Automóvel híbrido elétrico: diferenças entre revisões

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Há três tipos de automóvel híbrido<ref>[http://thegearhead.hubpages.com/hub/A-Closer-Look-At-Synergy-Drive-Toyotas-Hybrid-System-Explained A Closer Look At Synergy Drive - Toyota's Hybrid System Explained], em inglês, acesso em 02 de novembro de 2013.</ref>:
Há três tipos de automóvel híbrido<ref>[http://thegearhead.hubpages.com/hub/A-Closer-Look-At-Synergy-Drive-Toyotas-Hybrid-System-Explained A Closer Look At Synergy Drive - Toyota's Hybrid System Explained], em inglês, acesso em 02 de novembro de 2013.</ref>:

Revisão das 01h59min de 17 de dezembro de 2018

Toyota Prius.

Um automóvel híbrido é um automóvel que possui um motor de combustão interna, normalmente a gasolina, e um motor eléctrico que permite reduzir o esforço do motor de combustão e assim reduzir os consumos e emissões.

Como exemplo, tem-se um automóvel que combine motor a combustão e motor elétrico na realidade é um veículo elétrico alimentado pela energia cinética proveniente da queima de combustível. Este é o modelo mais difundido nas locomotivas e geradores diesel-elétrico .

Embora o automóvel híbrido polua menos do que os automóveis somente com motor a combustão, seus custos são altos se comparados à diferença de emissão de poluentes. Por enquanto, apenas automóveis caros dispõem dessa tecnologia.Porém a previsão é de que com o tempo a tecnologia se torne mais barata.

O governo busca implantar essa tecnologia no transporte coletivo, como em ônibus (autocarros), para melhorar a qualidade do ar nos grandes centros urbanos, que é cada vez pior. Estes diferem dos Trólebus por não possuírem fiação aérea para fornecer energia, podendo circular em qualquer lugar; o Trólebus só pode trafegar onde exista esse suporte.

Esportivo híbrido da BMW.
BMW I8.

Essa tecnologia também pode ser aplicada na categoria de carros esportivos, como o BMW I8.

Economia de combustível

A economia de combustível dos veículos híbridos decorre de alguns fatores:

  1. Redução do tamanho dos motores a combustão: Na ausência de um motor elétrico, a potência máxima disponível depende de motores maiores, que dissipam mais potência e consomem mais combustível. Por outro lado, quando se pode contar com o auxílio de um motor elétrico, pode-se adotar um motor a combustão dimensionado para a potência média, e, portanto, menor.[1]
  2. Utilização do Ciclo de Atkinson que propícia maior eficiência energética do que o Ciclo de Otto.
  3. Frenagem regenerativa parte da potência de frenagem é eletromagnética e transforma energia cinética em energia elétrica que pode ser armazenada.
  4. Desligamento do motor a combustão em situações nas quais a potência do motor elétrico é suficiente (ex. engarrafamentos), o que evita que o motor a combustão fique trabalhando abaixo do ponto no qual propicia baixa proporção de energia útil (energia total - energia dissipada).[2][3]
  5. Possibilidade de captação de energia solar[4] [5] ou eólica.[6][7][8][9]

Classificação dos híbridos

Segunda geração do Ford Fusion Hybrid em Brasília.
Segunda geração do Toyota Camry Hybrid em Brasília.
Mercedes-Benz S400 Hybrid.
Quarta geração do Toyota Prius.
Novo 2018 Toyota Camry Hybrid (XV60)‎, terceira geração do modelo híbrido.
Primeiro carro híbrido flex no Brasil testado com um Toyota Prius como protótipo.[10]

Há três tipos de automóvel híbrido[11]:

  • Nos primeiros automóveis híbridos o motor a explosão é responsável pela locomoção do automóvel e o elétrico era um auxílio extra para melhorar o desempenho do mesmo. Este tipo é bastante usado em automóveis de pequeno porte e é conhecido como híbrido-paralelo (ex. Honda Insight[12]).
  • Outro método utilizado é o motor elétrico ser responsável pela locomoção do automóvel, sendo que o motor a explosão apenas movimenta um gerador responsável por gerar a energia necessária para o automóvel se locomover e para carregar as baterias. Geralmente automóveis de grande porte utilizam esse sistema, conhecido como híbrido-série.
  • O terceiro é o sistema híbrido misto, que combina aspectos do sistema em série com o sistema paralelo, que tem como objetivo maximizar os benefícios de ambos. Esse sistema permite fornecer energia para as rodas do veículo e gerar eletricidade simultaneamente, usando um gerador, diferentemente do que ocorre na configuração paralela simples. É possível usar somente o sistema elétrico, dependendo das condições de carga. Também é permitido que os dois motores atuem de forma simultânea (ex. Toyota Prius[13]).

