Parque Nacional da Serra dos Órgãos: diferenças entre revisões
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O '''[[Parque Nacional]] da Serra dos Órgãos''' é uma unidade de conservação situada no maciço da Serra dos Órgãos, abrangendo os municípios de [[Guapimirim]], [[Magé]], [[Petrópolis]] e [[Teresópolis]], com uma área de {{Fmtn|20030|[[hectare|ha]]}}. Aberto para visitação permanente, é administrado pelo [[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICMBio). |
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Normalmente de maio a setembro é aberta a temporada de montanhismo, com aventureiros de toda parte buscando o contato direto com a natureza. O principal roteiro é a Travessia Petrópolis-Teresópolis, que exige três dias e é considerada a caminhada mais bonita do Brasil. |
Normalmente de maio a setembro é aberta a temporada de montanhismo, com aventureiros de toda parte buscando o contato direto com a natureza. O principal roteiro é a Travessia Petrópolis-Teresópolis, que exige três dias e é considerada a caminhada mais bonita do Brasil. |
Revisão das 16h43min de 21 de novembro de 2018
Parque Nacional da Serra dos Órgãos | |
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Categoria II da IUCN (Parque Nacional) | |
Serra e o pico Dedo de Deus ao fundo. | |
Localização | Rio de Janeiro, Brasil |
Dados | |
Área | 20 030 ha |
Criação | 30 de novembro de 1939 |
Gestão | ICMBio |
Coordenadas | |
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é uma unidade de conservação situada no maciço da Serra dos Órgãos, abrangendo os municípios de Guapimirim, Magé, Petrópolis e Teresópolis, com uma área de 20 030 ha. Aberto para visitação permanente, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Normalmente de maio a setembro é aberta a temporada de montanhismo, com aventureiros de toda parte buscando o contato direto com a natureza. O principal roteiro é a Travessia Petrópolis-Teresópolis, que exige três dias e é considerada a caminhada mais bonita do Brasil.
O nome do parque deriva da semelhança dos picos da serra com os tubos de órgãos de igreja, derivando daí o nome Serra dos Órgãos.
Histórico
O parque foi criado em 30 de novembro de 1939, pelo decreto federal Nº 1.822, tendo sido ampliado em 2008 para os atuais 20 030 ha.
A antiga Reserva Ecológica do Alcobaça, cujo controle havia passado ao IBAMA em 2005,[1] foi incorporada ao PARNASO em 2008.[2]
Geologia
Topografia
Caracterizada por sua topografia acidentada e por grandes desníveis, com altitudes que variam entre 100 e 2 275 m, onde se encontra seu ponto culminante, a Pedra do Sino. Localiza-se na parte de mais altas vertentes da Serra do Mar, que formada em épocas geológicas muitíssimo antigas, as rochas sofreram na região movimentos mais recentes, o que resultou no imenso paredão que acompanha a planíce costeira em direção ao Rio de Janeiro.[carece de fontes]
Formações rochosas
Ao longo deste paredão encontra-se, ainda no interior do parque, uma formação rochosa conhecida como Dedo de Deus. Trata-se de um bloco rochoso de 1 692 m de altura com uma forma que lembra uma mão fechada, com o indicador erguido, a partir do qual, em dias claros, é possível avistar a cidade do Rio de Janeiro. Outros monumentos geológicos importantes pertencentes ao parque são o Garrafão, com 1 980 m, a Pedra da Cruz, com 2 130 m, São Pedro, com 2 234 m, São João, com 2 100 m, e Cara de Cão, com 2 180 m. O dedo de Deus é o símbolo do montanhismo brasileiro e também do Estado do Rio de Janeiro.[carece de fontes]
Hidrografia
Cortado por notável rede hidrográfica, representada pelos rios Paquequer, Beija-Flor, Soberbo, Iconha, Bananal, Santo Aleixo, Itamarati, Bonfim e Jacó, o solo do Parque deu origem à densa floresta, com diversos ambientes. Na vegetação secundária, predominam as palmeiras, e, em altitudes até 500 m, há a ocorrência de palmito, pindobinhas, xaxim e, particularmente, embaúba.[carece de fontes]
Biodiversidade
Entre altitudes de 100 e 1 500 m, a chamada floresta montana, a vegetação atinge até 40 m, onde encontramos espécies como o baguaçu, jequitibá, canelas e canela-santa, muito admirada por suas floradas amarelas. Já acima de 2 000 m, a vegetação é representada principalmente por gramíneas e espécies que crescem sobre os rochedos.[carece de fontes]
A fauna é rica e diversificada, constituindo-se num de seus últimos redutos na região. São 462 espécies de aves, a maior riqueza registrada na Mata Atlântica; 82 espécies de mamíferos; 83 répteis e 102 anfíbios. 130 espécies ameaçadas são protegidas pelo Parque. Entre os mamíferos destacam-se o muriqui (Brachyteles arachnoides), maior primata das Américas, e grandes predadores carnívoros, como o puma, ameaçado de extinção. Em 2008 pesquisadores encontraram rastros da onça pintada (Panthera onca), considerada extinta na região.[carece de fontes]
Entre as aves ameaçadas estão a jacutinga e o tietê-de-coroa, ave endêmica da Serra dos Órgãos. Também podem ser vistos os araçaris, formando bonito contraste com a vegetação. Um cuidado que se deve ter é com as cobras venenosas, como a jararaca e jaracuçu, que camufladas se deslocam pelas folhas em busca de presas desprevenidas.[carece de fontes]
