Rio de Janeiro (estado): diferenças entre revisões

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Revisão das 15h43min de 13 de julho de 2019

 Nota: Este artigo é sobre o estado. Para a capital, veja Rio de Janeiro. Para outros significados, veja RJ (desambiguação).
Estado do Rio de Janeiro
Bandeira do Rio de Janeiro
Brasão de Armas do Rio de Janeiro
Brasão de Armas do Rio de Janeiro
Bandeira Brasão
Lema: RECTE REM PVBLICAM GERERE
(traduzido do latim, significa: "Gerir a Coisa Pública com Retidão")
Hino: Hino do Rio de Janeiro
Gentílico: fluminense

Localização do Rio de Janeiro no Brasil
Localização do Rio de Janeiro no Brasil

Localização
 - Região Sudeste
 - Estados limítrofes Espírito Santo (nordeste), Minas Gerais (noroeste) e São Paulo (sudoeste)
 - Regiões geográficas
   intermediárias
5
 - Regiões geográficas
   imediatas
14
 - Municípios 92
Capital Brasão da cidade do Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Governo
 - Governador(a) Wilson Witzel (PSC)
 - Vice-governador(a) Cláudio Castro (PSC)
 - Deputados federais 46
 - Deputados estaduais 70
 - Senadores Arolde de Oliveira (PSD)
Flávio Bolsonaro (PSL)
Romário (PODE)
Área
 - Total 43 780,172 km² (24º) [1]
População 2017
 - Estimativa 16 718 956 hab. ()[2]
 - Densidade 381,88 hab./km² ()
Economia 2016
 - PIB R$ 640,186 bilhões[3] ()
 - PIB per capita R$ 38 481 ()
Indicadores 2010/2015[4][5]
 - Esperança de vida (2015) 75,9 anos ()
 - Mortalidade infantil (2015) 11,9‰ nasc. (20º)
 - Alfabetização (2010) 95,9% ()
 - IDH (2017) 0,796 () – alto [6]
Fuso horário UTC−3, America/Sao_Paulo
Clima tropical e tropical de altitude Aw, Cwa
Cód. ISO 3166-2 BR-RJ
Site governamental http://www.rj.gov.br/

Mapa do Rio de Janeiro
Mapa do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se a sudeste da região Sudeste do país, tendo como limites os estados de Minas Gerais (norte e noroeste), Espírito Santo (nordeste) e São Paulo (sudoeste), além do Oceano Atlântico (leste e sul). Ocupa uma área de 43 780,172 km². Apesar de ser, efetivamente, o terceiro menor estado brasileiro (ficando à frente apenas de Alagoas e Sergipe), concentra 8,4% da população do país, sendo o estado com maior densidade demográfica do Brasil. O litoral fluminense também o terceiro mais extenso do país, atrás das costas de Bahia e Maranhão.[7]

A cidade mais populosa é a sua capital homônima, que também é a segunda maior metrópole do Brasil. Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de fluminenses (do latim flumen, literalmente "rio"), popularmente, no entanto, carioca geralmente é admitido como gentílico estadual, principalmente na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Carioca é o gentílico oficial do município do Rio de Janeiro, entretanto, há movimentos sociais que buscam o reconhecimento do gentílico "carioca" como gentílico cooficial do Estado do Rio de Janeiro, junto com "fluminense".[8] Segundo dados do Censo 2010, o estado é o terceiro mais populoso do Brasil, atrás de São Paulo e Minas Gerais. A estimativa populacional calculada pelo IBGE, tendo como referência 1.º de julho de 2017, foi de 16 718 956 habitantes.[9] Entre seus principais polos urbanos estão, além da sua capital, cidades como Campos dos Goytacazes, Niterói, Duque de Caxias, São Gonçalo, Petrópolis, Volta Redonda, Cabo Frio, Barra Mansa, Itaperuna, Três Rios, Macaé e Nova Iguaçu.

O estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a baixada e o planalto, que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. Paraíba do Sul, Macaé, Guandu, Piraí, Muriaé e Carangola são os principais rios. O clima varia de tropical a subtropical. Há ocorrência de geadas, nos meses de inverno, em regiões acima dos mil metros de altitude e inclusive queda de neve esporádica no Parque Nacional de Itatiaia. É representado na bandeira da Federação brasileira pela estrela Beta do Cruzeiro do Sul (β = Mimosa).

O produto interno bruto (PIB) do estado é o segundo maior do país, enquanto o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) fluminense é o quarto mais elevado do Brasil. Além disso, o Rio de Janeiro apresenta a terceira maior taxa de alfabetização do país, somente atrás de Santa Catarina e Distrito Federal.

História

Ver artigo principal: História do Rio de Janeiro

Ocupação indígena

O continente americano já era habitado desde pelo menos 10000 a.C. por povos provenientes de outros continentes.[10] Por volta do ano 1000, o litoral do Estado, com exceção da região da foz do Rio Paraíba do Sul, foi invadida por povos tupis provenientes da Amazônia.[11]

Capitania real e capital do vice-reino

Ver artigo principal: França Antártica
Igreja Matriz de São Pedro, São Pedro da Aldeia, uma das igrejas construídas nos aldeamentos jesuítas no litoral fluminense no período da União Ibérica.

À época do estabelecimento do sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil, a região da baía do Rio de Janeiro (mais tarde, renomeada para baía de Guanabara) foi entregue a Martim Afonso de Souza e compunha o 1º lote ou a porção setentrional da Capitania de São Vicente, cujo território ia da atual cidade de Macaé até a atual cidade de Caraguatatuba, e era separada do 2º lote ou da porção meridional da Capitania de São Vicente pela Capitania de Santo Amaro (de Caraguatatuba a Bertioga). A região norte do atual Estado do Rio de Janeiro compunha a Capitania de São Tomé ou Capitania da Paraíba do Sul, e foi entregue inicialmente a Pero de Góis[12].

No entanto, as primeiras tentativas de colonização portuguesa tanto na parte setentrional de São Vicente quanto em São Tomé acabaram fracassando, em virtude da hostilidade dos tamoios (os índios tupinambás da Guanabara) e dos goitacás (índios tapuias da região de Campos). Em 1555, os tamoios fizeram uma aliança com a coroa francesa e autorizaram que os franceses estabelecessem uma colônia na margem ocidental da baía de Guanabara, sob o comando do almirante e cavaleiro templário Nicolas Durand de Villegagnon. Essa colônia recebeu o nome de "França Antártica" e tinha como capital Henriville (cidade de Henrique), localizada no atual bairro do Flamengo na Zona Sul da capital fluminense.[13]