História

O Toyota Prius, lançado no mercado japonês em 1997, foi o primeiro veículo híbrido produzido em serie e virou o automóvel híbrido mais vendido do mundo.[14] Em 2001 foi lançado em outros mercados a nível mundial. A segunda geração do Prius foi lançado em 2004 e a terceira em 2009.[15] A quarta geração do Prius convencional foi lançado no mercado japonês em dezembro de 2015, e na Europa e na América do Norte ao início de 2016.[16]

Em 2016 o Prius é vendido em 90 países e regiões, sendo o Japão e Estados Unidos os maiores mercados, com vendas acima de 1,6 milhões em cada país.[17] Em maio de 2008, as vendas globais do Prius atingiram a marca de um milhão de veículos,[18] e em setembro de 2010, o Prius conseguiu vendas acumuladas de 2 milhões de unidades no mundo inteiro,[14] e de 3 milhões em junho de 2013.[19] Em abril de 2016, o Prius convencional é o automóvel híbrido de maior venda no mundo com um total de 3,73 milhões de unidades vendidas.[17] A familia Prius atingiu vendas globais de 5,7 milhões em abril de 2016, representando 63% dos 9 milhões de veículos híbrido vendidos pela Toyota desde 1997.[20]

Brasil

O Mercedes-Benz S400 foi o primeiro automóvel híbrido lançado no Brasil a um preço de R$426.000 e disponível desde abril de 2010. A versão brasileira do Ford Fusion Hybrid foi apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo em outubro de 2010. As vendas começaram em novembro de 2010 a um preço de R$133.900. O Fusion Hybrid é o primeiro modelo do tipo híbrido completo (em inglês: full hybrid) devido a que o S 400 é um híbrido leve (em inglês: mild hybrid), no qual a função do motor elétrico somente é complementar e não pode sozinho movimentar o carro.[21]

A Toyota inicialmente anunciou em outubro de 2011 o lançamento do Toyota Prius no mercado brasileiro no segundo semestre de 2012. O preço do Prius estaria numa faixa entre R$100.000 e R$130.000, sem incentivos fiscais que ainda estavam sendo negociados com o governo federal.[22][23] As vendas do Toyota Prius no Brasil começaram em Janeiro de 2013 a um preço de R$120.830.[24] A quarta geração do Prius foi lançada no Brasil em junho de 2016, a um preço de R$119.950, em versão única. O novo Prius é o automóvel mais econômico disponível no mercado brasileiro, e gasta 18,9 km/l, em cidade, e 17 km/l, em rodovias.[25]

Os automóveis híbridos tem tido uma penetração limitada no Brasil. Um total de 131 híbridos foram vendidos em 2012 e 432 em 2013. A maioria dos models vendidos são Toyota Prius e Ford Fusion Hybrid.[26] Desde janeiro de 2013, quando a Toyota decidiu importá-lo do Japão, até março de 2016, um total de 673 unidades foram vendidas. Mais 83 unidades foram vendidas em abril de 2016 para um total de 756 Prius vendidos no Brasil.[27] O Ford Fusion Hybrid, que custa pouco mais de R$140 mil, emplacou 7.410 unidades em 2015 e mais 1.200 em 2016 até abril.[27]

junho de 2016, outros automóveis híbridos disponíveis no mercado brasileiro são o Lexus CT200h (R$129.900), e os híbridos plug-in BMW i8 (R$799.950) e o Mitsubishi Outlander PHEV R$204.990).[25]

Incentivos

Em maio de 2014 a Prefeitura de São Paulo aprovou a Lei 15.997/14 que prevê que carros elétricos, híbridos e a célula de hidrogênio emplacados na cidade recebam de volta 50% do IPVA pago, que corresponde a parte que cabe à Prefeitura, já que o imposto é estadual. A devolução do IPVA é limitada a R$10.000 e vale 5 anos. O carro não pode custar mais de R$150.000. Estes carros com propulsão alternativa também estarão isentos do rodízio de veículos de São Paulo.[28][29] A prefeitura tem 30 dias para regulamentar a lei e detalhar como ela será cumprida.[29] A legislação de São Paulo procura estimular a adoção de políticas semelhantes em outras cidades brasileiras. Até setembro de 2014 o governo federal ainda está availiando opções para definir uma política que incentive carros elétricos e híbridos no país. Em julho de 2013 a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) entregou proposta para viabilizar a venda e o desenvolvimento destes modelos no Brasil ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).[29]

Lista de automóveis híbridos

Ônibus híbrido biodiesel-elétrico fabricado pela Volvo no Brasil operando em Curitiba.
Toyota RAV4 Hybrid.
Ford Escape Hybrid flex (E85).
Ford Escape flex (E85) híbrido plug-in.
  • Chevrolet Bolt
  • BMW I8
  • BMW I3