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1980, a temperatura mínima absoluta registrada no Parque Nacional foi de 1,2 °C em 17 de junho de 1973,[3] e a maior atingiu 33,5 °C em 25 de dezembro de 1968.[4] O recorde de precipitação registrado em 24 horas é de 182,6 mm em 4 de fevereiro de 1964,[5] e o recorde mensal de 964,8 mm em janeiro de 1961.[6]
Dados climatológicos para Parque Nacional da Serra dos Órgãos (1961-1980) | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 33,2 | 33,1 | 32,6 | 30,2 | 28,3 | 27,4 | 28,3 | 30,9 | 33 | 33,2 | 32,9 | 33,5 | 33,5 |
Temperatura máxima média (°C) | 26,6 | 26,8 | 26,2 | 23,3 | 21,7 | 21,1 | 20,6 | 22,2 | 22,6 | 22,7 | 23,5 | 25,1 | 23,5 |
Temperatura média compensada (°C) | 20,7 | 20,8 | 20,2 | 17,9 | 15,8 | 14,9 | 14,3 | 15,6 | 16,7 | 17,5 | 18,3 | 19,7 | 17,7 |
Temperatura mínima média (°C) | 16,2 | 16,3 | 15,6 | 13,6 | 11,4 | 10,5 | 9,7 | 10,9 | 12,2 | 13,4 | 14,2 | 15,4 | 13,3 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 10,3 | 9,1 | 7,7 | 6,1 | 3 | 1,2 | 2,4 | 3,4 | 3,2 | 6,2 | 6,2 | 7,8 | 1,2 |
Precipitação (mm) | 401,9 | 322,6 | 263,3 | 226,3 | 120,7 | 69,8 | 83,4 | 101,3 | 143,7 | 264,5 | 351,5 | 425,4 | 2 774,3 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 19 | 15 | 14 | 13 | 9 | 7 | 7 | 8 | 10 | 17 | 18 | 19 | 156 |
Umidade relativa compensada (%) | 86,6 | 85,9 | 86,6 | 88,7 | 87,4 | 86,3 | 85,4 | 83,5 | 84,4 | 87,7 | 88,4 | 87,2 | 86,5 |
Horas de sol | 159,7 | 152,6 | 162,9 | 151,1 | 163,7 | 158,9 | 169,4 | 180,4 | 144,5 | 117 | 118,2 | 137,8 | 1 816,2 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (normal climatológica de 1961-1990;[7] recordes de temperatura de 01/01/1961 a 20/12/1980)[3][4] |
Esportes e distância do Rio de Janeiro
Além da beleza e da importância da conservação de suas espécies, o Parnaso é um dos melhores locais do país para a prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada, rapel e outros. A travessia Petrópolis-Teresópolis, com 30 km de caminhada pesada pelo alto das montanhas, é considerada a caminhada de longo curso mais bonita do Brasil, com vários pontos de destaque como o Castelo do Açu e Pedra do Sino.[carece de fontes]
A 90 km do Rio de Janeiro, ou menos de duas horas por rodovia, o parque recebe o ano todo grande número de visitantes. Seu acesso principal é pela rodovia BR 116 Rio-Teresópolis.[carece de fontes]
Galeria de fotos
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Serra dos Órgãos entre 1820 e 1825, por Rugendas
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Serra dos Órgãos vista de Teresópolis. Óleo sobre tela por Georg Grimm, 1885.
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Vista do Parque na sede de Teresópolis
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Picos (da esquerda para a direita): Escalavrado (1 406 m), Dedo de Nossa Senhora (1 320 m), Dedo de Deus (1 692 m), Cabeça de Peixe (1 680 m) e Santo Antônio (1 990 m).
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Rodovia Rio–Teresópolis, trecho da BR-116
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Vista do parque, parte da Serra do Mar
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Serra dos Órgãos, vista dos Portais de Hércules, ao amanhecer
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Nascer do sol em meio à neblina, na Pedra do Sino
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Nascer do sol no Dedo de Deus
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Piscina com água mineral
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Paisagem do parque vista do Castelo do Açu
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Trilha do parque, na sede de Petrópolis
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Trilhas de Guapimirim
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Trilha suspensa na sede de Teresópolis
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Serra dos Órgãos, ao fundo, vista da cidade do Rio de Janeiro
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Lago Comary, em Teresópolis, com os picos do Escalavrado e Dedo de Deus ao fundo
Referências
- ↑ http://www.jornaldepetropolis.jex.com.br/cidade/reserva+ecologica+de+petropolis+vai+ser+protegida+pelo+ibama/
- ↑ http://sma.petropolis.rj.gov.br/sma/modules/mastop_publish/print.php?tac=73
- ↑ a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Teresópolis (Parque Nacional)». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 9 de julho de 2018
- ↑ a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Teresópolis (Parque Nacional)». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 9 de julho de 2018
- ↑ «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Teresópolis (Parque Nacional)». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 25 de junho de 2015
- ↑ «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Teresópolis (Parque Nacional)». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 25 de junho de 2015
- ↑ «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 9 de julho de 2018