Visando a evitar esta ocupação e a assegurar a posse do território para a Coroa Portuguesa, foi fundada a cidade do Rio de Janeiro, em 20 de janeiro de 1565, por Estácio de Sá, no morro do Cara de Cão, na atual bairro da Urca. Entre o grupo de fundadores, incluía-se também Dom Antônio de Mariz e o Padre José de Anchieta, que participou dos preparativos para a tomada do Rio de Janeiro e mais tarde da organização das primeiras vilas no recôncavo da Guanabara e na sua margem oriental, como, por exemplo, a vila de São Lourenço dos Índios do Rio de Janeiro (atual cidade de Niterói). Como a região foi recuperada por uma conquista bélica patrocinada pela coroa, a sua propriedade foi revertida para a família real portuguesa (deixando de ser, portanto, uma capitânia hereditária da família Souza). Em decorrência desse fato, a Capitânia de São Vicente Setentrional passou a chamar-se Capitania Real do Rio de Janeiro, tornando-se a segunda capitânia real da América Portuguesa (após a da Bahia de Todos os Santos, em 1548).[13] Diferentemente das capitanias donatárias, as capitanias reais possuíam administradores indicados pela coroa e não proprietários.[14]

Mais tarde, em 1621, por iniciativa do governador Martim Correia de Sá, que concedeu sesmarias na região de Campos dos Goytacazes, a antiga Capitânia de São Tomé foi povoada e por fim anexada a do Rio de Janeiro, dando a ela uma forma muito parecida a do atual Estado do Rio de Janeiro.

Século XVII

Rua da cidade histórica de Paraty inundada pela maré alta. Ao fundo, a Igreja de Santa Rita de Cássia.

No século XVI, a pecuária e a lavoura de cana-de-açúcar impulsionaram o progresso, definitivamente assegurado quando o porto começou a exportar o ouro extraído de Minas Gerais, no século XVII. Entre 1583 e 1623, a área de maior destaque de produção de açúcar, no sul do Brasil, se deslocou de São Vicente para o Rio de Janeiro, na região da baía de Guanabara. Se, em 1629, havia sessenta engenhos em produção no Rio de Janeiro, em 1639, já havia 110 engenhos e o Rio de Janeiro passou a fornecer açúcar a Lisboa, devido à tomada de Pernambuco durante as invasões neerlandesas. Ao final do século, havia 120 engenhos na região.[15]

Com o crescimento dos engenhos e alambiques do Rio, aumentou a imigração portuguesa para a cidade. É por volta dessa época que os naturais da Capitânia do Rio de Janeiro começam a ser chamados popularmente de "cariocas", em particular, os trabalhadores braçais urbanos livres (pedreiros, pintores, ourives e etc). O termo carioca era utilizado pelos imigrantes brancos da capitânia para se distinguir dos cidadãos mestiços, como lembra a profª Armelle Enders, brasilianista francesa: "No século XVII, os portugueses instalados no Rio recorrem de bom grado a essa alcunha [carioca] para designar os seus compatriotas naturais do lugar e sublinhar-lhes a forte mestiçagem ameríndia."[16]

Com a Restauração da Independência Portuguesa, em 1640, os comerciantes e donos de embarcações receberam permissão de comercializar diretamente com a África a partir do porto do Rio de Janeiro, visando, complementarmente, ao tráfico de escravos para o rio da Prata. O ciclo da prata levou a um rápido desenvolvimento econômico da cidade do Rio de Janeiro, levando a cidade a se tornar no século seguinte o principal elo logístico do Império português. Tal comércio foi bastante impactado pela tomada de Angola pelos neerlandeses na mesma época. A utilização de escravos indígenas foi ampliada, mas os comerciantes e proprietários tiveram que se indispor com os jesuítas por causa das proibições papais relativas à escravização dos índios.[17][18]

A Carta Régia de 30 de junho de 1642, passada pela Chancelaria de D. João IV, outorgou o título de "a muy heróica e leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro", conferindo aos cidadãos do Rio o título de "homens bons do Porto", o que lhe assegurava os mesmos direitos e privilégios dos cidadãos de Lisboa e do Porto.[19]

O cultivo do açúcar foi incrementado e com isto aumentou-se a necessidade de escravos, mas a situação foi resolvida com a retomada de Angola em 1648, trazendo tranquilidade às relações com os jesuítas. Apesar disso, os preços do açúcar flutuavam constantemente e sofreram baixas entre 1635 e 1645, com a conquista de Pernambuco pelos neerlandeses e entre 1659 e 1668, devido à proibição de fabricação e venda de aguardente, usada no comércio com a África e também com a Revolta Municipal — na cidade do Rio de Janeiro — de 1660 contra a dinastia de Salvador Correia de Sá e Benevides. Outro produto importante de exportação era o tabaco, em proporção menor que a Bahia e Pernambuco. A pesca da baleia na Guanabara era um setor econômico importante e, em 1644, a municipalidade do Rio de Janeiro criou um imposto sobre esta indústria.[carece de fontes?]

Forte de São Mateus, em Cabo Frio, uma das fortificações construídas pelos portugueses no litoral fluminense.

Com Salvador Correia de Sá e Benevides, o Rio de Janeiro adquiriu uma importante manufatura da construção naval, que chegou a construir o galeão «Padre Eterno» com seus 114 canhões, mas o setor não se manteve e decaiu por falta de mão de obra especializada. O porto, no início somente militar, passou a exportador de açúcar e importador de escravos. A cabotagem aumentou a partir de 1660 incluindo o comércio legal com as outras capitanias e o comércio ilegal com Buenos Aires que enriqueceu comerciantes.[18]

Em 1645, com ataques neerlandeses aos barcos mercantes, foi criado o sistema de frotas único para o Brasil, que se fazia uma vez por ano, com forte escolta de barcos de guerra. Embarcações de particulares podiam se juntar à frota, mas havia restrições quanto à participação de barcos pequenos, o que afastava muitos proprietários de navios. Havia ainda o problema da carestia dos fretes. Portugal, como necessitava de dinheiro, de soldados e de barcos para a luta contra os neerlandeses no nordeste brasileiro e em Angola, cedeu às exigências e incluiu a participação de barcos menores. A frota chegava a Lisboa, depois de percorrer diversos portos brasileiros, com um número de setenta a noventa embarcações.[15]

Um problema constante no Rio de Janeiro era a falta de moeda, crítica em 1640, com o fim da União Ibérica. Mas a descoberta de ouro na região das Minas Gerais e a criação de uma casa da moeda no Rio de Janeiro, em 1698, vieram solucionar o problema.[carece de fontes?]

Desde 1649, fora criada a Companhia Geral do Comércio do Brasil, que não dispunha de capital suficiente e, quando tinha, era desviado para atividades militares. A Companhia tinha o monopólio da venda de vinho, bacalhau, farinha de trigo e azeite no Brasil. Em 1659, a Companhia perdeu o monopólio que impedia a fabricação e venda de aguardente e, em 1720, seria extinta.[carece de fontes?]

Séculos XVIII e XIX

Paço Imperial, palácio do século XVIII que serviu como sede para o governo colonial, o rei de Portugal D. João VI e os dois imperadores do Brasil.

