Sistema nervoso parassimpático: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiquetas: Internetês ou miguxês Editor Visual
Linha 4: Linha 4:
No tronco cerebral, o sistema nervoso parassimpático é formado mais especificamente pelos dois [[núcleos de nervos cranianos]], que por sua vez participam da formação dos seguintes pares de [[nervos cranianos]]:
No tronco cerebral, o sistema nervoso parassimpático é formado mais especificamente pelos dois [[núcleos de nervos cranianos]], que por sua vez participam da formação dos seguintes pares de [[nervos cranianos]]:
* núcleo de Edinger-Westphal - [[nervo oculomotor]] (III)
* núcleo de Edinger-Westphal - [[nervo oculomotor]] (III)
* núcleo salivatório superior - [[nervo facial]] (VII)
* núcleo salivatório super ior - [[nervo facial]] (VII)
* núcleo salivatório inferior - [[nervo glossofaríngeo]] (IX)
* núcleo salivatório inferior - [[nervo glossofaríngeo]] (IX)
* núcleo motor dorsal do vago - [[nervo vago]] (X)
* núcleo motor dorsal do vago - [[nervo vago]] (X)
Linha 39: Linha 39:
No tronco cerebral, o sistema nervoso parassimpático é formado mais especificamente pelos dois núcleos de nervos cranianos, que por sua vez participam da formação dos seguintes pares de nervos cranianos:
No tronco cerebral, o sistema nervoso parassimpático é formado mais especificamente pelos dois núcleos de nervos cranianos, que por sua vez participam da formação dos seguintes pares de nervos cranianos:


núcleo de Edinger-Westphal - nervo oculomotor (III)
núcleado de Edinger-Westphal - nervoso o lol culomotor (III)
núcleo salivatório superior - nervo facial (VII)
núcleo salivatório superior - nervo facial (VII)
núcleo salivatório inferior - nervo glossofaríngeo (IX)
núcleo salivatório inferior - nervo glossofaríngeo (IX)
Linha 51: Linha 51:
A área parassimpática, no tronco cerebral, parte dos pares de nervos cranianos III, VII, IX e principalmente do X[1].
A área parassimpática, no tronco cerebral, parte dos pares de nervos cranianos III, VII, IX e principalmente do X[1].


par de nervos cranianos Nome do par Função
país de nervos cranianos Nome do par Função
III Oculomotor coordenação do músculo ciliar, do esfíncter da pupila e de quase todos os músculos extrínsecos do bulbo do olho, à exceção do músculo oblíquo superior do bulbo ocular e do músculo reto lateral, que estão a cargo do par IV e VI, respetivamente.
III Oculomotor coordenação do músculo ciliar, do esfíncter da pupila e de quase todos os músculos extrínsecos do bulbo do olho, à exceção do músculo oblíquo superior do bulbo ocular e do músculo reto lateral, que estão a cargo do par IV e VI, respetivamente.
VII facial controla os músculos faciais, permitindo também, a percepção gustativa no terço anterior da língua
VII facial controla os músculos faciais, permitindo também, a percepção gustativa no terço anterior da língua
Linha 84: Linha 84:


==Exemplo==
==Exemplo==
Se um indivíduo vê um carro vindo em sua direção, ele fica nervoso (pronto para agir) devido à ação do sistema nervoso simpático. Após o indivíduo ter conseguido escapar ileso ao acidente, por via da acetilcolina dar-se-á inicio ao processo de regressão ao estado inicial de todas as alterações desencadeadas pelo sistema nervoso parassimpático: as descargas eletroquímicas de acetilcolina farão com que os sistemas voltem a um estado de equilíbrio no seu funcionamento habitual (homeostático), fazendo por exemplo com que a frequência cardíaca, a circulação sanguínea e a expressão facial voltem ao normal<ref name=almeida></ref>
Se um indivíduo vê um carro vindo em sua direção, ele fica nervoso (pronto para agir) devido à ação do sistema nervoso simpático. Após o indivíduo ter conseguido escapar ileso ao acidente, por via da acetilcolina dar-se-á inicio ao processo de regressão ao estado inicial de todas as alterações desencadeadas pelo sistema nervoso parassimpático: as descargas eletroquímicas de acetilcolina farão com que os sistemas voltem a um estado de equilíbrio no seu funcionamento habitual (homeostático), fazendo por exemplo com que a frequência cardíaca, a circulação sanguínea e a expressão facial voltem ao normal(um pouquinho mais feio).<ref name=almeida></ref>


