Mônica de Hipona: diferenças entre revisões
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{{PBPE|Santa Mônica|Santa Mónica}} ([[332]] – [[387]]) é a [[mãe]] de [[Santo Agostinho de Hipona]] e uma [[santa]] [[cristã]]. A sua [[festa]] se realiza em [[27 de agosto]]. |
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Esta santa nasceu em 332 d.C., em [[Tagaste]] (atual Souk Akras - Argélia), mas há controvérsias acerca dessa data. Foi, segundo as tradições católicas, criada por uma ''dada'', ou seja, uma [[escrava]] que cuidava dos filhos dos senhores, dessa senhora recebeu "educação e rígidos ensinamentos religiosos". |
Esta santa nasceu em 332 d.C., em [[Tagaste]] (atual [[Souk Akras]] - [[Argélia]]), mas há controvérsias acerca dessa data. Foi, segundo as tradições católicas, criada por uma ''dada'', ou seja, uma [[escrava]] que cuidava dos filhos dos senhores, dessa senhora recebeu "educação e rígidos ensinamentos religiosos". |
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Casou-se aos dezessete ou dezoito anos com Patrício. O casal ocupava razoável posição social, mas apesar disso Mônica não era feliz no casamento, pois sofria com a infidelidade do marido. Por isso começou a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, já que nunca criou discórdia embora sofresse. |
Casou-se aos dezessete ou dezoito anos com Patrício. O casal ocupava razoável posição social, mas apesar disso Mônica não era feliz no casamento, pois sofria com a infidelidade do marido. Por isso começou a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, já que nunca criou discórdia embora sofresse. |
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A partir disso o filho vê a mãe de forma santificadora, mas reconhece o fardo feminino que ela carrega, já que nos primórdios da [[Igreja Católica]], a mulher era vista entre dois extremos, o da exaltação e da condenação. A parte "boa" do sexo feminino era representada por [[Maria (mãe de Jesus)|Maria]] e a parte "ruim", que se entrega à tentação, representada por [[Adão e Eva|Eva]]. Foi dessa forma que Mônica foi vista por seu filho e pela [[Igreja Católica]]. |
A partir disso o filho vê a mãe de forma santificadora, mas reconhece o fardo feminino que ela carrega, já que nos primórdios da [[Igreja Católica]], a mulher era vista entre dois extremos, o da exaltação e da condenação. A parte "boa" do sexo feminino era representada por [[Maria (mãe de Jesus)|Maria]] e a parte "ruim", que se entrega à tentação, representada por [[Adão e Eva|Eva]]. Foi dessa forma que Mônica foi vista por seu filho e pela [[Igreja Católica]]. |
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Morreu aos 55 anos, no ano de 387, mesmo ano da conversão de seu filho. Seu corpo foi "descoberto" em [[1430]] e transferido para [[Roma]] onde mais tarde uma [[igreja]] lhe foi dedicada. Mônica foi [[canonizada]] não por ter operado milagres ou por ser [[mártir]], mas sim por ter sido, a "responsável pela conversão de seu filho" mostrando empenho em ensinar condutas cristãs como moral, pudor e mansidão, mostrando a intervenção feminina no interior da [[família]], pois foi o meio, através da oração, que contribuiu para a vida religiosa do filho. |
Morreu aos 55 anos, no ano de 387, em [[Óstia]] na [[Itália]], mesmo ano da conversão de seu filho. Seu corpo foi "descoberto" em [[1430]] e transferido para [[Roma]] onde mais tarde uma [[igreja]] lhe foi dedicada. Mônica foi [[canonizada]] não por ter operado milagres ou por ser [[mártir]], mas sim por ter sido, a "responsável pela conversão de seu filho" mostrando empenho em ensinar condutas cristãs como moral, pudor e mansidão, mostrando a intervenção feminina no interior da [[família]], pois foi o meio, através da oração, que contribuiu para a vida religiosa do filho. |
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Os marinheiros que acompanhavam Santo Agostinho em suas viagens [[Mediterrâneo|mediterrâneas]] se confortavam orando à Mônica, pedindo a chegada a salvo. |
Os marinheiros que acompanhavam Santo Agostinho em suas viagens [[Mediterrâneo|mediterrâneas]] se confortavam orando à Mônica, pedindo a chegada a salvo. |
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Santa Mônica | |
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Santa Mônica e Santo Agostinho | |
Modelo de Mãe e Esposa | |
Nascimento | 332 |
Morte | 387 (55 anos) |
Veneração por | Igreja Católica |
Festa litúrgica | 27 de agosto |
Padroeira | dos pais que convertem os filhos |
Portal dos Santos |
Santa Mônica (português brasileiro) ou Santa Mónica (português europeu) (332 – 387) é a mãe de Santo Agostinho de Hipona e uma santa cristã. A sua festa se realiza em 27 de agosto.
Esta santa nasceu em 332 d.C., em Tagaste (atual Souk Akras - Argélia), mas há controvérsias acerca dessa data. Foi, segundo as tradições católicas, criada por uma dada, ou seja, uma escrava que cuidava dos filhos dos senhores, dessa senhora recebeu "educação e rígidos ensinamentos religiosos".
Casou-se aos dezessete ou dezoito anos com Patrício. O casal ocupava razoável posição social, mas apesar disso Mônica não era feliz no casamento, pois sofria com a infidelidade do marido. Por isso começou a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, já que nunca criou discórdia embora sofresse.
Foi mãe de Santo Agostinho, e, segundo ele, também Doutor da Igreja, o seu alicerce espiritual que o conduziu em direção à "fé verdadeira", já que o converteu ao Cristianismo. Ele julgava ser a mãe a "intermediária" entre ele e Deus. Durante a adolescência de Agostinho até ao seu batismo, Mônica vivia entre lágrimas, lamentando a "vida de heresias" do filho, e orava fervorosamente para que ele encontrasse a "verdadeira fé".
Agostinho atribuiu a um sonho de sua mãe o passo definitivo para sua conversão e a "confirmação" de sua vocação religiosa, desse modo Mônica se torna responsável pelo destino cristão do filho.
A partir disso o filho vê a mãe de forma santificadora, mas reconhece o fardo feminino que ela carrega, já que nos primórdios da Igreja Católica, a mulher era vista entre dois extremos, o da exaltação e da condenação. A parte "boa" do sexo feminino era representada por Maria e a parte "ruim", que se entrega à tentação, representada por Eva. Foi dessa forma que Mônica foi vista por seu filho e pela Igreja Católica.
Morreu aos 55 anos, no ano de 387, em Óstia na Itália, mesmo ano da conversão de seu filho. Seu corpo foi "descoberto" em 1430 e transferido para Roma onde mais tarde uma igreja lhe foi dedicada. Mônica foi canonizada não por ter operado milagres ou por ser mártir, mas sim por ter sido, a "responsável pela conversão de seu filho" mostrando empenho em ensinar condutas cristãs como moral, pudor e mansidão, mostrando a intervenção feminina no interior da família, pois foi o meio, através da oração, que contribuiu para a vida religiosa do filho.
Os marinheiros que acompanhavam Santo Agostinho em suas viagens mediterrâneas se confortavam orando à Mônica, pedindo a chegada a salvo.