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Revisão das 18h29min de 4 de junho de 2019

México Autódromo Hermanos Rodríguez
Autódromo Hermanos Rodríguez
Mapa do circuito.
Informações da corrida
Localização Cidade do México, México
Voltas 71
Percurso 4.304 km (2.674 mi)
Total 305.354 km (189.803 mi)
Curvas 17
Pole Austrália Daniel Ricciardo
Red Bull-TAG Heuer V6 Turbo Híbrido
1min 14s 759
2018
Volta mais rápida
na prova
Finlândia Valtteri Bottas
Mercedes V6 Turbo Híbrido
1min 18s 741
2018
Anos disputados 20 (19 oficial)
Primeira disputa 1963
Última disputa 2018
Maior vencedor (pilotos) Reino Unido Jim Clark (2)
França Alain Prost (2)
Reino Unido Nigel Mansell {2)
Países Baixos Max Verstappen (2)
Maior vencedor (equipe) Reino Unido Lotus (3)
Reino Unido McLaren (3)
Reino Unido Williams (3)
Última corrida (2018):
Pole Position
Piloto Austrália Daniel Ricciardo
Red Bull-TAG Heuer V6 Turbo Híbrido
Tempo 1min 14s 759
Volta mais rápida
Piloto Finlândia Valtteri Bottas
Mercedes V6 Turbo Híbrido
Tempo 1min 18s 741
Pódio
Primeiro Países Baixos Max Verstappen
Red Bull-TAG Heuer V6 Turbo Híbrido
1h 38min 28s 851
Segundo Alemanha Sebastian Vettel
Ferrari V6 Turbo Híbrido
+17s 316
Terceiro Finlândia Kimi Räikkönen
Ferrari V6 Turbo Híbrido
+49s 914

O Autódromo Hermanos Rodríguez é uma pista de automobilismo situada na Cidade do México. Tem 4.421 km (2.747 mi) e fez parte do calendário da Fórmula 1 sediando quinze edições do Grande Prêmio do México de 1963 a 1992, com interrupções de 1971 a 1985. Voltou à categoria em 2015, com mudanças em seu traçado original, principalmente na célebre curva "Peraltada".

O nome do circuito homenageia os irmãos Rodríguez (Ricardo e Pedro, falecidos em 1962 e 1971, respectivamente). Foi na pista mexicana, que em 1986 o austríaco Gerhard Berger conquistou sua primeira vitória na categoria e o alemão Michael Schumacher obteve o primeiro pódio na carreira com o 3º lugar na prova de 1992 (última vez que sediou a prova).

Fez parte do calendário da Champ Car e também da NASCAR. Serviu de cenário para a novela Carrusel, onde os personagens Cirilo e Jorge se enfrentaram em uma corrida.

História

Em 1956, políticos das instâncias municipal e federal iniciaram a construção de um complexo conhecido como Ciudad Deportiva Magdalena Mixiuhca, localizado no bairro homônimo da região nordeste da Cidade do México. A intenção era ter um espaço público para o desenvolvimento de atividades esportivas, culturais e sociais para a população e também um local para a realização de grandes eventos. O tal complexo impressionava pela grandeza: 30 campos de futebol (um deles sediava o time feminino do Estrellas DF), 10 de beisebol (um deles é a sede do Diablos Rojos), um anfiteatro para grandes shows, um enorme ginásio para a realização de provas olímpicas e, posteriormente, uma pista para corridas.

Adolfo Lopez Mateos, presidente mexicano, que tomou posse em 1º de dezembro de 1958, foi o idealizador do circuito. Ele sugeriu a utilização de algumas estradas internas do complexo esportivo para corridas de carros e bicicletas.

Don Pedro Rodríguez, pai dos famosos pilotos mexicanos Pedro Rodríguez e Ricardo Rodríguez - que dão nome ao circuito - foi o diretor escolhido pelo presidente para dar andamento ao projeto. Pedro, então, sugeriu que se utilizassem as estradas de comunicação interna do complexo para criar uma pista de corridas, e o diretor de obras do governo da cidade, o engenheiro Gilberto Valenzuela, foi incumbido de projetar a pista. Gilberto Valenzuela, então, passou a visitar várias pistas no mundo e com o apoio da família Rodriguez criou um projeto de classe mundial para a pista. Don Pedro Rodríguez apenas lhe recomendou que a pista tivesse uma parte oval, como a de Monza.

