Japão: diferenças entre revisões

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'''Japão''' ({{langx|ja|日本||''Nihon'' ou ''Nippon''}}; oficialmente {{lang|ja|日本国}}, {{áudio|help=no|Ja-nippon_nihonkoku.ogg|''Nippon-koku''}} ou ''Nihon koku'') é um [[país insular]] da [[Ásia Oriental]]. Localizado no [[Oceano Pacífico]], a leste do [[Mar do Japão]], da [[República Popular da China]], da [[Coreia do Norte]], da [[Coreia do Sul]] e da [[Rússia]], se estendendo do [[Mar de Okhotsk]], no norte, ao [[Mar da China Oriental]] e [[República da China|Taiwan]], ao sul. Os [[Kanji|caracteres]] que compõem seu nome significam ''"Origem do Sol"'', razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a ''"Terra do Sol Nascente"''.
'''Japão''' ({{langx|ja|日本||''Nihon'' ou ''Nippon''}}; oficialmente {{lang|ja|日本国}}, {{áudio|help=no|Ja-nippon_nihonkoku.ogg|''Nippon-koku''}} ou ''Nihon koku'') é um [[país insular]] da [[Ásia Oriental]]. Localizado no [[Oceano Pacífico]], a leste do [[Mar do Japão]], da [[República Popular da China]], da [[Coreia do Norte]], da [[Coreia do Sul]] e da [[Rússia]], se estendendo do [[Mar de Okhotsk]], no norte, ao [[Mar da China Oriental]] e [[República da China|Taiwan]], ao sul. Os [[Kanji|caracteres]] que compõem seu nome significam ''"Origem do Sol"'', razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a ''"Terra do Sol Nascente"''.


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=== Pré-história e antiguidade ===
=== Pré-história e antiguidade ===


[[imagem:Tennō Jimmu detai 02.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Imperador Jimmu]], o primeiro [[Imperador do Japão]]]]
[[imagem:Emperor_Jimmu.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Imperador Jimmu]], o primeiro [[Imperador do Japão]]]]


A ocupação humana do Japão remonta ao [[Paleolítico Superior]] e a data mais consensual para a primeira presença humana neste [[arquipélago]] é de {{AC|35000|n}}, quando povos [[Nomadismo|nômades]] [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]] chegaram às ilhas vindos do continente através de [[istmo]]s.<ref>{{citar web|autor=Travis, john|publicado=University of Pittsburgh|url=http://www.pitt.edu/~annj/courses/notes/jomon_genes.html|titulo=Jomon Genes - Using DNA, researchers probe the genetic origins of modern Japanese|acessodata=08/08/2010|língua=inglês}}</ref>
A ocupação humana do Japão remonta ao [[Paleolítico Superior]] e a data mais consensual para a primeira presença humana neste [[arquipélago]] é de {{AC|35000|n}}, quando povos [[Nomadismo|nômades]] [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]] chegaram às ilhas vindos do continente através de [[istmo]]s.<ref>{{citar web|autor=Travis, john|publicado=University of Pittsburgh|url=http://www.pitt.edu/~annj/courses/notes/jomon_genes.html|titulo=Jomon Genes - Using DNA, researchers probe the genetic origins of modern Japanese|acessodata=08/08/2010|língua=inglês}}</ref>
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Através da cerâmica assume-se que os Jomom eram semi-sedentários e tenham seguido uma [[politeísmo|religião politeísta]], baseada no culto de elementos da natureza. Entre 250 a.C. e 250 d.C. a cultura [[Yayoi]] substituiu a anterior e trouxe consigo a [[agricultura]], [[metalurgia]], [[bronze]] e [[espelho]].<ref>{{citar web|publicado=Nihonsite|url=http://www.nihonsite.com/hist/index.cfm|titulo=Um pouco sobre a história do Japão|acessodata=25/06/2007}}</ref><ref>{{citar web|publicado=Visiting Arts|data=03/10/2006|url=http://www.culturalprofiles.net/japan/Directories/Japan_Cultural_Profile/-13219.html|titulo=History: Prehistory|acessodata=20/07/2007|lingua=inglês}}</ref>
Através da cerâmica assume-se que os Jomom eram semi-sedentários e tenham seguido uma [[politeísmo|religião politeísta]], baseada no culto de elementos da natureza. Entre 250 a.C. e 250 d.C. a cultura [[Yayoi]] substituiu a anterior e trouxe consigo a [[agricultura]], [[metalurgia]], [[bronze]] e [[espelho]].<ref>{{citar web|publicado=Nihonsite|url=http://www.nihonsite.com/hist/index.cfm|titulo=Um pouco sobre a história do Japão|acessodata=25/06/2007}}</ref><ref>{{citar web|publicado=Visiting Arts|data=03/10/2006|url=http://www.culturalprofiles.net/japan/Directories/Japan_Cultural_Profile/-13219.html|titulo=History: Prehistory|acessodata=20/07/2007|lingua=inglês}}</ref>

[[imagem:Byodoin Phoenix Hall Uji 2009.jpg|thumb|Templo [[Byodo-in]], um [[Patrimônio da Humanidade]] pela [[UNESCO]]]]


O Japão foi unificado pela primeira vez no {{séc|VI}} pelo povo [[Yamato (povo)|Yamato]]<ref name="Eras"/> e logo empreendeu a conquista da [[península da Coreia]] no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio japonês sobre a [[Coreia]] até ao {{séc|VI}}. Em 552, o [[budismo]] foi introduzido no país trazido da Coreia e servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes, a religião tradicional, o [[xintoísmo]] debilitou-se, porém não desapareceu.<ref name="Barsa"/> As duas religiões se uniram, sob a égide do budismo. Após a morte do [[Shōtoku Taishi|imperador Shotoku]] em 622 e um período de guerras civis, o [[Imperador Kōtoku]] deu início à [[reforma Taika]] que criaria um estado com poderes concentrados nas mãos de um imperador rodeado por uma burocracia, à semelhança da [[Dinastia Tang]] na China. Em 710 a capital japonesa foi transferida de Asuka para [[Nara (cidade)|Nara]], dando início a um [[Período Nara|novo período]] da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo se difundiu com a criação de templos por parte do imperador nas principais regiões.<ref>Visiting Arts (3 de outubro de 2006). Japan Cultural Profile. [http://www.culturalprofiles.net/japan/Directories/Japan_Cultural_Profile/-13220.html History: Nara and Kyoto]. Visitado em 20 de Julho de 2007</ref>
O Japão foi unificado pela primeira vez no {{séc|VI}} pelo povo [[Yamato (povo)|Yamato]]<ref name="Eras"/> e logo empreendeu a conquista da [[península da Coreia]] no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio japonês sobre a [[Coreia]] até ao {{séc|VI}}. Em 552, o [[budismo]] foi introduzido no país trazido da Coreia e servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes, a religião tradicional, o [[xintoísmo]] debilitou-se, porém não desapareceu.<ref name="Barsa"/> As duas religiões se uniram, sob a égide do budismo. Após a morte do [[Shōtoku Taishi|imperador Shotoku]] em 622 e um período de guerras civis, o [[Imperador Kōtoku]] deu início à [[reforma Taika]] que criaria um estado com poderes concentrados nas mãos de um imperador rodeado por uma burocracia, à semelhança da [[Dinastia Tang]] na China. Em 710 a capital japonesa foi transferida de Asuka para [[Nara (cidade)|Nara]], dando início a um [[Período Nara|novo período]] da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo se difundiu com a criação de templos por parte do imperador nas principais regiões.<ref>Visiting Arts (3 de outubro de 2006). Japan Cultural Profile. [http://www.culturalprofiles.net/japan/Directories/Japan_Cultural_Profile/-13220.html History: Nara and Kyoto]. Visitado em 20 de Julho de 2007</ref>


=== Era feudal ===
=== Era feudal ===
[[imagem:Kinkaku Snow E4.jpg|thumb|esquerda|[[Kinkaku-ji]] (''Templo do Pavilhão Dourado''), construído em 1397, durante o [[Xogunato Ashikaga]]]]
[[imagem:Kinkaku Snow E4.jpg|thumb|[[Kinkaku-ji]] (''Templo do Pavilhão Dourado''), construído em 1397, durante o [[Xogunato Ashikaga]]]]
Mais tarde a capital seria novamente transferida para ''Heian-kio'', a moderna [[Quioto (cidade)|Quioto]], e dar-se-ia o rompimento entre o [[imperador Kammu]] e os monges budistas. A partir daí foi estabelecida a escrita japonesa e uma nova literatura.<ref>{{Citar web |url=http://www.wsu.edu/~dee/ANCJAPAN/WRITING.HTM |título= Ancient Writing in Japan |língua= inglês}}</ref> Foi nesse período de paz que surgiram a classe dos [[samurai]]s como guardas da corte.<ref name="Barsa"/><ref name="Eras"/> Contudo as disputas surgidas entre os [[clã]]s guerreiros [[Taira no Kiyomori]] e [[Minamoto no Yoritomo]] levaram a uma nova guerra civil que só teve fim em 1185, com a ascensão de Minamoto. Este estabeleceria o governo do [[Xogum|xogunato]] em [[Kamakura (Kanagawa)|Kamakura]]. Enquanto seguia as leis do governo imperial de Heian, o governo Kamakura foi exercido por uma rede de samurais em todo o país que se comprometiam a manter a paz. Desde que o poder real era exercido localmente por [[xogum]], os samurais foram capazes de assumir a terra dos ricos proprietários de terra aristocráticos ([[daimiô]]s) e, portanto, levaram o governo imperial de Heian em [[Quioto (cidade)|Quioto]] a tornar-se ainda mais fraco. Um novo período de paz e enriquecimento econômico e cultural foi estabelecido até uma nova tentativa mal sucedida de restauração da autoridade imperial feita pelo [[Imperador Go-Daigo]].<ref>{{citar web|url=http://afe.easia.columbia.edu/special/japan_1000ce_samurai.htm|titulo=The Age of the Samurai: 1185-1868 - Asia for Educators - Columbia University|publicado=Columbia.edu|lingua=inglês|acessodata=01/08/2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.japan-guide.com/e/e2133.html|titulo=Japanese history: Kamakura Period|publicado=Japan-guide.com|lingua=inglês|acessodata=1 de agosto de 2010}}</ref>
Mais tarde a capital seria novamente transferida para ''Heian-kio'', a moderna [[Quioto (cidade)|Quioto]], e dar-se-ia o rompimento entre o [[imperador Kammu]] e os monges budistas. A partir daí foi estabelecida a escrita japonesa e uma nova literatura.<ref>{{Citar web |url=http://www.wsu.edu/~dee/ANCJAPAN/WRITING.HTM |título= Ancient Writing in Japan |língua= inglês}}</ref> Foi nesse período de paz que surgiram a classe dos [[samurai]]s como guardas da corte.<ref name="Barsa"/><ref name="Eras"/> Contudo as disputas surgidas entre os [[clã]]s guerreiros [[Taira no Kiyomori]] e [[Minamoto no Yoritomo]] levaram a uma nova guerra civil que só teve fim em 1185, com a ascensão de Minamoto. Este estabeleceria o governo do [[Xogum|xogunato]] em [[Kamakura (Kanagawa)|Kamakura]]. Enquanto seguia as leis do governo imperial de Heian, o governo Kamakura foi exercido por uma rede de samurais em todo o país que se comprometiam a manter a paz. Desde que o poder real era exercido localmente por [[xogum]], os samurais foram capazes de assumir a terra dos ricos proprietários de terra aristocráticos ([[daimiô]]s) e, portanto, levaram o governo imperial de Heian em [[Quioto (cidade)|Quioto]] a tornar-se ainda mais fraco. Um novo período de paz e enriquecimento econômico e cultural foi estabelecido até uma nova tentativa mal sucedida de restauração da autoridade imperial feita pelo [[Imperador Go-Daigo]].<ref>{{citar web|url=http://afe.easia.columbia.edu/special/japan_1000ce_samurai.htm|titulo=The Age of the Samurai: 1185-1868 - Asia for Educators - Columbia University|publicado=Columbia.edu|lingua=inglês|acessodata=01/08/2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.japan-guide.com/e/e2133.html|titulo=Japanese history: Kamakura Period|publicado=Japan-guide.com|lingua=inglês|acessodata=1 de agosto de 2010}}</ref>
[[Imagem:Illustrated Story of Night Attack on Yoshitsune's Residence At Horikawa, 16th Century 2.jpg|thumb|[[Samurai]]s vestindo o ''Ō-yoroi'' no {{séc|XVI}}]]
[[Imagem:Illustrated Story of Night Attack on Yoshitsune's Residence At Horikawa, 16th Century 2.jpg|thumb|[[Samurai]]s vestindo o ''Ō-yoroi'' no {{séc|XVI}}]]
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Entre 70% e 80% do país é coberto por florestas e de relevo montanhoso<ref>{{citar enciclopédia|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761566679/Japan.html |titulo="Japan" |publicado=Microsoft Encarta Online Encyclopedia |ano=2006 |acessodata=2006-12-28|arquivourl=http://www.webcitation.org/5kwrn50XS|arquivodata=2009-10-31|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.worldinfozone.com/country.php?country=Japan |titulo=Japan Information—Page 1 |publicado=WorldInfoZone.com |acessodata=28/12/2006}}</ref> com uma [[cordilheira]] no centro das ilhas principais, de forma que as pequenas planícies costeiras se tornam as áreas mais povoadas do país.<ref>WorldInfoZone.com. [http://www.worldinfozone.com/country.php?country=Japan Japan Information—Page 1]. Visitado em 23 de Junho de 2007.</ref>
Entre 70% e 80% do país é coberto por florestas e de relevo montanhoso<ref>{{citar enciclopédia|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761566679/Japan.html |titulo="Japan" |publicado=Microsoft Encarta Online Encyclopedia |ano=2006 |acessodata=2006-12-28|arquivourl=http://www.webcitation.org/5kwrn50XS|arquivodata=2009-10-31|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.worldinfozone.com/country.php?country=Japan |titulo=Japan Information—Page 1 |publicado=WorldInfoZone.com |acessodata=28/12/2006}}</ref> com uma [[cordilheira]] no centro das ilhas principais, de forma que as pequenas planícies costeiras se tornam as áreas mais povoadas do país.<ref>WorldInfoZone.com. [http://www.worldinfozone.com/country.php?country=Japan Japan Information—Page 1]. Visitado em 23 de Junho de 2007.</ref>


A montanha mais alta e o vulcão mais conhecido do Japão é o [[monte Fuji]] com 3.776 metros de altitude e seu ponto mais baixo fica no lago [[Hachirōgata]], quatro metros abaixo do nível do mar. Localizado no [[Círculo de fogo do Pacífico]] há oitenta vulcões ativos no país e os [[sismo]]s são muito comuns, ocorrendo mil deles sensíveis por ano. A enorme quantidade de vulcões mostra que nas profundezas do arquipélago o solo é instável e cheio de energia. Isso faz com que o país esteja entre os que mais registram terremotos no mundo.<ref name="ciawfbjapan"/>
A montanha mais alta e o vulcão mais conhecido do Japão é o [[monte Fuji]] com 3.776 metros de altitude e seu ponto mais baixo fica no lago [[Hachirōgata]], quatro metros abaixo do nível do mar. Localizado no [[Círculo de fogo do Pacífico]] há oitenta vulcões ativos no país e os [[sismo]]s são muito comuns, ocorrendo mil deles sensíveis por ano. A enorme quantidade de vulcões mostra que nas profundezas do arquipélago o solo é instável e cheio de energia. Isso faz com que o país esteja entre os que mais registram terremotos no mundo.<ref name="ciawfbjapan"/> Em 2006, foram registrados 108 vulcões ativos do país.<ref>[http://www.lustosa.net/noticias/33877.php Lustosa.net - Vulcão entra em erupção no Japão e deixa cidade em alerta]</ref>


Ainda que uma ameaça, estes vulcões representam uma importante fonte de turismo. Regiões como [[Nikko]], são famosas por suas primaveras quentes e pelo cenário de montanhas vulcânicas.<ref>{{citar web|url=http://www.portaljapao.org.br/modules/xt_conteudo/index.php?id=28|titulo=Conheça o Japão - Geografia|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=PortalJapão}}</ref> Os rios japoneses são curtos e de águas ligeiras. Atingem o mar pouco depois de sua nascente nas montanhas acima e formam geralmente deltas em forma de leque.<ref name="ciawfbjapan"/>
Ainda que uma ameaça, estes vulcões representam uma importante fonte de turismo. Regiões como [[Nikko]], são famosas por suas primaveras quentes e pelo cenário de montanhas vulcânicas.<ref>{{citar web|url=http://www.portaljapao.org.br/modules/xt_conteudo/index.php?id=28|titulo=Conheça o Japão - Geografia|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=PortalJapão}}</ref> Os rios japoneses são curtos e de águas ligeiras. Atingem o mar pouco depois de sua nascente nas montanhas acima e formam geralmente deltas em forma de leque.<ref name="ciawfbjapan"/>
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O clima japonês apresenta uma clara diferenciação entre as [[Estação do ano|estações]] e sofre a influência de [[massas de ar]] frias vindas da [[Sibéria]] no inverno, bem como de massas de ar quentes do [[Oceano Pacífico|Pacífico]] no verão. Os [[ciclone tropical|tufões]] são comuns entre o fim do verão e o início do outono. O país pode ser dividido em quatro regiões climáticas: a de Hokkaido, de [[clima subártico]], a da costa do Pacífico, [[clima temperado|temperado]], a da costa do Mar do Japão, mais chuvoso, e o da região sudoeste, [[clima subtropical|subtropical]].<ref name="ciawfbjapan"/>
O clima japonês apresenta uma clara diferenciação entre as [[Estação do ano|estações]] e sofre a influência de [[massas de ar]] frias vindas da [[Sibéria]] no inverno, bem como de massas de ar quentes do [[Oceano Pacífico|Pacífico]] no verão. Os [[ciclone tropical|tufões]] são comuns entre o fim do verão e o início do outono. O país pode ser dividido em quatro regiões climáticas: a de Hokkaido, de [[clima subártico]], a da costa do Pacífico, [[clima temperado|temperado]], a da costa do Mar do Japão, mais chuvoso, e o da região sudoeste, [[clima subtropical|subtropical]].<ref name="ciawfbjapan"/>


As diferenças entre as estações do ano mostram-se da seguinte maneira:<ref>[http://www.jnto.go.jp/eng/arrange/essential/climate.html JNTO, agência de turismo japonesa]</ref> o [[inverno]], que vai de Dezembro a Fevereiro, é seco e tem regularmente Sol. Enquanto o Centro e principalmente o Norte do Japão são frios, o Sul tem o tempo mais agradável, e a temperatura vai raramente abaixo dos 0 [[grau Celsius|°C]]. A [[primavera]], que vai de março a maio, é quando deixa de nevar, sendo que todas as paisagens ficam floridas. O [[verão]] começa com três a quatro semanas de chuva, sendo este período importante para os agricultores. Depois deste período, o tempo torna-se extremamente quente. O [[outono]] é muito fresco, com uma ligeira brisa e uma temperatura mais fresca depois do Verão.
As diferenças entre as estações do ano mostram-se da seguinte maneira:<ref name="Clima">[http://www.jnto.go.jp/eng/arrange/essential/climate.html JNTO, agência de turismo japonesa]</ref> o [[inverno]], que vai de Dezembro a Fevereiro, é seco e tem regularmente Sol. Enquanto o Centro e principalmente o Norte do Japão são frios, o Sul tem o tempo mais agradável, e a temperatura vai raramente abaixo dos 0 [[grau Celsius|°C]].<ref name="Clima"/>


A [[primavera]], que vai de março a maio, é quando deixa de nevar, sendo que todas as paisagens ficam floridas. O [[verão]] começa com três a quatro semanas de chuva, sendo este período importante para os agricultores. Depois deste período, o tempo torna-se extremamente quente. O [[outono]] é muito fresco, com uma ligeira brisa e uma temperatura mais fresca depois do Verão.<ref name="Clima"/>
=== Biodiversidade ===


=== Biodiversidade ===
[[imagem:UenoParkHanami.jpg|esquerda|thumb|Celebrações do festival ''[[Hanami]]'' embaixo das árvores ''[[Prunus serrulata|sakura]]'' (cerejeiras) no [[parque Ueno]], em [[Tóquio]]]]
[[imagem:JapaneseMacaqueM2262 wb.jpg|thumb|esquerda|O selvagem [[macaco-japonês]], no Parque [[Jigokudani]]]]


O Japão tem nove [[Ecorregião|ecorregiões]] florestais que refletem o clima e a geografia das ilhas. Elas vão de florestas subtropicais nas ilhas [[Ryūkyū]] e [[Ilhas Ogasawara|Ogasawara]], a [[florestas decíduas temperadas]] em regiões de clima ameno das principais ilhas, [[florestas temperadas de coníferas]] nas porções frias das ilhas do norte.<ref>{{citar web |url= http://www.us.emb-japan.go.jp/jicc/spotflora.htm |arquivourl=http://web.archive.org/web/20070213035135/http://www.us.emb-japan.go.jp/jicc/spotflora.htm |arquivodata=13/2/2007 |título=Flora and Fauna: Diversity and regional uniqueness |publicado=Embassy of Japan in the USA |acessodata=1/4/2007 |língua=inglês}}</ref>
O Japão tem nove [[Ecorregião|ecorregiões]] florestais que refletem o clima e a geografia das ilhas. Elas vão de florestas subtropicais nas ilhas [[Ryūkyū]] e [[Ilhas Ogasawara|Ogasawara]], a [[florestas decíduas temperadas]] em regiões de clima ameno das principais ilhas, [[florestas temperadas de coníferas]] nas porções frias das ilhas do norte.<ref>{{citar web |url= http://www.us.emb-japan.go.jp/jicc/spotflora.htm |arquivourl=http://web.archive.org/web/20070213035135/http://www.us.emb-japan.go.jp/jicc/spotflora.htm |arquivodata=13/2/2007 |título=Flora and Fauna: Diversity and regional uniqueness |publicado=Embassy of Japan in the USA |acessodata=1/4/2007 |língua=inglês}}</ref>
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Em sua flora, o país possui cerca de 6 000 espécies nativas de plantas, cuja variedade é devida ao calor, à abundância das precipitações, à humidade dos verões e ao relevo. Ao longo do território vê-se ''figuier banian'', ''suji'' e ''hinoki'', bem como plantas comuns em outras partes do mundo, como as [[magnólia]]s.<ref>{{citar web|url=http://www.voyagesphotosmanu.com/vegetacao_japao.html|titulo=A vegetação e os animais ao Japão|acessodata=5 de agosto de 2010|publicado=Fotografias e imagens de viagens}}</ref> Algumas ainda possuem significados simbólicos, como as flores de cerejeira, chamadas sakuras, que representam a beleza efêmera. De suas plantas ainda saem os trabalhos com arranjos, pinturas, tecelagem e cerâmicas, além de remédios.<ref name=FAUN>{{citar web|url=http://www.portaldointercambio.com.br/destinos/intercambio_japao/geografia_japao/flora-e-fauna|titulo=Flora e Fauna|acessodata=5 de agosto de 2010|publicado=Portal do intercâmbio}}</ref>
Em sua flora, o país possui cerca de 6 000 espécies nativas de plantas, cuja variedade é devida ao calor, à abundância das precipitações, à humidade dos verões e ao relevo. Ao longo do território vê-se ''figuier banian'', ''suji'' e ''hinoki'', bem como plantas comuns em outras partes do mundo, como as [[magnólia]]s.<ref>{{citar web|url=http://www.voyagesphotosmanu.com/vegetacao_japao.html|titulo=A vegetação e os animais ao Japão|acessodata=5 de agosto de 2010|publicado=Fotografias e imagens de viagens}}</ref> Algumas ainda possuem significados simbólicos, como as flores de cerejeira, chamadas sakuras, que representam a beleza efêmera. De suas plantas ainda saem os trabalhos com arranjos, pinturas, tecelagem e cerâmicas, além de remédios.<ref name=FAUN>{{citar web|url=http://www.portaldointercambio.com.br/destinos/intercambio_japao/geografia_japao/flora-e-fauna|titulo=Flora e Fauna|acessodata=5 de agosto de 2010|publicado=Portal do intercâmbio}}</ref>


Já em sua fauna é possível ver espécies não encontradas em nenhuma outra parte do globo, como certas variedades de [[faisão|faisões]], [[tubarão|tubarões]] e [[caudados|salamandras]]. Ainda assim, o território japonês possui apenas 118 espécies de mamíferos terrestres selvagens.<ref name=FAUN /> As regiões montanhosas do Japão, com florestas densas, albergam populações relativamente numerosas de mamíferos, dentre eles [[javali]]s, [[tanuki]]s, [[raposa]]s, [[veado]]s, [[antílope]]s, [[lebre]]s e [[doninha]]s. Répteis presentes incluem [[tartarugas marinhas]], [[cágado]]s, [[Hydrophiidae|serpentes aquáticas]] e [[lagartos]]. Há uma grande variedade de [[sapo]]s, [[rã]]s e [[Tritão (anfíbio)|tritões]], onde se destaca a [[Salamandra-gigante-do-japão]] que atinge os 4 m de comprimento, e é [[endêmica]] do arquipélago. Cerca de 600 espécies de [[aves]] são residentes ou migratórias e diversidade de insetos é típica de regiões com clima temperado úmido.<ref>{{citar web |titulo = Japan :: Fauna -- Britannica Online Encyclopedia |acessodata = 2010-08-06 | url = http://www.britannica.com/EBchecked/topic/300531/Japan/23242/Fauna }}</ref>
Já em sua fauna é possível ver espécies não encontradas em nenhuma outra parte do globo, como certas variedades de [[faisão|faisões]], [[tubarão|tubarões]] e [[caudados|salamandras]]. Ainda assim, o território japonês possui apenas 118 espécies de mamíferos terrestres selvagens.<ref name=FAUN /> As regiões montanhosas do Japão, com florestas densas, albergam populações relativamente numerosas de mamíferos, dentre eles [[javali]]s, [[tanuki]]s, [[raposa]]s, [[veado]]s, [[antílope]]s, [[lebre]]s e [[doninha]]s. Répteis presentes incluem [[tartarugas marinhas]], cágados, [[Hydrophiidae|serpentes aquáticas]] e [[lagartos]]. Há uma grande variedade de [[sapo]]s, [[rã]]s e [[Tritão (anfíbio)|tritões]], onde se destaca a [[Salamandra-gigante-do-japão]] que atinge os 4 m de comprimento, e é [[endêmica]] do arquipélago. Cerca de 600 espécies de [[aves]] são residentes ou migratórias e diversidade de insetos é típica de regiões com clima temperado úmido.<ref>{{citar web |titulo = Japan :: Fauna -- Britannica Online Encyclopedia |acessodata = 2010-08-06 | url = http://www.britannica.com/EBchecked/topic/300531/Japan/23242/Fauna }}</ref>


[[imagem:JapaneseMacaqueM2262 wb.jpg|thumb|O selvagem [[macaco-japonês]], no Parque [[Jigokudani]]]]
[[imagem:昭和新山熊牧場6.jpg|thumb|[[Urso-pardo-de-ussuri]], nativo da [[Península de Shiretoko]].]]


