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* 1965 - ''É Tempo do Amor''
* 1965 - ''É Tempo do Amor''
* 1966 - ''A Ternura de Wanderléa''
* 1966 - ''A Ternura de Wanderléa''
* 1967 - ''[[Wanderléa (àlbum de 1967)]]''
* 1967 - ''[[Wanderléa (álbum de 1967)]]''
* 1968 - ''Pra Ganhar Meu Coração''
* 1968 - ''Pra Ganhar Meu Coração''
* 1972 - ''[[...Maravilhosa]]''
* 1972 - ''[[...Maravilhosa]]''

Revisão das 11h16min de 11 de janeiro de 2019

Wanderléa
Wanderléa
Informação geral
Nome completo Wanderléa Charlup Boere Salim
Também conhecido(a) como Ternurinha
Nascimento 5 de junho de 1946 (77 anos)
Origem Governador Valadares, MG
Nacionalidade brasileira
Gênero(s) iê-iê-iê
MPB
pop rock
Ocupação(ões) cantora
Instrumento(s) vocal
violão
Período em atividade 1963-atualmente
Outras ocupações atriz

Wanderléa Charlup Boere Salim (Governador Valadares, 5 de junho de 1946) é uma cantora brasileira.

Tornou-se famosa durante o movimento Jovem Guarda, fazendo sucesso juntamente com seus amigos Roberto Carlos e Erasmo Carlos no programa de televisão homônimo. Trabalhou como atriz principal no filme brasileiro "Juventude e Ternura" (1968), direção de Aurélio Teixeira, bem como contracenou com Roberto e Erasmo em Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa (1970) de Roberto Farias, entre outros filmes.

Biografia

Descendente de libaneses, nasceu em Santo Antônio do Pontal, distrito de Governador Valadares[1], Wanderléa passou a infância em Lavras e depois se mudou aos nove anos de idade para o Rio de Janeiro com a família, composta por seus pais e muitos irmãos, para tentar uma vida melhor, sem sequer desconfiar que se tornaria uma das mais importantes cantoras brasileiras.

Carreira

Ficheiro:Wanderlea, Fundo Correio da Manhã - 3.tif
Wanderlea. Arquivo Nacional.

Aos dez anos de idade ganhava concursos em rádios e lançou em 1962 o primeiro compacto. No ano seguinte, sai o primeiro LP, "Wanderléa", pela Discos CBS, na época uma subsidiária da Columbia Records. Na gravadora conhece Roberto Carlos, quem namorou por pouco tempo, e Erasmo Carlos, passando a apresentar em agosto de 1965 o programa Jovem Guarda pela TV Record de São Paulo. Transmitido nas tarde de domingo, o programa teve uma das maiores audiências da época e lançou diversos artistas. Wanderléa e Celly Campelo foram as primeiras estrelas do rock brasileiro. Participou de filmes ao lado de Roberto Carlos e, depois de terminada a Jovem Guarda, continuou a carreira como cantora pop. Atualmente se apresenta cantando seus maiores sucessos, como "Pare o Casamento" (versão de Luís Keller), "Ternura" (Rossini Pinto) e "Prova de Fogo" (Erasmo Carlos).

Aos quinze anos cantava em boates, e como era menor, pedia autorização ao juizado de menores e aos seus pais para assinarem. Seu pai, no começo, não aceitava a carreira da filha, mas com o tempo entendeu que a jovem tinha grandes talentos musicais.

Um grande sucesso de Wanderléa, "Te Amo", esteve nas trilhas sonoras nacionais das novelas Caras & Bocas e Guerra dos Sexos (remake) da Rede Globo. A mesma música já havia entrado para a trilha de uma novela dos anos 90, Pedra Sobre Pedra. Graças a essa canção, Wanderléa voltou a ter destaque na mídia.

Vida Pessoal

Wanderléa sofreu muitas perdas em sua vida. A primeira delas foi aos dez anos de idade, quando se desesperou ao descobrir que sua irmã mais velha foi morta vítima de bala perdida. Este fato abalou para sempre a vida de Wanderléa e de toda a sua família.[2]

Wanderlea, 1972. Arquivo Nacional.

No começo de sua carreira, aos dezesseis anos, começou a namorar Zé Renato, filho de Chacrinha. Em poucos meses de namoro ficaram noivos. Após sete anos juntos, houve uma tragédia: Zé sofreu um acidente e ficou paraplégico. Wanderléa entrou em grave depressão e com o tempo o relacionamento entrou em crise porque ele não queria ser um peso na vida dela. Apesar de ter lutado por ele, respeitou a decisão de Zé e se separou do noivo.

Após a separação, namorou alguns cantores e compositores da época. Também teve um curto namoro com Roberto Carlos. Depois conheceu o guitarrista chileno Lallo Correia.[2] Os dois começaram a namorar e em pouco tempo se casaram. Em 1982, nasceu o primeiro filho do casal: Leonardo. Em 1984 houve uma tragédia: Leonardo morre afogado aos dois anos de idade. O garoto estava andando de triciclo e acidentalmente caiu na piscina. Chegou a ser socorrido mas não resistiu. Os dois tiveram mais duas filhas: Yasmin e Jadde. As duas tem menos de dois anos de diferença e nasceram no fim dos anos 80.[2]

Passou por outras perdas, como a morte do pai, que a deixou muito abalada e pouco tempo depois, em 1996, seu irmão morreu vítima da AIDS, que a fez cair em depressão, que a abalou emocionalmente ao ponto de, segundo ela, ter lhe causado um câncer no útero, tendo que fazer uma histerectomia. Mas conseguiu recuperar sua saúde e ânimo e, segundo suas próprias palavras, "se aparece um problema diz: ‘vamos ver como podemos resolver’, e não se altera."

Continua casada com Lallo, mas os dois moram em casas separadas, e a cantora diz estar bem feliz assim, já que percebeu que morando juntos não se davam tão bem, e pelo casal gostar de uma relação mais livre, convivem como dois namorados.

Revelou em entrevistas ficar incomodada com a fama, que lhe trouxe problemas com o tempo: por exemplo, ao passar na rua com seus carros importados, as pessoas humildes a apontavam nas ruas comentando: "lá vai a Wanderléa com o seu carrão". Isso a chateava, dizendo que também já foi muito pobre e entende o sofrimento dos humildes, mas ninguém reconhecia isto. Desde os tempos da Jovem Guarda, tem o apelido de Ternurinha, que no início não lhe agradava muito, pensou até em fazer uma campanha para mudá-lo. Mas depois foi se acostumando e acabou por aceitar.[2] Outro apelido que recebeu também na época da Jovem Guarda, foi Wandeca.[3]

No início de 2017, Wanderléa apresentou no Rio de Janeiro e em São Paulo, o musical 60! Década de Arromba, revivendo acontecimentos importantes da década de 60, apresentando vários figurinos diferentes e interpretando seus sucessos como Ternura e Pare o Casamento.[4]

Discografia

Referências

  1. «IstoÉ Gente» 
  2. a b c d Nina Lemos (12 de março de 2009). «Sem perder a ternura». Revista Trip. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2017 
  3. Denilson Monteiro / Eduardo Nassife (2014). Chacrinha - a biografia. [S.l.]: Editora Leya. ISBN 9788577345090 
  4. Tiago Dias (20 de março de 2017). «"Fui revolucionária porque contestava meu pai no palco", diz Wanderléa». UOL Música. Cópia arquivada em 22 de março de 2017 

Ligações externas

Predefinição:Wanderléa

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