Em 1763, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a sede do Vice-reino do Brasil e a capital da colônia. Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, na época da tomada da Península Ibérica por Napoleão Bonaparte, a região foi muito beneficiada com reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro das mudanças promovidas, destacam-se: a transferência de órgãos de administração pública e justiça, a criação de novas igrejas, hospitais, quartéis, fundação do primeiro banco do país — o Banco do Brasil — e a Imprensa Régia, com a Gazeta do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes também surgiram o Jardim Botânico, a Biblioteca Real (hoje Biblioteca Nacional) e a Academia Real Militar, antecessora da atual Academia Militar das Agulhas Negras.[carece de fontes?]

Assim, ocorreu um processo cultural, influenciado não somente pelas informações trazidas pela chegada da corte e da família real, mas também pela presença de artistas europeus que foram contratados para registrar a sociedade e natureza brasileira. Nessa mesma época, nasceu a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.[carece de fontes?]

Criação do município neutro

Cidade do Rio de Janeiro em 1895.

Após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, a administração da capitania do Rio de Janeiro passou a ser confiada ao ministro do Reino, cargo que foi praticamente um substituto para o de Vice-Rei, pois lhe era confiada a sua administração. Em 1821, pouco após o início da Revolução Liberal do Porto, as Cortes Gerais decidem elevar as capitanias à condição de províncias, o que também ocorre no Brasil, quando então nasce a Província do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

A despeito disto, o ministro e secretário de Estado dos Negócios do Império, cargo substituto do ministro do Reino português, continuaria a administrá-la, mesmo após a Independência do Brasil, ocorrida no ano seguinte. Aliado a isto, estava o fato de que a cidade do Rio de Janeiro era a capital do Império, o que fazia com que o ministro administrasse a província inteira por meio de "avisos", os quais dirigia às Câmaras Municipais de cidades que, naquela época, começavam a crescer a passos largos devido a ampliação e fortalecimento da lavoura cafeeira no Vale do Paraíba, que já sobrepujava a força da lavoura canavieira na região Norte Fluminense.[carece de fontes?]

Essas diferenças com relação às demais unidades administrativas do Brasil fez com que no ano de 1834 o município do Rio de Janeiro fosse transformado em Município Neutro, permanecendo como capital do império, enquanto a província passou a ter a mesma organização político-administrativa das demais, com um presidente escolhido pelo imperador e uma Assembleia Legislativa, tendo sua capital na Vila Real da Praia Grande, que no ano seguinte passou a se chamar Niterói.[carece de fontes?]

Mapa do Estado do Rio de Janeiro, 1892. Arquivo Nacional.

Já a cidade do Rio de Janeiro passou a ter uma Câmara Municipal, que cuidaria da vida daquela cidade sem interferência do presidente de província e, em 1889, após a implantação da República no Brasil, a cidade continuou como capital do país, sendo o Município Neutro transformado em Distrito Federal. Com a mudança da capital do país para Brasília, o antigo Distrito Federal tornou-se o estado da Guanabara.[carece de fontes?]

Ascensão e queda do poder cafeeiro

Fazenda de café em Paty do Alferes.

A despeito da grande rotatividade ocorrida no poder da província fluminense logo após a criação do Município Neutro (que lhe deu 85 governantes até o fim do império), a expansão da lavoura cafeeira trouxe prosperidade nunca antes alcançada nesta região. A ferrovia construída por António Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, ligando Cantagalo ao Porto das Caixas, é um exemplo do poder econômico que alavancou a exploração desta atividade nos sertões da serra fluminense.[carece de fontes?]

Tanto com o surgimento de novos centros urbanos pela província, quanto pelo esplendor exibido nas fazendas dos "barões do café" via-se a prosperidade trazida pelo "ouro verde", que também trouxe o desenvolvimento da educação, notado pela construção de várias escolas por todas as cidades.[carece de fontes?]

Com isso, convivia, porém, o trabalho escravo, base de sustentação da sociedade cafeeira fluminense e que crescia sem parar à medida que as lavouras se ampliavam pelo Vale do Paraíba. Nesse período, a província se tornou a mais rica e poderosa no país e sua principal exportadora.[carece de fontes?]

Essa situação perdurou até por volta de 1888. Com a abolição da escravatura, a aristocracia fluminense se empobrece, já que não tem mais sua mão de obra e ainda vê a exaustão do solo e a redução das safras colhidas ano após ano.[carece de fontes?]

Primeira República

Vista da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco) em 1909. À esquerda, vê-se a Praça Marechal Floriano e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro; à direita, o Museu Nacional de Belas Artes. Foto de Marc Ferrez.

A decadência foi a tônica na província nos últimos dias do regime imperial. Na luta pela República, vários foram os fluminenses que se distinguiram, cabendo citar Antônio da Silva Jardim, Lopes Trovão, Rangel Pestana, entre outros. Também forte foi a presença na campanha abolicionista.[carece de fontes?]

Com a proclamação da República, logo ocorreram problemas políticos que foram, com o tempo, lhe retirando a grandeza e o destaque conseguidos durante o Império. Após a aprovação da sua primeira Constituição Estadual, em 9 de abril de 1892, a capital foi transferida para a cidade de Petrópolis, devido às agitações que ocorreram durante o governo do Marechal Floriano Peixoto nas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói, e também à Revolta da Armada, ocorrida naquela época.[carece de fontes?]

Após diversos anos em que lutas políticas fizeram o estado perder o rumo administrativo, fato comprovado pela dualidade de Assembleias Legislativas por três períodos, estas fazem aumentar ainda mais a crise econômica fluminense, que se arrasta de tal maneira a transformar, gradualmente, suas plantações de café em pastagens para a pecuária e a fazer com que o mesmo não acompanhe o desenvolvimento industrial experimentado pelo vizinho São Paulo.[carece de fontes?]

A Revolução de 1930 e o Estado Novo

Bondinho do Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, em 1940.

Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, vários interventores foram nomeados, o que não alterou o quadro socioeconômico fluminense até que, em 1937, é nomeado Ernani do Amaral Peixoto, genro de Vargas (este casou-se com Alzira Vargas em 1939) e que pôde realizar muito pelo estado, dando incentivo ao seu desenvolvimento industrial com a construção da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, no Vale do Paraíba fluminense, da Companhia Nacional de Álcalis, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos e da Fábrica Nacional de Motores, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, bem como a expansão da malha rodoviária estadual.[carece de fontes?]

Amaral Peixoto ainda mobilizou a população fluminense no esforço de guerra, o que resultou na aquisição com os recursos arrecadados, de um novo navio para a Marinha de Guerra brasileira.[carece de fontes?]

Data desse período, também, a formação de várias instituições de ensino superior e centros de estudo sobre a cultura e história fluminenses, que procuravam resgatar a memória e construir uma identidade para a população do estado, esvaziado econômica e politicamente desde o fim do Segundo Império.[carece de fontes?]