Entre as espécies ameaçadas que habitam o território japonês estão o [[urso-negro-asiático]], classificado como de fato ameaçado de extinção e o [[macaco-japonês]], em estado ainda pouco preocupante.<ref>{{citar web|url=http://japon.costasur.com/pt/natureza.html|titulo=Natureza Japao - A Fauna e a Flora em Japao|acessodata=6 de agosto de 2010|publicado=Costasur}}</ref> O [[lobo-cinzento]], apesar de pouco preocupante ao redor do mundo, está quase extinto do território japonês.<ref>{{citar web|url=http://mundoestranho.abril.com.br/mundoanimal/pergunta_287958.shtml|autor=Vasconcelos, Yuri|titulo=Qual a diferença entre cão, lobo e raposa?|acessodata=3 de julho de 2010|publicado=Mundo Estranho - Ed. Abril}}</ref> Também consideradas espécies sob ameaça, as variedades de [[baleia]] são caçadas pelos japoneses sob cotas estipuladas na moratória de 1986. Ao lado de [[Noruega]] e [[Islândia]], o Japão é o país que mais caça estes animais devido a alta lucratividade. No país oriental, a carne da baleia é ainda uma especialidade culinária comum e sua cartilagem serve à indústria de cosméticos. Sob a alegação de pesquisa científica, o Japão caça, anualmente, uma média de 1 000 baleias, variando em espécies. Em 2008, por exemplo, caçaram [[Baleia-comum|baleias-comuns]] e [[Baleia-minke-antártica|baleias-minke-antárticas]]. Neste mesmo ano, dois ativistas do [[Greenpeace]] foram presos por denunciarem [[contrabando]] ilegal de carne de baleia e ocorreu um atrito entre os governos japonês e australiano, que culminaram em acusações de pesca ilegal e fraude de evidências.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u370583.shtml|titulo=Caça às baleias abre crise entre Japão e Austrália|acessodata=6 de agosto de 2010|publicado=Folha UOL}}</ref> Dois anos antes, em pesquisa realizada nacionalmente, foi constatado que 69% da população é contra este tipo de caça. Em 2010, ocorreu o encontro da Comissão Internacional da Baleia, no qual se tentou derrubar a moratória e acusando o Japão de subornar países menores que votassem a seu favor.<ref>{{citar web|url=http://www.oeco.com.br/salada-verde/24085-encontro-debate-liberacao-da-caca-as-baleias|titulo=Encontro debate liberação da caça às baleias |acessodata=6 de agosto de 2010|publicado=ECO}}</ref>
Entre as espécies ameaçadas que habitam o território japonês estão o [[urso-negro-asiático]], classificado como de fato ameaçado de extinção e o [[macaco-japonês]], em estado ainda pouco preocupante.<ref>{{citar web|url=http://japon.costasur.com/pt/natureza.html|titulo=Natureza Japao - A Fauna e a Flora em Japao|acessodata=6 de agosto de 2010|publicado=Costasur}}</ref> O [[lobo-cinzento]], apesar de pouco preocupante ao redor do mundo, está quase extinto do território japonês.<ref>{{citar web|url=http://mundoestranho.abril.com.br/mundoanimal/pergunta_287958.shtml|autor=Vasconcelos, Yuri|titulo=Qual a diferença entre cão, lobo e raposa?|acessodata=3 de julho de 2010|publicado=Mundo Estranho - Ed. Abril}}</ref> Também consideradas espécies sob ameaça, as variedades de [[baleia]] são caçadas pelos japoneses sob cotas estipuladas na moratória de 1986. Ao lado de [[Noruega]] e [[Islândia]], o Japão é o país que mais caça estes animais devido a alta lucratividade. No país oriental, a carne da baleia é ainda uma especialidade culinária comum e sua cartilagem serve à indústria de cosméticos. Sob a alegação de pesquisa científica, o Japão caça, anualmente, uma média de 1 000 baleias, variando em espécies. Em 2008, por exemplo, caçaram [[Baleia-comum|baleias-comuns]] e [[Baleia-minke-antártica|baleias-minke-antárticas]]. Neste mesmo ano, dois ativistas do [[Greenpeace]] foram presos por denunciarem [[contrabando]] ilegal de carne de baleia e ocorreu um atrito entre os governos japonês e australiano, que culminaram em acusações de pesca ilegal e fraude de evidências.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u370583.shtml|titulo=Caça às baleias abre crise entre Japão e Austrália|acessodata=6 de agosto de 2010|publicado=Folha UOL}}</ref> Dois anos antes, em pesquisa realizada nacionalmente, foi constatado que 69% da população é contra este tipo de caça. Em 2010, ocorreu o encontro da Comissão Internacional da Baleia, no qual se tentou derrubar a moratória e acusando o Japão de subornar países menores que votassem a seu favor.<ref>{{citar web|url=http://www.oeco.com.br/salada-verde/24085-encontro-debate-liberacao-da-caca-as-baleias|titulo=Encontro debate liberação da caça às baleias |acessodata=6 de agosto de 2010|publicado=ECO}}</ref>


=== Meio ambiente ===
=== Meio ambiente ===
[[Ficheiro:Lake chuzenji and kegon waterfall.jpg|esquerda|thumb|As [[Cataratas de Kegon]] e o [[Lago Chuzenji]] no [[Parque Nacional de Nikkō]].]]
[[imagem:Shinkansen N700 with Mount Fuji.jpg|thumb|esquerda|[[Monte Fuji]] (ao fundo) com o [[trem-bala]] ''[[Shinkansen]]'', dois dos principais símbolos do país. Em 2006, o país registrou 108 vulcões ativos.<ref>[http://www.lustosa.net/noticias/33877.php Lustosa.net - Vulcão entra em erupção no Japão e deixa cidade em alerta]</ref>]]
[[Ficheiro:LakeAshi and MtFuji Hakone.JPG|thumb|esquerda|[[Monte Fuji]] visto do [[Lago Ashi]] no [[Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu]].]]
A história ambiental do Japão e as políticas atuais refletem um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental. No rápido crescimento econômico após a [[Segunda Guerra Mundial]], as políticas ambientais foram minimizadas pelas empresas do governo e industriais. Como consequência inevitável, certa poluição ambiental crucial ocorreu nos anos 1950 e anos 1960. Na preocupação crescente sobre o problema, o governo introduziu muitas leis de proteção ambiental em 1970 e estabeleceu o Ministério do Meio Ambiente em 1971.<ref>{{citar web | url=http://www.erca.go.jp/taiki/history/ko_syousyu.html | título=日本の大気汚染の歴史 | publicado= Environmental Restoration and Conservation Agency}}</ref>


A história ambiental do Japão e as políticas atuais refletem um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental. No rápido crescimento econômico após a [[Segunda Guerra Mundial]], as políticas ambientais foram minimizadas pelas empresas do governo e industriais. Como consequência inevitável, certa poluição ambiental crucial ocorreu nos anos 1950 e anos 1960. Na preocupação crescente sobre o problema, o governo introduziu muitas leis de proteção ambiental em 1970 e estabeleceu o Ministério do Meio Ambiente em 1971.<ref>{{citar web | url=http://www.erca.go.jp/taiki/history/ko_syousyu.html | título=日本の大気汚染の歴史 | publicado= Environmental Restoration and Conservation Agency}}</ref>
[[imagem:Kashiwazaki-Kariwa 04780017 (8388173865).jpg|thumb|esquerda|[[Usina Nuclear de Kashiwazaki-Kariwa]]]]


A [[crise do petróleo de 1973]] também incentivou o uso eficiente da energia, devido à falta no Japão de recursos naturais.<ref>{{citar web | url=http://web.archive.org/web/20080216005103/http://nice.erina.or.jp/en/pdf/C-SEKIYAMA.pdf | título=Japan' international cooperation for energy efficiency & conservation in Asian region | autor= Takeshi Sekiyama | publicado= Energy Conservation Center | data= 2008}}</ref> Questões prioritárias ambientais atuais incluem a [[poluição do ar]] urbano ([[NOx]], partículas em suspensão, substâncias tóxicas), [[gestão integrada de resíduos sólidos]], [[eutrofização]] da água, conservação da natureza, [[Mudança do clima|mudanças climáticas]], gestão de produtos químicos e a cooperação internacional para a conservação do meio ambiente.<ref>{{citar web | url=http://www.oecd.org/dataoecd/0/17/2110905.pdf | título=OECD Environmental Performance Review of Japan | publicado= [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]]}}</ref>
A [[crise do petróleo de 1973]] também incentivou o uso eficiente da energia, devido à falta no Japão de recursos naturais.<ref>{{citar web | url=http://web.archive.org/web/20080216005103/http://nice.erina.or.jp/en/pdf/C-SEKIYAMA.pdf | título=Japan' international cooperation for energy efficiency & conservation in Asian region | autor= Takeshi Sekiyama | publicado= Energy Conservation Center | data= 2008}}</ref> Questões prioritárias ambientais atuais incluem a [[poluição do ar]] urbano ([[NOx]], partículas em suspensão, substâncias tóxicas), [[gestão integrada de resíduos sólidos]], [[eutrofização]] da água, conservação da natureza, [[Mudança do clima|mudanças climáticas]], gestão de produtos químicos e a cooperação internacional para a conservação do meio ambiente.<ref>{{citar web | url=http://www.oecd.org/dataoecd/0/17/2110905.pdf | título=OECD Environmental Performance Review of Japan | publicado= [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]]}}</ref>


Hoje o Japão é um dos líderes mundiais no desenvolvimento de novas tecnologias amigas do ambiente. Os [[Automóvel híbrido|veículos híbridos]] da [[Honda]] e da [[Toyota]] foram nomeados para ter a maior economia de combustível e as menores emissões. Isto é devido à [[Alta tecnologia|avançada tecnologia]] em sistemas híbridos, os [[biocombustíveis]], o uso de material mais leve e melhor [[engenharia]].<ref>{{citar web | url=http://www.ucsusa.org/clean_vehicles/vehicles_health/automaker-rankings-2007.html | título=Automaker Rankings 2007: The Environmental Performance of Car Companies }} [[Union of Concerned Scientists]], 10/15/07.</ref>
Atualmente, o Japão é um dos líderes mundiais no desenvolvimento de novas tecnologias amigas do ambiente. Os [[Automóvel híbrido|veículos híbridos]] da [[Honda]] e da [[Toyota]] foram nomeados para ter a maior economia de combustível e as menores emissões. Isto é devido à [[Alta tecnologia|avançada tecnologia]] em sistemas híbridos, os [[biocombustíveis]], o uso de material mais leve e melhor [[engenharia]].<ref>{{citar web | url=http://www.ucsusa.org/clean_vehicles/vehicles_health/automaker-rankings-2007.html | título=Automaker Rankings 2007: The Environmental Performance of Car Companies }} [[Union of Concerned Scientists]], 10/15/07.</ref>


Como signatário do [[Protocolo de Quioto]] e anfitrião da conferência de 1997 que o criou, o Japão é tratado no âmbito de obrigações de reduzir suas emissões de [[dióxido de carbono]] e tomar outras medidas relacionadas como combater as alterações climáticas. A campanha ''[[Cool Biz]]'' introduzida pelo antigo primeiro-ministro [[Junichiro Koizumi]] foi orientada a reduzir o [[consumo de energia]] através da redução da utilização do [[ar condicionado]] nos escritórios do governo. O Japão se prepara para forçar a indústria a fazer grandes cortes nos [[gases do efeito estufa]], tomando a liderança de um país que luta para cumprir suas obrigações do Protocolo de Quioto.<ref>{{citar web|autor=WBCSD |url=http://www.wbcsd.org/plugins/DocSearch/details.asp?type=DocDet&ObjectId=MzAyNzQ |titulo=World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) |publicado=WBCSD |data= |acessodata=20/11/2009}}</ref> O país é classificado na 20º posição no mundo no [[Índice de Desempenho Ambiental]] de 2010.<ref>{{citar web|url=http://epi.yale.edu/Countries|titulo=Environmental Performance Index 2010: Country scores|publicado=yale.edu|lingua=inglês|acessodata=1 de agosto de 2010}}</ref>
Como signatário do [[Protocolo de Quioto]] e anfitrião da conferência de 1997 que o criou, o Japão é tratado no âmbito de obrigações de reduzir suas emissões de [[dióxido de carbono]] e tomar outras medidas relacionadas como combater as alterações climáticas. A campanha ''[[Cool Biz]]'' introduzida pelo antigo primeiro-ministro [[Junichiro Koizumi]] foi orientada a reduzir o [[consumo de energia]] através da redução da utilização do [[ar condicionado]] nos escritórios do governo. O Japão se prepara para forçar a indústria a fazer grandes cortes nos [[gases do efeito estufa]], tomando a liderança de um país que luta para cumprir suas obrigações do Protocolo de Quioto.<ref>{{citar web|autor=WBCSD |url=http://www.wbcsd.org/plugins/DocSearch/details.asp?type=DocDet&ObjectId=MzAyNzQ |titulo=World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) |publicado=WBCSD |data= |acessodata=20/11/2009}}</ref> O país é classificado na 20º posição no mundo no [[Índice de Desempenho Ambiental]] de 2010.<ref>{{citar web|url=http://epi.yale.edu/Countries|titulo=Environmental Performance Index 2010: Country scores|publicado=yale.edu|lingua=inglês|acessodata=1 de agosto de 2010}}</ref>
[[Ficheiro:Japan Factory Ship Nisshin Maru Whaling Mother and Calf.jpg|thumb|Uma [[baleia]] e um filhote sendo carregados para dentro de um [[barco-fábrica]], o ''[[Nisshin Maru]]''.]]


Em 2010, o país que contribui para o desmatamento fora de seu território, em nações de florestas tropicais, por exemplo, comprometeu-se a reduzir o desmatamento e a degradação ambiental, doando, ao lado de outros países, cerca de 3,5 bilhões de dólares.<ref>{{citar web|url=http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/paises-lancam-parceria-para-preservar-florestas/|titulo=Países lançam parceria para preservar florestas|publicado=Mercado Ético|acessodata=6 de agosto de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://pt.mongabay.com/rainforests/0817.htm|titulo=Riquezas em Perigo—Florestas Tropicais Ameaçadas|publicado=Mogabay|acessodata=6 de agosto de 2010}}</ref> Em contrapartida, sua área florestal intacta ou replantada cobre 70% do território nacional, preservação esta comparada apenas aos países escandinavos.<ref>{{citar web|url=http://correiogourmand.com.br/roteiros_internacionais_japao_02_o_pais.htm|titulo=Japão - a terra do Sol nascente|publicado=Caderno Japão|acessodata=6 de agosto de 2010}}</ref>
Em 2010, o país que contribui para o desmatamento fora de seu território, em nações de florestas tropicais, por exemplo, comprometeu-se a reduzir o desmatamento e a degradação ambiental, doando, ao lado de outros países, cerca de 3,5 bilhões de dólares.<ref>{{citar web|url=http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/paises-lancam-parceria-para-preservar-florestas/|titulo=Países lançam parceria para preservar florestas|publicado=Mercado Ético|acessodata=6 de agosto de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://pt.mongabay.com/rainforests/0817.htm|titulo=Riquezas em Perigo—Florestas Tropicais Ameaçadas|publicado=Mogabay|acessodata=6 de agosto de 2010}}</ref> Em contrapartida, sua área florestal intacta ou replantada cobre 70% do território nacional, preservação esta comparada apenas aos países escandinavos.<ref>{{citar web|url=http://correiogourmand.com.br/roteiros_internacionais_japao_02_o_pais.htm|titulo=Japão - a terra do Sol nascente|publicado=Caderno Japão|acessodata=6 de agosto de 2010}}</ref>

A [[caça à baleia no Japão]] em uma escala industrial começou por volta da década de 1890 quando o país começou a participar da indústria moderna da pesca da baleia, na época uma indústria da qual muitos países participavam.<ref>{{citar web|url=http://www.seashepherd.fr/news-and-media/editorial-060627-1.html |título=The Truth about "Traditional" Japanese Whaling |primeiro =Paul |último =Watson |publicado=Sea Shepherd France |data=27 de junho de 2006 }}</ref> Estas atividades historicamente se estenderam para fora das águas territoriais japonesas. Durante o século XX, o Japão esteve intensamente envolvido na pesca comercial da baleia. Isto continuou até que a moratória da Comissão Internacional da Pesca da Baleia (IWC) entrasse em efeito em 1986. O Japão, no entanto, continuou a caçar baleias usando a previsão de pesquisa científica no acordo.<ref name="bbc.782697">{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/782697.stm |primeiro =Alex |último =Kirby |título=Whaling ban set to end |publicado=BBC News |data=11 de junho de 2000 }}</ref> A carne dessas baleias caçadas com propósitos científicos é vendida em lojas e restaurantes.<ref>{{citar jornal|url=http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jXjpaZ912uoeLiMQYgIdg6HsXzTg |título=Anti-whaling activist faces arrest on arrival in Japan |agência=AFP |data=11 de março de 2010 |deadurl=yes |arquivodata=31/01/2014|arquivourl=http://web.archive.org/web/20140131045439/http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jXjpaZ912uoeLiMQYgIdg6HsXzTg }}</ref> A prática é uma fonte de conflito entre os países e organizações anti-caça à baleia. Países, cientistas e organizações ambientais contrárias à caça à baleia consideram o programa de pesquisa japonesa como desnecessário e que é uma operação comercial de caça à baleia disfarçada.<ref name="nytimesletter">{{citar web|último1 =Briand |primeiro1 =F |último2 =Colborn |primeiro2 =T |último3 =Dawkins |primeiro3 =R |último4 =Diamond |primeiro4 =J |último5 =Earle |primeiro5 =S |último6 =Gomez |primeiro6 =E |último7 =Guillemin |primeiro7 =R |último8 =Klug |primeiro8 =A |último9 =Konishi |primeiro9 =M |displayauthors=9 |url=http://www.baleinesendirect.net/pdf/whaling-letter_to_NY_Times.pdf |formato=PDF |título=An Open Letter to the Government of Japan on "Scientific Whaling" |obra=New York Times |data=20 de maio de 2002 |deadurl=yes |arquivourl=http://web.archive.org/web/20070819151058/http://www.baleinesendirect.net/pdf/whaling-letter_to_NY_Times.pdf |arquivodata=19/08/2007}}</ref><ref name="timesonline.co.uk">{{citar jornal|último =Larter |primeiro =Paul |título=Australia condemns bloody killing of whale and calf by Japanese fleet |obra=The Times |local=London |data=8 de fevereiro de 2008 |url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article3325580.ece }}</ref><ref name="bloomberg.com">{{citar jornal|último =Biggs |primeiro =Stuart |título=Kyokuyo Joins Maruha to End Whale Meat Sales in Japan |publicado=Bloomberg |data=30 de maio de 2007 |url=http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601101&sid=aPhG1CfyPue0}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1686486,00.html |primeiro =Toko |último =Sekiguchi |título=Why Japan's Whale Hunt Continues |obra=Time |data=20 de novembro de 2007 }}</ref>


== Demografia ==
== Demografia ==
{{AP|Demografia do Japão}}
{{AP|Demografia do Japão}}
[[Imagem:ISS-44 Night Earth observation of Japan.jpg|thumb|upright=1.3|O território japonês visto a partir da [[Estação Espacial Internacional]] durante a noite]]


Mais de 95% da população japonesa tem origem no [[arquipélago]]. Os japoneses são descendentes de povos [[jomon]], [[yayoi]] e [[ainus]] que se estabeleceram no arquipélago nipônico durante milhares de anos. Os Jomons foram os primeiros a desenvolver [[civilização]] no arquipélago, o povo [[Nomadismo|nômade]] Yayoi se estabeleceu na região Central do Japão, e os Ainus ao Norte do país.<ref name=POP>{{citar web|url=http://www.voyagesphotosmanu.com/populacao_japonesa.html|titulo=A população japonesa e a demografia ao Japão|acessodata=4 de agosto de 2010|publicado=Fotografias e imagens de viagens}}</ref> O restante da população do Japão é composta por [[Imigração|imigrantes]] de origem [[Coreanos|coreana]], [[Chineses|chinesa]] e [[Brasileiros|brasileira]], entre outros.<ref>{{citar web | url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ja.html#People | título=Cia World FactBook - People of Japan | acessodata=30 de novembro de 2012}}</ref>
Mais de 95% da população japonesa tem origem no [[arquipélago]]. Os japoneses são descendentes de povos [[jomon]], [[yayoi]] e [[ainus]] que se estabeleceram no arquipélago nipônico durante milhares de anos. Os Jomons foram os primeiros a desenvolver [[civilização]] no arquipélago, o povo [[Nomadismo|nômade]] Yayoi se estabeleceu na região Central do Japão, e os Ainus ao Norte do país.<ref name=POP>{{citar web|url=http://www.voyagesphotosmanu.com/populacao_japonesa.html|titulo=A população japonesa e a demografia ao Japão|acessodata=4 de agosto de 2010|publicado=Fotografias e imagens de viagens}}</ref> O restante da população do Japão é composta por [[Imigração|imigrantes]] de origem [[Coreanos|coreana]], [[Chineses|chinesa]] e [[Brasileiros|brasileira]], entre outros.<ref>{{citar web | url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ja.html#People | título=Cia World FactBook - People of Japan | acessodata=30 de novembro de 2012}}</ref>
[[Imagem:ISS-44 Night Earth observation of Japan.jpg|thumb|esquerda|upright=1.4|[[Tóquio]] e região central do país vistos a partir da [[Estação Espacial Internacional]].]]


A população do Japão é estimada em 127,4 milhões de pessoas.<ref name="ciapeople">Central Intelligence Agency. (19 de Dezembro de 2006]). [https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ja.html#People The World Factbook; Japan—People]. Visitado em 5 de Janeiro de 2007</ref> Em geral, ela é bastante homogênea, sendo quase toda composta por japoneses, as minorias são os ainus, um povo indígena nativo do país, e os estrangeiros que vão ao país por [[turismo]] ou em busca de [[emprego]].<ref name=POP />
A população do Japão é estimada em 127,4 milhões de pessoas.<ref name="ciapeople">Central Intelligence Agency. (19 de Dezembro de 2006]). [https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ja.html#People The World Factbook; Japan—People]. Visitado em 5 de Janeiro de 2007</ref> Em geral, ela é bastante homogênea, sendo quase toda composta por japoneses, as minorias são os ainus, um povo indígena nativo do país, e os estrangeiros que vão ao país por [[turismo]] ou em busca de [[emprego]].<ref name=POP />
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O país sofre com uma das mais altas taxas de [[suicídio]]s do mundo.<ref>AFP - 22 de Novembro de 2004</ref><ref name="NYT">{{citar notícia|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9F00E1DB173FF936A25754C0A96F958260&sec=health&spon=&scp=29&sq=suicide%20japan&st=cse|titulo=In Japan, Mired in Recession, Suicides Soar|ultimo=Strom|primeiro=Stephanie|data=15 de julho de 1999|trabalho=Health|publicado=The New York Times|acessodata=2008-09-20}}</ref><ref name=Times>{{citar notícia|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article4170649.ece|titulo=Japan gripped by suicide epidemic|ultimo=Lewis|primeiro=Leo|data=19 de junho de 2008|publicado=[[The Times]]|acessodata=20/9/2008}}</ref> Em 2011, o número de suicídios ultrapassou 30 mil pessoas pelo décimo quarto ano seguido, representando uma queda de {{formatnum:1177}} suicídios em relação a 2010. Tóquio teve a maior taxa do país e os homens compõem 70% de todas as mortes desse tipo, sendo a principal causa de morte entre as pessoas com menos de 30 anos de idade.<ref>{{citar web| url=http://ajw.asahi.com/article/behind_news/social_affairs/AJ201201110021 |título=Suicides top 30,000 for 14th consecutive year |editor=The Asahi Shimbun |data=11 de janeiro de 2012 |acessodata=30 de novembro de 2012}}</ref><ref name="ozawa-desilva">{{citar periódico|ultimo = Ozawa-de Silva|primeiro = Chikako
O país sofre com uma das mais altas taxas de [[suicídio]]s do mundo.<ref>AFP - 22 de Novembro de 2004</ref><ref name="NYT">{{citar notícia|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9F00E1DB173FF936A25754C0A96F958260&sec=health&spon=&scp=29&sq=suicide%20japan&st=cse|titulo=In Japan, Mired in Recession, Suicides Soar|ultimo=Strom|primeiro=Stephanie|data=15 de julho de 1999|trabalho=Health|publicado=The New York Times|acessodata=2008-09-20}}</ref><ref name=Times>{{citar notícia|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article4170649.ece|titulo=Japan gripped by suicide epidemic|ultimo=Lewis|primeiro=Leo|data=19 de junho de 2008|publicado=[[The Times]]|acessodata=20/9/2008}}</ref> Em 2011, o número de suicídios ultrapassou 30 mil pessoas pelo décimo quarto ano seguido, representando uma queda de {{formatnum:1177}} suicídios em relação a 2010. Tóquio teve a maior taxa do país e os homens compõem 70% de todas as mortes desse tipo, sendo a principal causa de morte entre as pessoas com menos de 30 anos de idade.<ref>{{citar web| url=http://ajw.asahi.com/article/behind_news/social_affairs/AJ201201110021 |título=Suicides top 30,000 for 14th consecutive year |editor=The Asahi Shimbun |data=11 de janeiro de 2012 |acessodata=30 de novembro de 2012}}</ref><ref name="ozawa-desilva">{{citar periódico|ultimo = Ozawa-de Silva|primeiro = Chikako
|titulo = Too Lonely to Die Alone: Internet Suicide Pacts and Existential Suffering in Japan|jornal = Cult Med Psychiatry | volume = 32 |número = 4 |páginas = 516–551 | month = December |ano = 2008 | doi = 10.1007/s11013-008-9108-0| pmid = 18800195| postscript = <!--None--> }} p. 519</ref>
|titulo = Too Lonely to Die Alone: Internet Suicide Pacts and Existential Suffering in Japan|jornal = Cult Med Psychiatry | volume = 32 |número = 4 |páginas = 516–551 | month = December |ano = 2008 | doi = 10.1007/s11013-008-9108-0| pmid = 18800195| postscript = <!--None--> }} p. 519</ref>

=== Urbanização ===
{{Cidades mais populosas do Japão}}
{{Cidades mais populosas do Japão}}


=== Imigração e emigração ===
=== Idiomas ===
[[Imagem:Japanese_dialects-en.png|thumb|Mapa dos [[dialetos japoneses]].]]
{{AP|Língua japonesa}}


Mais de 99% da população fala o [[Língua japonesa|japonês]] como primeira língua.<ref name="ciapeople" /> É uma [[língua aglutinante]] distinguida por um sistema de honoríficos refletindo a natureza [[hierárquica]] da sociedade japonesa, com formas verbais e vocabulários particulares que indicam o estatuto relativo do falante e do ouvinte. Segundo um dicionário japonês ''Shinsen-kokugojiten'', palavras baseadas no chinês compõem 49,1% do vocabulário total, as palavras indígenas são 33,8% e [[Empréstimo (linguística)|empréstimos]] outros 8,8%.<ref>{{citar livro | titulo=Shinsen-kokugojiten (新選国語辞典) | editora= [[Kyōsuke Kindaichi]] | local= [[Shogakukan]] | data= 2001 | isbn= 4-09-501407-5}}</ref>

Os [[sistema de escrita]] utilizados são o ''[[kanji]]'' ([[caracteres chineses]]) e dois conjuntos de ''[[kana (escrita)|kana]]'' ([[silabário]]s com base em caracteres chineses simplificados), bem como o [[alfabeto latino]] e os [[numerais arábicos]]. As [[línguas ryukyuanas]], também fazem parte da família das [[línguas japônicas]] a que pertence japonês, são faladas em [[Okinawa]], mas poucas crianças aprendem estas línguas.<ref>言語学大辞典セレクション:日本列島の言語 (''Selection from the Encyclopædia of Linguistics: The Languages of the Japanese Archipelago''). "琉球列島の言語" (''The Languages of the Ryukyu Islands''). 三省堂 1997</ref> A [[língua ainu]] está em extinção, com apenas alguns idosos falantes nativos remanescentes em [[Hokkaido]].<ref>{{citar web |url=http://www.un.org/works/culture/japan_story.html |arquivourl=http://web.archive.org/web/20080106062419/http://www.un.org/works/culture/japan_story.html |arquivodata=2008-01-06 |titulo=15 families keep ancient language alive in Japan |publicado=UN |acessodata=2007-03-27}}</ref> A maioria das escolas públicas e privadas exigem a participação dos estudantes em cursos de japonês e [[Língua inglesa|inglês]].<ref>{{citar web |url=http://www.indiana.edu/~japan/digest5.html |arquivourl=http://web.archive.org/web/20060427225148/http://www.indiana.edu/~japan/digest5.html |arquivodata=2006-04-27 |titulo=Japan Digest: Japanese Education |data=2005-09-01 |autor= Lucien Ellington|publicado=Indiana University |acessodata=2006-04-27}}</ref>

=== Imigração e emigração ===
[[Ficheiro:Japanese Brazilian Center Educational Institute in Oizumi.JPG|thumb|Escola [[Imigração brasileira no Japão|nipo-brasileira]] em [[Oizumi]].]]
Em 2004 o Ministério da Justiça do Japão estimou o número de estrangeiros legais em quase dois milhões sendo estes principalmente [[coreanos]], [[chineses]], [[República da China|taiwaneses]], [[Nipo-brasileiro|brasileiros]] e [[filipinos]]. As outras minorias são, [[peru]]anos, [[Estados Unidos|norte-americanos]], [[ingleses]], [[Tailândia|tailandeses]], [[australianos]], [[canadenses]], [[Índia|indianos]], [[Irão|iranianos]], [[russos]], entre outros.<ref>MInistério da Justiça do Japão. [http://www.moj.go.jp/ENGLISH/IB/ib-01.html Registro de estrangeiros]. Visitado em 12 de Agosto de 2007.</ref>
Em 2004 o Ministério da Justiça do Japão estimou o número de estrangeiros legais em quase dois milhões sendo estes principalmente [[coreanos]], [[chineses]], [[República da China|taiwaneses]], [[Nipo-brasileiro|brasileiros]] e [[filipinos]]. As outras minorias são, [[peru]]anos, [[Estados Unidos|norte-americanos]], [[ingleses]], [[Tailândia|tailandeses]], [[australianos]], [[canadenses]], [[Índia|indianos]], [[Irão|iranianos]], [[russos]], entre outros.<ref>MInistério da Justiça do Japão. [http://www.moj.go.jp/ENGLISH/IB/ib-01.html Registro de estrangeiros]. Visitado em 12 de Agosto de 2007.</ref>


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=== Religião ===
=== Religião ===
{{AP|Religião no Japão}}
{{AP|Religião no Japão}}
[[imagem:Itsukushima Gate.jpg|thumb|[[Santuário de Itsukushima]], um [[Patrimônio da Humanidade]] pela [[UNESCO]]]]
[[imagem:Itsukushima Gate.jpg|thumb|esquerda|[[Santuário de Itsukushima]], um [[Patrimônio da Humanidade]] pela [[UNESCO]]]]


