg/ Página de Ginzburg na ''Scuola Normale Superiore'' de Pisa]


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Revisão das 23h06min de 27 de julho de 2018

Carlo Ginzburg
Carlo Ginzburg
Carlo Ginzburg, 2013.
Nascimento 15 de abril de 1939 (85 anos)
Turim, Itália
Nacionalidade italiano
Ocupação Historiador
Professor
Prêmios
Principais interesses

Carlo Ginzburg (Turim, 15 de abril de 1939) é um historiador italiano, conhecido por ser um dos pioneiros no estudo da micro-história.[1][2]

Biografia

Filho do professor e tradutor Leone Ginzburg e da romancista Natalia Ginzburg, estudou na Escola Normal Superior de Pisa, e em seguida no Instituto Warburg em Londres; ensinou história moderna na Universidade de Bolonha e, em seguida, nas universidades de Harvard, Yale e Princeton, além da Universidade da Califórnia em Los Angeles (nesta última, ocupou, durante duas décadas desde 1988, a cadeira de história do Renascimento italiano). Desde 2006, ele ocupa a cadeira de história cultural europeia na Escola Normal Superior de Pisa.

Atento especialista das atitudes e crenças religiosas populares do início da época moderna, publicou em 1966 Os andarilhos do bem (I Benandanti), um estudo sobre a sociedade camponesa de Friul do século XVI, no qual ilumina, tendo como base um tipo de documentação relacionada a processos inquisitoriais, a relação dialética entre um complexo sistema de crenças amplamente disseminadas no mundo rural, resultado da evolução de um antigo culto agrário, e sua interpretação pelos inquisidores que tendiam a equipará-las a formas codificadas de bruxaria. Tornou-se mundialmente conhecido com a obra O queijo e os vermes (Il formaggio e i vermi, 1976), que abordava a vida de um camponês em Montereale Valcellina, Itália. Em História noturna (Storia notturna, 1989), ele traça um caminho complexo desde a caça às bruxas até uma grande variedade de práticas que evidenciam substratos de cultos xamânicos na Europa.

Prêmios

  • Prix Aby Warburg (1992);
  • Prix Lyssenko (1993);
  • Premio Letterario Viareggio-Rèpaci (1998);
  • Prêmio Antonio Feltrinelli (2005), para a ciência histórica;[3]
  • Prêmio Balzan (2010);

Obra

  • I benandanti. Stregoneria e culti agrari tra '500 e '600, 1966 (traduzido para o francês, inglês, alemão, japonês, holandês, português, sueco, coreano, espanhol, chinês);
  • Il nicodemismo. Simulazione e dissimulazione religiosa nell'Europa del '500, 1970;
  • Giochi di pazienza. Un seminario sul 'Beneficio di Cristo', 1975 (publicado em colaboração com Adriano Prosperi);
  • Il formaggio e i vermi. Il cosmo di un mugnaio del '500, 1976 (traduzido para o francês, alemão, inglês, japonês, holandês, português, espanhol, sueco, polonês, servo-croata, húngaro, grego, turco, romeno, albanês, estoniano, tcheco, russo, coreano, hebreu, catalão);
  • Indagini su Piero. Il Battesimo, il ciclo di Arezzo, la Flagellazione di Urbino, 1981 (traduzido para o francês, inglês, alemão, espanhol, português); Nuova edizione con l'aggiunta di quattro appendici, 1994 (traduzido para o japonês e inglês);
  • Miti emblemi spie, 1986 (traduzido para o francês, alemão, inglês, espanhol, português, holandês, japonês, sueco, finlandês, dinamarquês, russo, turco);
  • Storia notturna. Una decifrazione del sabba, 1989 (traduzido para o francês, alemão, inglês, espanhol, português, japonês, holandês, romeno, norueguês, húngaro, tcheco);
  • Il giudice e lo storico. Considerazioni in margine al processo Sofri, 1991 (traduzido para o alemão, japonês, holandês, espanhol, francês, inglês, grego);
  • Occhiacci di legno. Nove riflessioni sulla distanza, 1998 (traduzido para o alemão, espanhol, inglês, português, francês, japonês, grego);
  • History, Rhetoric, and Proof. The Menachem Stern Jerusalem Lectures, 1999 (traduzido para o japonês; versão ampliada em italiano: Rapporti di forza. Storia, retorica, prova, 2000; traduzido para o alemão, português, hebreu, francês, turco);
  • Das Schwert und die Glühbirne. Eine neue Lektüre von Picassos Guernica, 1999 (traduzido para o inglês e espanhol);
  • No Island is an Island. Four Glances at English Literature in a World Perspective, 2000 (traduzido para o espanhol, italiano, português, francês);
  • Tentativas, 2003;
  • Un dialogo, 2003 (publicado em colaboração com Vittorio Foa);
  • Rekishi o Sakanadeni Yomu, 2003;
  • Il filo e le tracce. Vero falso finto, 2006 (traduzido para o português);

Ver também

Referências

Bibliografia

Ligações externas

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