A redemocratização e o Golpe de 1964

Com a queda de Getúlio Vargas, Amaral Peixoto foi afastado do comando do Estado e cinco interventores sucederam-se no governo fluminense até a eleição, em 1947 de Edmundo de Macedo Soares e Silva, construtor da usina da cidade de Volta Redonda, que reorganizou a administração e as finanças estaduais, bem como continuou o incentivo à industrialização e à produção agropecuária. Foi sucedido, entretanto, por Amaral Peixoto, que dá nova força à expansão industrial e rodoviária, datando desse período a criação da Companhia Nacional de Álcalis.[carece de fontes?]

Até o ano de 1964, os governos estaduais procuram dinamizar a economia fluminense, reformando a estrutura do estado, organizando sua educação superior (cria-se em 1960 a "Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro", posteriormente Universidade Federal Fluminense), melhorando a infraestrutura elétrica (é desse período a criação das Centrais Elétricas Fluminenses, posteriormente Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro) e dando nova feição à cidade de Niterói.[carece de fontes?]

Após o Golpe de Estado no Brasil em 1964, o governador Badger da Silveira, recém-eleito em 1963, foi afastado do cargo, sendo substituído pelo general Paulo Torres, que tratou de criar a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

Seguiram-se a ele Jeremias Fontes e Raimundo Padilha, que seria o último governador do estado do Rio de Janeiro antes da fusão com o estado da Guanabara, datando do seu governo a conclusão da Ponte Presidente Costa e Silva e o início da construção do Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto.[carece de fontes?]

O Rio de Janeiro pós-reunificação

Niterói foi a capital do estado até 1975, ano da fusão do Estado do Rio de Janeiro com o Estado da Guanabara.

Após a edição da Lei Complementar nº 20 em 1974, assinada pelo presidente Ernesto Geisel, reunificaram-se, após 134 anos de separação, os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975. A capital do estado passou a ser o município do Rio de Janeiro, voltando-se a situação político-territorial anterior a 1834, ano da criação do Município Neutro. Foram mantidos ainda os símbolos do estado do Rio de Janeiro, enquanto os símbolos do antigo estado da Guanabara passaram a ser os símbolos do município do Rio de Janeiro. Por imposição do regime militar, o gentílico carioca foi reduzido a gentílico municipal da cidade do Rio de Janeiro, embora a maioria da população do Estado do Rio de Janeiro se declare como "carioca". Atualmente, movimentos sociais tentam obter o reconhecimento de carioca como gentílico cooficial do novo Estado do Rio de Janeiro.[8]

Alguns alegam que a motivação por trás do presidente Ernesto Geisel para a fusão foi neutralizar a força oposicionista do Movimento Democrático Brasileiro no estado da Guanabara. O estado do Rio de Janeiro, tradicionalmente foi considerado um polo de conservadorismo, vide governos sucessivos do Partido Social Democrático e posteriormente da Aliança Renovadora Nacional, apesar da grande força do Partido Trabalhista Brasileiro (que elegeu os dois últimos governadores antes de 1964), e depois do Movimento Democrático Brasileiro nessa região, o que levou à errônea conclusão que esta viria a neutralizar a oposição emedebista guanabarina, evitando maiores problemas para o governo militar, que acaba por indicar como primeiro governador do novo estado o almirante Floriano Peixoto Faria Lima.[carece de fontes?]

A Ponte do Saber liga o continente à Ilha do Fundão, onde se localiza a Cidade Universitária da UFRJ.

Apesar de Faria Lima assumir o estado com promessas do governo federal de maciços investimentos, a fim de compensar os problemas que poderiam advir da fusão, esses não se concretizaram plenamente, mesmo com a implantação das usinas nucleares em Angra dos Reis e a expansão da Companhia Siderúrgica Nacional, o que acarretou problemas que viriam a ser sentidos, principalmente nas áreas de habitação, educação, saúde e segurança partir da década de 1980.[carece de fontes?]

Com a abertura política e a volta das eleições diretas para governador, os fluminenses elegem Leonel de Moura Brizola (Partido Democrático Trabalhista) em 1982, exilado político desde 1964 que voltava ao Brasil com a bandeira do trabalhismo varguista, o que conquistou o eleitorado insatisfeito com o segundo governo de Chagas Freitas.[20]

Em seu primeiro governo, Leonel Brizola constrói o Sambódromo e dá início aos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), escolas projetadas por Oscar Niemeyer e idealizadas pelo professor Darci Ribeiro para funcionarem em tempo integral. A crescente crise na área da segurança pública e os desgastantes atritos com as Organizações Globo (atual Grupo Globo) acabaram por impedir que ele fizesse seu sucessor.[20][21]

Nas eleições de 1986, Moreira Franco foi eleito governador pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro numa ampla aliança antibrizolista, que ia do Partido da Frente Liberal ao Partido Comunista do Brasil. Moreira teve a ajuda do Plano Cruzado, plano econômico lançado no governo do presidente José Sarney que visava o controle da inflação e que malogrou ante a acusação, por parte da oposição, de ter sido eleitoreiro. A decepção com o governo Moreira Franco, que não cumpriu a promessa de acabar com a violência em seis meses, levou o eleitorado fluminense a eleger Leonel Brizola novamente, em 1990.[20][22]

O Palácio Universitário da Praia Vermelha, edificação em estilo neoclássico do século XIX, sedia o campus Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em seu segundo mandato, Brizola concluiu os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), construiu a Via Expressa Presidente João Goulart, a Universidade Estadual do Norte Fluminense, ampliou o sistema de abastecimento hídrico do Rio Guandu e deu início ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. Porém os problemas crônicos na área de segurança, bem como nas contas públicas estaduais, fizeram o estado sofrer uma "intervenção branca" do governo federal no ano de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento e, também, no ano de 1994. A utilização de tropas das Forças Armadas no patrulhamento das ruas da capital fluminense foi amplamente apoiada pela população.[23][24]

Em meio a esses problemas, Brizola renunciou ao mandato a fim de concorrer às eleições presidenciais. O governo estadual foi assumido pelo seu vice, Nilo Batista, que, após 8 meses, passou o comando para Marcello Alencar, eleito pelo Partido da Social Democracia Brasileira em 1994 graças ao bom desempenho de sua passagem pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e ao sucesso do Plano Real. Marcello retomou as obras do metrô, paralisadas desde a gestão de Moreira Franco, construiu a Via Light, ligando o Rio de Janeiro a Nova Iguaçu, e implementou uma política de segurança pública mais voltada ao confronto armado, o que acabou por gerar antipatia da população de baixa renda, mais exposta aos enfrentamentos entre a polícia e bandidos.[carece de fontes?]

Rio de Janeiro visto a partir de Niterói.