Referências

  1. Hybrid-car Performance, em inglês, acesso em 31 de outubro de 2013.
  2. Improving Fuel Economy, em inglês, acesso em 31 de outubro de 2013.
  3. Carro híbrido, acesso em 01 de novembro de 2013.
  4. Toyota vai equipar carro híbrido com painéis solares, acesso em 01 de novembro de 2013.
  5. Ônibus com painel solar saem da linha de produção, acesso em 01 de novembro de 2013.
  6. Primeiro carregador de carros elétricos movido a energia eólica, acesso em 01 de novembro de 2013.
  7. Solucionando os problemas dos modelos recarregáveis, acesso em 01 de novembro de 2013.
  8. How the Venturi Eclectic Works, em inglês, acesso em 01 de novembro de 2013.
  9. O inovador carregador eólico de carros elétricos, acesso em 01 de novembro de 2013.
  10. Barbiéri, Luiz Felipe (13 de dezembro de 2018). «Toyota lança em cerimônia com Temer tecnologia para produção de primeiro carro híbrido flex». G1 (Grupo Globo). Consultado em 16 de dezembro de 2018 
  11. A Closer Look At Synergy Drive - Toyota's Hybrid System Explained, em inglês, acesso em 02 de novembro de 2013.
  12. The Honda Insight, em inglês, acesso em 01 de novembro de 2013.
  13. The Toyota Prius, em inglês, acesso em 01 de novembro de 2013.
  14. a b «Worldwide Prius Cumulative Sales Top 2M Mark; Toyota Reportedly Plans Two New Prius Variants for the US By End of 2012» (em inglês). Green Car Congress. 7 de outubro de 2010. Consultado em 7 de outubro de 2010 
  15. Sebastian Blanco (14 de setembro de 2011). «2012 Toyota Prius Plug-In Hybrid now offers 111 MPGe» (em inglês). AutoblogGreen. Consultado em 16 de setembro de 2011 
  16. Kageyama, Yuri (9 de dezembro de 2015). «Toyota starts sales of 4th generation Prius». Daily Mail (em inglês). UK. Associated Press. Consultado em 4 de junho de 2016 
  17. a b «Worldwide Sales of Toyota Hybrids Surpass 9 Million Units» (Nota de imprensa) (em inglês). Toyota City, Japan: Toyota. 20 de maio de 2016. Consultado em 4 de junho de 2016 
  18. «Toyota tops 2 million hybrid sales worldwide» (em inglês). AutobloGreen. 4 de setembro de 2009. Consultado em 24 de outubro de 2009 
  19. Toyota Europe News (3 de julho de 2013). «Worldwide Prius sales top 3-million mark; Prius family sales at 3.4 million» (em inglês). Green Car Congress. Consultado em 4 de junho de 2016 
  20. Millikin, Mike (20 de maio de 2016). «Worldwide sales of Toyota hybrids surpass 9 million units; Prius family accounts for 63%» (em inglês). Green Car Congress. Consultado em 4 de junho de 2016  The Prius family accounts for 63% of Toyota's total global cumulative hybrid car sales: 5.691 million units, consisting of Prius liftback: 3.733 million; Aqua, Prius c: 1.249 million; Prius α, Prius v, Prius +: 0.634 million; Prius PHV: 75,000.
  21. Luís Guilherme Barrucho (23 de outubro de 2010). «Fusão verde: o primeiro híbrido completo do Brasil». Veja (revista). Consultado em 24 de outubro de 2010 
  22. Beatriz Ferrari (2011,10-05). «Toyota lança o híbrido Prius no Brasil, mas vendas começam só em 2012». Veja (revista). Consultado em 9 de outubro de 2011  Verifique data em: |data= (ajuda)
  23. Murilo Góes (6 de outubro de 2011). «Toyota anuncia híbrido Prius no Brasil em 2012; teto do preço é de R$ 127 mil». Universo Online (UOL). Consultado em 9 de outubro de 2011 
  24. Jornal do Carro (17 de janeiro de 2013). «Prius chega às autorizadas Toyota por R$120.830». O Estado de S. Paulo. Consultado em 2 de fevereiro de 2013 
  25. a b Rafael Miotto (17 de junho de 2016). «Agora o mais econômico do Brasil, Prius confirma vocação para cidade». Globo.com. Consultado em 20 de junho de 2016 
  26. Francisco Posada e Cristiano Façanha (outubro de 2015). «Brazil Passenger Vehicle Market Statistics: International comparative assessment of technology adoption and energy consumption» (PDF). The International Council on Clean Transportation (em inglês). ICCT. Consultado em 23 de novembro de 2015 
  27. a b Eugênio Augusto Brito (16 de maio de 2016). «Novo Prius chega em junho para ensinar Brasil a usar carro híbrido». UOL carros. Consultado em 4 de junho de 2016 
  28. «Elétrico, BMW i3 chega com preço de 9 populares e isenção do rodízio em SP». Universo Online (UOL). 10 de setembro de 2014. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  29. a b c «Elétricos e híbridos: São Paulo aprova lei de incentivo». Automotive Business. 28 de maio de 2014. Consultado em 21 de setembro de 2014 

Ver também

Ligações externas