==Referências==
==Referências==

Revisão das 12h40min de 12 de agosto de 2019

Chama-se sistema nervoso parassimpático a parte do sistema nervoso autônomo cujos neurônios se localizam no tronco cerebral ou na medula sacral, segmentos S2, S3 e S4. É o responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de calma. Essas ações são: a desaceleração dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão arterial, a diminuição da adrenalina e açúcar no sangue.

No tronco cerebral, o sistema nervoso parassimpático é formado mais especificamente pelos dois núcleos de nervos cranianos, que por sua vez participam da formação dos seguintes pares de nervos cranianos:

Assim como o sistema nervoso simpático, o parassimpático também apresenta uma via com dois neurônios, 23.2.2.65.neurônio pré ganglionar, localizado nos locais acima descritos e o neurônio pós ganglionar, situado em um gânglio nervoso, próximo ao órgão final de ação. A localização dos gânglios pertencentes ao sistema parassimpático, porém, é geralmente perto dos órgãos-alvo, podendo chegar até a estarem dentro destes órgãos.

O neurotransmissor tanto da fibra pré ganglionar como da pós ganglionar é a acetilcolina, e os receptores podem ser nicotínicos ou muscarínicos.

Localização

A área parassimpática, no tronco cerebral, parte dos pares de nervos cranianos III, VII, IX e principalmente do X[1].

par de nervos cranianos Nome do par Função
III Oculomotor coordenação do músculo ciliar, do esfíncter da pupila e de quase todos os músculos extrínsecos do bulbo do olho, à exceção do músculo oblíquo superior do bulbo ocular e do músculo reto lateral, que estão a cargo do par IV e VI, respetivamente.
VII facial controla os músculos faciais, permitindo também, a percepção gustativa no terço anterior da língua
IX glossofaríngeo responsável pela percepção gustativa no terço posterior da língua, bem como, pelas percepções sensoriais da laringe, palato e faringe
X Vago integra as sensações da orelha, faringe, laringe, tórax (vísceras torácicas) e estômago, rins, uretra (vísceras abdominais). É neste último nervo que se encontram cerca de 75% das fibras parassimpáticas.

Na parte inferior da espinal medula, as fibras derivam do segundo e terceiro nervo sacral e em alguns pontos do primeiro e do quarto nervo[1].

Funções

  • economia e conservação de energia do organismo[1].
  • Acalmar e restabelecer o corpo após uma situação de emergência[1]

Chama-se sistema nervoso parassimpático a parte do sistema nervoso autônomo cujos neurônios se localizam no tronco cerebral ou na medula sacral, segmentos S2, S3 e S4. É o responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de calma. Essas ações são: a desaceleração dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão arterial, a diminuição da adrenalina e açúcar no sangue.

No tronco cerebral, o sistema nervoso parassimpático é formado mais especificamente pelos dois núcleos de nervos cranianos, que por sua vez participam da formação dos seguintes pares de nervos cranianos:

núcleado de Edinger-Westphal - nervoso o lol culomotor (III) núcleo salivatório superior - nervo facial (VII) núcleo salivatório inferior - nervo glossofaríngeo (IX) núcleo motor dorsal do vago - nervo vago (X) núcleo ambíguo - nervo vago (X) Assim como o sistema nervoso simpático, o parassimpático também apresenta uma via com dois neurônios, 23.2.2.65.neurônio pré ganglionar, localizado nos locais acima descritos e o neurônio pós ganglionar, situado em um gânglio nervoso, próximo ao órgão final de ação. A localização dos gânglios pertencentes ao sistema parassimpático, porém, é geralmente perto dos órgãos-alvo, podendo chegar até a estarem dentro destes órgãos.