Na eleição seguinte, Anthony Garotinho, apadrinhado à época por Brizola e que, anteriormente, havia perdido a eleição para Alencar, foi eleito governador pelo Partido Democrático Trabalhista, apoiado por uma aliança de esquerda que incluiu, como vice na chapa, a então senadora Benedita da Silva, do Partido dos Trabalhadores, que o substituiu em 2002, quando ele também renunciou, como Brizola, visando à corrida presidencial. Benedita assumiu em meio a problemas de ordem política — Garotinho rompeu a aliança com o Partido dos Trabalhadores, sob acusações de fisiologismo — e fiscal que acabaram por impedi-la de se reeleger, sendo derrotada por Rosinha Garotinho, esposa de Anthony Garotinho, que procurou, após eleita, manter o estilo por vezes controvertido de governar de seu marido, enfrentando ainda duras críticas com relação à situação da segurança pública.[carece de fontes?]

Nas eleições de 2006, o eleitorado fluminense elegeu Sérgio Cabral Filho como o novo governador. A vitória ocorreu no segundo turno, após vencer a ex-juíza Denise Frossard, apoiada por Cesar Maia. Apesar de pertencer ao mesmo partido de Garotinho e Rosinha (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), Cabral vinha dissociando, desde a campanha, sua imagem da do casal. A aproximação com o presidente Lula, a nomeação de Benedita da Silva e Joaquim Levy para o seu secretariado e a extinção de projetos como o Cheque-Cidadão e Jovens pela Paz (considerados como marcas registradas do período Garotinho/Rosinha) foram atitudes tomadas por Cabral que sinalizam este distanciamento, mas que permitiram, ao mesmo, alcançar a reeleição no ano de 2010.[carece de fontes?]

Geografia

Imagem de satélite do território fluminense.

O estado do Rio de Janeiro faz parte do bioma da Mata Atlântica brasileira, tendo em seu relevo montanhas e baixadas localizadas entre a Serra da Mantiqueira e Oceano Atlântico, destacando-se pelas paisagens diversificadas, com escarpas elevadas à beira-mar, restingas, baías, lagunas e florestas tropicais. Fazendo divisa com os estados de Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, o Rio de Janeiro é um dos menores estados do país e o menor da região Sudeste. O município mais setentrional do estado é Porciúncula e o mais meridional Paraty.[carece de fontes?]

Possui uma costa com 635 quilômetros de extensão, banhados pelo Oceano Atlântico, sendo superada em tamanho apenas pelas costas da Bahia e Maranhão.[carece de fontes?]

Clima

Rio de Janeiro de acordo com a classificação climática de Köppen.

Predominam no estado do Rio de Janeiro os climas tropical (nas baixadas) e tropical de altitude (nos planaltos). Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, domina o clima tropical semiúmido, com chuvas abundantes no verão, que é muito quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A temperatura média anual é de 22 °C a 24 °C e o índice pluviométrico fica entre 1.000 a 1.500 milímetros anuais.[carece de fontes?]

Nos pontos mais elevados da Região Serrana, observa-se o clima tropical de altitude, mas com verões um pouco quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A temperatura média anual é de 16 °C. Na maior parte da Serra Fluminense, o clima também é tropical de altitude, mas com verões variando entre quentes e amenos e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se aproximando dos 2.500 mm anuais em alguns pontos.[carece de fontes?]

Nas Baixadas Litorâneas, a famosa Região dos Lagos, o clima é tropical marítimo, com média anual de cerca de 24 °C com verões moderadamente quentes, mas amenizados devido ao vento do mar e invernos amenos. É devido ao vento frio trazido pela Corrente das Malvinas que esta região é uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750 mm em cidades como Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e São Pedro da Aldeia, e não passando de cerca de 1.100 mm nas cidades mais chuvosas da região, como Saquarema por exemplo.[carece de fontes?]

Ocasionalmente, podem ocorrer precipitações de neve nas partes altas da Serra da Mantiqueira, dentro dos limites Parque Nacional de Itatiaia. Em 1985, foi registrada uma abundante nevada nas proximidades deste pico, com acumulações de um metro em certos pontos.[25]

Vegetação

Floresta do Parque Nacional da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro.
Rio Paraíba do Sul em Campos dos Goytacazes.
Arraial do Cabo, na região dos Lagos.
Pico das Agulhas Negras, no Parque Nacional do Itatiaia, o ponto mais alto do estado do Rio de Janeiro.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos, ao fundo está o Dedo de Deus.

A vegetação original do estado inclui a Mata Atlântica, restingas, manguezais e campos de altitude. Devido à ocupação agropastoril, o desmatamento a modificou sensivelmente. Atualmente, as florestas ocupam um décimo do território fluminense, concentrando-se principalmente nas partes mais altas das serras. Há grandes extensões de campos produzidos pela destruição, próprios para a pecuária, e, no litoral e no fundo das baías, registra-se a presença de manguezais (conjunto de árvores chamadas mangues, que crescem em terrenos lamacentos).[carece de fontes?]

As principais unidades de conservação do estado são os parques nacionais da Tijuca, de Itatiaia, da Serra da Bocaina, da Serra dos Órgãos e da Restinga de Jurubatiba, os parques estaduais da Pedra Branca, da Ilha Grande e dos Três Picos e a Área de Proteção Ambiental de Guapimirim.[carece de fontes?]

Hidrografia

O Rio Paraíba do Sul é o principal rio do estado. Nasce em Taubaté, no estado de São Paulo, e desemboca no Oceano Atlântico — como a maior parte dos rios fluminenses —, na altura do município de São João da Barra. Seus principais afluentes, no estado, são o Paraibuna, Pomba e o Muriaé que possui um importante afluente, o Carangola, subafluente do rio Paraíba do Sul, pela margem esquerda, o Piabinha e o Piraí pela margem direita. Além do Paraíba do Sul, destacam-se. de norte para sul, os rios Itabapoana, que marca fronteira com o Espírito Santo, o Macabu, que deságua na Lagoa Feia, o Macaé, o São João, o rio Macacu, o Majé e o Guandu.[carece de fontes?]

O litoral fluminense é pontilhado por numerosas lagoas, antigas baías fechadas por cordões de areia. As mais importantes são as lagoas Feia, a maior do estado, Saquarema, Maricá, Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas, as três últimas no município do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

O estado ainda conta com a maior laguna hipersalina do mundo, a Laguna Araruama, que é chamada de lagoa por alguns por um erro, pois, além de ser salobra, tem ligação com o mar através do Canal do Itajuru.[carece de fontes?]

O litoral do Rio de Janeiro é extremamente recortado. Os principais acidentes são a Baía da Ilha Grande, a Ilha Grande, a Restinga da Marambaia, a Baía de Sepetiba e a Baía de Guanabara, onde se destaca na paisagem a Enseada de Botafogo. Há um total de 365 ilhas espalhadas pela costa somente no município de Angra dos Reis e 65 na baía de Paraty.[carece de fontes?]

Solos e relevo

De um modo geral, os solos fluminenses são relativamente pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-se em Campos dos Goytacazes, Cantagalo, Cordeiro e em alguns municípios do vale do Rio Paraíba do Sul.[carece de fontes?]

Existem no estado duas unidades de relevo: a Baixada Fluminense, que corresponde às terras situadas em geral abaixo de duzentos metros de altitude e o planalto ou Serra Fluminense, acima de trezentos metros.[carece de fontes?]