O Autódromo Magdalena Mixhuca foi concluído em 1959. A corrida inaugural do Autódromo aconteceu em 20 de dezembro de 1959, com as 500 milhas da Cidade do México, vencida por Pedro Rodríguez e seu irmão Ricardo em terceiro e separados por Moisés Solana, o grande impulsionador da Fórmula 1 nos 60 no México.

Numa corrida extra-campeonato de Formula 1 (ou seja, que não valia pontos para o campeonato), ocorrida em 1962, Ricardo Rodríguez, pilotando a Lotus de Rob Walker (A Ferrari, sua equipe, não quis viajar já que a corrida não pontuava no Mundial), errou na traiçoeira curva Peraltada e sofreu um violento acidente no primeiro treino livre, falecendo no local. A direção do então Autódromo Magdalena Mixhuca decidiu homenageá-lo, renomeando o autódromo para Autódromo Ricardo Rodriguez.

Apesar do acidente, o povo da Europa gostou do circuito e o México foi agraciado com uma etapa no calendário oficial da Fórmula 1 a partir de 1963, tendo como vencedor o britânico Jim Clark. A partir do ano seguinte, o país passou a sediar a última etapa do calendário, ininterruptamente, até 1970. Graças a isso, presenciou três decisões de título e a coroação de campeões mundiais como John Surtees (1964), Denny Hulme (1967) e Graham Hill (1968)[1].

Construído sobre um pântano, a superfície não era estável o suficiente, o que resultava em inúmeras e enormes ondulações por toda a pista. Isso estava resultando em algumas mortes. Além disso, em 1970, houve um tumulto causado por superlotação e invasão de pista[1]. Assim, a Fórmula 1 resolveu cancelar o Grande Prêmio do México a partir de 1971 (A F-1 só voltaria a a sediar um GP F-1 entre os anos de 1986 e 1992).

Em 1971, em um acidente durante uma competição de carros de turismo, na Alemanha, Pedro Rodríguez, que vivia seu auge na Fórmula 1, morreu. Sua morte comoveu o país e fez com que o então presidente mexicano Luis Echeverría incluísse seu nome no Autódromo Ricardo Rodriguez, que acabou se tornando Autódromo Hermanos Rodríguez.

Em 1980, ele foi reformado pela primeira vez, perdendo o trecho original da Horquilla. Em 1985, empreenderam uma outra grande reforma, mudando a primeira curva e ampliando o trecho que sucede o "Esse do Lago". No ano seguinte, a FIA gostou do que viu e o México foi recolocado no calendário da F-1.

O circuito

Traçado original do antigo Autódromo Magdalena Mixhuca, usado de 1962 a 1970.

O Autódromo Magdalena Mixhuca, concluído em 1959, teve como traçado principal (que corre no sentido horário) uma extensão de em 5 milhas, mas a pista oferecia muitas possibilidades, incluindo configurações de 4 e 4,5 km, Oval de 1 milha, e até uma pista de kart de 1 km. A pista original possuia uma reta principal, que é uma das maiores dos circuitos internacionais com pouco mais de um quilômetro de extensão, e tem os boxes e paddock antes do inicio da reta.

Curva Peraltada

A "Curva Peraltada" é uma longa curva de 180º que dá entrada para a reta principal do Autódromo.[2] Ela tem um número indecente de bumps, um raio variável e uma inclinação de 15°. Após o acidente com Ricardo Rodríguez, em 1962, sua inclinação foi reduzida para 9°. Em 1994, após o acidente fatal de Ayrton Senna, sua inclinação foi novamente reduzida, desta vez para 3°.

O nome da curva vem da palavra espanhola peralte, que designa a inclinação das curvas. “Peraltada”, portanto, significa “inclinada”.

Ela é conhecida por ser uma das mais míticas - e perigosas - da Fórmula 1, pois os carros passam por ela a quase 300 quilômetros por hora. Depois de sairem das curvas 12 e 13, também conhecidas como "Esses", os pilotos entram numa reta chamada "Recta del Ovalo", atingindo mais de 300km/h. De repente aparece a Curva Peraltada, que lembra muito a Curva Parabólica, do Circuito de Monza[3].