As maiores estimativas para o número de [[Budismo|budistas]] e [[Xintoísmo|xintoístas]] no Japão são de 84-96% da população, representando um grande número de crentes em um [[sincretismo]] dessas duas [[religiões]].<ref name="ciawfbjapan"/><ref>{{citar web
As maiores estimativas para o número de [[Budismo|budistas]] e [[Xintoísmo|xintoístas]] no Japão são de 84-96% da população, representando um grande número de crentes em um [[sincretismo]] dessas duas [[religiões]].<ref name="ciawfbjapan"/><ref>{{citar web
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O [[taoísmo]], o [[confucionismo]] e o [[budismo]] da [[República Popular da China|China]] também têm influenciado as crenças e os costumes japoneses. A religião no Japão tende a ser sincrética por natureza e isso resulta em uma variedade de práticas, tais como pais e filhos celebrando rituais xintoístas, os estudantes rezando antes dos exames, alguns casais celebrando um [[casamento]] em uma [[Igreja (edifício)|igreja]] cristã e funerais sendo realizados em templos budistas. Uma minoria (2.595.397 de pessoas ou 2,04% da população) professam o [[cristianismo]].<ref>{{citar web | url=http://www.bunka.go.jp/english/pdf/chapter_10.pdf | título=Religious Juridical Persons and Administration of Religious Affairs | publicado= [[Agency for Cultural Affairs]] | acessodata= 25 de agosto de 2008}}</ref> Além disso, desde meados do {{séc|XIX}}, numerosas seitas religiosas (''[[Shinshūkyō]]'') surgiram no Japão,<ref>{{citar web|url=http://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/downloads/religiao.htm|titulo=RELIGIÃO: origens autóctones e influência estrangeira|acessodata=4 de agosto de 2010|publicado=EMB}}</ref> como a ''[[Tenrikyo]]'', ''[[Aum Shinrikyo]]'' (ou Aleph)<ref>{{citar web|url=http://www.tenrikyo.or.jp/en/download/portuguese/port1b.pdf|titulo=A vida plena de alegria|acessodata=4 de agosto de 2010}}</ref> e ''[[Soka Gakkai]]''.<ref>{{citar web |url=http://www.sgi.org/about-us/what-is-sgi.html |título=''What is SGI?'' |editor=SGI |acessodata=17 de setembro de 2012}}</ref>
O [[taoísmo]], o [[confucionismo]] e o [[budismo]] da [[República Popular da China|China]] também têm influenciado as crenças e os costumes japoneses. A religião no Japão tende a ser sincrética por natureza e isso resulta em uma variedade de práticas, tais como pais e filhos celebrando rituais xintoístas, os estudantes rezando antes dos exames, alguns casais celebrando um [[casamento]] em uma [[Igreja (edifício)|igreja]] cristã e funerais sendo realizados em templos budistas. Uma minoria (2.595.397 de pessoas ou 2,04% da população) professam o [[cristianismo]].<ref>{{citar web | url=http://www.bunka.go.jp/english/pdf/chapter_10.pdf | título=Religious Juridical Persons and Administration of Religious Affairs | publicado= [[Agency for Cultural Affairs]] | acessodata= 25 de agosto de 2008}}</ref> Além disso, desde meados do {{séc|XIX}}, numerosas seitas religiosas (''[[Shinshūkyō]]'') surgiram no Japão,<ref>{{citar web|url=http://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/downloads/religiao.htm|titulo=RELIGIÃO: origens autóctones e influência estrangeira|acessodata=4 de agosto de 2010|publicado=EMB}}</ref> como a ''[[Tenrikyo]]'', ''[[Aum Shinrikyo]]'' (ou Aleph)<ref>{{citar web|url=http://www.tenrikyo.or.jp/en/download/portuguese/port1b.pdf|titulo=A vida plena de alegria|acessodata=4 de agosto de 2010}}</ref> e ''[[Soka Gakkai]]''.<ref>{{citar web |url=http://www.sgi.org/about-us/what-is-sgi.html |título=''What is SGI?'' |editor=SGI |acessodata=17 de setembro de 2012}}</ref>

=== Idiomas ===
{{AP|Língua japonesa}}

Mais de 99% da população fala o [[Língua japonesa|japonês]] como primeira língua.<ref name="ciapeople" /> É uma [[língua aglutinante]] distinguida por um sistema de honoríficos refletindo a natureza [[hierárquica]] da sociedade japonesa, com formas verbais e vocabulários particulares que indicam o estatuto relativo do falante e do ouvinte. Segundo um dicionário japonês ''Shinsen-kokugojiten'', palavras baseadas no chinês compõem 49,1% do vocabulário total, as palavras indígenas são 33,8% e [[Empréstimo (linguística)|empréstimos]] outros 8,8%.<ref>{{citar livro | titulo=Shinsen-kokugojiten (新選国語辞典) | editora= [[Kyōsuke Kindaichi]] | local= [[Shogakukan]] | data= 2001 | isbn= 4-09-501407-5}}</ref>

Os [[sistema de escrita]] utilizados são o ''[[kanji]]'' ([[caracteres chineses]]) e dois conjuntos de ''[[kana (escrita)|kana]]'' ([[silabário]]s com base em caracteres chineses simplificados), bem como o [[alfabeto latino]] e os [[numerais arábicos]]. As [[línguas ryukyuanas]], também fazem parte da família das [[línguas japônicas]] a que pertence japonês, são faladas em [[Okinawa]], mas poucas crianças aprendem estas línguas.<ref>言語学大辞典セレクション:日本列島の言語 (''Selection from the Encyclopædia of Linguistics: The Languages of the Japanese Archipelago''). "琉球列島の言語" (''The Languages of the Ryukyu Islands''). 三省堂 1997</ref> A [[língua ainu]] está em extinção, com apenas alguns idosos falantes nativos remanescentes em [[Hokkaido]].<ref>{{citar web |url=http://www.un.org/works/culture/japan_story.html |arquivourl=http://web.archive.org/web/20080106062419/http://www.un.org/works/culture/japan_story.html |arquivodata=2008-01-06 |titulo=15 families keep ancient language alive in Japan |publicado=UN |acessodata=2007-03-27}}</ref> A maioria das escolas públicas e privadas exigem a participação dos estudantes em cursos de japonês e [[Língua inglesa|inglês]].<ref>{{citar web |url=http://www.indiana.edu/~japan/digest5.html |arquivourl=http://web.archive.org/web/20060427225148/http://www.indiana.edu/~japan/digest5.html |arquivodata=2006-04-27 |titulo=Japan Digest: Japanese Education |data=2005-09-01 |autor= Lucien Ellington|publicado=Indiana University |acessodata=2006-04-27}}</ref>


== Política ==
== Política ==
{{AP|Política do Japão}}
{{AP|Política do Japão}}
{{Imagem Dupla|right|Akihito 090710-1600b.jpg|150|Prime Minister Abe (cropped).jpg|150|[[Akihito]], o [[Imperador do Japão]].|[[Shinzō Abe]], o atual [[Primeiro-ministro do Japão|primeiro-ministro do país]].}}
{{Imagem Dupla|right|Emperor Akihito cropped 2 Barack Obama Emperor Akihito and Empress Michiko 20140424 1.jpg|150|Shinzo Abe (2017).jpg|165|[[Akihito]], o [[Imperador do Japão]].|[[Shinzō Abe]], o atual [[Primeiro-ministro do Japão|primeiro-ministro do país]].}}


O Japão é uma [[monarquia constitucional]] onde o poder do [[lista de imperadores do Japão|imperador]] é muito limitado. A [[Constituição do Japão|Constituição]] o define como "símbolo do Estado e da unidade do povo" e ele não possui poderes relacionados ao governo. O poder, concedido por soberania popular,<ref name="Constituição">Câmara dos Conselheiros da Dieta Nacional do Japão ([[3 de Novembro]] de 1946). [http://www.sangiin.go.jp/eng/law/index.htm Constituição do Japão]. Visitado em 10 de Julho de 2007.</ref> está concentrado principalmente na figura do [[Lista de primeiros-ministros do Japão|primeiro-ministro do Japão]] e de outros membros eleitos da [[Dieta do Japão|Dieta]]. O imperador age como [[chefe de Estado]] em ocasiões diplomáticas, sendo [[Akihito]] o presente imperador do Japão e [[Naruhito, Príncipe Herdeiro do Japão|Naruhito]], o próximo na linha sucessória do trono.<ref>{{citar web|url=http://topics.nytimes.com/topics/reference/timestopics/people/a/akihito/index.html|titulo=Akihito|acessodata=5 de agosto de 2010|publicado=The New York Times}}</ref>
O Japão é uma [[monarquia constitucional]] onde o poder do [[lista de imperadores do Japão|imperador]] é muito limitado. A [[Constituição do Japão|Constituição]] o define como "símbolo do Estado e da unidade do povo" e ele não possui poderes relacionados ao governo. O poder, concedido por soberania popular,<ref name="Constituição">Câmara dos Conselheiros da Dieta Nacional do Japão ([[3 de Novembro]] de 1946). [http://www.sangiin.go.jp/eng/law/index.htm Constituição do Japão]. Visitado em 10 de Julho de 2007.</ref> está concentrado principalmente na figura do [[Lista de primeiros-ministros do Japão|primeiro-ministro do Japão]] e de outros membros eleitos da [[Dieta do Japão|Dieta]]. O imperador age como [[chefe de Estado]] em ocasiões diplomáticas, sendo [[Akihito]] o presente imperador do Japão e [[Naruhito, Príncipe Herdeiro do Japão|Naruhito]], o próximo na linha sucessória do trono.<ref>{{citar web|url=http://topics.nytimes.com/topics/reference/timestopics/people/a/akihito/index.html|titulo=Akihito|acessodata=5 de agosto de 2010|publicado=The New York Times}}</ref>
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O Japão se destaca na política internacional por ser membro do [[G8]], da [[APEC]], da [[ASEAN|ASEAN+3]] e participante da Cúpula do Leste da Ásia. O país é também o segundo maior doador para Assistência Oficial para o Desenvolvimento, com 0,19% do seu [[produto nacional bruto|PNB]] em 2004.<ref>Organisation for Economic Co-operation and Development (11 de Abril de 2005). [http://www.oecd.org/dataoecd/40/3/35389786.pdf Table: Net Official Development Assistance In 2004]. PDF (32,97 KB). Visitado em 29 de Junho de 2007.</ref>
O Japão se destaca na política internacional por ser membro do [[G8]], da [[APEC]], da [[ASEAN|ASEAN+3]] e participante da Cúpula do Leste da Ásia. O país é também o segundo maior doador para Assistência Oficial para o Desenvolvimento, com 0,19% do seu [[produto nacional bruto|PNB]] em 2004.<ref>Organisation for Economic Co-operation and Development (11 de Abril de 2005). [http://www.oecd.org/dataoecd/40/3/35389786.pdf Table: Net Official Development Assistance In 2004]. PDF (32,97 KB). Visitado em 29 de Junho de 2007.</ref>


[[imagem:Donald Trump and Shinzō Abe at 43rd G7 summit.jpg|thumb|[[Shinzō Abe]] com [[Donald Trump]] durante a reunião do [[G7]] em 2017.]]
[[imagem:U.S. Secretary of State John Kerry and Japanese Minister for Foreign Affairs Fumio Kishida conclude their joint press conference in Tokyo, Japan, on April 14, 2013.jpg|thumb|[[John Kerry]], o [[Secretário de Estado dos Estados Unidos]], em um encontro com Fumio Kishida, o [[Ministério das Relações Exteriores do Japão|Ministro das Relações Exteriores do Japão]], em abril de 2013]]


Desde a [[Rendição do Japão|sua rendição]] e o [[Tratado de São Francisco]], após a [[Segunda Guerra Mundial]], a política diplomática japonesa tem sido baseada na estreita parceria com os [[Estados Unidos]] e na ênfase na cooperação internacional como as [[Nações Unidas]], organização internacional da qual o país é membro desde 1956. Durante a [[Guerra Fria]], o Japão tomou parte no confronto entre o [[mundo ocidental]] e a [[União Soviética]] na [[Ásia Oriental]]. Com o [[Milagre econômico japonês|rápido desenvolvimento econômico japonês]] nas décadas de 1960 e 1970, o país recuperou sua influência internacional e passou a ser considerado uma das [[Grande potência|grandes potências]] do mundo. No entanto, o Japão ainda mantém relações tensas com três países em particular: a [[China]] (apesar de ser o maior parceiro comercial do país), a [[Coreia do Sul]]<ref name="Disputas"/><ref>{{citar web |url=http://news.bbc.co.uk/2/shared/bsp/hi/pdfs/06_03_07_perceptions.pdf |título=BBC World Service Poll |editor=[[BBC]] |data=6 de março de 2007 |acessodata=29 de julho de 2013}}</ref> e a [[Coreia do Norte]].<ref name="Coreia do Norte"/>
Desde a [[Rendição do Japão|sua rendição]] e o [[Tratado de São Francisco]], após a [[Segunda Guerra Mundial]], a política diplomática japonesa tem sido baseada na estreita parceria com os [[Estados Unidos]] e na ênfase na cooperação internacional como as [[Nações Unidas]], organização internacional da qual o país é membro desde 1956. Durante a [[Guerra Fria]], o Japão tomou parte no confronto entre o [[mundo ocidental]] e a [[União Soviética]] na [[Ásia Oriental]]. Com o [[Milagre econômico japonês|rápido desenvolvimento econômico japonês]] nas décadas de 1960 e 1970, o país recuperou sua influência internacional e passou a ser considerado uma das [[Grande potência|grandes potências]] do mundo. No entanto, o Japão ainda mantém relações tensas com três países em particular: a [[China]] (apesar de ser o maior parceiro comercial do país), a [[Coreia do Sul]]<ref name="Disputas"/><ref>{{citar web |url=http://news.bbc.co.uk/2/shared/bsp/hi/pdfs/06_03_07_perceptions.pdf |título=BBC World Service Poll |editor=[[BBC]] |data=6 de março de 2007 |acessodata=29 de julho de 2013}}</ref> e a [[Coreia do Norte]].<ref name="Coreia do Norte"/>
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O Japão reivindica a soberania sobre as ilhas Etorofu, Kunashiri e Shikotan, conhecidas no país como "Territórios do Norte" e na Rússia como "[[Ilhas Curilas|Ilhas Curilas do Sul]]" ocupadas pela [[União Soviética]] em 1945 e administradas atualmente pela Rússia. Disputa os [[Rochedos de Liancourt]] (chamados Takeshima ou Dokdo) com a Coreia do Sul — ocupadas por esta desde 1954 — e as ilhas inabitadas de [[Ilhas Senkaku|Senkaku-shoto]] (Diaoyu Tai) com China e Taiwan.<ref name="ciaecon" />
O Japão reivindica a soberania sobre as ilhas Etorofu, Kunashiri e Shikotan, conhecidas no país como "Territórios do Norte" e na Rússia como "[[Ilhas Curilas|Ilhas Curilas do Sul]]" ocupadas pela [[União Soviética]] em 1945 e administradas atualmente pela Rússia. Disputa os [[Rochedos de Liancourt]] (chamados Takeshima ou Dokdo) com a Coreia do Sul — ocupadas por esta desde 1954 — e as ilhas inabitadas de [[Ilhas Senkaku|Senkaku-shoto]] (Diaoyu Tai) com China e Taiwan.<ref name="ciaecon" />


[[imagem:F-15J (897) of 306 Sqn waits to refuel near Okinawa, -10 May 2012 a.jpg|thumb|Mitsubishi [[F-15 Eagle]] da [[Força Aérea de Autodefesa do Japão]]]]
[[imagem:Two Japan Air Self Defense Force F-15 jets.jpg|thumb|Dois Mitsubishi [[F-15 Eagle]] da [[Força Aérea de Autodefesa do Japão]]]]


O Japão também enfrenta graves problemas com a [[Coreia do Norte]] acerca de seu programa de [[armamento nuclear]], sequestro de cidadãos japoneses e de testes de mísseis.<ref name="Coreia do Norte">{{citar web|url=http://www.rio.br.emb-japan.go.jp/japanbrief/politica/jb551.htm|titulo=Conversações entre as Seis Nações sobre o Programa Nuclear da Coréia do Norte|publicado=Rio.br.emb-japan.go.jp|acessodata=1 de agosto de 2010}}</ref> O fortalecimento militar da China é também um motivo de preocupação. Contudo, as Forças de Auto-Defesa do Japão se concentra em tecnologia de ponta, robótica e armas modernas.<ref>Richard Fisher, Jr. [http://www.strategycenter.net/research/pubID.173/pub_detail.asp Japanese Military Technology Advances]</ref>
O Japão também enfrenta graves problemas com a [[Coreia do Norte]] acerca de seu programa de [[armamento nuclear]], sequestro de cidadãos japoneses e de testes de mísseis.<ref name="Coreia do Norte">{{citar web|url=http://www.rio.br.emb-japan.go.jp/japanbrief/politica/jb551.htm|titulo=Conversações entre as Seis Nações sobre o Programa Nuclear da Coréia do Norte|publicado=Rio.br.emb-japan.go.jp|acessodata=1 de agosto de 2010}}</ref> O fortalecimento militar da China é também um motivo de preocupação. Contudo, as Forças de Auto-Defesa do Japão se concentra em tecnologia de ponta, robótica e armas modernas.<ref>Richard Fisher, Jr. [http://www.strategycenter.net/research/pubID.173/pub_detail.asp Japanese Military Technology Advances]</ref>
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As exportações japonesas incluem equipamento de transporte, veículos motorizados, produtos [[eletroeletrônico]]s, maquinário industrial e produtos químicos entre outros.<ref name="ciaecon">Central Intelligence Agency. [https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ja.html#Econ World Factbook; Japan—Economy]. (19 de Dezembro de 2006). Visitado em 28 de Dezembro de 2006.</ref> Os principais compradores do Japão são a [[China]], os [[Estados Unidos]], a [[Coreia do Sul]], [[Taiwan]] e [[Hong Kong]] (em 2005).<ref name="ciaecon" /> Contudo, o Japão possui reduzidos recursos naturais para sustentar o crescimento econômico e por isso depende de outros países em relação a [[matérias-primas]]. Os países que mais vendem para o Japão são a China, os Estados Unidos, o [[Brasil]], a [[Arábia Saudita]], os [[Emirados Árabes Unidos]], a [[Austrália]], a Coreia do Sul e a [[Indonésia]]. As principais importações do país são máquinas e equipamentos, [[combustíveis fósseis]], produtos alimentícios (carne em particular), químicos, têxteis e matéria-prima para suas indústrias. O principal parceiro comercial do Japão é a China.<ref>BLUSTEIN, Paul. [http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A40192-2005Jan26.html "China ultrapassa os Estados Unidos em trocas com o Japão: Cifras para 2004 Mostram o Músculo do Gigante Asiático"]. The Washington Post (27 de Janeiro de 2005). Visitado em 28 de Dezembro de 2006.</ref>
As exportações japonesas incluem equipamento de transporte, veículos motorizados, produtos [[eletroeletrônico]]s, maquinário industrial e produtos químicos entre outros.<ref name="ciaecon">Central Intelligence Agency. [https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ja.html#Econ World Factbook; Japan—Economy]. (19 de Dezembro de 2006). Visitado em 28 de Dezembro de 2006.</ref> Os principais compradores do Japão são a [[China]], os [[Estados Unidos]], a [[Coreia do Sul]], [[Taiwan]] e [[Hong Kong]] (em 2005).<ref name="ciaecon" /> Contudo, o Japão possui reduzidos recursos naturais para sustentar o crescimento econômico e por isso depende de outros países em relação a [[matérias-primas]]. Os países que mais vendem para o Japão são a China, os Estados Unidos, o [[Brasil]], a [[Arábia Saudita]], os [[Emirados Árabes Unidos]], a [[Austrália]], a Coreia do Sul e a [[Indonésia]]. As principais importações do país são máquinas e equipamentos, [[combustíveis fósseis]], produtos alimentícios (carne em particular), químicos, têxteis e matéria-prima para suas indústrias. O principal parceiro comercial do Japão é a China.<ref>BLUSTEIN, Paul. [http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A40192-2005Jan26.html "China ultrapassa os Estados Unidos em trocas com o Japão: Cifras para 2004 Mostram o Músculo do Gigante Asiático"]. The Washington Post (27 de Janeiro de 2005). Visitado em 28 de Dezembro de 2006.</ref>
[[imagem:Minato Mirai In Blue.jpg|thumb|esquerda|Distrito de [[Minato Mirai 21]] em [[Yokohama]]. A maior parte da economia japonesa está baseada no [[setor de serviços]]]]
[[imagem:Yokohama Landmark Tower at night 2.jpg|thumb|esquerda|Distrito de [[Minato Mirai 21]] em [[Yokohama]]. A maior parte da economia japonesa está baseada no [[setor de serviços]]]]
[[Imagem:Rice Paddies In Aizu, Japan.JPG|thumb|esquerda|Plantação de arroz em [[Aizu]]]]
[[Imagem:Rice Paddies In Aizu, Japan.JPG|thumb|esquerda|Plantação de arroz em [[Aizu]]]]


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As principais atividades econômicas do Japão circulam entre as ilhas de [[Hokkaido]], [[Honshu]], [[Shikoku]] e [[Kyushu]]. O Japão é cortado por uma eficiente malha rodoviária e ferroviária que liga o país de norte a sul. Em 2004, havia 1.177.278&nbsp;km de rodovias pavimentadas, 173 aeroportos e 23.577&nbsp;km de ferrovias.<ref name="ciaecon"/> O transporte aéreo é em grande parte operado pela [[All Nippon Airways]] (ANA) e pela [[Japan Airlines]] (JAL). Já as ferrovias são operadas pela [[Japan Railways]] entre outras. Os aeroportos mais movimentados ficam nas regiões mais populosas do país, [[Região de Kanto|Kanto]] e [[Kinki]]. O [[Aeroporto Internacional de Narita]], por exemplo, é o mais movimentado do país e o oitavo mais movimentado do mundo. Há muitos voos internacionais de várias cidades e países do Japão e para o país. Já o transporte portuário, apesar de fundamental para um país insular, encontra-se em baixa, desde um pico na década de 1980.<ref name="Transportes">Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e38_transportation.pdf Transportation: Speed and efficiency through technological advancement]. PDF (799,07 KB). Visitado em 13 de Agosto de 2007.</ref>
As principais atividades econômicas do Japão circulam entre as ilhas de [[Hokkaido]], [[Honshu]], [[Shikoku]] e [[Kyushu]]. O Japão é cortado por uma eficiente malha rodoviária e ferroviária que liga o país de norte a sul. Em 2004, havia 1.177.278&nbsp;km de rodovias pavimentadas, 173 aeroportos e 23.577&nbsp;km de ferrovias.<ref name="ciaecon"/> O transporte aéreo é em grande parte operado pela [[All Nippon Airways]] (ANA) e pela [[Japan Airlines]] (JAL). Já as ferrovias são operadas pela [[Japan Railways]] entre outras. Os aeroportos mais movimentados ficam nas regiões mais populosas do país, [[Região de Kanto|Kanto]] e [[Kinki]]. O [[Aeroporto Internacional de Narita]], por exemplo, é o mais movimentado do país e o oitavo mais movimentado do mundo. Há muitos voos internacionais de várias cidades e países do Japão e para o país. Já o transporte portuário, apesar de fundamental para um país insular, encontra-se em baixa, desde um pico na década de 1980.<ref name="Transportes">Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e38_transportation.pdf Transportation: Speed and efficiency through technological advancement]. PDF (799,07 KB). Visitado em 13 de Agosto de 2007.</ref>


Uma vez que apenas 15% das terras japonesas são apropriadas para o cultivo,<ref>ROY, Kingshuk. [http://www.nourin.tsukuba.ac.jp/~tasae/Japan.pdf Recursos hídricos com relação a questões agroambientais maiores no Japão]. PDF (111,95 KB). College of Bioresource Sciences, Nihon University (2006). Visitado em 21 de Fevereiro de 2007.</ref> o sistema de terraceamento é usado em pequenas áreas. Isto resulta em um dos mais elevados níveis de produtividade por unidade no mundo. O pequeno setor agrário do Japão, contudo, é muito subsidiado e protegido. O Japão precisa importar cerca de 50%<ref>Strategis. [http://strategis.ic.gc.ca/epic/site/ibi-iai.nsf/en/bi18701e.html Japan: Country Information]. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> dos [[cariopse|grãos]] consumidos excetuando o arroz, e depende de importações para seu suprimento de carne. O Japão é o segundo maior produtor de pescado do mundo por tonelada depois da China e tem uma das maiores frotas de pesqueiros do mundo que responde por quase 15% da pesca mundial.<ref name="ciaecon"/> O país depende de países estrangeiros em 80% para o seu suprimento de petróleo e alimentos como a carne bovina.<ref>Ministério da Defesa do Japão. [http://www.mod.go.jp/e/defense_policy/example/maritime/index.htm Um exemplo de operações marítimas]. Visitado em 26 de Março de 2007.</ref>
Uma vez que apenas 15% das terras japonesas são apropriadas para o cultivo,<ref>ROY, Kingshuk. [http://www.nourin.tsukuba.ac.jp/~tasae/Japan.pdf Recursos hídricos com relação a questões agroambientais maiores no Japão]. PDF (111,95 KB). College of Bioresource Sciences, Nihon University (2006). Visitado em 21 de Fevereiro de 2007.</ref> o sistema de terraceamento é usado em pequenas áreas. Isto resulta em um dos mais elevados níveis de produtividade por unidade no mundo. O pequeno setor agrário do Japão, contudo, é muito subsidiado e protegido. O Japão precisa importar cerca de 50% dos [[cariopse|grãos]] consumidos excetuando o arroz, e depende de importações para seu suprimento de carne.<ref>Strategis. [http://strategis.ic.gc.ca/epic/site/ibi-iai.nsf/en/bi18701e.html Japan: Country Information]. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref>


O Japão é o segundo maior produtor de pescado do mundo por tonelada depois da China e tem uma das maiores frotas de pesqueiros do mundo que responde por quase 15% da pesca mundial.<ref name="ciaecon"/> O país depende de países estrangeiros em 80% para o seu suprimento de petróleo e alimentos como a carne bovina.<ref>Ministério da Defesa do Japão. [http://www.mod.go.jp/e/defense_policy/example/maritime/index.htm Um exemplo de operações marítimas]. Visitado em 26 de Março de 2007.</ref>
[[imagem:Toyota_FCV-R_Concept_WAS_2012_0630.JPG|thumb|Toyota FCV-R, um [[carro conceito]] movido a [[hidrogênio]]. A [[Toyota]] é uma das maiores fabricantes de [[Automóvel|automóveis]] do planeta, enquanto o Japão é o segundo maior produtor de carros do mundo.<ref name="produção de carros">{{Citar web|título=World Motor Vehicle Production by country and type 2010-2011: passenger cars|língua=en|url=http://oica.net/wp-content/uploads/cars-2011-november-2012.pdf|publicado=Organisation Internationale des Constructeurs d’Automobiles|acessodata=6 de fevereiro de 2013}}</ref>]]

[[imagem:Toyota_FCV-R_Concept_WAS_2012_0630.JPG|thumb|FCV-R, [[carro conceito]] movido a [[hidrogênio]]. A [[Toyota]] é a segunda maior fabricante de [[Automóvel|automóveis]] do mundo.<ref name="produção de carros">{{Citar web|título=World Motor Vehicle Production by country and type 2010-2011: passenger cars|língua=en|url=http://oica.net/wp-content/uploads/cars-2011-november-2012.pdf|publicado=Organisation Internationale des Constructeurs d’Automobiles|acessodata=6 de fevereiro de 2013}}</ref>]]


É líder nos campos da pesquisa científica, [[tecnológica]], maquinária e médica. Algumas das mais importantes contribuições tecnológicas do Japão são encontrados nos campos da eletrônica, maquinaria, robótica industrial, óptica, química, [[semicondutor]]es e [[metalurgia]]. O Japão é líder no mundo dos robôs industriais, sendo que mais da metade dos robôs existentes no mundo, são usados nas suas indústrias.<ref>Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa. (''press release'' de 17 de Outubro de 2000). [http://www.unece.org/press/pr2000/00stat10e.htm O ''boom'' em investimentos em robôs continuam — 900 mil robôs industriais em 2003]. Visitado em 28 de Dezembro de 2006.</ref>
É líder nos campos da pesquisa científica, [[tecnológica]], maquinária e médica. Algumas das mais importantes contribuições tecnológicas do Japão são encontrados nos campos da eletrônica, maquinaria, robótica industrial, óptica, química, [[semicondutor]]es e [[metalurgia]]. O Japão é líder no mundo dos robôs industriais, sendo que mais da metade dos robôs existentes no mundo, são usados nas suas indústrias.<ref>Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa. (''press release'' de 17 de Outubro de 2000). [http://www.unece.org/press/pr2000/00stat10e.htm O ''boom'' em investimentos em robôs continuam — 900 mil robôs industriais em 2003]. Visitado em 28 de Dezembro de 2006.</ref>
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=== Turismo ===
=== Turismo ===
[[Imagem:Chuurei-tou Fujiyoshida 17025277650 c59733d6ba o.jpg|thumb|[[Pagode (templo)|Pagode]] ''Chūrei-tō'' e [[Monte Fuji]] com as flores de [[cerejeira]] no parque de Arakurayama Sengen, [[Fujiyoshida]], [[Yamanashi]].]]
[[Imagem:Chuurei-tou Fujiyoshida 17025277650 c59733d6ba o.jpg|thumb|[[Pagode (templo)|Pagode]] ''Chūrei-tō'' e [[Monte Fuji]] ao lado de [[cerejeira]]s no parque de Arakurayama Sengen, [[Fujiyoshida]], [[Yamanashi]].]]
Em 2008, o Japão atraiu 8,3 milhões de visitantes estrangeiros, pouco mais que a [[Singapura]] e [[República da Irlanda|Irlanda]].<ref>{{citar web
Em 2008, o Japão atraiu 8,3 milhões de visitantes estrangeiros, pouco mais que a [[Singapura]] e [[República da Irlanda|Irlanda]].<ref>{{citar web
|url=http://www.tourismroi.com/Content_Attachments/27670/File_633513750035785076.pdf
|url=http://www.tourismroi.com/Content_Attachments/27670/File_633513750035785076.pdf
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|publicado= [[Organização Mundial de Turismo]]
|publicado= [[Organização Mundial de Turismo]]
|data=Junho de 2008
|data=Junho de 2008
}}</ref> O Japão tem catorze [[patrimônios mundiais]] da [[UNESCO]], incluindo o [[Castelo de Himeji]] e os [[Monumentos Históricos da Antiga Quioto (cidades de Quioto, Uji e Otsu)]]. [[Quioto (cidade)|Quioto]] recebe mais de 30 milhões de turistas anualmente.<ref name="fodors1996">{{citar livro | autor=Scott, David |data=1996 | titulo=''Exploring Japan'' |editora= Fodor's Travel Publications, Inc. |isbn= 0-679-03011-5}}</ref> Os estrangeiros também visitam as cidades de [[Tóquio]] e [[Nara (cidade)|Nara]], o [[Monte Fuji]], utilizam o ''[[shinkansen]]'' e tiram proveito da rede de hotéis do país.
}}</ref> O Japão tem catorze [[patrimônios mundiais]] da [[UNESCO]], incluindo o [[Castelo de Himeji]] e os [[Monumentos Históricos da Antiga Quioto (cidades de Quioto, Uji e Otsu)]]. [[Quioto (cidade)|Quioto]] recebe mais de 30 milhões de turistas anualmente.<ref name="fodors1996">{{citar livro | autor=Scott, David |data=1996 | titulo=''Exploring Japan'' |editora= Fodor's Travel Publications, Inc. |isbn= 0-679-03011-5}}</ref>