O neurotransmissor tanto da fibra pré ganglionar como da pós ganglionar é a acetilcolina, e os receptores podem ser nicotínicos ou muscarínicos.

Localização A área parassimpática, no tronco cerebral, parte dos pares de nervos cranianos III, VII, IX e principalmente do X[1].

país de nervos cranianos Nome do par Função III Oculomotor coordenação do músculo ciliar, do esfíncter da pupila e de quase todos os músculos extrínsecos do bulbo do olho, à exceção do músculo oblíquo superior do bulbo ocular e do músculo reto lateral, que estão a cargo do par IV e VI, respetivamente. VII facial controla os músculos faciais, permitindo também, a percepção gustativa no terço anterior da língua IX glossofaríngeo responsável pela percepção gustativa no terço posterior da língua, bem como, pelas percepções sensoriais da laringe, palato e faringe X Vago integra as sensações da orelha, faringe, laringe, tórax (vísceras torácicas) e estômago, rins, uretra (vísceras abdominais). É neste último nervo que se encontram cerca de 75% das fibras parassimpáticas. Na parte inferior da espinal medula, as fibras derivam do segundo e terceiro nervo sacral e em alguns pontos do primeiro e do quarto nervo[1].

Funções economia e conservação de energia do organismo[1]. Acalmar e restabelecer o corpo após uma situação de emergência[1] O sistema nervoso parassimpático apresenta um efeito estimulador sobre o pâncreas via acetilcolina. A visão e o odor do alimento induzem respostas vagais centrais levando à secreção pancreática[2]. Olhos: o sistema nervoso parassimpático, junto com o sistema nervoso simpático, controlam o diâmetro das pupilas [3] Epilepsia: alguns dados clínicos sugerem o envolvimento do sistema nervoso parassimpático durante as crises epilépticas, evidenciado por bradicardia sinusal, a qual pode ser conseqüência da apnéia registrada durante as crises[4]. Problemas associados a alterações no sistema nervoso parassimpático Defeitos no controle dos esfíncteres e motilidade da bexiga e reto [5]. Exemplo Se um indivíduo vê um carro vindo em sua direção, ele fica nervoso (pronto para agir) devido à ação do sistema nervoso simpático. Após o indivíduo ter conseguido escapar ileso ao acidente, por via da acetilcolina dar-se-á inicio ao processo de regressão ao estado inicial de todas as alterações desencadeadas pelo sistema nervoso parassimpático: as descargas eletroquímicas de acetilcolina farão com que os sistemas voltem a um estado de equilíbrio no seu funcionamento habitual (homeostático), fazendo por exemplo com que a frequência cardíaca, a circulação sanguínea e a expressão facial voltem ao normal[1]