Dentro de seu arco já existiu um estádio de beisebol.

Estádio de beisebol

Estádio Foro Sol durante uma corrida.
Ver artigo principal: Foro Sol

O Estádio de Beisebol que foi construído dentro do arco da Curva Peraltada se chama Foro Sol. Ele é a casa do Diablos Rojos, que faz parte do Campeonato Mexicano de Beisebol.

Além disso, ele também já serviu como um anfiteatro, em que os maiores fenômenos musicais do mundo já tocaram.

Reforma de 2013

Traçado utilizado pela Fórmula E.

Várias de suas curvas foram estreitadas para ampliar as áreas de escape. Os desafiantes ESSES em alta velocidade no meio da volta também foram alterados, em parte, para também beneficiar maiores áreas de escape, mas ainda permaneceram como uma das seções mais rápidas da pista[4].

Além do recapeamento e de reformas variadas, o circuito ganhou uma espécie de “estádio”[5]. O estádio de beisebol foi excluído do circuito, que recebeu um pedaço de pista.

O projeto prevê que a clássica curva Peraltada, em formato de “U”, seja modificada e tenha um miolo de curvas fechadas envolto por arquibancadas. A remodelação da pista ficou a cargo do projetista Hermann Tilke[5]. Sobre a exclusão da curva Peraltada, ele deu a seguinte explicação:

Essa nova curva projetada no lugar da antiga Peraltada recebeu o nome de Nigel Mansell. Os organizadores da prova resolveram homenageá-lo por conta de uma épica ultrapassagem realizada por Mansell na antiga Curva Peraltada[6].

No GP do México de 1990, Mansell disputava com Gerhard Berger o segundo lugar da corrida. Nas últimas voltas, o austríaco, então na McLaren, ultrapassou o britânico, que naquele ano corria pela Ferrari, mas Mansell retomou a posição de forma heroica ao ultrapassar Berger na Peraltada, e por fora. O desfecho do duelo foi uma das grandes ultrapassagens da F1 moderna[6].

Outros Eventos Além do Automobilismo

A pista serve como o início e término da Maratona Internacional da Cidade do México, é usada em eventos de ciclismo e a parte interna tem construiu um estádio de beisebol (Foro Sol), que é a casa do Diablos Rojos do México do campeonato Mexicano, também servem como um anfiteatro em que você teve os maiores fenômenos musicais do mundo.

Recordes da Pista

Modalidade Piloto Tempo Data
Formula 1 - Classificação Inglaterra Nigel Mansell 1:16.346 1992
Formula 1 - Corrida Inglaterra Nigel Mansell 1:16.788 1991
A1 Grand Prix Qualifying Malásia Alex Yoong 1:26.490 2007
Champ Car - Classificação Austrália Will Power 1:23.558 10 de Novembro 2007
CART/Champ Car (IndyCar) Race (1980 Primera Copa Mexico 150) Estados Unidos Rick Mears 1h 16m 43sec 26 de outubro 1980
NASCAR Nationwide Series - Classificação Estados Unidos Scott Pruett 1:27.458 2007
NASCAR Nationwide Series - Corrida Colômbia Juan Pablo Montoya 2 hrs. 45 min. 15 sec 4 de março 2007

Recordes na Formula 1 (Por Extensão de Pista)

Extensão da Pista Temporadas Piloto Equipe Tempo
4.304 km 2015 Alemanha Nico Rosberg Mercedes 1:20.521 (2015)
5.000 km 1963-1970 Bélgica Jacky Ickx Brabham-Ford 1:43.050 (1969)
4.421 km 1986-1992 Reino Unido Nigel Mansell Williams-Renault 1:16.788 (1991)