A extensa rede ferroviária, juntamente com os voos domésticos, permitem viagens eficientes e rápidas. Os estrangeiros que visitam as cidades de [[Tóquio]] e [[Nara (cidade)|Nara]], o [[Monte Fuji]], utilizam o ''[[shinkansen]]'' e tiram proveito da rede de hotéis do país.<ref name="fodors1996"/>
O [[turismo]] doméstico continua a ser uma parte vital da economia e da sociedade japonesa. Crianças em idade escolar em muitas escolas secundárias realizam visitas à ''[[Tokyo Disneyland]]'' ou à [[Torre de Tóquio]]. A extensa rede ferroviária, juntamente com os voos domésticos, permitem viagens eficientes e rápidas. No turismo receptivo, o Japão ficou em [[Lista de destinos turísticos mundiais|28ª posição no mundo]] em 2007.<ref>{{citar web|url=http://www.tourismroi.com/Content_Attachments/27670/File_633513750035785076.pdf |titulo=UNTWO World Tourism Barometer, Vol.5 No.2 |acessodata=26/03/2008 |ultimo=UNTWO |data=Junho de 2008 }}</ref>

O [[turismo]] doméstico continua a ser uma parte vital da economia e da sociedade japonesa. Crianças em idade escolar em muitas escolas secundárias realizam visitas à ''[[Tokyo Disneyland]]'' ou à [[Torre de Tóquio]]. No turismo receptivo, o Japão ficou em [[Lista de destinos turísticos mundiais|28ª posição no mundo]] em 2007.<ref>{{citar web|url=http://www.tourismroi.com/Content_Attachments/27670/File_633513750035785076.pdf |titulo=UNTWO World Tourism Barometer, Vol.5 No.2 |acessodata=26/03/2008 |ultimo=UNTWO |data=Junho de 2008 }}</ref>


== Infraestrutura ==
== Infraestrutura ==

=== Ciência e tecnologia ===

[[imagem:The 43rd Tokyo Motor Show 2013 PENTAX K-3 158 (11248310174).jpg|thumb|esquerda|Robô [[ASIMO|Honda ASIMO]]]]

O Japão é uma das nações líderes nos campos da [[pesquisa científica]], especialmente de [[tecnologia]], [[Máquina|maquinário]] e [[Biomedicina|pesquisa biomédica]]. Cerca de 700.000 pesquisadores dividem um orçamento de 130 bilhões de [[dólar]]es para [[pesquisa e desenvolvimento]], o terceiro maior do mundo.<ref>McDonald, Joe. "China to spend $136 billion on R&D." ''BusinessWeek'' (2006-12-04).</ref> O Japão é líder mundial no domínio da pesquisa científica fundamental, tendo produzido treze [[prêmios Nobel]], quer em [[física]], [[química]] ou [[medicina]],<ref>{{citar web |titulo=Japanese Nobel Laureates |publicado=[[Universidade de Quioto]] |ano=2009 |url=http://www.kyoto-u.ac.jp/en/profile/intro/honor/nobel.htm/ |acessodata=7 de novembro de 2009}}</ref> três [[Medalha Fields]]<ref>{{citar web |titulo=Japanese Fields Medalists |publicado=[[Universidade de Quioto]] |ano=2009 |url=http://www.kyoto-u.ac.jp/en/profile/intro/honor/fields.htm|acessodata=2009-11-07}}</ref> e um [[Prêmio Carl Friedrich Gauss|Prêmio Gauss]].<ref>{{citar web |titulo=Dr. Kiyoshi Ito receives Gauss Prize |publicado=[[Universidade de Quioto]] |ano=2009 |url=http://www.kyoto-u.ac.jp/en/profile/intro/honor/gauss.htm|acessodata=7 de novembro de 2009}}</ref>

Algumas das mais importantes contribuições tecnológicas do Japão são encontrados nas áreas de [[eletrônico]]s, [[automóveis]], [[máquina]]s, [[engenharia sísmica]], [[Robô industrial|robótica industrial]], [[óptica]], [[química]], [[semicondutor]]es e [[Metal|metais]]. Japão é líder do mundo em produção e utilização de robótica, possuindo mais de metade (402.200 de 742.500) de robôs industriais do mundo, usado para a fabricação.<ref>{{citar web | url=http://www.unece.org/press/pr2000/00stat10e.htm | título=The Boom in Robot Investment Continues—900,000 Industrial Robots by 2003 | publicado = United Nations Economic Commission for Europe |data= 2000-10-17| acessodata= 2006-12-28}}</ref> Produziu também o [[QRIO]], [[ASIMO]] e o [[AIBO]]. O Japão é o maior produtor mundial de automóveis<ref>{{citar web |titulo=World Motor Vehicle Production by Country |publicado=[[OICA|oica.net]] |ano=2006 |url=http://www.oica.net/htdocs/statistics/tableaux2006/worldprod_country-2.pdf |arquivourl=http://web.archive.org/web/20070807213925/http://www.oica.net/htdocs/statistics/tableaux2006/worldprod_country-2.pdf |arquivodata=7 de novembro de 2009|acessodata=2007-07-30}}</ref> e abriga quatro dos quinze maiores fabricantes de automóveis do mundo e sete dos vinte maiores líderes de vendas de semicondutores atualmente.<ref>{{citar web|url=http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=834421&path=/suasfinancas/|titulo=Japão assume a dianteira e é o maior produtor de carros do mundo|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=Info Money}}</ref>

[[imagem:ISS-36 HTV-4 berthing 4.jpg|thumb|esquerda|[[Veículo de Transferência H-II]], próximo à [[Estação Espacial Internacional]], desenvolvido pela [[JAXA]]]]

A [[Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial]] (JAXA) é a agência espacial do Japão, que realiza [[pesquisas espaciais]], planetárias, de aviação e no desenvolvimento de [[foguete espacial|foguetes]] e [[satélite artificial|satélites]]. É um participante da [[Estação Espacial Internacional]] e do [[Módulo de Experiências Japonês]] (Kibo) foi adicionado à Estação Espacial Internacional durante voos do [[ônibus espacial]] em 2008.<ref>{{citar web |titulo=Japan Aerospace Exploration Agency Homepage |publicado = Japan Aerospace Exploration Agency|data=2006-08-03 |url=http://www.jaxa.jp/index_e.html |acessodata=7 de novembro de 2009}}</ref> A empresa tem planos de [[exploração espacial]], como o lançamento da ''[[PLANET-C|Venus Climate Orbiter]]'' (''[[PLANET-C]]'') em 2010,<ref>[http://www.jaxa.jp/projects/sat/planet_c/index_e.html JAXA, Venus Climate Orbiter "PLANET-C"]</ref><ref>[http://www.isas.jaxa.jp/e/enterp/missions/planet-c/index.shtml ISAS, Venus Meteorology PLANET-C]</ref> no desenvolvimento da ''[[BepiColombo (sonda)|Mercury Magnetospheric Orbiter]]'' para ser lançada em 2013<ref>[http://www.jaxa.jp/projects/sat/bepi/index_e.html JAXA, Mercury Exploration Mission "BepiColombo"]</ref><ref>[http://www.isas.jaxa.jp/e/enterp/missions/mmo/index.shtml ISAS, Mercury Exploration MMO (BepiColombo)]</ref> e a construção de uma [[Colonização da Lua|base lunar]] em 2030.<ref>{{citar web |titulo=Japan Plans Moon Base by 2030 |publicado=MoonDaily |data=2006-08-03 |url=http://www.moondaily.com/reports/Japan_Plans_Moon_Base_By_2030_999.html |acessodata=2007-03-27}}</ref>

Em 14 de setembro de 2007, lançou o [[explorador]] da [[órbita]] [[Lua|lunar]] "[[SELENE (sonda espacial)|SELENE]]" ('''''Sel'''enological and '''En'''gineering '''E'''xplorer'') em um portador de foguetes [[H-IIA]] (Modelo H2A2022) no [[Centro Espacial de Tanegashima]]. ''SELENE'' também é conhecido como Kaguya, a princesa lunar do antigo conto ''The Tale of the Bamboo Cutter''.<ref name="jaxa_nickname">{{citar web|url=http://www.jaxa.jp/countdown/f13/special/nickname_e.html|titulo="KAGUYA" selected as SELENE's nickname|acessodata=2007-10-13}}</ref> Kaguya é a maior missão de sonda lunar desde o [[programa Apollo]]. Sua missão é coletar dados sobre a origem da [[Lua]] e sua evolução. Ela entrou em uma órbita lunar em [[4 de outubro]],<ref>[http://www.japancorp.net/Article.Asp?Art_ID=15429 Japancorp.net, Japan Successfully Launches Lunar Explorer "Kaguya"]</ref><ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/6994272.stm BBC NEWS, Japan launches first lunar probe]</ref> voando em uma órbita lunar a uma altitude de cerca de 100&nbsp;km.<ref>[http://www.jaxa.jp/press/2008/10/20081009_kaguya_e.html JAXA, KAGUYA (SELENE) Image Taking of "Full Earth-Rise" by HDTV]</ref>


=== Transportes e energia ===
=== Transportes e energia ===
{{Vertambém|Energia no Japão}}
{{Vertambém|Energia no Japão}}
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| image1 = Kashiwazaki-Kariwa 04780017 (8388173865).jpg
[[imagem:SC Maglev Test Ride (18464832625).jpg|thumb|Um [[trem de alta velocidade]] [[maglev]] [[Shinkansen L0]].]]
| caption1 = [[Usina Nuclear de Kashiwazaki-Kariwa]]

| image2 = SC Maglev Test Ride (18464832625).jpg
| caption2 = [[Trem de alta velocidade]] [[maglev]] [[Shinkansen L0]].
}}


Em 2005, metade da energia no Japão era produzida a partir de [[petróleo]], um quinto a partir do [[carvão mineral]] e 14% do [[gás natural]].<ref>{{citar web | url=http://www.stat.go.jp/english/data/handbook/c07cont.htm | título=Chapter 7 Energy | publicado= Statistical Handbook of Japan 2007}}</ref> A [[energia nuclear]] produzia um quarto da [[eletricidade]] do país.<ref>{{citar web |url=http://www.abc.net.au/news/stories/2008/01/21/2142636.htm |titulo=Japan taps into ocean winds for power |publicado=ABC News |data=21-01-2008|acessodata=11-05-2009}}</ref>
Em 2005, metade da energia no Japão era produzida a partir de [[petróleo]], um quinto a partir do [[carvão mineral]] e 14% do [[gás natural]].<ref>{{citar web | url=http://www.stat.go.jp/english/data/handbook/c07cont.htm | título=Chapter 7 Energy | publicado= Statistical Handbook of Japan 2007}}</ref> A [[energia nuclear]] produzia um quarto da [[eletricidade]] do país.<ref>{{citar web |url=http://www.abc.net.au/news/stories/2008/01/21/2142636.htm |titulo=Japan taps into ocean winds for power |publicado=ABC News |data=21-01-2008|acessodata=11-05-2009}}</ref>


Os gastos do Japão com [[estrada]]s têm sido grande.<ref>{{citar web | url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9500E3DC1031F932A35750C0A961958260 | título=Japan's Road to Deep Deficit Is Paved With Public Works | publicado= New York Times| data= 1997}}</ref> Os 1,2 milhões de quilômetros de estradas pavimentadas são as principais [[meios de transporte|vias de transporte]],<ref>{{citar web | url=http://www.stat.go.jp/english/data/handbook/c09cont.htm | título=Chapter 9 Transport }} Statistical Handbook of Japan</ref> cuja circulação se faz [[Sentido de circulação|à esquerda]]. A única rede de alta velocidade é dividida e limitada por estradas com portagem de acesso que as conectam às principais cidades e são operadas por [[Pedágio|empresas de coleta de pedágio]]. Carros novos e usados são baratos. As taxas de propriedade do automóvel e taxas de combustível são utilizados para promover a eficiência energética. No entanto, em apenas 50% de todas as distâncias percorridas, o uso do automóveis é o mais baixo de todos os países do [[G8]].<ref name="transtatsjp">{{citar web|url=http://www.iraptranstats.net/jp|titulo=Transport in Japan|acessodata=17-02-2009|trabalho=International Transport Statistics Database|publicado=[[iRAP]] }}</ref>
Os gastos do Japão com [[estrada]]s têm sido grande.<ref>{{citar web | url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9500E3DC1031F932A35750C0A961958260 | título=Japan's Road to Deep Deficit Is Paved With Public Works | publicado= New York Times| data= 1997}}</ref> Os 1,2 milhões de quilômetros de estradas pavimentadas são as principais [[meios de transporte|vias de transporte]], cuja circulação se faz [[Sentido de circulação|à esquerda]].<ref>{{citar web | url=http://www.stat.go.jp/english/data/handbook/c09cont.htm | título=Chapter 9 Transport }} Statistical Handbook of Japan</ref>
A única rede de [[autoestradas]] de alta velocidade é dividida e limitada por estradas com portagem de acesso que as conectam às principais cidades e são operadas por [[Pedágio|empresas de coleta de pedágio]]. Carros novos e usados são baratos. As taxas de propriedade do automóvel e taxas de combustível são utilizados para promover a eficiência energética. No entanto, em apenas 50% de todas as distâncias percorridas, o uso do automóveis é o mais baixo de todos os países do [[G8]].<ref name="transtatsjp">{{citar web|url=http://www.iraptranstats.net/jp|titulo=Transport in Japan|acessodata=17-02-2009|trabalho=International Transport Statistics Database|publicado=[[iRAP]] }}</ref>


[[Lista de ferrovias do Japão|Dezenas de empresas de transporte ferroviário japonesas]] competem nos mercados de transporte local e regional de passageiros, como por exemplo, a [[Japan Railways|7 JR]], a [[Kintetsu Corporation]], a [[Seibu Railway]] e a [[Keio Corporation]]. Muitas vezes, como estratégia dessas empresas, ao lado das estações existem empreendimentos imobiliários ou lojas de departamento. Cerca de 250 trens de alta velocidade [[Shinkansen]] ligam as principais cidades japonesas e são conhecidos por sua pontualidade.<ref>{{citar web|url=http://www.hitachi-rail.com/rail_now/column/just_in_time/index.html|arquivourl=http://web.archive.org/web/20080513230217/http://www.hitachi-rail.com/rail_now/column/just_in_time/index.html|arquivodata=2008-05-13|titulo=Corporate Culture as Strong Diving Force for Punctuality- Another "Just in Time"|acessodata=19-04-2009|trabalho=Hitachi-Rail.com}}</ref>
[[Lista de ferrovias do Japão|Dezenas de empresas de transporte ferroviário japonesas]] competem nos mercados de transporte local e regional de passageiros, como por exemplo, a [[Japan Railways|7 JR]], a [[Kintetsu Corporation]], a [[Seibu Railway]] e a [[Keio Corporation]]. Muitas vezes, como estratégia dessas empresas, ao lado das estações existem empreendimentos imobiliários ou lojas de departamento. Cerca de 250 trens de alta velocidade [[Shinkansen]] ligam as principais cidades japonesas e são conhecidos por sua pontualidade.<ref>{{citar web|url=http://www.hitachi-rail.com/rail_now/column/just_in_time/index.html|arquivourl=http://web.archive.org/web/20080513230217/http://www.hitachi-rail.com/rail_now/column/just_in_time/index.html|arquivodata=2008-05-13|titulo=Corporate Culture as Strong Diving Force for Punctuality- Another "Just in Time"|acessodata=19-04-2009|trabalho=Hitachi-Rail.com}}</ref>
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=== Educação ===
=== Educação ===
{{AP|Educação no Japão}}
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[[imagem:Yasuda Auditorium.jpg|thumb|Auditório Yasuda, [[Universidade de Tóquio]]]]
| image1 = Yasuda Auditorium - Tokyo University 2.jpg
| caption1 = [[Universidade de Tóquio]]

| image2 = Kyoto University Clock Tower.jpg
| caption2 = [[Universidade de Quioto]]
}}


A [[alfabetização]] no Japão remonta anterior à introdução da escrita [[kanji]] no {{séc|VI}}. Inicialmente restrita às classes aristocráticas, a educação atingiu a população em geral no [[Período Edo]], em que havia escolas específicas para a classe dos samurais, mas também escolas mistas que ensinavam escrita, leitura e aritmética. Graças a esse sistema, calcula-se que em 1868, época da [[Restauração Meiji]], 40% da população japonesa fosse alfabetizada.<ref name="Educação">Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e37_education.pdf Education: Foundation for growth and prosperity]. PDF (425,26 KB). Visitado em 13 de Agosto de 2007.</ref> A divisão em escolas primárias, secundárias e universidades foi introduzida no Japão em 1871 como parte da [[Restauração Meiji]].<ref>ELLINGTON, Lucien. (1 de Fevereiro de 2003). [http://www.fpri.org/footnotes/087.200312.ellington.japaneseeducation.html Beyond the Rhetoric: Essential Questions About Japanese Education]. Foreign Policy Research Institute. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref>
A [[alfabetização]] no Japão remonta anterior à introdução da escrita [[kanji]] no {{séc|VI}}. Inicialmente restrita às classes aristocráticas, a educação atingiu a população em geral no [[Período Edo]], em que havia escolas específicas para a classe dos samurais, mas também escolas mistas que ensinavam escrita, leitura e aritmética. Graças a esse sistema, calcula-se que em 1868, época da [[Restauração Meiji]], 40% da população japonesa fosse alfabetizada.<ref name="Educação">Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e37_education.pdf Education: Foundation for growth and prosperity]. PDF (425,26 KB). Visitado em 13 de Agosto de 2007.</ref> A divisão em escolas primárias, secundárias e universidades foi introduzida no Japão em 1871 como parte da [[Restauração Meiji]].<ref>ELLINGTON, Lucien. (1 de Fevereiro de 2003). [http://www.fpri.org/footnotes/087.200312.ellington.japaneseeducation.html Beyond the Rhetoric: Essential Questions About Japanese Education]. Foreign Policy Research Institute. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref>


Desde 1947, a educação obrigatória no Japão inclui a [[educação infantil]] (shõgakkõ), o qual dura 6 anos (dos seis aos onze ou doze anos)e o [[ensino fundamental]], ''chugakkō'', o qual dura três anos. Quase todas as crianças continuam seus estudos indo para o colegial, ''koukō'', de três anos e, de acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, cerca de 75,9% dos formandos do ensino secundário cursaram a [[universidade]], a [[educação profissional]], ou outros cursos pós-secundários em 2005.<ref>Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia. [http://www.mext.go.jp/english/statist/05101901/005.pdf School Education] (PDF). Visitado em 10 de Março de 2007.</ref> O ano letivo no Japão tem início em Abril e pode ser dividido em dois ou três períodos. O currículo de cada série é determinado pelo [[Ministério da Educação, da Cultura, dos Esportes, da Ciência e da Tecnologia do Japão|Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia]], bem como há avaliações periódicas do material escolar utilizado.<ref name="Educação"/>
Desde 1947, a educação obrigatória no Japão inclui a [[educação infantil]] (shõgakkõ), o qual dura 6 anos (dos seis aos onze ou doze anos)e o [[ensino fundamental]], ''chugakkō'', o qual dura três anos. Quase todas as crianças continuam seus estudos indo para o colegial, ''koukō'', de três anos e, de acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, cerca de 75,9% dos formandos do ensino secundário cursaram a [[universidade]], a [[educação profissional]], ou outros cursos pós-secundários em 2005.<ref>Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia. [http://www.mext.go.jp/english/statist/05101901/005.pdf School Education] (PDF). Visitado em 10 de Março de 2007.</ref>


A [[educação no Japão]] é muito competitiva,<ref>ROSSMANITH, Kate. (5 de Fevereiro de 2007). [http://www.usyd.edu.au/news/international/226.html?newsstoryid=1568 Rethinking Japanese education]. The University of Sydney. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> em especial, o ingresso em instituições de ensino superior. De acordo com o Suplemento de Educação Superior do ''[[The Times]]'', as universidades mais importantes do Japão são a [[Universidade de Tóquio]], a [[Universidade de Quioto]] e a [[Universidade de Osaka]].<ref>TSL Education. [http://www.alnaja7.org/success/Education/times_world_ranking_2005.pdf The Times Higher Education Supplement World University Rankings]. PDF (311,36 KB). (28 de Maio de 2005). Visitado em 27 de Março de 2007.</ref> No momento, a educação japonesa passa por uma reestruturação que tenta adaptá-la ao {{séc|XXI}}, mudando sua ênfase da disciplina e do respeito a tradição para a liberdade e a criatividade.<ref name="Educação" />
O ano letivo no Japão tem início em abril e pode ser dividido em dois ou três períodos. O currículo de cada série é determinado pelo [[Ministério da Educação, da Cultura, dos Esportes, da Ciência e da Tecnologia do Japão|Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia]], bem como há avaliações periódicas do material escolar utilizado.<ref name="Educação"/>
A [[educação no Japão]] é muito competitiva,<ref>ROSSMANITH, Kate. (5 de Fevereiro de 2007). [http://www.usyd.edu.au/news/international/226.html?newsstoryid=1568 Rethinking Japanese education]. The University of Sydney. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> em especial, o ingresso em instituições de ensino superior. De acordo com o Suplemento de Educação Superior do ''[[The Times]]'', as universidades mais importantes do Japão são a [[Universidade de Tóquio]], a [[Universidade de Quioto]] e a [[Universidade de Osaka]].<ref>TSL Education. [http://www.alnaja7.org/success/Education/times_world_ranking_2005.pdf The Times Higher Education Supplement World University Rankings]. PDF (311,36 KB). (28 de Maio de 2005). Visitado em 27 de Março de 2007.</ref>
No momento, a educação japonesa passa por uma reestruturação que tenta adaptá-la ao {{séc|XXI}}, mudando sua ênfase da disciplina e do respeito a tradição para a liberdade e a criatividade.<ref name="Educação" />


=== Saúde ===
=== Saúde ===
No Japão, os serviços de saúde são fornecidos pelos governos nacional e locais. O pagamento de serviços médicos pessoais é oferecido através de um sistema de seguro universal de saúde que oferece uma relativa igualdade de acesso, com taxas fixadas por uma comissão do governo. As pessoas sem seguro através dos empregadores podem participar de um programa nacional de seguro de saúde administrado pelos governos locais. Desde 1973, todas as pessoas idosas têm sido cobertas pelo seguro patrocinado pelo governo.<ref>{{citar web |url=http://www.nyu.edu/projects/rodwin/lessons.html |autor=Victor Rodwin|titulo=Health Care in Japan |publicado=New York University |acessodata=2007-03-10}}</ref> Os doentes são livres para escolher médicos ou instalações de sua preferência.<ref>{{citar web |url=http://www.ipss.go.jp/s-info/e/Jasos/Health.html |titulo=Health Insurance: General Characteristics |publicado=National Institute of Population and Social Security Research |acessodata=2007-03-28}}</ref> O país possui a [[Lista de países por esperança média de vida à nascença|maior expectativa de vida do mundo]] (de acordo com estimativas da [[ONU]] e da [[OMS]]) e a terceira menor [[taxa de mortalidade infantil]].<ref name="haaretz" /><ref name="ONU" />
No Japão, os serviços de saúde são fornecidos pelos governos nacional e locais. O pagamento de serviços médicos pessoais é oferecido através de um sistema de seguro universal de saúde que oferece uma relativa igualdade de acesso, com taxas fixadas por uma comissão do governo. As pessoas sem seguro através dos empregadores podem participar de um programa nacional de seguro de saúde administrado pelos governos locais. Desde 1973, todas as pessoas idosas têm sido cobertas pelo seguro patrocinado pelo governo.<ref>{{citar web |url=http://www.nyu.edu/projects/rodwin/lessons.html |autor=Victor Rodwin|titulo=Health Care in Japan |publicado=New York University |acessodata=2007-03-10}}</ref> Os doentes são livres para escolher médicos ou instalações de sua preferência.<ref>{{citar web |url=http://www.ipss.go.jp/s-info/e/Jasos/Health.html |titulo=Health Insurance: General Characteristics |publicado=National Institute of Population and Social Security Research |acessodata=2007-03-28}}</ref> O país possui a [[Lista de países por esperança média de vida à nascença|maior expectativa de vida do mundo]] (de acordo com estimativas da [[ONU]] e da [[OMS]]) e a terceira menor [[taxa de mortalidade infantil]].<ref name="haaretz" /><ref name="ONU" />


=== Ciência e tecnologia ===
=== Mídia e telecomunicações ===
{{AP|Mídia no Japão}}
{{Imagem múltipla
| align = right
| direction = vertical
| width = 220


| image1 = OsakaM0744.jpg
[[imagem:Honda ASIMO Walking Stairs.JPG|thumb|esquerda|Foto do lançamento do mais recente modelo [[ASIMO|Honda ASIMO]]]]
| caption1 = Sede da [[NHK]] em [[Osaka]]


| image2 = Fuji TV headquarters and Aqua City Odaiba - 2006-05-03 edit.jpg
O Japão é uma das nações líderes nos campos da [[pesquisa científica]], especialmente de [[tecnologia]], [[Máquina|maquinário]] e [[Biomedicina|pesquisa biomédica]]. Cerca de 700.000 pesquisadores dividem um orçamento de 130 bilhões de [[dólar]]es para [[pesquisa e desenvolvimento]], o terceiro maior do mundo.<ref>McDonald, Joe. "China to spend $136 billion on R&D." ''BusinessWeek'' (2006-12-04).</ref> O Japão é líder mundial no domínio da pesquisa científica fundamental, tendo produzido treze [[prêmios Nobel]], quer em [[física]], [[química]] ou [[medicina]],<ref>{{citar web |titulo=Japanese Nobel Laureates |publicado=[[Universidade de Quioto]] |ano=2009 |url=http://www.kyoto-u.ac.jp/en/profile/intro/honor/nobel.htm/ |acessodata=7 de novembro de 2009}}</ref> três [[Medalha Fields]]<ref>{{citar web |titulo=Japanese Fields Medalists |publicado=[[Universidade de Quioto]] |ano=2009 |url=http://www.kyoto-u.ac.jp/en/profile/intro/honor/fields.htm|acessodata=2009-11-07}}</ref> e um [[Prêmio Carl Friedrich Gauss|Prêmio Gauss]].<ref>{{citar web |titulo=Dr. Kiyoshi Ito receives Gauss Prize |publicado=[[Universidade de Quioto]] |ano=2009 |url=http://www.kyoto-u.ac.jp/en/profile/intro/honor/gauss.htm|acessodata=7 de novembro de 2009}}</ref>
| caption2 = Sede da [[Fuji TV]] em [[Odaiba]].