A Baixada Fluminense acompanha todo o litoral e ocupa cerca de metade da superfície do estado. Apresenta largura variável, bastante estreita entre as baías da Ilha Grande e de Sepetiba, alargando-se progressivamente no sentido leste, até o Rio Macacu. No trecho que passa pela capital, erguem-se os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, que atingem altitudes um pouco superiores a mil metros. Da Baía da Guanabara até Cabo Frio, a baixada volta a estreitar-se numa sucessão de pequenas elevações, de duzentos a quinhentos metros de altura, os chamados maciços litorâneos fluminenses. A partir de Cabo Frio, alarga-se novamente, alcançando suas extensões máximas no delta do Rio Paraíba do Sul.[carece de fontes?]

Os principais acidentes geográficos do estado são a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. A primeira recebe diversas denominações locais: Serra dos Órgãos, Serra das Araras, Serra da Estrela e Serra do Rio Preto. Seu ponto culminante é o Pico Maior de Friburgo, a 2.316 metros de altitude. A serra da Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do vale do Rio Paraíba do Sul, sendo paralela à Serra do Mar. É lá que se encontra o pico das Agulhas Negras, ponto culminante do estado a 2.791 metros acima do nível do mar, no município de Itatiaia.[carece de fontes?]

Entre as duas serras está o vale do rio Paraíba do Sul, onde a média de altitude cai para 250 metros. A nordeste, observa-se uma série de morros e colinas de baixas altitudes.[carece de fontes?]

Demografia

Ver artigo principal: Demografia do Rio de Janeiro

Etnias

Crescimento populacional
Censo Pop.
18721 057 696
18901 399 53532,3%
19001 737 47824,1%
19202 717 24456,4%
19403 611 99832,9%
19504 674 64529,4%
19606 709 89143,5%
19709 110 32435,8%
198011 489 79726,1%
199112 783 76111,3%
200014 367 08312,4%
201015 989 92911,3%
202216 055 1740,4%
Fonte: IBGE[27][28]

O estado do Rio de Janeiro é formado por enorme gama de etnias e povos das mais variadas procedências, principalmente pelo fato de sua capital ter sido durante um longo período a capital do estado brasileiro.[carece de fontes?]

Inicialmente a população do estado do Rio de Janeiro foi marcada pela presença de povos indígenas, assim como toda a costa brasileira.[carece de fontes?]

No início do século XVI, habitavam o Rio de Janeiro quatro grandes grupos indígenas, classificados de acordo com seu grupo linguístico:

Com a colonização, as tribos indígenas foram extintas. Em 30 de maio de 1902, na paróquia de Santo Antônio de Pádua, no município de mesmo nome, foi registrado o último óbito de índio natural do estado do Rio de Janeiro: Joaquina Maria Pury.

Palácio Quitandinha, em Petrópolis, cuja arquitetura tem influência germânica.

Em fins da década de 1940, guaranis migraram para a região das cidades de Angra dos Reis e Paraty. Eles só vieram a ser descobertos pelo governo federal em 1974 com a construção da Rodovia Rio-Santos. Atualmente, os quinhentos guaranis do estado vivem em três aldeias: Sapukaí, Itatiim e Araponga.

No século XVI, desembarcam na região os franceses, que na Baía da Guanabara instalam uma colônia de refugiados religiosos. Logo em seguida os portugueses invadem a região, e na guerra com os franceses, saem vitoriosos, sendo fundada a Cidade do Rio de Janeiro pelo português Estácio de Sá.[carece de fontes?]

Cor/Raça População
Brancos 6 739 901 (42,9%)
Pardos 6 682 740 (41,6%)
Pretos 2 594 253 (16,2%)
Amarelos, Indígenas e não declarados 141 207 (0,9%)
Fonte: IBGE (2022) Censo no Rio de Janeiro em 2022.

Nos séculos seguintes, a população da região é formada basicamente por portugueses e africanos, trazidos à força pelos portugueses na condição de escravos. Até meados do século XIX, a maioria da população fluminense era composta por negros, porém, o número de imigrantes portugueses desembarcados na cidade do Rio de Janeiro passou a crescer repentinamente naquele século, o que fez com que praticamente se igualasse o número de pessoas de origem africana e as de origem portuguesa.[carece de fontes?]

Posteriormente, outros povos contribuíram para a formação da população do estado, como alemães, italianos, suíços, espanhóis, dentre outros, aos quais se somaram os brasileiros de todos os estados, atraídos pela capital do país até a década de 1960, a cidade do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

Os primeiros imigrantes não portugueses a chegar à região foram os suíços, em 1818, fundando na região das serras a cidade de Nova Friburgo. Pouco mais tarde, começariam a chegar os alemães e os britânicos, que também rumaram para as serras, principalmente para a região de Petrópolis. Italianos e espanhóis chegariam mais tarde, contribuindo também para a diversidade étnica fluminense.[carece de fontes?]

Catedral em Petrópolis, na Região Serrana, região com forte influência germânica.

Religião

De acordo com o censo demográfico de 2010, da população total do estado, existiam 7 324 315 católicos (45,8%), 4 696 906 evangélicos (29,4%), 647 572 espíritas (4%), e 2 416 303 pessoas sem religião (14,6%). Existem ainda, adeptos aos islamismo, judaísmo, budismo, hinduísmo, esoterismo e neo-paganismo. Juntos, os adeptos destas e outras religiões minoritárias somam 711 651 pessoas (4,3%).

O Rio de Janeiro é o estado com o menor percentual de católicos apostólicos romanos, e o estado com o maior percentual de pessoas sem religião (como ateus, e agnósticos). Além disso, é o estado com o maior percentual de espíritas do Brasil. A variedade de denominações é uma marca da presença da diversidade religiosa no perfil demográfico do estado.[29]

Política e administração

Poder executivo

Palácio Guanabara, sede do governo estadual.

Atualmente, o governador do Rio de Janeiro é Francisco Dornelles, substituindo o governador Luiz Fernando Pezão, eleito em outubro de 2014 pelo PMDB para um mandato de 4 anos até dezembro de 2018, porém tendo seu mandato interrompido em 29 de Novembro de 2018, após ser preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato.

Em 20 de janeiro de 1565 a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada por Estácio de Sá, que desta maneira pode ser considerado como o primeiro governador-geral de todo o Rio de Janeiro, no período colonial.[carece de fontes?]

Poder Legislativo

Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa.

É exercido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, com sede no Palácio Tiradentes, situado no Centro da capital fluminense. O atual presidente da ALERJ é o deputado Jorge Picciani, do PMDB, assumindo o cargo em fevereiro de 2015. O ex-presidente da ALERJ é o deputado estadual Paulo César de Melo Sá, do PMDB, de 2011 a Janeiro de 2015.[carece de fontes?]