Lista de Vencedores

GPs de F1

Ver artigo principal: Grande Prêmio do México
Ano Vencedor Equipe Resumo
2018 Países Baixos Max Verstappen Red Bull-TAG Heuer Detalhes
2017 Países Baixos Max Verstappen Red Bull-TAG Heuer Detalhes
2016 Reino Unido Lewis Hamilton Mercedes Detalhes
2015 Alemanha Nico Rosberg Mercedes Detalhes
Não houve de 1993 a 2014
1992 Reino Unido Nigel Mansell Williams-Renault Detalhes
1991 Itália Riccardo Patrese Williams-Renault Detalhes
1990 França Alain Prost Ferrari Detalhes
1989 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda Detalhes
1988 França Alain Prost McLaren-Honda Detalhes
1987 Reino Unido Nigel Mansell Williams-Honda Detalhes
1986 Áustria Gerhard Berger Benetton-BMW Detalhes
Não houve de 1971 a 1985
1970 Bélgica Jacky Ickx Ferrari Detalhes
1969 Nova Zelândia Denny Hulme McLaren-Ford Detalhes
1968 Reino Unido Graham Hill Lotus-Ford Detalhes
1967 Reino Unido Jim Clark Lotus-Ford Detalhes
1966 Reino Unido John Surtees Cooper-Maserati Detalhes
1965 Estados Unidos Richie Ginther Honda Detalhes
1964 Estados Unidos Dan Gurney Brabham-Climax Detalhes
1963 Reino Unido Jim Clark Lotus-Climax Detalhes
1962 Reino Unido Trevor Taylor
Reino Unido Jim Clark
Lotus-Climax Detalhes

Campeonato Mundial de Resistência

Ano Piloto Carro Equipe
1989 França Jean-Louis Schlesser
Alemanha Jochen Mass
Sauber C9 Sauber Mercedes
1990 Alemanha Michael Schumacher
Alemanha Jochen Mass
Mercedes-Benz C11 Sauber Mercedes
1991 Finlândia Keke Rosberg
França Yannick Dalmas
Peugeot 905 Peugeot Sport

Champ Car

Ano Piloto Carro Equipe
1980 Estados Unidos Rick Mears Penske Cosworth Penske
1981 Estados Unidos Rick Mears Penske Cosworth Penske
1982–2001: Não foi disputado
2002 Suécia Kenny Bräck Lola Toyota Chip Ganassi
2003 Canadá Paul Tracy Lola Ford-Cosworth Forsythe
2004 França Sébastien Bourdais Lola Ford-Cosworth Newman/Haas
2005 Reino Unido Justin Wilson Lola Ford-Cosworth RuSPORT
2006 França Sébastien Bourdais Lola Ford-Cosworth Newman/Haas
2007 França Sébastien Bourdais Panoz Cosworth Newman/Haas

Vencedores da Grand-Am Rolex Sports Car Series

Ano Piloto Carro Equipe
2005 Estados Unidos Michael McDowell
Estados Unidos Memo Gidley
Riley BMW Finlay
2006 Estados Unidos Scott Pruett
México Luis Díaz
Riley Lexus Chip Ganassi
2007 Estados Unidos Jon Fogarty
Estados Unidos Alex Gurney
Riley Pontiac Bob Stallings
2008 Estados Unidos Jim Matthews
Bélgica Marc Goossens
Riley Pontiac Bob Stallings

NASCAR Nationwide Series

Ano Piloto Equipe Marca/Construtor
2005 Estados Unidos Martin Truex, Jr. Dale Earnhardt Chevrolet
2006 Estados Unidos Denny Hamlin Joe Gibbs Chevrolet
2007 Colômbia Juan Pablo Montoya Chip Ganassi Dodge
2008 Estados Unidos Kyle Busch Joe Gibbs Toyota

Ver também

Referências

  1. a b globoesporte.globo.com/ Desafios, histórias e curiosidades: a volta da F-1 ao México após 23 anos
  2. espn.uol.com.br/ Por segurança, mítica curva não estará na volta do GP do México à F-1
  3. diariodonordeste.com.br/ Peraltada, a temida curva do México aguarda novos adversários
  4. autoracing.com.br/ Vídeo da curva Peraltada no Hermanos Rodriguez remodelado
  5. a b wp.clicrbs.com.br/ GP do México deve ter curva cercada por "estádio" como grande atração em 2015
  6. a b /grandepremio.uol.com.br/ GP do México recorda épica ultrapassagem na antiga Peraltada e batiza nova curva em homenagem a Mansell

Ligações externas

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