}}
Algumas das mais importantes contribuições tecnológicas do Japão são encontrados nas áreas de [[eletrônico]]s, [[automóveis]], [[máquina]]s, [[engenharia sísmica]], [[Robô industrial|robótica industrial]], [[óptica]], [[química]], [[semicondutor]]es e [[Metal|metais]]. Japão é líder do mundo em produção e utilização de robótica, possuindo mais de metade (402.200 de 742.500) de robôs industriais do mundo, usado para a fabricação.<ref>{{citar web | url=http://www.unece.org/press/pr2000/00stat10e.htm | título=The Boom in Robot Investment Continues—900,000 Industrial Robots by 2003 | publicado = United Nations Economic Commission for Europe |data= 2000-10-17| acessodata= 2006-12-28}}</ref> Produziu também o [[QRIO]], [[ASIMO]] e o [[AIBO]]. O Japão é o maior produtor mundial de automóveis<ref>{{citar web |titulo=World Motor Vehicle Production by Country |publicado=[[OICA|oica.net]] |ano=2006 |url=http://www.oica.net/htdocs/statistics/tableaux2006/worldprod_country-2.pdf |arquivourl=http://web.archive.org/web/20070807213925/http://www.oica.net/htdocs/statistics/tableaux2006/worldprod_country-2.pdf |arquivodata=7 de novembro de 2009|acessodata=2007-07-30}}</ref> e abriga quatro dos quinze maiores fabricantes de automóveis do mundo e sete dos vinte maiores líderes de vendas de semicondutores atualmente.<ref>{{citar web|url=http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=834421&path=/suasfinancas/|titulo=Japão assume a dianteira e é o maior produtor de carros do mundo|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=Info Money}}</ref>


Antes de 1985, o Japão vivia em um sistema de bi-monopólio, no qual a ''[[Nippon Telegraph and Telephone Public Corporation]]'' dominava a telefonia doméstica, e a ''Kokusai Denshin Denwa'' a telefonia internacional. Na primeira reforma, a NTT sofreu uma privatização parcial, através da qual surgiu uma espécie de competição controlada do mercado, no qual o Ministério dos Correios e Telecomunicações japonês intervinha para que não houvesse perdedores.<ref name="telecomunicações"/>
[[imagem:HTV-1 approaches ISS.jpg|thumb|[[Veículo de Transferência H-II]], próximo à [[Estação Espacial Internacional]], desenvolvido pela [[JAXA]]]]

A [[Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial]] (JAXA) é a agência espacial do Japão, que realiza [[pesquisas espaciais]], planetárias, de aviação e no desenvolvimento de [[foguete espacial|foguetes]] e [[satélite artificial|satélites]]. É um participante da [[Estação Espacial Internacional]] e do [[Módulo de Experiências Japonês]] (Kibo) foi adicionado à Estação Espacial Internacional durante voos do [[ônibus espacial]] em 2008.<ref>{{citar web |titulo=Japan Aerospace Exploration Agency Homepage |publicado = Japan Aerospace Exploration Agency|data=2006-08-03 |url=http://www.jaxa.jp/index_e.html |acessodata=7 de novembro de 2009}}</ref> A empresa tem planos de [[exploração espacial]], como o lançamento da ''[[PLANET-C|Venus Climate Orbiter]]'' (''[[PLANET-C]]'') em 2010,<ref>[http://www.jaxa.jp/projects/sat/planet_c/index_e.html JAXA, Venus Climate Orbiter "PLANET-C"]</ref><ref>[http://www.isas.jaxa.jp/e/enterp/missions/planet-c/index.shtml ISAS, Venus Meteorology PLANET-C]</ref> no desenvolvimento da ''[[BepiColombo (sonda)|Mercury Magnetospheric Orbiter]]'' para ser lançada em 2013<ref>[http://www.jaxa.jp/projects/sat/bepi/index_e.html JAXA, Mercury Exploration Mission "BepiColombo"]</ref><ref>[http://www.isas.jaxa.jp/e/enterp/missions/mmo/index.shtml ISAS, Mercury Exploration MMO (BepiColombo)]</ref> e a construção de uma [[Colonização da Lua|base lunar]] em 2030.<ref>{{citar web |titulo=Japan Plans Moon Base by 2030 |publicado=MoonDaily |data=2006-08-03 |url=http://www.moondaily.com/reports/Japan_Plans_Moon_Base_By_2030_999.html |acessodata=2007-03-27}}</ref>

Em 14 de setembro de 2007, lançou o [[explorador]] da [[órbita]] [[Lua|lunar]] "[[SELENE (sonda espacial)|SELENE]]" ('''''Sel'''enological and '''En'''gineering '''E'''xplorer'') em um portador de foguetes [[H-IIA]] (Modelo H2A2022) no [[Centro Espacial de Tanegashima]]. ''SELENE'' também é conhecido como Kaguya, a princesa lunar do antigo conto ''The Tale of the Bamboo Cutter''.<ref name="jaxa_nickname">{{citar web|url=http://www.jaxa.jp/countdown/f13/special/nickname_e.html|titulo="KAGUYA" selected as SELENE's nickname|acessodata=2007-10-13}}</ref> Kaguya é a maior missão de sonda lunar desde o [[programa Apollo]]. Sua missão é coletar dados sobre a origem da [[Lua]] e sua evolução. Ela entrou em uma órbita lunar em [[4 de outubro]],<ref>[http://www.japancorp.net/Article.Asp?Art_ID=15429 Japancorp.net, Japan Successfully Launches Lunar Explorer "Kaguya"]</ref><ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/6994272.stm BBC NEWS, Japan launches first lunar probe]</ref> voando em uma órbita lunar a uma altitude de cerca de 100&nbsp;km.<ref>[http://www.jaxa.jp/press/2008/10/20081009_kaguya_e.html JAXA, KAGUYA (SELENE) Image Taking of "Full Earth-Rise" by HDTV]</ref>

=== Mídia e telecomunicações ===
[[Imagem:OsakaM0744.jpg|thumb|[[NHK]] [[Osaka]]]]
[[imagem:Fuji TV headquarters and Aqua City Odaiba - 2006-05-03 edit.jpg|thumb|Sede da [[Fuji TV]] em [[Odaiba]]]]
{{AP|Mídia no Japão}}


Antes de 1985, o Japão vivia em um sistema de bi-monopólio, no qual a ''[[Nippon Telegraph and Telephone Public Corporation]]'' dominava a telefonia doméstica, e a ''Kokusai Denshin Denwa'' a telefonia internacional. Na primeira reforma, a NTT sofreu uma privatização parcial, através da qual surgiu uma espécie de competição controlada do mercado, no qual o Ministério dos Correios e Telecomunicações japonês intervinha para que não houvesse perdedores. Na segunda etapa desta reforma, ocorrida a partir de 1997, viu-se o claro objetivo de aumentar a competição no mercado e uma diminuição da regulamentação implementada até então, graças ao acordo junto à [[Organização Mundial do Comércio]]. Todavia, o que se seguiu foi o nascimento da NTT como competidora internacional de telecomunicações.<ref>{{citar web|url=http://www2.mre.gov.br/ipri/Rodrigo/Jap%C3%A3o/3%20Cl%C3%A9lia%20Piragibe.rtf|titulo=A política de telecomunicações no Japão|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Seminário sobre o Japão|autor=Piragibe, Clélia}}</ref>
Na segunda etapa desta reforma, ocorrida a partir de 1997, viu-se o claro objetivo de aumentar a competição no mercado e uma diminuição da regulamentação implementada até então, graças ao acordo junto à [[Organização Mundial do Comércio]]. Todavia, o que se seguiu foi o nascimento da NTT como competidora internacional de telecomunicações.<ref name="telecomunicações">{{citar web|url=http://www2.mre.gov.br/ipri/Rodrigo/Jap%C3%A3o/3%20Cl%C3%A9lia%20Piragibe.rtf|titulo=A política de telecomunicações no Japão|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Seminário sobre o Japão|autor=Piragibe, Clélia}}</ref>


Desde 1985 que o Japão possui um sistema tronco nacional de telefonia com [[Fibra óptica|fibras óticas]], interconectando diversas cidades ao longo de 3 400 km e com previsão de ampliação devido a flexibilidade do material empregado. Entre as ilhas, utiliza de cabos submarinos. Na telefonia móvel, possuía 90 milhões de usuários em 2005. Em relação a [[televisão]], a nação possui o sistema a cabo (CATV) e para a [[internet]], a rede local de assinantes e a rede integrada digital.<ref>{{citar web|url=http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/comunicacoes.htm|titulo=Sistemas de comunicações|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=IG}}</ref>
Desde 1985 que o Japão possui um sistema tronco nacional de telefonia com [[Fibra óptica|fibras óticas]], interconectando diversas cidades ao longo de 3 400 km e com previsão de ampliação devido a flexibilidade do material empregado. Entre as ilhas, utiliza de cabos submarinos. Na telefonia móvel, possuía 90 milhões de usuários em 2005. Em relação a [[televisão]], a nação possui o sistema a cabo (CATV) e para a [[internet]], a rede local de assinantes e a rede integrada digital.<ref>{{citar web|url=http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/comunicacoes.htm|titulo=Sistemas de comunicações|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=IG}}</ref>
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=== Habitação e saneamento ===
=== Habitação e saneamento ===
[[imagem:Tokyo from the top of the SkyTree.JPG|thumb|Vista de [[Tóquio]], uma das cidades mais [[Densidade populacional|densamente povoadas]] do mundo, a partir da [[Tokyo Skytree]]]]
[[imagem:Tokyo from the top of the SkyTree.JPG|thumb|esquerda|[[Tóquio]], uma das cidades mais [[Densidade populacional|densamente povoadas]] do mundo.]]
[[Imagem:Lake Miyagase 01.jpg|thumb|Lago Miyagase, uma importante reserva de água para [[Tóquio]] e [[Yokohama]]]]
[[Imagem:Lake Miyagase 01.jpg|thumb|esquerda|Lago Miyagase, uma importante reserva para [[Tóquio]] e [[Yokohama]]]]


O Japão passou por profundas transformações em pouco mais de cem anos em suas estruturas socioeconômicas e culturais, saindo de um sistema [[Feudalismo|feudal]] para um mundo moderno e industrial. Suas [[Política habitacional|políticas habitacionais]] não fugiram às mudanças e foram desenvolvidas e solidificadas nos últimos quarenta anos, até 2006, gerando moradias e qualidade de vida. No entanto, foi reconhecido que sua alta [[densidade populacional]], o alto preço das terras e a queda no volume de negócio no [[mercado imobiliário]] geraram um novo desafio para o governo: reabilitar áreas degradadas para alocar o crescimento [[Demografia|demográfico]]. Para esses locais, estudam-se projetos que aloque a população em cidades subterrâneas e nas chamadas super-torres, estruturas verticais gigantescas capazes de suportarem uma pequena cidade como [[Sky City 1000]], [[Shimizu Mega City Pyramid]] e [[X-Seed 4000]]. Nestes projetos, está ainda inserida a [[urbanização]], voltada para o [[meio-ambiente]] e à integração do homem com a natureza, visando o resgate histórico de sua cultura, esquecida nas construções de massa moderna para abrigar o largo crescimento populacional que acompanhou as modificações no cenário econômico nacional.<ref>{{citar web|url=http://pcc5839.pcc.usp.br/Textos_Tecnicos/Gest%C3%A3oHabitacionalJap%C3%A3oJunho2006.pdf|titulo=Gestão habitacional no Japão|autor=Costa, Debora & Hypólito, João & Niubó, Jorge|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=USP}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u338703.shtml|titulo=Governo do Japão admite problemas em habitação e consumo|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Folha UOL}}</ref>
O Japão passou por profundas transformações em pouco mais de cem anos em suas estruturas socioeconômicas e culturais, saindo de um sistema [[Feudalismo|feudal]] para um mundo moderno e industrial. Suas [[Política habitacional|políticas habitacionais]] não fugiram às mudanças e foram desenvolvidas e solidificadas nos últimos quarenta anos, até 2006, gerando moradias e qualidade de vida.<ref name="Hab1"/><ref name="Hab2"/>


No entanto, foi reconhecido que sua alta [[densidade populacional]], o alto preço das terras e a queda no volume de negócio no [[mercado imobiliário]] geraram um novo desafio para o governo: reabilitar áreas degradadas para alocar o crescimento [[Demografia|demográfico]]. Para esses locais, estudam-se projetos que aloque a população em cidades subterrâneas e nas chamadas super-torres, estruturas verticais gigantescas capazes de suportarem uma pequena cidade como [[Sky City 1000]], [[Shimizu Mega City Pyramid]] e [[X-Seed 4000]].<ref name="Hab1"/><ref name="Hab2"/>
Sua tecnologia aliada aos recursos naturais deram ao Japão acesso à [[água potável]] e [[tratamento de esgoto]] em quase todo o território nacional. Devido à rápida [[urbanização]] de suas grandes cidades, ocorreu a [[degradação ambiental]] que causou enchentes, aridez e piora da qualidade da água. Para atenuar os danos causados por esses problemas, foram implantadas medidas para melhorar os mecanismos de coordenação sobre o uso da água e prevenir a sua contaminação. Como resultado, o Japão obteve drásticas melhorias em seus [[recursos hídricos]] e de higiene e abastecimento de [[água potável]] em seu território. Cidades como [[Tóquio]] e [[Quioto (cidade)|Quioto]] foram as grandes beneficiadas dos projetos.<ref>{{citar web|url=http://www.br.emb-japan.go.jp/politica/speech_two.htm |titulo=Governança Global da Água - Melhorando o Acesso ao Saneamento e à Água Tratada |autor=Koumura, Masahiko |publicado=Universidade das Nações Unidas |acessodata=10 de agosto de 2010}}</ref>

Nestes projetos, está ainda inserida a [[urbanização]], voltada para o [[meio-ambiente]] e à integração do homem com a natureza, visando o resgate histórico de sua cultura, esquecida nas construções de massa moderna para abrigar o largo crescimento populacional que acompanhou as modificações no cenário econômico nacional.<ref name="Hab1">{{citar web|url=http://pcc5839.pcc.usp.br/Textos_Tecnicos/Gest%C3%A3oHabitacionalJap%C3%A3oJunho2006.pdf|titulo=Gestão habitacional no Japão|autor=Costa, Debora & Hypólito, João & Niubó, Jorge|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=USP}}</ref><ref name="Hab2">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u338703.shtml|titulo=Governo do Japão admite problemas em habitação e consumo|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Folha UOL}}</ref>

Sua tecnologia aliada aos recursos naturais deram ao Japão acesso à [[água potável]] e [[tratamento de esgoto]] em quase todo o território nacional. Devido à rápida [[urbanização]] de suas grandes cidades, ocorreu a [[degradação ambiental]] que causou enchentes, aridez e piora da qualidade da água.<ref name="Água"/>

Para atenuar os danos causados por esses problemas, foram implantadas medidas para melhorar os mecanismos de coordenação sobre o uso da água e prevenir a sua contaminação. Como resultado, o Japão obteve drásticas melhorias em seus [[recursos hídricos]] e de higiene e abastecimento de [[água potável]] em seu território. Cidades como [[Tóquio]] e [[Quioto (cidade)|Quioto]] foram as grandes beneficiadas dos projetos.<ref name="Água">{{citar web|url=http://www.br.emb-japan.go.jp/politica/speech_two.htm |titulo=Governança Global da Água - Melhorando o Acesso ao Saneamento e à Água Tratada |autor=Koumura, Masahiko |publicado=Universidade das Nações Unidas |acessodata=10 de agosto de 2010}}</ref>


=== Criminalidade e segurança ===
=== Criminalidade e segurança ===
{{AP|Criminalidade no Japão}}
{{AP|Criminalidade no Japão}}


[[imagem:Japan-Yakuza-Sanja Matsuri-01.jpg|thumb|esquerda|upright|Os [[yakuza]] são conhecidos por terem seus corpos quase inteiramente tatuados]]
[[imagem:Japan-Yakuza-Sanja Matsuri-01.jpg|thumb|upright|Os [[yakuza]] são conhecidos por terem seus corpos quase inteiramente tatuados]]


O Japão tem a segunda menor [[Lista de países por taxa de homicídio intencional|taxa de homicídios]] do mundo.<ref>{{citar web|url=http://www.unodc.org/pdf/research/9th_survey/CTS9ByIndicatorExtract.pdf |titulo=Ninth United Nations survey of crime trends and operations of criminal justice systems |acessodata=1 de dezembro de 2006 |publicado=UN Office on Drugs and Crime |páginas=1–9 }}</ref> Em 2001, era considerado um dos países mais seguros do mundo para se viver, o Japão teve seu índice de criminalidade, somado em todo o território, no maior nível desde a [[Segunda Guerra Mundial]]. Com um aumento de 12%, registraram-se mais de três milhões de infrações, das quais 1% foram de crimes violentos, enquanto mais de 90% eram de infrações de trânsito, contravenções, fraudes, furtos, principalmente de motocicletas e bicicletas, delinquência, [[desacato]] e homicídio ou ferimento por negligência. O agravo desta condição foi também devido ao fato da diminuição da eficácia da polícia japonesa, que, em análise de mesmo período, efetuou 8% menos prisões. Segundo especialistas, as causas para este cenário foram a estagnação da economia japonesa desde o começo dos anos de 1990 e o aumento do desemprego.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/011116_japaoro.shtml|titulo=Criminalidade no Japão é a mais alta desde 1945|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=BBC}}</ref> Cinco anos mais tarde, robôs de segurança foram apresentados à população, para ajudarem na patrulha de locais pré-determinados. A utilização de tecnologias de vigilância deve-se à baixa [[taxa de natalidade]], o que poderá gerar problemas futuros para as guardas.<ref>{{citar web|url=http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI564801-EI4799,00.html|titulo=Robôs policiais farão segurança no Japão|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Terra Notícias}}</ref>
O Japão tem a segunda menor [[Lista de países por taxa de homicídio intencional|taxa de homicídios]] do mundo.<ref>{{citar web|url=http://www.unodc.org/pdf/research/9th_survey/CTS9ByIndicatorExtract.pdf |titulo=Ninth United Nations survey of crime trends and operations of criminal justice systems |acessodata=1 de dezembro de 2006 |publicado=UN Office on Drugs and Crime |páginas=1–9 }}</ref> Em 2001, era considerado um dos países mais seguros do mundo para se viver, o Japão teve seu índice de criminalidade, somado em todo o território, no maior nível desde a [[Segunda Guerra Mundial]]. Com um aumento de 12%, registraram-se mais de três milhões de infrações, das quais 1% foram de crimes violentos, enquanto mais de 90% eram de infrações de trânsito, contravenções, fraudes, furtos, principalmente de motocicletas e bicicletas, delinquência, [[desacato]] e homicídio ou ferimento por negligência. O agravo desta condição foi também devido ao fato da diminuição da eficácia da polícia japonesa, que, em análise de mesmo período, efetuou 8% menos prisões. Segundo especialistas, as causas para este cenário foram a estagnação da economia japonesa desde o começo dos anos de 1990 e o aumento do desemprego.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/011116_japaoro.shtml|titulo=Criminalidade no Japão é a mais alta desde 1945|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=BBC}}</ref> Cinco anos mais tarde, robôs de segurança foram apresentados à população, para ajudarem na patrulha de locais pré-determinados. A utilização de tecnologias de vigilância deve-se à baixa [[taxa de natalidade]], o que poderá gerar problemas futuros para as guardas.<ref>{{citar web|url=http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI564801-EI4799,00.html|titulo=Robôs policiais farão segurança no Japão|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Terra Notícias}}</ref>
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{{AP|Arquitetura do Japão{{!}}Arquitetura|Cultura do Japão}}
{{AP|Arquitetura do Japão{{!}}Arquitetura|Cultura do Japão}}


[[imagem:Château de Himeji02.jpg|thumb|[[Castelo de Himeji]]]]
[[imagem:Himeji Wikipedia 2 ( NUB1975).jpg|thumb|esquerda|[[Castelo de Himeji]], um [[Patrimônio da Humanidade]] pela [[UNESCO]].]]
[[imagem:Anime-Store-In-Akihabara.jpg|thumb|esquerda|Loja de [[anime]] em [[Akihabara]], [[Tóquio]].]]


A história japonesa produziu uma cultura que mescla influências da tradição chinesa e as formas indianas e ocidentais desde sua arquitetura à sua gastronomia. Primordialmente, o Japão sofreu influência direta da China, em um processo iniciado há cerca de 1 500 anos. O Japão e outros reinos asiáticos eram estados tributários da China desde tempos antigos. No entanto, o Japão parou de enviar tributos à China em 894 d.C. A partir daí, a cultura japonesa desenvolveu-se de forma independente e floresceu numa variedade de campos livremente.<ref>{{harvnb|Vohra|1999|p=22}}</ref> O processo de nacionalização cultural acelerou-se durante os últimos 250 anos anteriores ao que o Japão se manteve isolado, até 1868, quando se abriu para o mundo ocidental com a assinatura do [[Tratado de Kanagawa]].<ref name=CULT>{{citar web|url=http://correiogourmand.com.br/roteiros_internacionais_japao_05_cultura.htm|titulo=A cultura japonesa|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Japão - terra do Sol nascente}}</ref> Nos últimos séculos foi influenciada pela [[Europa]] e pelos [[Estados Unidos]]. Através dessas influências, gerou um complexo próprio de [[arte]]s, [[artesanato|técnicas artesanais]] como [[bonecas]] e objectos lascados e [[cerâmica]] ([[bonsai]], ''[[origami]]s'') e outras artes com papel, (''[[ikebana]]''), [[espetáculo]]s e [[dança]]s (''[[bunraku]]'', ''[[kabuki]]'', ''[[noh]]'', ''[[rakugo]]'', ''[[shibu]]'', ''[[Yosakoi Soran]]'') e [[tradição|tradições]] e [[jogo]]s (''[[onsen]]'', ''[[sento]]'', [[cerimónia do chá]]), além de uma [[Culinária do Japão|culinária]] única. A [[cultura popular]] japonesa tornou-se conhecida a partir dos [[mangá]]s e dos [[anime]]s. Os [[mangá]]s surgiram com a união entre a pintura tradicional japonesa sobre madeira e a arte Ocidental.<ref>NMP International. [http://www.dnp.co.jp/museum/nmp/nmp_i/articles/manga/manga1.html A History of Manga]. Visitado em 27 de Março de 2007.</ref> A animação e os filmes influenciados pelo mangá são chamados [[anime]]. Os [[console de videogame|consoles de videogames]] feitos no Japão prosperaram desde os anos 1980.<ref>HERMAN, Leonard; HORWITZ, Jer; KENT, Steve e MILLER, Skyler. [http://uk.gamespot.com/gamespot/features/video/hov/index.html The History of Video Games]. Gamespot. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref>
A história japonesa produziu uma cultura que mescla influências da tradição chinesa e as formas indianas e ocidentais desde sua arquitetura à sua gastronomia. Primordialmente, o Japão sofreu influência direta da China, em um processo iniciado há cerca de 1 500 anos. O Japão e outros reinos asiáticos eram estados tributários da China desde tempos antigos. No entanto, o Japão parou de enviar tributos à China em 894 d.C. A partir daí, a cultura japonesa desenvolveu-se de forma independente e floresceu numa variedade de campos livremente.<ref>{{harvnb|Vohra|1999|p=22}}</ref>


O processo de nacionalização cultural acelerou-se durante os últimos 250 anos anteriores ao que o Japão se manteve isolado, até 1868, quando se abriu para o mundo ocidental com a assinatura do [[Tratado de Kanagawa]].<ref name=CULT>{{citar web|url=http://correiogourmand.com.br/roteiros_internacionais_japao_05_cultura.htm|titulo=A cultura japonesa|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Japão - terra do Sol nascente}}</ref>
Entre os exemplos mais conhecidos da cultura japonesa estão o [[sushi]] na culinária, os [[bonsai]]s como manifestações culturais, o [[anime]] (desenhos animados japoneses), o ''[[tokusatsu]]'' (filmes e séries de super-heróis japoneses, que utilizam efeitos especiais), o [[karate]], [[judo]] e [[kendō]] nas [[artes marciais]] e os ''[[videogame]]s'' [[Nintendo]], [[SEGA]] e [[PlayStation]].


Nos últimos séculos foi influenciada pela [[Europa]] e pelos [[Estados Unidos]]. Através dessas influências, gerou um complexo próprio de [[arte]]s, [[artesanato|técnicas artesanais]] como [[bonecas]] e objectos lascados e [[cerâmica]] ([[bonsai]], ''[[origami]]s'') e outras artes com papel, (''[[ikebana]]''), [[espetáculo]]s e [[dança]]s (''[[bunraku]]'', ''[[kabuki]]'', ''[[noh]]'', ''[[rakugo]]'', ''[[shibu]]'', ''[[Yosakoi Soran]]'') e [[tradição|tradições]] e [[jogo]]s (''[[onsen]]'', ''[[sento]]'', [[cerimónia do chá]]), além de uma [[Culinária do Japão|culinária]] única.<ref name=CULI/>
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A [[cultura popular]] japonesa tornou-se conhecida a partir dos [[mangá]]s e dos [[anime]]s. Os [[mangá]]s surgiram com a união entre a pintura tradicional japonesa sobre madeira e a arte Ocidental.<ref>NMP International. [http://www.dnp.co.jp/museum/nmp/nmp_i/articles/manga/manga1.html A History of Manga]. Visitado em 27 de Março de 2007.</ref> A animação e os filmes influenciados pelo mangá são chamados [[anime]]. Os [[console de videogame|consoles de videogames]] feitos no Japão prosperaram desde os anos 1980.<ref>HERMAN, Leonard; HORWITZ, Jer; KENT, Steve e MILLER, Skyler. [http://uk.gamespot.com/gamespot/features/video/hov/index.html The History of Video Games]. Gamespot. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref>
imagem:Meiji-jingu wedding procession - P1000847.jpg|Casamento tradicional japonês

imagem:Sorakuen14st3200.jpg|Arte: um [[jardim japonês]] criado em um estilo tradicional.
Entre os exemplos mais conhecidos da cultura japonesa estão o [[sushi]] na culinária, os [[bonsai]]s como manifestações culturais, o [[anime]] (desenhos animados japoneses), o ''[[tokusatsu]]'' (filmes e séries de super-heróis japoneses, que utilizam efeitos especiais), o [[karate]], [[judo]] e [[kendō]] nas [[artes marciais]] e os ''[[videogame]]s'' [[Nintendo]], [[SEGA]] e [[PlayStation]].
imagem:Kendo.JPG|Esporte tradicional: dois ''kendōka'' em ''tsuba zeriai''
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=== Música e dança ===
=== Música e dança ===
{{AP|Música do Japão}}
{{AP|Música do Japão}}
[[Imagem:KotoPlayer.jpg|thumb|Masayo Ishigure tocando um [[koto]] de treze cordas.]]


A música do Japão também é eclética, emprestando instrumentos, escalas e estilos de culturas vizinhas. Muitos instrumentos como o ''[[koto]]'', foram introduzidos nos séculos IX e X. O acompanhamento do ''[[noh]]'' data do {{séc|XIV}} e a popular tradicional música com o ''[[sangen|shamisen]]'' do XVI. A música ocidental, introduzida em fins do {{séc|XIX}}, agora é parte da cultura. O Japão do pós-guerra foi muito influenciado pela música contemporânea dos Estados Unidos e da Europa, o que levou ao desenvolvimento do estilo japonês chamado [[J-pop]] (música popular japonesa) e música [[Enka]] (música tradicional japonesa).<ref>The Observer. [http://observer.guardian.co.uk/omm/story/0,,1550807,00.html J-Pop History]. Visitado em 1 de Abril de 2007</ref> O [[karaokê]] é a prática cultural mais comum.<ref>{{citar web|url=http://madeinjapan.uol.com.br/2006/01/09/karaoke/|titulo=Karaokê|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=UOL}}</ref>
A música do Japão também é eclética, emprestando instrumentos, escalas e estilos de culturas vizinhas. Muitos instrumentos como o ''[[koto]]'', foram introduzidos nos séculos IX e X. O acompanhamento do ''[[noh]]'' data do {{séc|XIV}} e a popular tradicional música com o ''[[sangen|shamisen]]'' do XVI. A música ocidental, introduzida em fins do {{séc|XIX}}, agora é parte da cultura. O Japão do pós-guerra foi muito influenciado pela música contemporânea dos Estados Unidos e da Europa, o que levou ao desenvolvimento do estilo japonês chamado [[J-pop]] (música popular japonesa) e música [[Enka]] (música tradicional japonesa).<ref>The Observer. [http://observer.guardian.co.uk/omm/story/0,,1550807,00.html J-Pop History]. Visitado em 1 de Abril de 2007</ref> O [[karaokê]] é a prática cultural mais comum.<ref>{{citar web|url=http://madeinjapan.uol.com.br/2006/01/09/karaoke/|titulo=Karaokê|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=UOL}}</ref>
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{{AP|Literatura do Japão{{!}}Literatura|cinema do Japão}}
{{AP|Literatura do Japão{{!}}Literatura|cinema do Japão}}


[[imagem:Japanese-Calligraphy-art.jpg|thumb|Exemplo de [[Shodō|caligrafia japonesa]] (書道 ''shodō'').]]
[[imagem:Genji emaki 01003 001.jpg|thumb|''[[Genji Monogatari|O Conto de Genji]]'' de [[Murasaki Shikibu]] (1617–1691) é considerado o primeiro romance literário do mundo.<ref>{{citar web |url=http://www.wdl.org/pt/item/785/ |título=O Conto de Genji: Volumes 1-54 |autor=Biblioteca Digital Mundial}}</ref>]]


Os primeiros trabalhos da literatura japonesa incluem dois livros, o ''[[Kojiki]]'' e o ''[[Nihonshoki]]'' e o livro de poesia do {{séc|XVIII}}, ''[[Man'yōshū]]'', todos escritos com ideogramas chineses.<ref>Meiji Gakuin University. [http://www.meijigakuin.ac.jp/~ascj/2000/200015.htm Asian Studies Conference, Japan (2000)]. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> No início do [[Período Heian]], a escrita japonesa conhecida como ''kana'' ([[Hiragana]] e [[Katakana]]) foi criada como [[fonograma]]. Durante o [[Período Edo]] a literatura tornou-se arte não só da aristocracia, mas dos ''chonin'', a população comum. A [[Era Meiji]] viu o declínio das formas tradicionais de literatura e a crescente adoção de influências ocidentais. [[Natsume Soseki]] e [[Mori Ōgai]] foram os primeiros romancistas modernos do Japão, seguidos por [[Ryunosuke Akutagawa]], [[Junichiro Tanizaki]], [[Yasunari Kawabata]], [[Yukio Mishima]] e, mais recentemente, [[Haruki Murakami]]. O Japão tem dois ganhadores do [[Nobel de Literatura]], Yasunari Kawabata (em 1968) e [[Kenzaburo Oe]] (em 1994).<ref>Michigan State University, Office of International Studies and Programs. [http://www.cineplayers.com/perfil.php?id=11452 Cine Players - Akira Kurosawa]. Visitado em 25 de julho de 2010</ref>
Os primeiros trabalhos da literatura japonesa incluem dois livros, o ''[[Kojiki]]'' e o ''[[Nihonshoki]]'' e o livro de poesia do {{séc|XVIII}}, ''[[Man'yōshū]]'', todos escritos com ideogramas chineses.<ref>Meiji Gakuin University. [http://www.meijigakuin.ac.jp/~ascj/2000/200015.htm Asian Studies Conference, Japan (2000)]. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> No início do [[Período Heian]], a escrita japonesa conhecida como ''kana'' ([[Hiragana]] e [[Katakana]]) foi criada como [[fonograma]]. Durante o [[Período Edo]] a literatura tornou-se arte não só da aristocracia, mas dos ''chonin'', a população comum. A [[Era Meiji]] viu o declínio das formas tradicionais de literatura e a crescente adoção de influências ocidentais. [[Natsume Soseki]] e [[Mori Ōgai]] foram os primeiros romancistas modernos do Japão, seguidos por [[Ryunosuke Akutagawa]], [[Junichiro Tanizaki]], [[Yasunari Kawabata]], [[Yukio Mishima]] e, mais recentemente, [[Haruki Murakami]]. O Japão tem dois ganhadores do [[Nobel de Literatura]], Yasunari Kawabata (em 1968) e [[Kenzaburo Oe]] (em 1994).<ref>Michigan State University, Office of International Studies and Programs. [http://www.cineplayers.com/perfil.php?id=11452 Cine Players - Akira Kurosawa]. Visitado em 25 de julho de 2010</ref>
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{{AP|Culinária do Japão}}
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[[imagem:Breakfast at Tamahan Ryokan, Kyoto.jpg|thumb|[[Kaiseki|Culinária Kaiseki]]]]
[[imagem:Breakfast_at_Tamahan_Ryokan,_Kyoto.jpg|esquerda|thumb|[[Kaiseki|Culinária Kaiseki]]]]