Referências ↑ a b c d e ALMEIDA, L., Alves, A., FERNANDES, H., REMONDES-COSTA, S.. Sistema Nervoso Autónomo: Mecanismo Não Mecânico Fonte Do Equilíbrio Corporal. 2010?. Disponível em: <http://www.psicologianaactualidade.com/upload/Sistema%20Nervoso%20Aut%C3%B3nomo%20Mecanismo%20N%C3%A3o%20Mec%C3%A2nico%20Fonte%20Do%20Equil%C3%ADbrio%20Corporal.pdf>. Acesso em: 30 de setembro de 2012. ↑ Morfofisiologia do Trato Intestinal. 2009. Disponível em: <http://pt.engormix.com/MA-avicultura/administracao/artigos/morfofisiologia-trato-intestinal-t165/124-p0.htm>. Acesso em: 30 de setembro de 2012. ↑ CALDENARO, Marcelo e ADONI, Tarso. Coma e Alteração no Estado de Consciência. 2008. ↑ SCORZA, Fulvio Alexandre; ARIDA, Ricardo Mario; ALBUQUERQUE, Marly de; CAVALHEIRO, Esper Abrão. Morte súbita na epilepsia: todos os caminhos levam ao coração. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302008000300008&script=sci_arttext>. Acesso em: 30 de setembro de 2012. ↑ RIET-CORREA, Franklin, RIET-CORREA, Gabriela e SCHILD, Ana Lucia. Importância do exame clínico para o diagnóstico das enfermidades do sistema nervoso em ruminantes e eqüídeos. Pesq. Vet. Bras. vol.22 no.4 Rio de Janeiro Oct./Dec. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-736X2002000400006&script=sci_arttext&tlng=es> Última atualização: 21 de Abril O conteúdo está disponível sob CC BY-SA 3.0 a menos que seja indicado em contrário um efeito estimulador sobre o pâncreas via acetilcolina. A visão e o odor do alimento induzem respostas vagais centrais levando à secreção pancreática[2].

  • Olhos: o sistema nervoso parassimpático, junto com o sistema nervoso simpático, controlam o diâmetro das pupilas nasais [3]
  • Epilepsia: alguns dados clínicos sugerem o envolvimento do sistema nervoso parassimpático durante as crises epilépticas, evidenciado por bradicardia sinusal, a qual pode ser conseqüência da apnéia registrada durante as crises[4].

Problemas associados a alterações no sistema nervoso parassimpático

  • Defeitos no controle dos esfíncteres e motilidade da bexiga e reto [5].

Exemplo

Se um indivíduo vê um carro vindo em sua direção, ele fica nervoso (pronto para agir) devido à ação do sistema nervoso simpático. Após o indivíduo ter conseguido escapar ileso ao acidente, por via da acetilcolina dar-se-á inicio ao processo de regressão ao estado inicial de todas as alterações desencadeadas pelo sistema nervoso parassimpático: as descargas eletroquímicas de acetilcolina farão com que os sistemas voltem a um estado de equilíbrio no seu funcionamento habitual (homeostático), fazendo por exemplo com que a frequência cardíaca, a circulação sanguínea e a expressão facial voltem ao normal(um pouquinho mais feio).[1]

Referências

  1. a b c d e ALMEIDA, L., Alves, A., FERNANDES, H., REMONDES-COSTA, S.. Sistema Nervoso Autónomo: Mecanismo Não Mecânico Fonte Do Equilíbrio Corporal. 2010?. Disponível em: <http://www.psicologianaactualidade.com/upload/Sistema%20Nervoso%20Aut%C3%B3nomo%20Mecanismo%20N%C3%A3o%20Mec%C3%A2nico%20Fonte%20Do%20Equil%C3%ADbrio%20Corporal.pdf>. Acesso em: 30 de setembro de 2012.
  2. Morfofisiologia do Trato Intestinal. 2009. Disponível em: <http://pt.engormix.com/MA-avicultura/administracao/artigos/morfofisiologia-trato-intestinal-t165/124-p0.htm>. Acesso em: 30 de setembro de 2012.
  3. CALDENARO, Marcelo e ADONI, Tarso. Coma e Alteração no Estado de Consciência. 2008.
  4. SCORZA, Fulvio Alexandre; ARIDA, Ricardo Mario; ALBUQUERQUE, Marly de; CAVALHEIRO, Esper Abrão. Morte súbita na epilepsia: todos os caminhos levam ao coração. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302008000300008&script=sci_arttext>. Acesso em: 30 de setembro de 2012.
  5. RIET-CORREA, Franklin, RIET-CORREA, Gabriela e SCHILD, Ana Lucia. Importância do exame clínico para o diagnóstico das enfermidades do sistema nervoso em ruminantes e eqüídeos. Pesq. Vet. Bras. vol.22 no.4 Rio de Janeiro Oct./Dec. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-736X2002000400006&script=sci_arttext&tlng=es>