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Foi também um militante do [[Movimento negro no Brasil|movimento negro]], frequentando as associações e grêmios que atuavam na regão. Inspirado na obra de [[Luís Gama]], fundou em [[1923]] o jornal ''Getulino'' (apelido do poeta), ao lado de [[Benedito Florêncio]] e [[Gervásio de Morais]]. |
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Em [[1926]], encerrou as atividades do ''Getulino'' e mudou-se para [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]. Na capital paulista, integrou o Centro Cívico Palmares e ajudou [[Argentino Celso Wanderley]] a fundar o jornal ''Progresso'', também dedicado à causa negra<ref>COSTA, Eduarda Rodrigues. [http://www.letras.ufmg.br/literafro/ |
Em [[1926]], encerrou as atividades do ''Getulino'' e mudou-se para [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]. Na capital paulista, integrou o Centro Cívico Palmares e ajudou [[Argentino Celso Wanderley]] a fundar o jornal ''Progresso'', também dedicado à causa negra<ref>COSTA, Eduarda Rodrigues. [http://www.letras.ufmg.br/literafro/arquivos/autores/linoguedescritica3.pdf Tradição popular e pertencimento étnico na poesia de Lino Guedes]. Portal Literafro - UFMG</ref>. |
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Como poeta, usava o [[pseudônimo]] de '''Laly'''. Sua poesia era influenciada pelo romantismo abolicionista de [[Castro Alves]] e [[Vicente de Carvalho]]. Adotou formas populares, como a [[redondilha]] e até mesmo o [[cordel]], enquanto na temática alternava entre poemas de amor (''"Você é uma rosa, Dictinha,/ A florir com sua graça/ Toda esta existência minha!"'') e a preocupação social com a situação do negro no Brasil (''"Negro preto cor da noite/ Nunca te esqueças do açoite/ que cruciou tua raça"'')<ref>DUARTE, Eduardo de Assis. [http://www.letras.ufmg.br/literafro/ |
Como poeta, usava o [[pseudônimo]] de '''Laly'''. Sua poesia era influenciada pelo romantismo abolicionista de [[Castro Alves]] e [[Vicente de Carvalho]]. Adotou formas populares, como a [[redondilha]] e até mesmo o [[cordel]], enquanto na temática alternava entre poemas de amor (''"Você é uma rosa, Dictinha,/ A florir com sua graça/ Toda esta existência minha!"'') e a preocupação social com a situação do negro no Brasil (''"Negro preto cor da noite/ Nunca te esqueças do açoite/ que cruciou tua raça"'')<ref>DUARTE, Eduardo de Assis. [http://www.letras.ufmg.br/literafro/arquivos/autores/linoguedescritica1.pdf Lino Guedes: imprensa e folhetim negro na década de 1920]. Portal Literafro - UFMG</ref>. |
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* 1924 - ''Luís Gama e sua individualidade literária''<ref>[http://www.letras.ufmg.br/literafro |
* 1924 - ''Luís Gama e sua individualidade literária''<ref>[http://www.letras.ufmg.br/literafro/autores/642-lino-guedes Lino Guedes - Portal Literafro - UFMG].</ref> |
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Revisão das 19h14min de 4 de outubro de 2018
Lino Guedes | |
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Nome completo | Lino de Pinto Guedes |
Nascimento | 24 de junho de 1897 Socorro |
Morte | 3 de março de 1951 (53 anos) |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Jornalista e poeta |
Lino de Pinto Guedes (Socorro, 24 de junho de 1897 - 4 de março de 1951) foi um jornalista e poeta brasileiro[1][2].
Biografia
Filho de ex-escravos, ficou órfão de pai aos 2 anos de idade. Contou com a ajuda do fazendeiro e líder político local Olympio Gonçalves dos Reis para estudar na escola Normal em Campinas. Ali começou a carreira de jornalista, colaborando com os jornais Diário do Povo e Correio Popular. Mais tarde, trabalhou também no Jornal do Comércio, O Combate, Razão, São Paulo - Jornal, Correio de Campinas, Correio Paulistano e Diário de São Paulo[3].
Foi também um militante do movimento negro, frequentando as associações e grêmios que atuavam na regão. Inspirado na obra de Luís Gama, fundou em 1923 o jornal Getulino (apelido do poeta), ao lado de Benedito Florêncio e Gervásio de Morais.
Em 1926, encerrou as atividades do Getulino e mudou-se para São Paulo. Na capital paulista, integrou o Centro Cívico Palmares e ajudou Argentino Celso Wanderley a fundar o jornal Progresso, também dedicado à causa negra[4].
Como poeta, usava o pseudônimo de Laly. Sua poesia era influenciada pelo romantismo abolicionista de Castro Alves e Vicente de Carvalho. Adotou formas populares, como a redondilha e até mesmo o cordel, enquanto na temática alternava entre poemas de amor ("Você é uma rosa, Dictinha,/ A florir com sua graça/ Toda esta existência minha!") e a preocupação social com a situação do negro no Brasil ("Negro preto cor da noite/ Nunca te esqueças do açoite/ que cruciou tua raça")[5].
Obras
- 1926 - Black
- 1935 - O Canto do Cisne Preto
- 1936 - Ressurreição negra
- 1936 - Urucungo
- 1936 - Negro Preto Cor da Noite
- 1938 - O Pequeno Bandeirante
- 1938 - Mestre Domingos
- 1938 - Sorrisos do Cativeiro
- 1938 - Vigília do Pai João
- 1938 - Ditinha
- 1943 - Nova Inquilina do Céu
- 1951 - Suncristo
- ???? - Dedicatória
Ensaio
- 1924 - Luís Gama e sua individualidade literária[6]
Referências
- ↑ 60 anos da morte do poeta, escritor e jornalista “herdeiro” de Luís Gama. Partido da Causa Operária
- ↑ Lino Guedes: percursor da negritude na poesia brasileira. Fundação Cultural Palmares, 2 de março de 2007
- ↑ DOMINGUES, Petrônio. Lino Guedes: de filho de ex-escravo à “elite de cor”. Afro-Ásia, 41 (2010), 133-166
- ↑ COSTA, Eduarda Rodrigues. Tradição popular e pertencimento étnico na poesia de Lino Guedes. Portal Literafro - UFMG
- ↑ DUARTE, Eduardo de Assis. Lino Guedes: imprensa e folhetim negro na década de 1920. Portal Literafro - UFMG
- ↑ Lino Guedes - Portal Literafro - UFMG.