A culinária do Japão é tratada como arte, seja pela forma de misturar os ingredientes, seja pela apresentação dos pratos. Desde 2013, a culinária tradicional japonesa passou a ser considerada Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade pela UNESCO.<ref>{{Citar web|título = Culinária japonesa vira patrimônio imaterial da humanidade|url = http://madeinjapan.uol.com.br/2013/12/09/culinaria-japonesa-vira-patrimonio-mundial-da-humanidade/|obra = Made in Japan|acessadoem = 2015-09-23}}</ref> Na base da gastronomia está o [[arroz]], alimento consumido desde o café da manhã até ao jantar. Para comerem, utilizam os chamados ''[[hashi]]s'' e têm como pratos principais as sopas ou pastas de soja, hortaliças, picles, peixes e carne. Apesar do número limitado, a variedade de pratos é grande. De influência externa, entraram o [[pão]], o ''[[fast-food]]'', o [[hambúrguer]], o frango frito e o curry ao estilo japonês, populares entre os jovens. Como hábito, antes de cada refeição é costume dizer ''itadakimassu'', que significa pedir licença para comer e um agradecimento a quem preparou.<ref name=CULI>{{citar web|url=http://correiogourmand.com.br/info_cozinhas_do_mundo_japao.htm|titulo=Cozinha japonesa: delicada obra de Arte|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Correio Gourmet}}</ref>
A culinária do Japão é tratada como arte, seja pela forma de misturar os ingredientes, seja pela apresentação dos pratos. Desde 2013, a culinária tradicional japonesa passou a ser considerada Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade pela UNESCO.<ref>{{Citar web|título = Culinária japonesa vira patrimônio imaterial da humanidade|url = http://madeinjapan.uol.com.br/2013/12/09/culinaria-japonesa-vira-patrimonio-mundial-da-humanidade/|obra = Made in Japan|acessadoem = 2015-09-23}}</ref> Na base da gastronomia está o [[arroz]], alimento consumido desde o café da manhã até ao jantar. Para comerem, utilizam os chamados ''[[hashi]]s'' e têm como pratos principais as sopas ou pastas de soja, hortaliças, picles, peixes e carne. Apesar do número limitado, a variedade de pratos é grande. De influência externa, entraram o [[pão]], o ''[[fast-food]]'', o [[hambúrguer]], o frango frito e o curry ao estilo japonês, populares entre os jovens. Como hábito, antes de cada refeição é costume dizer ''itadakimassu'', que significa pedir licença para comer e um agradecimento a quem preparou.<ref name=CULI>{{citar web|url=http://correiogourmand.com.br/info_cozinhas_do_mundo_japao.htm|titulo=Cozinha japonesa: delicada obra de Arte|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=Correio Gourmet}}</ref>
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{{AP|Arte do Japão}}
{{AP|Arte do Japão}}


[[imagem:Great Wave off Kanagawa2.jpg|thumb|[[Xilogravura]] ''"[[A Grande Onda de Kanagawa]]"'']]
[[imagem:The Great Wave off Kanagawa.jpg|thumb|[[Xilogravura]] ''"[[A Grande Onda de Kanagawa]]"'']]


O [[pincel]] é o meio de expressão artística predileto dos japoneses, praticantes da [[pintura]] e da [[caligrafia]] tanto profissionalmente quanto como passatempo. O significado do objeto era tamanho, que até a modernidade lá não se usava a pluma para escrever. A escultura, considerada pelos artistas um meio ineficaz de expressão, era relacionada a religião e com a decadência do [[budismo|budismo tradicional]], tornou-se ainda menos importante. A cerâmica, por sua vez é dita uma das mais belas do mundo e está entre os objetos mais antigos desta cultura milenar. Já sua arquitetura demonstra o apreço dos japoneses pelos materiais naturais, tanto na composição exterior, quanto na interior dos espaços. Como arte de polaridade, a japonesa valoriza-se não apenas por sua simplicidade, mas também por sua exuberância de cores, cuja influências têm atingido o ocidente desde o {{séc|XIX}}.<ref name=ARTE>{{citar web|url=http://www.historiadomundo.com.br/japonesa/arte-e-arquitetura-japonesa.htm|titulo=Arte e Arquitetura Japonesa - História da Arte e Arquitetura Japonesa|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=História do Mundo}}</ref>
O [[pincel]] é o meio de expressão artística predileto dos japoneses, praticantes da [[pintura]] e da [[caligrafia]] tanto profissionalmente quanto como passatempo. O significado do objeto era tamanho, que até a modernidade lá não se usava a pluma para escrever. A escultura, considerada pelos artistas um meio ineficaz de expressão, era relacionada a religião e com a decadência do [[budismo|budismo tradicional]], tornou-se ainda menos importante. A cerâmica, por sua vez é dita uma das mais belas do mundo e está entre os objetos mais antigos desta cultura milenar. Já sua arquitetura demonstra o apreço dos japoneses pelos materiais naturais, tanto na composição exterior, quanto na interior dos espaços. Como arte de polaridade, a japonesa valoriza-se não apenas por sua simplicidade, mas também por sua exuberância de cores, cuja influências têm atingido o ocidente desde o {{séc|XIX}}.<ref name=ARTE>{{citar web|url=http://www.historiadomundo.com.br/japonesa/arte-e-arquitetura-japonesa.htm|titulo=Arte e Arquitetura Japonesa - História da Arte e Arquitetura Japonesa|acessodata=10 de agosto de 2010|publicado=História do Mundo}}</ref>
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{{AP|Esporte no Japão}}
{{AP|Esporte no Japão}}


[[imagem:Japo Tokyo 0524.jpg|thumb|Uma cerimônia antes de um torneio de [[sumô]] em [[Tóquio]]]]
[[imagem:Japo Tokyo 0524.jpg|thumb|esquerda|Uma cerimônia antes de um torneio de [[sumô]] em [[Tóquio]]]]


Para o povo japonês, a prática do esporte é tão importante, que instituiu-se o Dia do Esporte. Acima da prática do exercício físico, para eles o esporte desenvolve a disciplina, a formação do caráter e incentiva o espírito esportivo. Torcedores entusiasmados, incentivam seus atletas sempre que estes estejam dispostos a darem o melhor de si.<ref name=ESPO>{{citar web|url=http://www.portaljapao.org.br/modules/xt_conteudo/index.php?id=36|titulo=Conheça o Japão - Esportes|publicado=PortalJapão}}</ref>
Para o povo japonês, a prática do esporte é tão importante, que instituiu-se o Dia do Esporte. Acima da prática do exercício físico, para eles o esporte desenvolve a disciplina, a formação do caráter e incentiva o espírito esportivo. Torcedores entusiasmados, incentivam seus atletas sempre que estes estejam dispostos a darem o melhor de si.<ref name=ESPO>{{citar web|url=http://www.portaljapao.org.br/modules/xt_conteudo/index.php?id=36|titulo=Conheça o Japão - Esportes|publicado=PortalJapão}}</ref>


Os esportes praticados no Japão variam desde os tradicionais, chamados [[budô]], em especial o [[judô]], o [[karatê]], o ''[[kendo]]'' e o [[sumô]], considerado o esporte nacional,<ref>Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e15_sumo.pdf Sumo: Traditional ceremonial beauty and strength]. PDF (487,28 KB). Visitado em 23 de Junho de 2007.</ref><ref>[[Fundação Japão]]. [http://www.fjsp.org.br/guia/cap17_c8.htm Sumô]. Visitado em 27 de Junho de 2007.</ref><ref>[[Public Broadcasting Service]]. [http://www.pbs.org/independentlens/sumoeastandwest/sumo.html Sumo: East and West]. Visitado em 10 de Março de 2007.</ref> até os esportes Ocidentais tais como o [[basebol]] e o [[futebol]], introduzidos no país após a restauração Meiji e popularizados através do sistema educacional.<ref name="Desporto">Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e12_sports.pdf Sports: Promoting health for people and the economy]. PDF (725,81 KB). Visitado em 25 de Junho de 2007.</ref> Outros esportes populares são os de inverno, como ''[[snowboard]]'', esqui e patinação no gelo, além do [[golfe]],<ref>VARCOE, Fred. [http://archive.metropolis.co.jp/tokyo/604/sports.asp Japanese Golf Gets Friendly]. Metropolis. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> e do [[automobilismo]] com o [[Super GT]] e a [[Formula Nippon]].<ref>CLARKE, Len. [http://archive.metropolis.co.jp/tokyo/623/sports.asp Japanese Omnibus: Sports]. Metropolis. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> Diversos atletas japoneses, em especial do basebol e esportes olímpicos têm notoriedade internacional.<ref name=ESPO />
Os esportes praticados no Japão variam desde os tradicionais, chamados [[budô]], em especial o [[judô]], o [[karatê]], o ''[[kendo]]'' e o [[sumô]], considerado o esporte nacional,<ref>Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e15_sumo.pdf Sumo: Traditional ceremonial beauty and strength]. PDF (487,28 KB). Visitado em 23 de Junho de 2007.</ref><ref>[[Fundação Japão]]. [http://www.fjsp.org.br/guia/cap17_c8.htm Sumô]. Visitado em 27 de Junho de 2007.</ref><ref>[[Public Broadcasting Service]]. [http://www.pbs.org/independentlens/sumoeastandwest/sumo.html Sumo: East and West]. Visitado em 10 de Março de 2007.</ref> até os esportes Ocidentais tais como o [[basebol]] e o [[futebol]], introduzidos no país após a restauração Meiji e popularizados através do sistema educacional.<ref name="Desporto">Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e12_sports.pdf Sports: Promoting health for people and the economy]. PDF (725,81 KB). Visitado em 25 de Junho de 2007.</ref> Outros esportes populares são os de inverno, como ''[[snowboard]]'', esqui e patinação no gelo, além do [[golfe]],<ref>VARCOE, Fred. [http://archive.metropolis.co.jp/tokyo/604/sports.asp Japanese Golf Gets Friendly]. Metropolis. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> e do [[automobilismo]] com o [[Super GT]] e a [[Formula Nippon]].<ref>CLARKE, Len. [http://archive.metropolis.co.jp/tokyo/623/sports.asp Japanese Omnibus: Sports]. Metropolis. Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> Diversos atletas japoneses, em especial do basebol e esportes olímpicos têm notoriedade internacional.<ref name=ESPO />

[[imagem:Batting High school baseball in Japan 2007.jpg|esquerda|thumb|Uma partida de [[basebol]] no Japão]]


O basebol é um dos esportes populares com mais espectadores no Japão.<ref name="Desporto" /> A [[Nippon Professional Baseball|liga profissional japonesa de basebol]] surgiu em 1936 e foi reformulada para o formato atual em 1950. Ela é formada hoje por doze grupos de todo o país. As competições anuais são vistas por milhões de pessoas.<ref>{{citar web|url=http://www.npb.or.jp/eng/|titulo=NPB - Home|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=Nippon Professional Baseball|lingua=inglês}}</ref>
O basebol é um dos esportes populares com mais espectadores no Japão.<ref name="Desporto" /> A [[Nippon Professional Baseball|liga profissional japonesa de basebol]] surgiu em 1936 e foi reformulada para o formato atual em 1950. Ela é formada hoje por doze grupos de todo o país. As competições anuais são vistas por milhões de pessoas.<ref>{{citar web|url=http://www.npb.or.jp/eng/|titulo=NPB - Home|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=Nippon Professional Baseball|lingua=inglês}}</ref>
[[imagem:Batting High school baseball in Japan 2007.jpg|thumb|Uma partida de [[basebol]] no Japão]]


O futebol começou a crescer com a criação da [[Campeonato Japonês de Futebol|J-League]] em 1991<ref>The Japan Forum. [http://www.tjf.or.jp/takarabako/PDF/TB09_JCN.pdf Soccer as a Popular Sport: Putting Down Roots in Japan]. PDF (2,6 MB). Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> e a contribuição de "[[Arthur Antunes Coimbra|Zico]]" no [[Kashima Antlers]] entre outros técnicos.<ref name="Desporto" /> Sendo já o segundo esporte mais praticado nas escolas procura-se gerar uma cultura do futebol que garanta sua prática pela população. Desde então, os clubes da liga contam com muitos atletas estrangeiros.<ref>Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e14_soccer.pdf Soccer]. PDF (547,25 KB). Visitado em 13 de Agosto de 2007.</ref>
O futebol começou a crescer com a criação da [[Campeonato Japonês de Futebol|J-League]] em 1991<ref>The Japan Forum. [http://www.tjf.or.jp/takarabako/PDF/TB09_JCN.pdf Soccer as a Popular Sport: Putting Down Roots in Japan]. PDF (2,6 MB). Visitado em 1 de Abril de 2007.</ref> e a contribuição de "[[Arthur Antunes Coimbra|Zico]]" no [[Kashima Antlers]] entre outros técnicos.<ref name="Desporto" /> Sendo já o segundo esporte mais praticado nas escolas procura-se gerar uma cultura do futebol que garanta sua prática pela população. Desde então, os clubes da liga contam com muitos atletas estrangeiros.<ref>Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/e14_soccer.pdf Soccer]. PDF (547,25 KB). Visitado em 13 de Agosto de 2007.</ref>


O Japão já foi sede de várias competições internacionais, como os [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1972]], os de [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1998|1998]] e as [[Jogos Olímpicos de Verão de 1964|Olimpíadas de 1964]] em que o judô foi incluído como modalidade olímpica.<ref name="Olimpíadas">Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/18Olympics.pdf Japan and The Olympics: Asia's first Olympic host]. PDF (591,54 KB). Visitado em 13 de Agosto de 2007</ref> O histórico de participações do Japão nos Jogos Olímpicos remonta a 1912 em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1912|Estocolmo]] e desde 1964 o país participou de todos os eventos olímpicos, a não ser por um breve momento em 1980.<ref name="Olimpíadas" /> Em 2002, o país sediou a [[Copa do Mundo de 2002|Copa do Mundo de Futebol]] em conjunto com a [[Coreia do Sul]], chegando à fase de oitavas-de-final. Na [[Copa do Mundo FIFA de 2006|edição seguinte]], a equipe nacional que era comandada por Zico não repetiu o sucesso e foi eliminada na primeira fase da competição enquanto na [[Copa do Mundo FIFA de 2010|Copa do Mundo de 2010]] a seleção japonesa chegou novamente às oitavas-de-final.<ref>{{citar web|url=http://www.quadrodemedalhas.com/futebol/copa-do-mundo/selecao-japao-copa-do-mundo.htm|titulo=Seleção do Japão nas Copas do Mundo|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=Quadro de medalhas}}</ref> Em 2020 será sede dos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2020|Jogos Olímpicos]] e [[Jogos Paralímpicos de Verão de 2020|Paralímpicos]] de Verão, sendo segunda vez sede olímpica e primeira vez sede paralímpica.<ref>{{Citar web|url=https://tokyo2020.jp/en/|titulo=Tokyo 2020 &#124; The Tokyo Organising Committee of the Olympic and Paralympic Games|acessodata=2016-08-31}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/08/toquio-sedia-proxima-olimpiada-e-preparativos-estao-bem-adiantados.html|titulo=Tóquio é a anfitriã da Olimpíada de 2020 e preparativos estão adiantados|data=2016-08-22|acessodata=2016-08-31}}</ref> Cinco novas modalidades serão disputadas em Tóquio 2020: Surfe, Skate, Beisebol/softbol, Escalada, Caratê <ref>{{Citar web|url=http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/08/jogos-de-toquio-2020-terao-escalada-surfe-skate-carate-e-beisebolsoftbol.html|titulo=Jogos de Tóquio 2020 terão escalada, surfe, skate, caratê e beisebol/softbol|acessodata=2016-08-31}}</ref>
O Japão já foi sede de várias competições internacionais, como os [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1972]], os de [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1998|1998]] e as [[Jogos Olímpicos de Verão de 1964|Olimpíadas de 1964]] em que o judô foi incluído como modalidade olímpica.<ref name="Olimpíadas">Web Japan. [http://web-japan.org/factsheet/en/pdf/18Olympics.pdf Japan and The Olympics: Asia's first Olympic host]. PDF (591,54 KB). Visitado em 13 de Agosto de 2007</ref> O histórico de participações do Japão nos Jogos Olímpicos remonta a 1912 em [[Jogos Olímpicos de Verão de 1912|Estocolmo]] e desde 1964 o país participou de todos os eventos olímpicos, a não ser por um breve momento em 1980.<ref name="Olimpíadas" /> Em 2002, o país sediou a [[Copa do Mundo de 2002|Copa do Mundo de Futebol]] em conjunto com a [[Coreia do Sul]], chegando à fase de oitavas-de-final. Na [[Copa do Mundo FIFA de 2006|edição seguinte]], a equipe nacional que era comandada por Zico não repetiu o sucesso e foi eliminada na primeira fase da competição enquanto na [[Copa do Mundo FIFA de 2010|Copa do Mundo de 2010]] a seleção japonesa chegou novamente às oitavas-de-final.<ref>{{citar web|url=http://www.quadrodemedalhas.com/futebol/copa-do-mundo/selecao-japao-copa-do-mundo.htm|titulo=Seleção do Japão nas Copas do Mundo|acessodata=3 de agosto de 2010|publicado=Quadro de medalhas}}</ref> Em 2020 será sede dos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2020|Jogos Olímpicos]] e [[Jogos Paralímpicos de Verão de 2020|Paralímpicos]] de Verão, sendo segunda vez sede olímpica e primeira vez sede paralímpica.<ref>{{Citar web|url=https://tokyo2020.jp/en/|titulo=Tokyo 2020 &#124; The Tokyo Organising Committee of the Olympic and Paralympic Games|acessodata=2016-08-31}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/08/toquio-sedia-proxima-olimpiada-e-preparativos-estao-bem-adiantados.html|titulo=Tóquio é a anfitriã da Olimpíada de 2020 e preparativos estão adiantados|data=2016-08-22|acessodata=2016-08-31}}</ref> Cinco novas modalidades serão disputadas em Tóquio 2020: Surfe, Skate, Beisebol/softbol, Escalada, Caratê <ref>{{Citar web|url=http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/08/jogos-de-toquio-2020-terao-escalada-surfe-skate-carate-e-beisebolsoftbol.html|titulo=Jogos de Tóquio 2020 terão escalada, surfe, skate, caratê e beisebol/softbol|acessodata=2016-08-31}}</ref>

== Ver também ==
{{Contém texto em japonês}}
* [[Lista de Estados soberanos]]
* [[Lista de Estados soberanos]]
* [[Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia]]
* [[Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia]]

Revisão das 02h21min de 29 de agosto de 2018


Japão
日本国 (shinjitai)
日本國 (kyujitai)
Nippon-koku ou Nihon-koku
Bandeira do Japão
Brasão do Japão
Brasão do Japão
Bandeira Selo Imperial
Hino nacional: 君が代
(Kimi ga Yo, Reino Imperial)
noicon
Gentílico: Japonês (a), japonense;[1][2]
japônico (a),[3] japónico (a),[3] nipônico (a) e nipónico (a).

Localização do Japão
Localização do Japão

Localização do Japão em verde escuro.
Território disputado das Ilhas Curilas em verde claro.
Capital Tóquio
35°41′N 139°46′E
Cidade mais populosa Tóquio
Língua oficial Japonês
Governo Monarquia constitucional unitária
• Imperador Akihito
• Primeiro-ministro Shinzō Abe
Fundação Nacional 11 de fevereiro de 660 a.C. 
• Constituição Meiji 29 de novembro de 1890 
• Constituição do Japão 3 de maio de 1947 
• Tratado de S. Francisco 28 de abril de 1952 
Área  
  • Total 377 873 km² (62.º)
 • Água (%) 0,8
População  
  • Estimativa para 2007 127 433 494 hab. (10.º)
 • Censo 2017 126 730 000 hab. 
 • Densidade 337 hab./km² (30.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2015
 • Total US$ 4,830 trilhões *[4] (4.º)
 • Per capita US$ 38 054[4] (25.º)
PIB (nominal) Estimativa de 2015
 • Total US$ 4,123 trilhões *[4] (3.º)
 • Per capita US$ 32 485[4] (18.º)
IDH (2015) 0,903 (17.º) – muito alto[5]
Gini (2008) 37,6 (2008)[6] 
Moeda Iene (¥ / 円) (JPY)
Fuso horário +9
Cód. ISO JPN
Cód. Internet .jp
Cód. telef. +81
Website governamental www.kantei.go.jp

Japão (em japonês: 日本; romaniz.:Nihon ou Nippon; oficialmente 日本国, Nippon-koku ou Nihon koku) é um país insular da Ásia Oriental. Localizado no Oceano Pacífico, a leste do Mar do Japão, da República Popular da China, da Coreia do Norte, da Coreia do Sul e da Rússia, se estendendo do Mar de Okhotsk, no norte, ao Mar da China Oriental e Taiwan, ao sul. Os caracteres que compõem seu nome significam "Origem do Sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente".

O país é um arquipélago de 6 852 ilhas,[7] cujas quatro maiores são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, representando em conjunto 97% da área terrestre nacional. A maior parte das ilhas é montanhosa, com muitos vulcões como, por exemplo, os Alpes japoneses e o Monte Fuji. O Japão possui a décima maior população do mundo, com cerca de 128 milhões de habitantes. A Região Metropolitana de Tóquio, que inclui a capital de facto de Tóquio e várias prefeituras adjacentes, é a maior área metropolitana do mundo, com mais de 30 milhões de habitantes.

Pesquisas arqueológicas indicam que humanos já viviam nas ilhas japonesas no período Paleolítico Superior. A primeira menção escrita do Japão começa com uma breve aparição em textos históricos chineses do século I d.C. A influência do resto do mundo seguida por longos períodos de isolamento tem caracterizado a história do país. Desde a sua constituição em 1947, o Japão se manteve como uma monarquia constitucional unitária com um imperador e um parlamento eleito, a Dieta.

Como grande potência econômica,[8] possui a terceira maior economia do mundo em PIB nominal e a quarta maior em poder de compra. É também o quarto maior exportador e o quarto maior importador do mundo, além de ser o único país asiático membro do G7.[9] O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada para auto-defesa e para funções de manutenção da paz.[10] O Japão possui um padrão de vida muito alto (17º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil.[11][12] O país também faz parte do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.

Etimologia

Os nomes japoneses para "Japão" são Nippon (にっぽん?), escutar, e Nihon (にほん?), escutar. Ambos são escritos em japonês usando o kanji (日本?). O nome japonês Nippon é usado de forma oficial, inclusive no dinheiro japonês, selos postais e para muitos eventos esportivos internacionais. Nihon é um termo mais casual e mais frequentemente utilizados no discurso contemporâneo. Os japoneses se referem a si mesmos como Nihonjin (日本人?) e chamam sua língua Nihongo (日本語?).[13]

Tanto Nippon quanto Nihon, literalmente significam "origem do sol" e muitas vezes são traduzidos como a "Terra do Sol Nascente". Esta nomenclatura vem das missões do Império com a dinastia chinesa Sui e refere-se a posição a leste do Japão em relação à China. Antes do Nihon entrar em uso oficial, o Japão era conhecido como ( Wa?) ou (倭国 Wakoku?).[14]

A palavra em mandarim ou em chinês Wu (呉語) para Japão foi registrada por Marco Polo como Cipangu. Em xangainês moderno, um dialeto Wu, a pronúncia dos caracteres 日本 «Japão» é Zeppen (pronuncia - se AFI[zəʔpən]); em Wu, o caractere 日 tem duas pronúncias, informal (白讀?) (pronuncia-se AFI[niʔ]) e formal (文讀?) (pronuncia-se AFI[zəʔ]). (Em alguns dialetos Wu do sul, 日本 é pronunciado AFI[niʔpən] semelhante à sua pronúncia em japonês). A velha palavra malaia para o Japão, Jepang (agora escrita Jepun na Malásia, apesar de ainda ser soletrada Jepang na Indonésia), foi emprestada da língua chinesa e foi encontrada por comerciantes portugueses em Malaca no século XVI. Acredita-se que os comerciantes portugueses foram os primeiros a levar a palavra para a Europa.[15]

História

Ver artigo principal: História do Japão

Pré-história e antiguidade

Imperador Jimmu, o primeiro Imperador do Japão

A ocupação humana do Japão remonta ao Paleolítico Superior e a data mais consensual para a primeira presença humana neste arquipélago é de 35 000 a.C., quando povos nômades caçadores-coletores chegaram às ilhas vindos do continente através de istmos.[16]

As primeiras ferramentas japonesas de pedra lascada datam dessa época, e as de pedra polida datam de 30 000 a.C., as mais antigas do mundo. Ainda não se sabe por que essas ferramentas surgiram tão cedo no Japão. A primeira cultura cerâmica e civilização a se desenvolver no Japão foi o Jomon,[17][18] que não desenvolveu a agricultura nem a criação de animais. Os Jomon ocuparam as ilhas do Japão desde o final da quarta glaciação por volta de 14 mil a.C., deixando vestígios de sua ocupação através de peças de cerâmica, consideradas as mais antigas do mundo.[19]

Através da cerâmica assume-se que os Jomom eram semi-sedentários e tenham seguido uma religião politeísta, baseada no culto de elementos da natureza. Entre 250 a.C. e 250 d.C. a cultura Yayoi substituiu a anterior e trouxe consigo a agricultura, metalurgia, bronze e espelho.[20][21]

O Japão foi unificado pela primeira vez no século VI pelo povo Yamato[18] e logo empreendeu a conquista da península da Coreia no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio japonês sobre a Coreia até ao século VI. Em 552, o budismo foi introduzido no país trazido da Coreia e servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes, a religião tradicional, o xintoísmo debilitou-se, porém não desapareceu.[17] As duas religiões se uniram, sob a égide do budismo. Após a morte do imperador Shotoku em 622 e um período de guerras civis, o Imperador Kōtoku deu início à reforma Taika que criaria um estado com poderes concentrados nas mãos de um imperador rodeado por uma burocracia, à semelhança da Dinastia Tang na China. Em 710 a capital japonesa foi transferida de Asuka para Nara, dando início a um novo período da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo se difundiu com a criação de templos por parte do imperador nas principais regiões.[22]

Era feudal

Kinkaku-ji (Templo do Pavilhão Dourado), construído em 1397, durante o Xogunato Ashikaga

Mais tarde a capital seria novamente transferida para Heian-kio, a moderna Quioto, e dar-se-ia o rompimento entre o imperador Kammu e os monges budistas. A partir daí foi estabelecida a escrita japonesa e uma nova literatura.[23] Foi nesse período de paz que surgiram a classe dos samurais como guardas da corte.[17][18] Contudo as disputas surgidas entre os clãs guerreiros Taira no Kiyomori e Minamoto no Yoritomo levaram a uma nova guerra civil que só teve fim em 1185, com a ascensão de Minamoto. Este estabeleceria o governo do xogunato em Kamakura. Enquanto seguia as leis do governo imperial de Heian, o governo Kamakura foi exercido por uma rede de samurais em todo o país que se comprometiam a manter a paz. Desde que o poder real era exercido localmente por xogum, os samurais foram capazes de assumir a terra dos ricos proprietários de terra aristocráticos (daimiôs) e, portanto, levaram o governo imperial de Heian em Quioto a tornar-se ainda mais fraco. Um novo período de paz e enriquecimento econômico e cultural foi estabelecido até uma nova tentativa mal sucedida de restauração da autoridade imperial feita pelo Imperador Go-Daigo.[24][25]

Samurais vestindo o Ō-yoroi no século XVI

O surgimento dos daimiôs de base local, enfraqueceu o xogunato e esse enfraquecimento levou a Guerra de Ōnin entre 1467 e 1477 entre os Kosokawa e os Yamana que deu fim ao xogunato. Sem uma autoridade central, os daimiôs, agora com autoridade absoluta em seus domínios, deram início a um período de guerras que só terminaria entre 1550 e 1560 com a conquista dos demais domínios por Oda Nobunaga.[17] Foi durante o século XVI que comerciantes e missionários portugueses chegaram ao Japão pela primeira vez, dando início a um intenso período de trocas culturais e comerciais. No Japão, os portugueses praticaram o comércio e a evangelização. Os missionários, principalmente os sacerdotes da Companhia de Jesus, levaram a cabo um intenso trabalho de missão e em cerca de 100 anos de presença portuguesa no Japão. Em 1582 a comunidade cristã no país chegou a ascender a cerca de 150 mil cristãos no Japão e 200 igrejas.[26] Neste período o Japão era uma sociedade feudal relativamente bem desenvolvida com tecnologia pré-industrial. O país era mais povoado do que qualquer país ocidental e tinha, no século XVI, cerca de 26 milhões de habitantes.[27]