Possui 70 deputados estaduais, e foi um dos primeiros órgãos a se estabelecer quando do estabelecimento da capital da província do Rio de Janeiro em Niterói, em 1834. Quando da fusão do estado do Rio de Janeiro com o da Guanabara, em 1975, foi transferida para o Palácio Tiradentes, onde outrora funcionou a Câmara de Deputados do Brasil.[carece de fontes?]

Poder Judiciário

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro é o responsável pelas atividades do Poder Judiciário no estado, inclusive da Justiça Militar estadual, tendo sua sede na região do Castelo, no Centro da capital fluminense. Seu atual presidente é o desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho.[carece de fontes?]

Subdivisões

Regiões geográficas intermediárias e imediatas

O Estado do Rio de Janeiro é composto por 92 municípios, que estão distribuídos em 14 regiões geográficas imediatas, que por sua vez estão agrupadas em cinco regiões geográficas intermediárias, segundo a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017.[30]

As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões.[31]

Oficialmente, as cinco regiões intermediárias do estado são: Rio de Janeiro, Volta Redonda-Barra Mansa, Petrópolis, Campos dos Goytacazes e Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio. O estado também é dividido em quatorze regiões imediatas: Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Rio Bonito, Volta Redonda-Barra Mansa, Resende, Valença, Petrópolis, Nova Friburgo, Três Rios-Paraíba do Sul, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, Cabo Frio, Macaé-Rio das Ostras. Ao todo, o Rio de Janeiro é dividido em 92 municípios.

Divisão das regiões intermediárias em vermelho e das imediatas em cinza no Estado do Rio.
Municípios

Economia

Exportações do Rio de Janeiro (2012).[32]
Centro financeiro do Rio de Janeiro a partir da Baía de Guanabara.
Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis.

Grande parte da economia do estado do Rio de Janeiro se baseia na prestação de serviços, tendo uma parte significativa da indústria e pouca influência no setor de agropecuária.[carece de fontes?]

62,1% em representação do seu produto interno bruto se referem à prestação de serviços em áreas como telecomunicações, audiovisual, tecnologia da informação (TI), turismo, turismo de negócios, ecoturismo, seguros e comércio. O estado é a sede da maior parte das operadoras de telefonia do país, como TIM Brasil, Oi, Telemar (Oi e Telemar são do mesmo grupo), Embratel, Vésper (a Embratel e Vésper também são do mesmo grupo) e Intelig (recentemente adquirida pelo grupo TIM). O estado também ocupa posição de destaque no setor de vendas a varejo, sendo sede de grandes cadeias de lojas, como Lojas Americanas, Ponto Frio e Casa & Vídeo.[carece de fontes?]

Em seguida, com 37,5% do produto interno bruto vem o setor industrial — metalúrgica, siderúrgica, gás-química, petroquímica, naval, automobilística, audiovisual, cimenteira, salineira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de papel e celulose, de extração mineral, extração e refino de petróleo. A indústria química e farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia fluminense. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado, com destaque para Merck, Glaxo, Roche, Arrow, Barrenne, Casa Granado, Darrow Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt, Lundbeck, Mayne e Mappel. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizada no bairro carioca de Manguinhos, é o maior laboratório público da América Latina e um dos maiores do mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios para diversas moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de vários produtos de limpeza e desinfetantes, também tem sede no Rio de Janeiro. No sul do estado também se localiza um importante parque industrial, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional sediada em Volta Redonda, PSA Peugeot Citroën, Volkswagen Caminhões e Ônibus (MAN), Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), a fabricante de vidros Guardian do Brasil, Galvasud, Indústrias Nucleares do Brasil, Michelin, White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados, Companhia Estanífera Brasileira, Usinas Nucleares Angra 1, 2 e 3, entre outras. A Nissan também irá construir uma nova fábrica no município de Resende no sul do estado.[33]

No que diz respeito à indústria do sal, a Região dos Lagos é a segunda maior região produtora do Brasil, perdendo apenas para a região do Polo Costa Branca, localizado no estado do Rio Grande do Norte. No município de Cabo Frio está sediada a Refinaria Nacional de Sal, que é uma das principais indústrias salineiras do país. No setor de petróleo, estão sediadas no Rio de Janeiro as maiores empresas do país, incluindo a maior companhia brasileira, a Petrobras. Além dela, Shell, Esso, Petróleo Ipiranga e El Paso Corporation mantêm suas sedes e centros de pesquisa no estado. Juntas, todas estas empresas produzem mais de quatro quintos dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do país. O governo do estado monitora a produção de petróleo e gás através do Centro de Informações sobre o Petróleo e Gás Natural do Estado do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

Plataforma petrolífera P-51 da Petrobras na bacia de Campos.
Fábrica da Brasil Kirin em Cachoeiras de Macacu.

Finalmente, respondendo por apenas 0,4% do produto interno bruto fluminense, a agropecuária é apoiada quase integralmente na produção de hortaliças da Região Serrana e do Norte Fluminense. No passado, cana-de-açúcar e depois, o café, já tiveram considerável impacto na economia fluminense.[carece de fontes?]

O estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do Brasil, atrás do estado de São Paulo, e a quarta da América do Sul, tendo um Produto Interno Bruto superior ao do Chile, com uma participação no produto interno bruto nacional de 15,8% (2005 – Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).[34]

O Estado do Rio de Janeiro e, mais especificamente sua capital, são frequentemente associados à produção audiovisual. Segundo dados do Ministério da Cultura, cerca de 80% das produtoras cinematográficas do país têm sede no estado e é da mesma proporção a produção de filmes do estado em relação ao total nacional.[35] O Rio de Janeiro abriga atualmente a maior parte dos estúdios de dublagem de filmes e séries estrangeiras. Na capital do estado ficava a Herbert Richers, maior empresa de tradução e dublagem do Brasil.[36]A cidade do Rio de Janeiro é o berço e quartel-general do Grupo Globo, maior conglomerado de empresas de comunicações e produção cultural da América Latina.[37] Também estão sediadas no Rio de Janeiro a Rede Globo de Televisão, a Globosat, maior empresa de televisão geradora de conteúdo por assinatura do país, a Rádio Globo e o jornal O Globo, primeira empresa da holding.[37] Também está presente o Casablanca Estúdios, complexo de estúdios de produção e teledramaturgia da RecordTV.[38] Também se sediou no Rio de Janeiro a Rede Manchete, fundada em 1983 e extinta em 1999.[39] O estado (e especificamente a cidade do Rio de Janeiro), ultimamente tem se destacado como cenário para filmes estrangeiros, principalmente norte-americanos.[40]

Recentemente, por determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como cabeça-de-rede da TV Brasil, emissora resultante da fusão da Radiobrás, de Brasília, com a Rede Brasil (antiga TVE Brasil), já sediada na capital fluminense.[41][42]

O estado abriga o segundo maior polo cervejeiro do país. Petrópolis é a sede de algumas das maiores cervejarias do pais (como o Grupo Petrópolis, e a Cervejaria Bohemia).[desambiguação necessária] Além disso, inúmeras fábricas se espalham pelo estado.[43]