Toyotomi Hideyoshi deu continuidade ao governo de Nobunaga e unificou o país em 1590. Depois da morte de Hideyoshi, o regente Tokugawa Ieyasu aproveitou-se de sua posição para ganhar apoio político e militar. Quando a oposição deu início a uma guerra, ele a venceu em 1603 na Batalha de Sekigahara. Tokugawa fundou um novo xogunato com capital em Edo e expulsou os portugueses e restantes estrangeiros, dando início à perseguição dos católicos no país, tidos como subversivos, com uma política conhecida como sakoku. A perseguição aos cristãos japoneses fez parte desta política, levando esta comunidade à conversão forçada ou mesmo à morte, como é o caso dos 26 Mártires do Japão.[28][29][30]

Era moderna

O Imperador Meiji (1868-1912), em cujo poder imperial foi restaurado no final do xogunato Tokugawa

Esta política deixou a nação isolada por 250 anos até à chegada de navios da Marinha dos Estados Unidos com Matthew Calbraith Perry em 31 de março de 1854 exigindo a abertura do país ao comércio estrangeiro com assinatura de Tratado de Kanagawa revelando o atraso do xogunato. A Guerra Boshin restabeleceu o poder centralizado do imperador como Meiji do Japão em 1868, quando teve início um período de desenvolvimento econômico e de expansionismo ao qual se seguiram as vitórias nas guerras sino-japonesa (1894-1895) e russo-japonesa (1904-1905) e a conquista da Coreia e das ilhas de Taiwan e de Sacalina, mantendo o interesse do país sobre a Manchúria.[31] Estes seguidos episódios deram ao Japão a sua primeira experiência bélica moderna, assistida pelos europeus, a primeira vitória sobre um país do velho continente e a solidificação como país mais influente da Ásia.[32]

No século XX houve um breve período chamado "democracia Taishō" ofuscada pela ascensão do expansionismo e da militarização do país. A Primeira Guerra Mundial permitiu ao Japão, que se juntou ao lado dos aliados vitoriosos, expandir sua influência e exploração territorial. O Japão continuou a sua política expansionista de ocupação da Manchúria, em 1931. Como resultado da condenação internacional a essa ocupação, o Japão renunciou a Liga das Nações, dois anos depois. Em 1935, as assembleias locais foram estabelecidas em Taiwan.[33]

Em 1936, o Japão assinou o Pacto Anticomintern com a Alemanha nazista, juntando-se as potências do Eixo em 1941.[34] Em 1941, o Japão assinou o Pacto nipônico-soviético com a União Soviética, respeitando tanto os territórios de Manchukuo quanto da República Popular da Mongólia.[35]

Nuvem atômica sobre a cidade de Nagasaki, formada por um dos dois artefatos nucleares lançados sobre o país na Segunda Guerra Mundial

Em 1937, o Império do Japão invadiu outras partes da China, precipitando a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945). No ano de 1940, invade a Indochina francesa, após o qual os Estados Unidos colocaram um embargo de petróleo ao Japão.[36]

Em 7 de dezembro de 1941, o Japão atacou a base naval de Pearl Harbor e declarou guerra aos Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos. Este ato fez com que os Estados Unidos entrassem na Segunda Guerra Mundial e, em 8 de dezembro, estes três países declararam guerra ao Japão.[37][38] Após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, após a União Soviética também se opor ao país, o Japão concordou com a rendição incondicional de suas forças em 15 de agosto (Dia da Vitória sobre o Japão).[39]

Os custos de guerra para o Japão e para os países da Esfera de Coprosperidade da Ásia Oriental foram a perda de milhões de vidas e destruição de grande parte da indústria, cidade e infraestrutura do país. As potências aliadas repatriaram milhões de japoneses étnicos de colônias e campos militares na Ásia.[40]

O Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, foi convocado pelos aliados (em 3 de maio de 1946) para processar alguns líderes japoneses por crimes de guerra. No entanto, todos os membros das unidades de investigação bacteriológica e membros da família imperial envolvidos na condução da guerra foram exonerados a partir de processos criminais pelo Comandante Supremo das Forças Aliadas.[41][42]

Vista de Tóquio, com destaque para a Rainbown Bridge e a Torre de Tóquio (ao fundo)

Em 1947, o Japão aprovou uma nova constituição pacifista enfatizando as práticas democráticas liberais. A ocupação dos Aliados terminou pelo Tratado de São Francisco em 1952 e o Japão foi assimilado como membro das Nações Unidas em 1956.[43] Internamente, após o fim da Segunda Guerra, o país passou por décadas de recuperação e afirmação: teve um crescimento econômico espetacular até se tornar a segunda maior economia do mundo, devido a investimentos do setor privado na construção de novas fábricas e equipamentos e ao senso coletivo de trabalho, que deram ao país uma taxa de crescimento média anual de 10% por quatro décadas.[44] Estes acordos deveram-se a fatores geopolíticos, como o medo de que o socialismo avançasse sobre este país completamente arrasado pela guerra, e culturais, devido ao investimento em educação que formou e preencheu vagas no campo tecnológico.[45] Esse rápido avanço terminou em meados dos anos 1990 quando o Japão sofreu uma grande recessão. O crescimento positivo no início do século XXI tem sinalizado uma recuperação gradual.[46]

Em 11 de março de 2011 o país sofreu o pior sismo e tsunami já registrado em sua história. O terremoto teve uma magnitude de 9,0 na escala de magnitude de momento e foi agravado por um tsunami, afetando a região nordeste de Honshu, incluindo Tóquio.[47] A área mais afetada pelo tsunami foi a cidade de Sendai, região de Tohoku, devido à proximidade do local onde ocorreu o sismo.[48] Por conta do sismo, a Central Nuclear de Fukushima I sofreu sérios danos em seus reatores e agora ameaça a população dos arredores com risco de contaminação por radioatividade.[49]

Geografia

Imagem de satélite do arquipélago japonês
Ver artigo principal: Geografia do Japão

O Japão é um país insular que se estende ao longo da costa leste da Ásia. O litoral marítimo do Japão é aproximadamente quatro vezes maior que o brasileiro.[50] As ilhas principais, de norte para sul, são: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. Além destas maiores, o Japão inclui mais de seis mil outras menores, parte das quais constituem as ilhas Riukyu, inclusive Okinawa, que se estendem a sudoeste de Kyushu até perto de Taiwan.[51]

Entre 70% e 80% do país é coberto por florestas e de relevo montanhoso[52][53] com uma cordilheira no centro das ilhas principais, de forma que as pequenas planícies costeiras se tornam as áreas mais povoadas do país.[54]

A montanha mais alta e o vulcão mais conhecido do Japão é o monte Fuji com 3.776 metros de altitude e seu ponto mais baixo fica no lago Hachirōgata, quatro metros abaixo do nível do mar. Localizado no Círculo de fogo do Pacífico há oitenta vulcões ativos no país e os sismos são muito comuns, ocorrendo mil deles sensíveis por ano. A enorme quantidade de vulcões mostra que nas profundezas do arquipélago o solo é instável e cheio de energia. Isso faz com que o país esteja entre os que mais registram terremotos no mundo.[8] Em 2006, foram registrados 108 vulcões ativos do país.[55]

Ainda que uma ameaça, estes vulcões representam uma importante fonte de turismo. Regiões como Nikko, são famosas por suas primaveras quentes e pelo cenário de montanhas vulcânicas.[56] Os rios japoneses são curtos e de águas ligeiras. Atingem o mar pouco depois de sua nascente nas montanhas acima e formam geralmente deltas em forma de leque.[8]

Clima

Japão pela classificação climática de Köppen-Geiger

O clima japonês apresenta uma clara diferenciação entre as estações e sofre a influência de massas de ar frias vindas da Sibéria no inverno, bem como de massas de ar quentes do Pacífico no verão. Os tufões são comuns entre o fim do verão e o início do outono. O país pode ser dividido em quatro regiões climáticas: a de Hokkaido, de clima subártico, a da costa do Pacífico, temperado, a da costa do Mar do Japão, mais chuvoso, e o da região sudoeste, subtropical.[8]

As diferenças entre as estações do ano mostram-se da seguinte maneira:[57] o inverno, que vai de Dezembro a Fevereiro, é seco e tem regularmente Sol. Enquanto o Centro e principalmente o Norte do Japão são frios, o Sul tem o tempo mais agradável, e a temperatura vai raramente abaixo dos 0 °C.[57]

A primavera, que vai de março a maio, é quando deixa de nevar, sendo que todas as paisagens ficam floridas. O verão começa com três a quatro semanas de chuva, sendo este período importante para os agricultores. Depois deste período, o tempo torna-se extremamente quente. O outono é muito fresco, com uma ligeira brisa e uma temperatura mais fresca depois do Verão.[57]

Biodiversidade

O selvagem macaco-japonês, no Parque Jigokudani

O Japão tem nove ecorregiões florestais que refletem o clima e a geografia das ilhas. Elas vão de florestas subtropicais nas ilhas Ryūkyū e Ogasawara, a florestas decíduas temperadas em regiões de clima ameno das principais ilhas, florestas temperadas de coníferas nas porções frias das ilhas do norte.[58]

Em sua flora, o país possui cerca de 6 000 espécies nativas de plantas, cuja variedade é devida ao calor, à abundância das precipitações, à humidade dos verões e ao relevo. Ao longo do território vê-se figuier banian, suji e hinoki, bem como plantas comuns em outras partes do mundo, como as magnólias.[59] Algumas ainda possuem significados simbólicos, como as flores de cerejeira, chamadas sakuras, que representam a beleza efêmera. De suas plantas ainda saem os trabalhos com arranjos, pinturas, tecelagem e cerâmicas, além de remédios.[60]

Já em sua fauna é possível ver espécies não encontradas em nenhuma outra parte do globo, como certas variedades de faisões, tubarões e salamandras. Ainda assim, o território japonês possui apenas 118 espécies de mamíferos terrestres selvagens.[60] As regiões montanhosas do Japão, com florestas densas, albergam populações relativamente numerosas de mamíferos, dentre eles javalis, tanukis, raposas, veados, antílopes, lebres e doninhas. Répteis presentes incluem tartarugas marinhas, cágados, serpentes aquáticas e lagartos. Há uma grande variedade de sapos, rãs e tritões, onde se destaca a Salamandra-gigante-do-japão que atinge os 4 m de comprimento, e é endêmica do arquipélago. Cerca de 600 espécies de aves são residentes ou migratórias e diversidade de insetos é típica de regiões com clima temperado úmido.[61]

Urso-pardo-de-ussuri, nativo da Península de Shiretoko.

Entre as espécies ameaçadas que habitam o território japonês estão o urso-negro-asiático, classificado como de fato ameaçado de extinção e o macaco-japonês, em estado ainda pouco preocupante.[62] O lobo-cinzento, apesar de pouco preocupante ao redor do mundo, está quase extinto do território japonês.[63] Também consideradas espécies sob ameaça, as variedades de baleia são caçadas pelos japoneses sob cotas estipuladas na moratória de 1986. Ao lado de Noruega e Islândia, o Japão é o país que mais caça estes animais devido a alta lucratividade. No país oriental, a carne da baleia é ainda uma especialidade culinária comum e sua cartilagem serve à indústria de cosméticos. Sob a alegação de pesquisa científica, o Japão caça, anualmente, uma média de 1 000 baleias, variando em espécies. Em 2008, por exemplo, caçaram baleias-comuns e baleias-minke-antárticas. Neste mesmo ano, dois ativistas do Greenpeace foram presos por denunciarem contrabando ilegal de carne de baleia e ocorreu um atrito entre os governos japonês e australiano, que culminaram em acusações de pesca ilegal e fraude de evidências.[64] Dois anos antes, em pesquisa realizada nacionalmente, foi constatado que 69% da população é contra este tipo de caça. Em 2010, ocorreu o encontro da Comissão Internacional da Baleia, no qual se tentou derrubar a moratória e acusando o Japão de subornar países menores que votassem a seu favor.[65]

Meio ambiente

As Cataratas de Kegon e o Lago Chuzenji no Parque Nacional de Nikkō.
Monte Fuji visto do Lago Ashi no Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu.

A história ambiental do Japão e as políticas atuais refletem um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental. No rápido crescimento econômico após a Segunda Guerra Mundial, as políticas ambientais foram minimizadas pelas empresas do governo e industriais. Como consequência inevitável, certa poluição ambiental crucial ocorreu nos anos 1950 e anos 1960. Na preocupação crescente sobre o problema, o governo introduziu muitas leis de proteção ambiental em 1970 e estabeleceu o Ministério do Meio Ambiente em 1971.[66]

A crise do petróleo de 1973 também incentivou o uso eficiente da energia, devido à falta no Japão de recursos naturais.[67] Questões prioritárias ambientais atuais incluem a poluição do ar urbano (NOx, partículas em suspensão, substâncias tóxicas), gestão integrada de resíduos sólidos, eutrofização da água, conservação da natureza, mudanças climáticas, gestão de produtos químicos e a cooperação internacional para a conservação do meio ambiente.[68]

Atualmente, o Japão é um dos líderes mundiais no desenvolvimento de novas tecnologias amigas do ambiente. Os veículos híbridos da Honda e da Toyota foram nomeados para ter a maior economia de combustível e as menores emissões. Isto é devido à avançada tecnologia em sistemas híbridos, os biocombustíveis, o uso de material mais leve e melhor engenharia.[69]

Como signatário do Protocolo de Quioto e anfitrião da conferência de 1997 que o criou, o Japão é tratado no âmbito de obrigações de reduzir suas emissões de dióxido de carbono e tomar outras medidas relacionadas como combater as alterações climáticas. A campanha Cool Biz introduzida pelo antigo primeiro-ministro Junichiro Koizumi foi orientada a reduzir o consumo de energia através da redução da utilização do ar condicionado nos escritórios do governo. O Japão se prepara para forçar a indústria a fazer grandes cortes nos gases do efeito estufa, tomando a liderança de um país que luta para cumprir suas obrigações do Protocolo de Quioto.[70] O país é classificado na 20º posição no mundo no Índice de Desempenho Ambiental de 2010.[71]

Uma baleia e um filhote sendo carregados para dentro de um barco-fábrica, o Nisshin Maru.

Em 2010, o país que contribui para o desmatamento fora de seu território, em nações de florestas tropicais, por exemplo, comprometeu-se a reduzir o desmatamento e a degradação ambiental, doando, ao lado de outros países, cerca de 3,5 bilhões de dólares.[72][73] Em contrapartida, sua área florestal intacta ou replantada cobre 70% do território nacional, preservação esta comparada apenas aos países escandinavos.[74]

A caça à baleia no Japão em uma escala industrial começou por volta da década de 1890 quando o país começou a participar da indústria moderna da pesca da baleia, na época uma indústria da qual muitos países participavam.[75] Estas atividades historicamente se estenderam para fora das águas territoriais japonesas. Durante o século XX, o Japão esteve intensamente envolvido na pesca comercial da baleia. Isto continuou até que a moratória da Comissão Internacional da Pesca da Baleia (IWC) entrasse em efeito em 1986. O Japão, no entanto, continuou a caçar baleias usando a previsão de pesquisa científica no acordo.[76] A carne dessas baleias caçadas com propósitos científicos é vendida em lojas e restaurantes.[77] A prática é uma fonte de conflito entre os países e organizações anti-caça à baleia. Países, cientistas e organizações ambientais contrárias à caça à baleia consideram o programa de pesquisa japonesa como desnecessário e que é uma operação comercial de caça à baleia disfarçada.[78][79][80][81]

Demografia

Ver artigo principal: Demografia do Japão

Mais de 95% da população japonesa tem origem no arquipélago. Os japoneses são descendentes de povos jomon, yayoi e ainus que se estabeleceram no arquipélago nipônico durante milhares de anos. Os Jomons foram os primeiros a desenvolver civilização no arquipélago, o povo nômade Yayoi se estabeleceu na região Central do Japão, e os Ainus ao Norte do país.[82] O restante da população do Japão é composta por imigrantes de origem coreana, chinesa e brasileira, entre outros.[83]

Tóquio e região central do país vistos a partir da Estação Espacial Internacional.

A população do Japão é estimada em 127,4 milhões de pessoas.[84] Em geral, ela é bastante homogênea, sendo quase toda composta por japoneses, as minorias são os ainus, um povo indígena nativo do país, e os estrangeiros que vão ao país por turismo ou em busca de emprego.[82]

A expectativa média de vida no país é uma das mais elevadas do mundo, 81,25 anos,[85] mas essa população está rapidamente envelhecendo como resultado do grande número de nascimentos posterior à Segunda Guerra Mundial seguido por uma queda na taxa de natalidade no final do século XX. Assim, em 2004, cerca de 19,5% da população tinha mais de 65 anos.[86]

As mudanças na demografia trouxeram uma série de questões sociais, em particular um provável declínio da força de trabalho e o aumento dos custos com a seguridade social. Nota-se também que uma parcela dos jovens prefere não formar famílias quando adultos.[87] Prevê-se um declínio da população japonesa para 100 milhões até 2050 e 64 milhões em 2100.[86] Demógrafos e planejadores governamentais, no momento, debatem como lidar com este problema.[87] A imigração e o incentivo à natalidade são por vezes sugeridos como uma solução para proporcionar trabalhadores jovens que possam sustentar o envelhecimento da população.[88][89] A imigração, contudo, não é uma medida popular.[90] Segundo o ACNUR, em 2007, o Japão aceitou apenas 41 refugiados para reassentamento, enquanto os Estados Unidos aceitaram 50.000.[91]

O país sofre com uma das mais altas taxas de suicídios do mundo.[92][93][94] Em 2011, o número de suicídios ultrapassou 30 mil pessoas pelo décimo quarto ano seguido, representando uma queda de 1 177 suicídios em relação a 2010. Tóquio teve a maior taxa do país e os homens compõem 70% de todas as mortes desse tipo, sendo a principal causa de morte entre as pessoas com menos de 30 anos de idade.[95][96]

Urbanização

Idiomas

Mapa dos dialetos japoneses.
Ver artigo principal: Língua japonesa

Mais de 99% da população fala o japonês como primeira língua.[84] É uma língua aglutinante distinguida por um sistema de honoríficos refletindo a natureza hierárquica da sociedade japonesa, com formas verbais e vocabulários particulares que indicam o estatuto relativo do falante e do ouvinte. Segundo um dicionário japonês Shinsen-kokugojiten, palavras baseadas no chinês compõem 49,1% do vocabulário total, as palavras indígenas são 33,8% e empréstimos outros 8,8%.[97]

Os sistema de escrita utilizados são o kanji (caracteres chineses) e dois conjuntos de kana (silabários com base em caracteres chineses simplificados), bem como o alfabeto latino e os numerais arábicos. As línguas ryukyuanas, também fazem parte da família das línguas japônicas a que pertence japonês, são faladas em Okinawa, mas poucas crianças aprendem estas línguas.[98] A língua ainu está em extinção, com apenas alguns idosos falantes nativos remanescentes em Hokkaido.[99] A maioria das escolas públicas e privadas exigem a participação dos estudantes em cursos de japonês e inglês.[100]

Imigração e emigração

Escola nipo-brasileira em Oizumi.

Em 2004 o Ministério da Justiça do Japão estimou o número de estrangeiros legais em quase dois milhões sendo estes principalmente coreanos, chineses, taiwaneses, brasileiros e filipinos. As outras minorias são, peruanos, norte-americanos, ingleses, tailandeses, australianos, canadenses, indianos, iranianos, russos, entre outros.[101]

Entretanto o número real de estrangeiros é incerto devido a existência de muitos imigrantes ilegais.[102] A maioria dos brasileiros residentes no Japão são nikkei (descendentes de japoneses ou cônjuges de nipo-brasileiros) que vivem e trabalham legalmente e são conhecidos pelos japoneses como dekasseguis. O Brasil passou a receber imigrantes japoneses em 1908. A maior parte dos imigrantes chegou na década de 1930 e se fixou sobretudo em São Paulo. Hoje, a população nipo-brasileira é de quase 1,5 milhão de pessoas, formando a maior colônia de descendentes de japoneses do mundo. Muitos desses brasileiros de origem japonesa ou cônjuges têm imigrado ao Japão em busca de melhores condições de vida, formando uma comunidade de cerca de 300 mil pessoas no Japão.[103]

Religião

Ver artigo principal: Religião no Japão
Santuário de Itsukushima, um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO

As maiores estimativas para o número de budistas e xintoístas no Japão são de 84-96% da população, representando um grande número de crentes em um sincretismo dessas duas religiões.[8][104] No entanto, essas estimativas baseiam-se em pessoas com uma associação com um templo, ao invés do número de pessoas que realmente seguem a religião. O professor Robert Kisala da Universidade de Nanzan sugere que apenas 30% da população do país se identifique como pertencente a alguma religião.[105]

O taoísmo, o confucionismo e o budismo da China também têm influenciado as crenças e os costumes japoneses. A religião no Japão tende a ser sincrética por natureza e isso resulta em uma variedade de práticas, tais como pais e filhos celebrando rituais xintoístas, os estudantes rezando antes dos exames, alguns casais celebrando um casamento em uma igreja cristã e funerais sendo realizados em templos budistas. Uma minoria (2.595.397 de pessoas ou 2,04% da população) professam o cristianismo.[106] Além disso, desde meados do século XIX, numerosas seitas religiosas (Shinshūkyō) surgiram no Japão,[107] como a Tenrikyo, Aum Shinrikyo (ou Aleph)[108] e Soka Gakkai.[109]

Política

Ver artigo principal: Política do Japão

O Japão é uma monarquia constitucional onde o poder do imperador é muito limitado. A Constituição o define como "símbolo do Estado e da unidade do povo" e ele não possui poderes relacionados ao governo. O poder, concedido por soberania popular,[110] está concentrado principalmente na figura do primeiro-ministro do Japão e de outros membros eleitos da Dieta. O imperador age como chefe de Estado em ocasiões diplomáticas, sendo Akihito o presente imperador do Japão e Naruhito, o próximo na linha sucessória do trono.[111]

O primeiro-ministro do Japão é o chefe de governo. O candidato é escolhido pela Dieta de entre um de seus membros e endossado pelo imperador. O primeiro-ministro é o chefe do Gabinete, órgão executivo que nomeia e demite ministros de Estado do qual a maioria deve ser membro da Dieta. O primeiro-ministro do Japão é, no momento, Shinzō Abe.

O órgão legislativo do Japão é a Dieta Nacional, um parlamento bicameral. A Dieta é formado pela Câmara dos Representantes, com 480 representantes eleitos por voto popular a cada quatro anos ou quando dissolvida, e pela Câmara dos Conselheiros de 242 membros com mandatos de seis anos. Todos os cidadãos com mais de 20 anos têm direito ao voto[50] e a concorrer nas eleições nacionais e locais realizadas com voto secreto.[110]

Palácio da Dieta Nacional, em Tóquio

O Japão tem um sistema político democrático e pluripartidário com seis grandes partidos políticos. O liberal conservador Partido Liberal Democrata (PLD) está no poder desde 1955, a não ser por um curto período de coalizão da oposição em 1993.[112] O maior partido de oposição é o liberal social Partido Democrático do Japão.[113]

Historicamente influenciado pelo sistema chinês, o sistema legal do Japão desenvolveu-se independentemente durante o período Edo. Entretanto, desde o final do século XIX, o sistema legal japonês tem se baseado em grande parte nos direitos civis da Europa, principalmente da França e Alemanha. Em 1896, por exemplo, o governo japonês estabeleceu um código civil baseado no modelo alemão. Com modificações do pós-Guerra, o código permanece vigente no Japão. A lei estatutária origina-se na Dieta com a aprovação do imperador. A Constituição requer que o imperador promulgue as leis aprovadas pela Dieta, sem, no entanto, conferir-lhe o poder de opôr-se a aprovação de uma lei. O sistema de tribunais do Japão é dividido em quatro esferas básicas: a Suprema Corte e três níveis de cortes inferiores.[114] O corpo principal da lei estatutária japonesa é chamado de Seis Códigos.[115]

Relações internacionais

Ver artigo principal: Missões diplomáticas do Japão

O Japão se destaca na política internacional por ser membro do G8, da APEC, da ASEAN+3 e participante da Cúpula do Leste da Ásia. O país é também o segundo maior doador para Assistência Oficial para o Desenvolvimento, com 0,19% do seu PNB em 2004.[116]

Shinzō Abe com Donald Trump durante a reunião do G7 em 2017.

Desde a sua rendição e o Tratado de São Francisco, após a Segunda Guerra Mundial, a política diplomática japonesa tem sido baseada na estreita parceria com os Estados Unidos e na ênfase na cooperação internacional como as Nações Unidas, organização internacional da qual o país é membro desde 1956. Durante a Guerra Fria, o Japão tomou parte no confronto entre o mundo ocidental e a União Soviética na Ásia Oriental. Com o rápido desenvolvimento econômico japonês nas décadas de 1960 e 1970, o país recuperou sua influência internacional e passou a ser considerado uma das grandes potências do mundo. No entanto, o Japão ainda mantém relações tensas com três países em particular: a China (apesar de ser o maior parceiro comercial do país), a Coreia do Sul[117][118] e a Coreia do Norte.[119]

Durante a Guerra Fria, a política externa japonesa não era auto-afirmativa, sendo relativamente focada em seu crescimento econômico. No entanto, o fim da Guerra Fria e as amargas lições da Guerra do Golfo mudaram lentamente a política do país. O governo japonês decidiu participar de operações de manutenção da paz das Nações Unidas e enviou tropas para Camboja, Moçambique, Colinas de Golã e Timor-Leste nas décadas de 1990 e 2000.[120]

Além de seus vizinhos imediatos, o Japão tem prosseguido com uma política externa mais ativa nos últimos anos, reconhecendo a responsabilidade que acompanha a sua força econômica. O ex-primeiro-ministro Yasuo Fukuda destacou a mudança de direção da política externa japonesa em um discurso para a Dieta Nacional: "O Japão aspira tornar-se um centro de desenvolvimento de recursos humanos, bem como de pesquisa e contribuição intelectual para promover a cooperação no campo da construção da paz."[121]

Forças armadas

Ver artigo principal: Forças de Autodefesa do Japão
Contratorpedeiro da Classe Kongō da Força Marítima de Autodefesa do Japão

O maior parceiro militar do Japão são os Estados Unidos, tendo como fundamento de sua política externa a aliança defensiva Japão-Estados Unidos.[122] Como membro das Nações Unidas desde 1956, o Japão serviu como membro temporário do Conselho de Segurança por um total de 18 anos, mais recentemente entre 2005 e 2006. Ele é também membro das nações G4 buscando um assento permanente no Conselho de Segurança.[123] O Japão também contribuiu com contigentes não-combatentes para a Invasão do Iraque, mas posteriormente retirou suas tropas deste país.[124]

As despesas militares do Japão são a sexta maior do mundo, com 59.3 bilhões de dólares orçados em 2012, o que representa apenas 1% do PIB nacional por ano.[10] O Japão tem disputas territoriais com Rússia, China, Taiwan e Coreia do Sul. A maior parte dessas disputas envolve a presença de recursos naturais como o petróleo e fatores históricos.[117]

O Japão reivindica a soberania sobre as ilhas Etorofu, Kunashiri e Shikotan, conhecidas no país como "Territórios do Norte" e na Rússia como "Ilhas Curilas do Sul" ocupadas pela União Soviética em 1945 e administradas atualmente pela Rússia. Disputa os Rochedos de Liancourt (chamados Takeshima ou Dokdo) com a Coreia do Sul — ocupadas por esta desde 1954 — e as ilhas inabitadas de Senkaku-shoto (Diaoyu Tai) com China e Taiwan.[125]

Dois Mitsubishi F-15 Eagle da Força Aérea de Autodefesa do Japão

O Japão também enfrenta graves problemas com a Coreia do Norte acerca de seu programa de armamento nuclear, sequestro de cidadãos japoneses e de testes de mísseis.[119] O fortalecimento militar da China é também um motivo de preocupação. Contudo, as Forças de Auto-Defesa do Japão se concentra em tecnologia de ponta, robótica e armas modernas.[126]

A militarização do Japão era restringida pelo Artigo 9 de sua Constituição pós-guerra até julho de 2014,[127] o qual renuncia ao direito de declarar guerra ou ao uso de força militar como meios para a resolução de disputas internacionais, ainda que o governo esteja tentando fazer uma emenda à Constituição através de um referendo.[128]

As forças armadas do Japão são controladas pelo Ministério da Defesa e consistem basicamente das Forças de Autodefesa Terrestre, Marítima e Aérea. As forças armadas foram usadas recentemente em missões de paz e o envio de tropas não-combatentes para o Iraque marcou o primeiro uso delas desde a Segunda Guerra Mundial.[124]

Divisões administrativas

Ver artigo principal: Subdivisões do Japão

Ainda que tradicionalmente o Japão seja dividido em oito regiões, administrativamente o país é formado por 47 prefeituras, cada uma com um governador, um legislativo e uma burocracia administrativa.[129] A antiga cidade de Tóquio foi dividida em 23 bairros especiais, cada um com os mesmos poderes de uma cidade.[130] No momento o país passa por uma reestruturação administrativa que unirá entre si a maioria das cidades e povoados. Este processo reduzirá o número de regiões administrativas e de subprefeituras e espera-se que corte gastos.[131]

O Japão tem mais de dez grandes cidades que cumprem um papel importante em sua cultura, patrimônio e economia. As dez mais populosas são também capitais de províncias e foram transformadas em cidades por mandato governamental devido à sua importância. Abaixo, as oito regiões japonesas:

HokkaidōAomoriAkitaIwateYamagataMiyagiFukushimaNiigataTochigiGunmaIbarakiNaganoSaitamaChibaTōkyōKanagawaToyamaIshikawaGifuFukuiYamanashiShizuokaAichiShigaQuiotoMieNaraHyogoŌsakaWakayamaTottoriOkayamaShimaneHiroshimaYamaguchiKagawaTokushimaEhimeKochiFukuokaŌitaSagaNagasakiKumamotoMiyazakiKagoshimaOkinawaTōkyōKanagawaOsakaWakayama

Economia

Ver artigo principal: Economia do Japão
Interior da Bolsa de Valores de Tóquio

Levando-se em conta seu produto interno bruto (PIB) nominal de 5,8 trilhões * de dólares, em 2008 o Japão era a terceira economia mundial e a quarta em relação à paridade do poder de compra, estando em 4,39 trilhões * de dólares,[4] o que ocorre basicamente em decorrência da cooperação entre o governo e a indústria, de uma profunda ética do trabalho, investimentos em alta tecnologia, redução de desperdício e reciclagem de materiais e de um orçamento relativamente baixo para a defesa.[132][133] Dentre as principais atividades industriais estão a engenharia automóvel, a eletrônica, a informática, a siderurgia, a metalurgia, a construção naval, a biologia e a química, com destaque para as indústrias com tecnologia de ponta nestes setores.[134]

As exportações japonesas incluem equipamento de transporte, veículos motorizados, produtos eletroeletrônicos, maquinário industrial e produtos químicos entre outros.[125] Os principais compradores do Japão são a China, os Estados Unidos, a Coreia do Sul, Taiwan e Hong Kong (em 2005).[125] Contudo, o Japão possui reduzidos recursos naturais para sustentar o crescimento econômico e por isso depende de outros países em relação a matérias-primas. Os países que mais vendem para o Japão são a China, os Estados Unidos, o Brasil, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Austrália, a Coreia do Sul e a Indonésia. As principais importações do país são máquinas e equipamentos, combustíveis fósseis, produtos alimentícios (carne em particular), químicos, têxteis e matéria-prima para suas indústrias. O principal parceiro comercial do Japão é a China.[135]

Distrito de Minato Mirai 21 em Yokohama. A maior parte da economia japonesa está baseada no setor de serviços
Plantação de arroz em Aizu

O maior banco do mundo está no Japão,[136] o Mitsubishi UFJ Financial Group,[137] com aproximadamente 1,7 trilhões de dólares em fundos[136] assim como o maior sistema de caderneta de poupança postal do mundo e o maior titular de poupança mundial, o Serviço Postal Japonês, detentor de títulos privados da ordem de 3,3 trilhões de dólares. Também fica no país a segunda maior bolsa de valores do mundo, a Bolsa de Valores de Tóquio, com uma capitalização de mercado de mais de 549,7 trilhões de yens em Dezembro de 2006.[138] Também é lar de algumas das maiores empresas de serviços financeiros, grupos empresariais e bancos. Por exemplo, vários keiretsus (grupos empresariais) e multinacionais como a Sony, a Sumitomo, a Mitsubishi e a Toyota têm bancos, grupos de investimento e de serviços financeiros.[139]

As principais atividades econômicas do Japão circulam entre as ilhas de Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. O Japão é cortado por uma eficiente malha rodoviária e ferroviária que liga o país de norte a sul. Em 2004, havia 1.177.278 km de rodovias pavimentadas, 173 aeroportos e 23.577 km de ferrovias.[125] O transporte aéreo é em grande parte operado pela All Nippon Airways (ANA) e pela Japan Airlines (JAL). Já as ferrovias são operadas pela Japan Railways entre outras. Os aeroportos mais movimentados ficam nas regiões mais populosas do país, Kanto e Kinki. O Aeroporto Internacional de Narita, por exemplo, é o mais movimentado do país e o oitavo mais movimentado do mundo. Há muitos voos internacionais de várias cidades e países do Japão e para o país. Já o transporte portuário, apesar de fundamental para um país insular, encontra-se em baixa, desde um pico na década de 1980.[140]

Uma vez que apenas 15% das terras japonesas são apropriadas para o cultivo,[141] o sistema de terraceamento é usado em pequenas áreas. Isto resulta em um dos mais elevados níveis de produtividade por unidade no mundo. O pequeno setor agrário do Japão, contudo, é muito subsidiado e protegido. O Japão precisa importar cerca de 50% dos grãos consumidos excetuando o arroz, e depende de importações para seu suprimento de carne.[142]

O Japão é o segundo maior produtor de pescado do mundo por tonelada depois da China e tem uma das maiores frotas de pesqueiros do mundo que responde por quase 15% da pesca mundial.[125] O país depende de países estrangeiros em 80% para o seu suprimento de petróleo e alimentos como a carne bovina.[143]

FCV-R, carro conceito movido a hidrogênio. A Toyota é a segunda maior fabricante de automóveis do mundo.[144]

É líder nos campos da pesquisa científica, tecnológica, maquinária e médica. Algumas das mais importantes contribuições tecnológicas do Japão são encontrados nos campos da eletrônica, maquinaria, robótica industrial, óptica, química, semicondutores e metalurgia. O Japão é líder no mundo dos robôs industriais, sendo que mais da metade dos robôs existentes no mundo, são usados nas suas indústrias.[145]

As grandes empresas japonesas são organizadas de dois modos principais:

  • As keiretsus (ou redes verticais) são um conjunto de empresas que vivem em função de uma grande empresa especializada. As pequenas empresas são fornecedoras e prestadoras de serviços da empresa central.[146] As maiores keiretsus giram em torno da Toyota, Toshiba, Nissan, Hitachi e Matsushita.[139]
  • Redes horizontais ou kigyo shudan são baseadas na conexão entre grandes empresas. São consideradas herdeiras da zaibatsu. Atualmente as principais redes horizontais são: Mitsui, Mitsubishi e Sumitomo.[147]

Turismo

Pagode Chūrei-tō e Monte Fuji ao lado de cerejeiras no parque de Arakurayama Sengen, Fujiyoshida, Yamanashi.

Em 2008, o Japão atraiu 8,3 milhões de visitantes estrangeiros, pouco mais que a Singapura e Irlanda.[148] O Japão tem catorze patrimônios mundiais da UNESCO, incluindo o Castelo de Himeji e os Monumentos Históricos da Antiga Quioto (cidades de Quioto, Uji e Otsu). Quioto recebe mais de 30 milhões de turistas anualmente.[149]

A extensa rede ferroviária, juntamente com os voos domésticos, permitem viagens eficientes e rápidas. Os estrangeiros que visitam as cidades de Tóquio e Nara, o Monte Fuji, utilizam o shinkansen e tiram proveito da rede de hotéis do país.[149]

O turismo doméstico continua a ser uma parte vital da economia e da sociedade japonesa. Crianças em idade escolar em muitas escolas secundárias realizam visitas à Tokyo Disneyland ou à Torre de Tóquio. No turismo receptivo, o Japão ficou em 28ª posição no mundo em 2007.[150]

Infraestrutura

Ciência e tecnologia

Robô Honda ASIMO

O Japão é uma das nações líderes nos campos da pesquisa científica, especialmente de tecnologia, maquinário e pesquisa biomédica. Cerca de 700.000 pesquisadores dividem um orçamento de 130 bilhões de dólares para pesquisa e desenvolvimento, o terceiro maior do mundo.[151] O Japão é líder mundial no domínio da pesquisa científica fundamental, tendo produzido treze prêmios Nobel, quer em física, química ou medicina,[152] três Medalha Fields[153] e um Prêmio Gauss.[154]

Algumas das mais importantes contribuições tecnológicas do Japão são encontrados nas áreas de eletrônicos, automóveis, máquinas, engenharia sísmica, robótica industrial, óptica, química, semicondutores e metais. Japão é líder do mundo em produção e utilização de robótica, possuindo mais de metade (402.200 de 742.500) de robôs industriais do mundo, usado para a fabricação.[155] Produziu também o QRIO, ASIMO e o AIBO. O Japão é o maior produtor mundial de automóveis[156] e abriga quatro dos quinze maiores fabricantes de automóveis do mundo e sete dos vinte maiores líderes de vendas de semicondutores atualmente.[157]

Veículo de Transferência H-II, próximo à Estação Espacial Internacional, desenvolvido pela JAXA

A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) é a agência espacial do Japão, que realiza pesquisas espaciais, planetárias, de aviação e no desenvolvimento de foguetes e satélites. É um participante da Estação Espacial Internacional e do Módulo de Experiências Japonês (Kibo) foi adicionado à Estação Espacial Internacional durante voos do ônibus espacial em 2008.[158] A empresa tem planos de exploração espacial, como o lançamento da Venus Climate Orbiter (PLANET-C) em 2010,[159][160] no desenvolvimento da Mercury Magnetospheric Orbiter para ser lançada em 2013[161][162] e a construção de uma base lunar em 2030.[163]

Em 14 de setembro de 2007, lançou o explorador da órbita lunar "SELENE" (Selenological and Engineering Explorer) em um portador de foguetes H-IIA (Modelo H2A2022) no Centro Espacial de Tanegashima. SELENE também é conhecido como Kaguya, a princesa lunar do antigo conto The Tale of the Bamboo Cutter.[164] Kaguya é a maior missão de sonda lunar desde o programa Apollo. Sua missão é coletar dados sobre a origem da Lua e sua evolução. Ela entrou em uma órbita lunar em 4 de outubro,[165][166] voando em uma órbita lunar a uma altitude de cerca de 100 km.[167]

Transportes e energia

Em 2005, metade da energia no Japão era produzida a partir de petróleo, um quinto a partir do carvão mineral e 14% do gás natural.[168] A energia nuclear produzia um quarto da eletricidade do país.[169]

Os gastos do Japão com estradas têm sido grande.[170] Os 1,2 milhões de quilômetros de estradas pavimentadas são as principais vias de transporte, cuja circulação se faz à esquerda.[171]

A única rede de autoestradas de alta velocidade é dividida e limitada por estradas com portagem de acesso que as conectam às principais cidades e são operadas por empresas de coleta de pedágio. Carros novos e usados são baratos. As taxas de propriedade do automóvel e taxas de combustível são utilizados para promover a eficiência energética. No entanto, em apenas 50% de todas as distâncias percorridas, o uso do automóveis é o mais baixo de todos os países do G8.[172]

Dezenas de empresas de transporte ferroviário japonesas competem nos mercados de transporte local e regional de passageiros, como por exemplo, a 7 JR, a Kintetsu Corporation, a Seibu Railway e a Keio Corporation. Muitas vezes, como estratégia dessas empresas, ao lado das estações existem empreendimentos imobiliários ou lojas de departamento. Cerca de 250 trens de alta velocidade Shinkansen ligam as principais cidades japonesas e são conhecidos por sua pontualidade.[173]

Existem 173 aeroportos e voar é uma maneira popular de se viajar entre cidades do país. O maior aeroporto doméstico, o Haneda, é o mais movimentado da Ásia. Os maiores aeroportos internacionais são o Aeroporto Internacional de Narita (região de Tóquio), Aeroporto Internacional de Kansai (área de Osaka/Kobe/Quioto) e o Aeroporto Internacional de Chubu (área de Nagoya). Os maiores portos incluem o Porto de Nagoya.[174]

Educação

Ver artigo principal: Educação no Japão

A alfabetização no Japão remonta anterior à introdução da escrita kanji no século VI. Inicialmente restrita às classes aristocráticas, a educação atingiu a população em geral no Período Edo, em que havia escolas específicas para a classe dos samurais, mas também escolas mistas que ensinavam escrita, leitura e aritmética. Graças a esse sistema, calcula-se que em 1868, época da Restauração Meiji, 40% da população japonesa fosse alfabetizada.[175] A divisão em escolas primárias, secundárias e universidades foi introduzida no Japão em 1871 como parte da Restauração Meiji.[176]

Desde 1947, a educação obrigatória no Japão inclui a educação infantil (shõgakkõ), o qual dura 6 anos (dos seis aos onze ou doze anos)e o ensino fundamental, chugakkō, o qual dura três anos. Quase todas as crianças continuam seus estudos indo para o colegial, koukō, de três anos e, de acordo com o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, cerca de 75,9% dos formandos do ensino secundário cursaram a universidade, a educação profissional, ou outros cursos pós-secundários em 2005.[177]

O ano letivo no Japão tem início em abril e pode ser dividido em dois ou três períodos. O currículo de cada série é determinado pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, bem como há avaliações periódicas do material escolar utilizado.[175]

A educação no Japão é muito competitiva,[178] em especial, o ingresso em instituições de ensino superior. De acordo com o Suplemento de Educação Superior do The Times, as universidades mais importantes do Japão são a Universidade de Tóquio, a Universidade de Quioto e a Universidade de Osaka.[179]

No momento, a educação japonesa passa por uma reestruturação que tenta adaptá-la ao século XXI, mudando sua ênfase da disciplina e do respeito a tradição para a liberdade e a criatividade.[175]

Saúde

No Japão, os serviços de saúde são fornecidos pelos governos nacional e locais. O pagamento de serviços médicos pessoais é oferecido através de um sistema de seguro universal de saúde que oferece uma relativa igualdade de acesso, com taxas fixadas por uma comissão do governo. As pessoas sem seguro através dos empregadores podem participar de um programa nacional de seguro de saúde administrado pelos governos locais. Desde 1973, todas as pessoas idosas têm sido cobertas pelo seguro patrocinado pelo governo.[180] Os doentes são livres para escolher médicos ou instalações de sua preferência.[181] O país possui a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil.[11][12]

Mídia e telecomunicações

Ver artigo principal: Mídia no Japão
Sede da NHK em Osaka
Sede da Fuji TV em Odaiba.

Antes de 1985, o Japão vivia em um sistema de bi-monopólio, no qual a Nippon Telegraph and Telephone Public Corporation dominava a telefonia doméstica, e a Kokusai Denshin Denwa a telefonia internacional. Na primeira reforma, a NTT sofreu uma privatização parcial, através da qual surgiu uma espécie de competição controlada do mercado, no qual o Ministério dos Correios e Telecomunicações japonês intervinha para que não houvesse perdedores.[182]

Na segunda etapa desta reforma, ocorrida a partir de 1997, viu-se o claro objetivo de aumentar a competição no mercado e uma diminuição da regulamentação implementada até então, graças ao acordo junto à Organização Mundial do Comércio. Todavia, o que se seguiu foi o nascimento da NTT como competidora internacional de telecomunicações.[182]

Desde 1985 que o Japão possui um sistema tronco nacional de telefonia com fibras óticas, interconectando diversas cidades ao longo de 3 400 km e com previsão de ampliação devido a flexibilidade do material empregado. Entre as ilhas, utiliza de cabos submarinos. Na telefonia móvel, possuía 90 milhões de usuários em 2005. Em relação a televisão, a nação possui o sistema a cabo (CATV) e para a internet, a rede local de assinantes e a rede integrada digital.[183]

Na mídia, há grande circulação de jornais e revistas, além de canais de rádio e televisão, que atingem toda a população urbana do país e boa parte da rural. Entre os principais estão o jornal Yomiuri Shimbun, a rádio NHK e os canais de tv NHK e TXN. Quase todas as corporações que os veiculam, politicamente, estão divididas em liberal, média e conservadora.[184]

Habitação e saneamento

Tóquio, uma das cidades mais densamente povoadas do mundo.
Lago Miyagase, uma importante reserva para Tóquio e Yokohama

O Japão passou por profundas transformações em pouco mais de cem anos em suas estruturas socioeconômicas e culturais, saindo de um sistema feudal para um mundo moderno e industrial. Suas políticas habitacionais não fugiram às mudanças e foram desenvolvidas e solidificadas nos últimos quarenta anos, até 2006, gerando moradias e qualidade de vida.[185][186]

No entanto, foi reconhecido que sua alta densidade populacional, o alto preço das terras e a queda no volume de negócio no mercado imobiliário geraram um novo desafio para o governo: reabilitar áreas degradadas para alocar o crescimento demográfico. Para esses locais, estudam-se projetos que aloque a população em cidades subterrâneas e nas chamadas super-torres, estruturas verticais gigantescas capazes de suportarem uma pequena cidade como Sky City 1000, Shimizu Mega City Pyramid e X-Seed 4000.[185][186]

Nestes projetos, está ainda inserida a urbanização, voltada para o meio-ambiente e à integração do homem com a natureza, visando o resgate histórico de sua cultura, esquecida nas construções de massa moderna para abrigar o largo crescimento populacional que acompanhou as modificações no cenário econômico nacional.[185][186]

Sua tecnologia aliada aos recursos naturais deram ao Japão acesso à água potável e tratamento de esgoto em quase todo o território nacional. Devido à rápida urbanização de suas grandes cidades, ocorreu a degradação ambiental que causou enchentes, aridez e piora da qualidade da água.[187]

Para atenuar os danos causados por esses problemas, foram implantadas medidas para melhorar os mecanismos de coordenação sobre o uso da água e prevenir a sua contaminação. Como resultado, o Japão obteve drásticas melhorias em seus recursos hídricos e de higiene e abastecimento de água potável em seu território. Cidades como Tóquio e Quioto foram as grandes beneficiadas dos projetos.[187]

Criminalidade e segurança

Ver artigo principal: Criminalidade no Japão
Os yakuza são conhecidos por terem seus corpos quase inteiramente tatuados

O Japão tem a segunda menor taxa de homicídios do mundo.[188] Em 2001, era considerado um dos países mais seguros do mundo para se viver, o Japão teve seu índice de criminalidade, somado em todo o território, no maior nível desde a Segunda Guerra Mundial. Com um aumento de 12%, registraram-se mais de três milhões de infrações, das quais 1% foram de crimes violentos, enquanto mais de 90% eram de infrações de trânsito, contravenções, fraudes, furtos, principalmente de motocicletas e bicicletas, delinquência, desacato e homicídio ou ferimento por negligência. O agravo desta condição foi também devido ao fato da diminuição da eficácia da polícia japonesa, que, em análise de mesmo período, efetuou 8% menos prisões. Segundo especialistas, as causas para este cenário foram a estagnação da economia japonesa desde o começo dos anos de 1990 e o aumento do desemprego.[189] Cinco anos mais tarde, robôs de segurança foram apresentados à população, para ajudarem na patrulha de locais pré-determinados. A utilização de tecnologias de vigilância deve-se à baixa taxa de natalidade, o que poderá gerar problemas futuros para as guardas.[190]

Em pesquisas mais recentes, ficou constatado que a criminalidade estava diminuindo e que a grande preocupação da segurança nacional eram as tragédias naturais, como os terremotos e tsunami, as falsificações dos selos de segurança dos prédios, os acidentes aéreos e ferroviários, os confrontos políticos, guerras e ataques terroristas. No balanço geral, mais de 42% da população considerou o Japão um lugar perigoso para morar devido a estes fatores. Como solução apontada está o esforço em conjunto entre a sociedade, governos locais e empresas.[191]

Apesar da segurança e da aparente preocupação da população girar em torno apenas dos desastres naturais, a presença da máfia é algo não ignorado no país. A Yakuza, organização mafiosa mais conhecida do Oriente, tem suas origens no fim da era dos samurais, quando estes passaram a vagar pelo território. No entanto, a precisão de seu surgimento é variado, indo desde os filhos de kabuki-mono até a descendência honrosa direta dos ronins. No Japão, esta organização é composta por vários clãs de criminosos violentos, que deixam marcas no aspecto de vida japonês, principalmente no que toca as torturas e chantagens daqueles que ousassem desafiar seus poderes. Desde a jogatina e esquemas de prostituição até os bastidores do poder político e financeiro de alto escalão a Yakuza é presença forte no cenário nacional e internacional.[192]

Cultura

Ver artigos principais: Arquitetura e Cultura do Japão
Castelo de Himeji, um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Ficheiro:Anime-Store-In-Akihabara.jpg
Loja de anime em Akihabara, Tóquio.

A história japonesa produziu uma cultura que mescla influências da tradição chinesa e as formas indianas e ocidentais desde sua arquitetura à sua gastronomia. Primordialmente, o Japão sofreu influência direta da China, em um processo iniciado há cerca de 1 500 anos. O Japão e outros reinos asiáticos eram estados tributários da China desde tempos antigos. No entanto, o Japão parou de enviar tributos à China em 894 d.C. A partir daí, a cultura japonesa desenvolveu-se de forma independente e floresceu numa variedade de campos livremente.[193]

O processo de nacionalização cultural acelerou-se durante os últimos 250 anos anteriores ao que o Japão se manteve isolado, até 1868, quando se abriu para o mundo ocidental com a assinatura do Tratado de Kanagawa.[194]

Nos últimos séculos foi influenciada pela Europa e pelos Estados Unidos. Através dessas influências, gerou um complexo próprio de artes, técnicas artesanais como bonecas e objectos lascados e cerâmica (bonsai, origamis) e outras artes com papel, (ikebana), espetáculos e danças (bunraku, kabuki, noh, rakugo, shibu, Yosakoi Soran) e tradições e jogos (onsen, sento, cerimónia do chá), além de uma culinária única.[195]

A cultura popular japonesa tornou-se conhecida a partir dos mangás e dos animes. Os mangás surgiram com a união entre a pintura tradicional japonesa sobre madeira e a arte Ocidental.[196] A animação e os filmes influenciados pelo mangá são chamados anime. Os consoles de videogames feitos no Japão prosperaram desde os anos 1980.[197]

Entre os exemplos mais conhecidos da cultura japonesa estão o sushi na culinária, os bonsais como manifestações culturais, o anime (desenhos animados japoneses), o tokusatsu (filmes e séries de super-heróis japoneses, que utilizam efeitos especiais), o karate, judo e kendō nas artes marciais e os videogames Nintendo, SEGA e PlayStation.

Música e dança

Ver artigo principal: Música do Japão
Masayo Ishigure tocando um koto de treze cordas.

A música do Japão também é eclética, emprestando instrumentos, escalas e estilos de culturas vizinhas. Muitos instrumentos como o koto, foram introduzidos nos séculos IX e X. O acompanhamento do noh data do século XIV e a popular tradicional música com o shamisen do XVI. A música ocidental, introduzida em fins do século XIX, agora é parte da cultura. O Japão do pós-guerra foi muito influenciado pela música contemporânea dos Estados Unidos e da Europa, o que levou ao desenvolvimento do estilo japonês chamado J-pop (música popular japonesa) e música Enka (música tradicional japonesa).[198] O karaokê é a prática cultural mais comum.[199]

Na dança os japoneses são mais tradicionais, inclusive com uma lenda divina que explica o surgimento da mesma. Suas danças tradicionais originaram-se na Antiguidade, como meios de manifestações, caracterizadas por movimentos leves e de formas peculiares. A primeira de que se tem relato foi a chamada kagura, referente aos deuses da cultura japonesa. Foi a partir destas manifestações religiosas que originaram-se vários outros estilos de dança nacionais. Hoje, a dança tradicional do Japão é chamada de Nihon Buyou.[200]

Literatura e cinema

Ver artigos principais: Literatura e cinema do Japão
Exemplo de caligrafia japonesa (書道 shodō).

Os primeiros trabalhos da literatura japonesa incluem dois livros, o Kojiki e o Nihonshoki e o livro de poesia do século XVIII, Man'yōshū, todos escritos com ideogramas chineses.[201] No início do Período Heian, a escrita japonesa conhecida como kana (Hiragana e Katakana) foi criada como fonograma. Durante o Período Edo a literatura tornou-se arte não só da aristocracia, mas dos chonin, a população comum. A Era Meiji viu o declínio das formas tradicionais de literatura e a crescente adoção de influências ocidentais. Natsume Soseki e Mori Ōgai foram os primeiros romancistas modernos do Japão, seguidos por Ryunosuke Akutagawa, Junichiro Tanizaki, Yasunari Kawabata, Yukio Mishima e, mais recentemente, Haruki Murakami. O Japão tem dois ganhadores do Nobel de Literatura, Yasunari Kawabata (em 1968) e Kenzaburo Oe (em 1994).[202]

No cinema, de desenvolvimento simultâneo ao ocidental, a nação produziu obras de reconhecimento qualitativo. Durante as primeiras décadas do século XX, os filmes representavam dois gêneros de produção, o jidai geki, chamado histórico, e o gendai-geki, conhecido como da vida real. Internacionalmente, destaca-se o cineasta Akira Kurosawa[194]

Culinária

Ver artigo principal: Culinária do Japão
Culinária Kaiseki

A culinária do Japão é tratada como arte, seja pela forma de misturar os ingredientes, seja pela apresentação dos pratos. Desde 2013, a culinária tradicional japonesa passou a ser considerada Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade pela UNESCO.[203] Na base da gastronomia está o arroz, alimento consumido desde o café da manhã até ao jantar. Para comerem, utilizam os chamados hashis e têm como pratos principais as sopas ou pastas de soja, hortaliças, picles, peixes e carne. Apesar do número limitado, a variedade de pratos é grande. De influência externa, entraram o pão, o fast-food, o hambúrguer, o frango frito e o curry ao estilo japonês, populares entre os jovens. Como hábito, antes de cada refeição é costume dizer itadakimassu, que significa pedir licença para comer e um agradecimento a quem preparou.[195]

Entre os doces destacam-se os designs, feitos também de arroz e feijão. Os doces típicos são chamados wa-gashi e os ocidentais yo-gashi. Nos wa-gashi, é muito comum ver ingredientes como farinha de arroz, feijão-azuqui e açúcar. A manteiga e o leite são raramente usados. Já em relação as bebidas japonesas a mais conhecida internacionalmente é o saquê, feito do arroz, que tem 17% de teor alcoólico, e o Yakult, leite fermentado, muito consumido em todo mundo. Em geral, os japoneses bebem chá verde após as refeições, bebem café preparado ao estilo norte-americano, e consomem cerveja nacional como a Suntory e a Sapporo. Recentemente surgiu o shochu , preparado de álcool e água. No verão, a bebida mais popular é a mugicha, feita de água fria e cevada. Vinho e uísque são importados.[195]

Artes

Ver artigo principal: Arte do Japão
Xilogravura "A Grande Onda de Kanagawa"

O pincel é o meio de expressão artística predileto dos japoneses, praticantes da pintura e da caligrafia tanto profissionalmente quanto como passatempo. O significado do objeto era tamanho, que até a modernidade lá não se usava a pluma para escrever. A escultura, considerada pelos artistas um meio ineficaz de expressão, era relacionada a religião e com a decadência do budismo tradicional, tornou-se ainda menos importante. A cerâmica, por sua vez é dita uma das mais belas do mundo e está entre os objetos mais antigos desta cultura milenar. Já sua arquitetura demonstra o apreço dos japoneses pelos materiais naturais, tanto na composição exterior, quanto na interior dos espaços. Como arte de polaridade, a japonesa valoriza-se não apenas por sua simplicidade, mas também por sua exuberância de cores, cuja influências têm atingido o ocidente desde o século XIX.[204]

Separadas por períodos, as manifestações artísticas japonesas viveram um início com a tribo jomon, foram influenciados externamente e viveram um período voltadas para dentro, passando pelas artes Jomon e Yayoi, dos Grandes Túmulos, Asuka e Naka entre outras, até chegarem a Edo, e posteriormente às grandes influências ocidentais externas.[204]

Esportes

Ver artigo principal: Esporte no Japão
Uma cerimônia antes de um torneio de sumô em Tóquio

Para o povo japonês, a prática do esporte é tão importante, que instituiu-se o Dia do Esporte. Acima da prática do exercício físico, para eles o esporte desenvolve a disciplina, a formação do caráter e incentiva o espírito esportivo. Torcedores entusiasmados, incentivam seus atletas sempre que estes estejam dispostos a darem o melhor de si.[205]

Os esportes praticados no Japão variam desde os tradicionais, chamados budô, em especial o judô, o karatê, o kendo e o sumô, considerado o esporte nacional,[206][207][208] até os esportes Ocidentais tais como o basebol e o futebol, introduzidos no país após a restauração Meiji e popularizados através do sistema educacional.[209] Outros esportes populares são os de inverno, como snowboard, esqui e patinação no gelo, além do golfe,[210] e do automobilismo com o Super GT e a Formula Nippon.[211] Diversos atletas japoneses, em especial do basebol e esportes olímpicos têm notoriedade internacional.[205]

O basebol é um dos esportes populares com mais espectadores no Japão.[209] A liga profissional japonesa de basebol surgiu em 1936 e foi reformulada para o formato atual em 1950. Ela é formada hoje por doze grupos de todo o país. As competições anuais são vistas por milhões de pessoas.[212]

Uma partida de basebol no Japão

O futebol começou a crescer com a criação da J-League em 1991[213] e a contribuição de "Zico" no Kashima Antlers entre outros técnicos.[209] Sendo já o segundo esporte mais praticado nas escolas procura-se gerar uma cultura do futebol que garanta sua prática pela população. Desde então, os clubes da liga contam com muitos atletas estrangeiros.[214]

O Japão já foi sede de várias competições internacionais, como os Jogos Olímpicos de Inverno de 1972, os de 1998 e as Olimpíadas de 1964 em que o judô foi incluído como modalidade olímpica.[215] O histórico de participações do Japão nos Jogos Olímpicos remonta a 1912 em Estocolmo e desde 1964 o país participou de todos os eventos olímpicos, a não ser por um breve momento em 1980.[215] Em 2002, o país sediou a Copa do Mundo de Futebol em conjunto com a Coreia do Sul, chegando à fase de oitavas-de-final. Na edição seguinte, a equipe nacional que era comandada por Zico não repetiu o sucesso e foi eliminada na primeira fase da competição enquanto na Copa do Mundo de 2010 a seleção japonesa chegou novamente às oitavas-de-final.[216] Em 2020 será sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão, sendo segunda vez sede olímpica e primeira vez sede paralímpica.[217][218] Cinco novas modalidades serão disputadas em Tóquio 2020: Surfe, Skate, Beisebol/softbol, Escalada, Caratê [219]

Ver também

Predefinição:Contém texto em japonês

Referências

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