Quanto às suas exportações, no ano de 2012, o Rio de Janeiro foi o segundo estado que mais exportou no país, como a participação de 12,88%[44] com destaque para os produtos Petróleo Cru (64,21%), Petróleo Refinado (6,07%), Produtos Semimanufaturados de Ferro (4,79%), Plataformas de Perfuração (2,33%) e Outras Ligas de Aço, em Lingotes ou Outras Formas Primárias (2,09%).[32]

Infraestrutura

Educação

Resultados no ENEM
Ano Português Redação
2006[45]
Média
38,61 (4º)
36,90
53,34 (5º)
52,08
2007[46]
Média
53,70 (7º)
51,52
57,10 (3º)
55,99
2008[47]
Média
44,05 (4º)
41,69
60,30 (5º)
59,35

O estado do Rio de Janeiro possui um dos maiores níveis de educação no Brasil.[48] Apesar da precariedade, os estudos mostram que a nível nacional, escolas públicas fluminenses possuíram bons índices de aproveitamento no último censo.[49]

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2000 o Rio de Janeiro era o terceiro estado brasileiro por número de pessoas acima de quinze anos alfabetizadas, com apenas 6,6% de sua população nessa faixa etária analfabeta. O estado estava atrás apenas do Distrito Federal (5,7%) e do estado de Santa Catarina (6,3%).[50] Dados divulgados pelo mesmo instituto em 2008 indicam que o Rio é hoje o segundo estado do Brasil por número de pessoas acima de quinze anos alfabetizadas, com apenas 4,3% dessa sua população analfabeta, perdendo apenas para o Distrito Federal. Entretanto, em relação ao índice de analfabetos funcionais (14,4%), o estado perde para o Distrito Federal (10,9%) e para São Paulo (14%), ficando na terceira posição na lista.[carece de fontes?]

O estado possui um bom número de universidades federais do Brasil, sendo elas: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. As demais, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Estadual da Zona Oeste, Universidade Estadual do Norte Fluminense também possuem grande destaque e são mantidas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro.[51]

Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro vista a partir da Igreja da Penha: ao centro, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e, ao fundo, a Baía de Guanabara.

Segurança pública

Forças Armadas

As principais unidades das Forças Armadas no Rio de Janeiro são:

Exército Brasileiro: o Rio de Janeiro faz parte do Comando Militar do Leste, (juntamente com o estados do Espírito Santo e Minas Gerais, com exceção do Triângulo Mineiro), com sede no Palácio Duque de Caxias, na capital fluminense, fazendo parte da 1ª Região Militar (juntamente com o estado do Espírito Santo) e a 1ª Divisão de Exército (com algumas unidades subordinadas em Juiz de Fora e Vila Velha); destacam-se no estado a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAM), em Resende, e a Vila Militar, na capital, onde estão localizadas a Brigada de Infantaria Paraquedista, a Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército, e o Grupamento de Unidades-Escola/9ª Brigada de Infantaria Motorizada.[carece de fontes?]

Marinha do Brasil: o Rio de Janeiro faz parte do 1º Distrito Naval, ao qual está subordinado o Grupamento Naval do Sudeste, com sede na cidade do Rio de Janeiro, a Força de Submarinos, baseada em Niterói (e a Força Aeronaval, baseada em São Pedro da Aldeia. Na capital do estado também situa-se a sede do Corpo de Fuzileiros Navais e suas principais unidades.[carece de fontes?]

Força Aérea Brasileira: o Rio de Janeiro integra o III Comando Aéreo Regional (III COMAR), cujo quartel-general está na capital, sob o qual estão as Bases Aéreas do Galeão, de Santa Cruz, e a de Campos dos Afonsos, todas da capital e circunscrição nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Têm base no estado, também, a 2ª Força Aérea (II FAe), que engloba as unidades de asas rotativas (helicópteros) e as unidades de busca e salvamento, patrulha marítima e de apoio a Marinha em geral, e a 5ª Força Aérea (5ª FAe), responsável pelas unidades de transporte, reabastecimento em voo (REVO), lançamento de paraquedistas e apoio a unidades do Exército.[carece de fontes?]

Órgãos de segurança pública

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública fluminense. Para fins de organização é uma força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, assim como suas co-irmãs e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social brasileiro e está subordinada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro através da Secretaria Estadual de Segurança (SESeg). Foi criada em 1809, por dom João 6º, e possui, atualmente, aproximadamente 52 000 militares. Sua principais unidades são o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), o Grupamento Aeromóvel, entre outras, cabendo citar seu principal centro de formação, a Academia de Polícia Militar Dom João VI.[carece de fontes?]

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) é uma corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito fluminense, sendo também força auxiliar e reserva do Exército, subordinada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro por meio da Secretaria Estadual de Defesa Civil (SEDeC). Foi criado em 1856 por Dom Pedro II, possuindo, hoje, cerca de 15 500 militares.[carece de fontes?]

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) é uma das polícias deste estado, órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar.[52] Foi criada em 1808, e possui cerca de 11000 policiais.[carece de fontes?]

Cultura

Niterói, uma das cidades mais conhecidas do estado. Em destaque, à esquerda, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

A pujança cultural do estado está espelhada principalmente na capital do estado. O município de Niterói, nos últimos anos começou uma grande revolução nesse setor quando houve a inauguração do Museu de Arte Contemporânea da Cidade (Obra de Oscar Niemeyer) e em breve a inauguração do Caminho Niemeyer, projeto do mesmo arquiteto do Museu de Arte Contemporânea, que contará com teatro, cinemas, museu, igrejas e um centro de memória. Além de suas exposições o MAC também é conhecido pela sua arquitetura exterior que lembra bastante o formato de um cálice ou um disco voador. O MAC possui quatro andares e aproximadamente 2.500m² com espaços de exposições e galerias, mas também tem um restaurante e um auditório. Através das janelas, montadas a um ângulo de 40° você pode curtir um vista panorâmica do Rio de Janeiro, do Pão de Açúcar e da Baía de Guanabara.[53]

Em 2006, 65% da produção do cinema nacional foi realizada por produtoras sediadas na capital fluminense,[54] que possui, também, cerca de 180 salas de cinema, maior proporção do país entre as capitais, e a maior proporção também de museus, (80 no total e 43 teatros).[carece de fontes?]

Entre os principais museus do estado estão o Museu Imperial de Petrópolis, Museu Nacional de Belas Artes, o Museu Histórico Nacional, o Museu Histórico da República, o Museu da Chácara do Céu, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Museu da Aviação Naval — único do gênero no Brasil e o do Forte de Copacabana — Museu Histórico do Exército.[carece de fontes?]

A capital fluminense, na Barra da Tijuca, conta também, desde 2013, com a Cidade das Artes, um complexo que abriga a maior sala de concertos da América Latina.[55]

Ver também

Ver também a categoria: Fluminenses

Referências

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