Glorinha: diferenças entre revisões
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O município apresentou o segundo maior crescimento do [[PIB]] entre os municípios gaúchos ([[1996]]-[[2006]]), com taxas de 1.583,32%. |
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==História== |
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Em 1834, o Município de Gravataí – Região Metropolitana de Porto Alegre – dividia-se em três Distritos: Costa de Sapucaia, Freguesia da Aldeia dos Anjos e Passo Grande, este mais tarde também conhecido como Rua da Glória. Nas laterais desta “rua” – em verdade uma estradinha ainda com traçado bastante primitivo – formava-se uma pequena vila, habitada por agricultores e pecuaristas, em sua maioria descendentes de colonos portugueses. |
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Este singelo núcleo de moradores movimentava-se num cenário composto por meia dezena de casas de comércio (açougue, armazém de secos e molhados, quitandas com frutas e verduras etc.), um clube recreativo, uma escola e uma primeira Capela Católica, construída pelos próprios colonos, onde, aos fins de semana, assistiam às missas e celebravam festas religiosas. |
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Em 1906, essa capelinha original é praticamente reconstruída, com o Distrito de Passo Grande experimentando avanços importantes no seu desenvolvimento, pois por ali cruzava a estrada que era o único elo de acesso entre a Capital e o Litoral Norte, passagem obrigatória para os ousados “veranistas” que faziam sua longa viagem a caminho das praias. |
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A Rua da Glória também era rota tradicional de tropeiros, caixeiros viajantes e carreteiros, que aproveitavam a sombra de inúmeras figueiras – na época já centenárias e comuns na região – para o seu descanso e pernoite, criando uma aconchegante e movimentada pousada ao ar livre. |
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Por volta de 1910, a povoação começou ser corriqueira e carinhosamente identificada como a Vila da Glorinha – o nome de sua Santa Padroeira passa, de modo curioso, a representar, ao mesmo tempo, a denominação do próprio vilarejo: Nossa Senhora da Glorinha. |
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E é como Glorinha que logo depois transforma-se em Distrito, subordinado administrativamente à Prefeitura de Gravataí. Seu território já abrigava outras etnias, além dos pioneiros portugueses/açorianos, dos contingentes de negros libertos da escravidão e dos descendentes de índios missionados que por ali viviam; os alemães e italianos, cuja característica habilidade para a agricultura e a pecuária gera resultados muito produtivos, como a acentuada cultura da mandioca, que chegou a ser, por várias décadas, a principal riqueza da economia da região. A fabricação dos derivados da mandioca disputava espaço com outras indústrias caseiras, como os engenhos de cana-de-açúcar e alambiques. |
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Aos poucos, os alemães diversificaram suas atividades, instalando serrarias, selarias, sapatarias, ferrarias, e melhorando a agricultura de subsistência, do que se originou, por parte das outras etnias, uma forte assimilação quanto ao modo de trabalhar e de desenvolver uma rica gastronomia típica. |
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No início do século XX, edificou-se a Capela Evangélica de Confissão Luterana, na localidade de Rincão de São João e, em 1932, a Capela Nossa Senhora da Glória foi, finalmente, elevada à categoria de Matriz. |
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Em 1936, a pioneira estrada de chão batido que cortava a Vila da Glorinha desde os tempos em que era chamada Passo Grande, é inaugurada como a primeira via asfaltada do Estado – a RS-030. |
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A partir da primeira década de 1960, com a diversificação gradual da economia brasileira, Glorinha passou a ser a mais importante bacia leiteira do Rio Grande do Sul, com o leite e seus derivados despontando e consolidando-se como principal fonte de riqueza do Distrito, ao lado da comercialização de produtos derivados do leite de cabra, engenhos de arroz, atafonas, atividade agrícola desde hortifrutigranjeiros – cultivados em estufa – à piscicultura e à pecuária de corte, somando-se a emergentes indústrias de lacticínios e ao grande potencial natural da região, próprio para o desenvolvimento do turismo rural e ecológico. |
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TEMPOS DIFÍCEIS PARA O DISTRITO DE GLORINHA |
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Toda esta pujança, no entanto, pouco representava em retorno para o progresso específico do Distrito, distante de sua sede, Gravataí. |
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Em 1972, com a construção da Auto-estrada BR-290 (a primeira freeway do país, ligando Porto Alegre a Osório em sentidos expressos) os antigos viajantes da Rua da Glória – depois a Estadual RS-030 – mudaram de trajeto e Glorinha ficou como que esquecida, sofrendo um impacto negativo em seu mercado de serviços e na comercialização dos produtos típicos gerados por centenas de pequenos trabalhadores rurais. |
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Este período recessivo é ainda mais agravado pelo crescimento vertiginoso da Região Metropolitana, com Gravataí – chamado então de município mãe de Glorinha – tornando-se tipicamente urbano e investindo em políticas administrativas voltadas para uma industrialização frenética, em detrimento de sua zona rural, desprezada em atenção e recursos. |
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Foi exatamente este impasse, estabelecido em pleno início da primeira década de 1980 entre a população e as inquietas lideranças do, cada vez mais empobrecido, Distrito de Glorinha, que provocou a centelha de um sonho de “independência”, a busca ansiada da autodeterminação, a construção do próprio caminho e a decisão de um futuro mais digno. |
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Esta conquista histórica aconteceu em 4 de maio de 1988, através da Lei Estadual n° 8590, assinada pelo então Governador Pedro Simon, que criou um dos mais prósperos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul. |
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==Ligações externas== |
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* <ref>[http://glorinha.rs.gov.br/gov/sobre-glorinha/nossa-historia/] |
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* [http://www.glorinha.rs.gov.br/ Página da Prefeitura Municipal] |
* [http://www.glorinha.rs.gov.br/ Página da Prefeitura Municipal] |
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* [http://www.camaraglorinha.rs.gov.br/ Página da Câmara Municipal] |
* [http://www.camaraglorinha.rs.gov.br/ Página da Câmara Municipal] |
Revisão das 03h09min de 13 de setembro de 2019
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | glorinhense | ||
Localização | |||
Localização de Glorinha no Rio Grande do Sul | |||
Localização de Glorinha no Brasil | |||
Mapa de Glorinha | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio Grande do Sul | ||
Região metropolitana | Porto Alegre | ||
Municípios limítrofes | Viamão, Taquara, Santo Antônio da Patrulha e Gravataí | ||
Distância até a capital | 44 km | ||
História | |||
Fundação | 4 de maio de 1988 (35 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Darci Lima da Rosa (PRB, 2017 – 2020) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 323,641 km² | ||
População total (est. IBGE/2016[2]) | 7 588 hab. | ||
Densidade | 23,4 hab./km² | ||
Clima | temperado | ||
Altitude | 54 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,785 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 219 687,227 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 29 832,59 |
Glorinha é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.
Geografia
Pertence à Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre e à Microrregião Porto Alegre. É um município que conta com as águas dos rios Gravataí e dos Sinos.
O município apresentou o segundo maior crescimento do PIB entre os municípios gaúchos (1996-2006), com taxas de 1.583,32%.
História
Em 1834, o Município de Gravataí – Região Metropolitana de Porto Alegre – dividia-se em três Distritos: Costa de Sapucaia, Freguesia da Aldeia dos Anjos e Passo Grande, este mais tarde também conhecido como Rua da Glória. Nas laterais desta “rua” – em verdade uma estradinha ainda com traçado bastante primitivo – formava-se uma pequena vila, habitada por agricultores e pecuaristas, em sua maioria descendentes de colonos portugueses. Este singelo núcleo de moradores movimentava-se num cenário composto por meia dezena de casas de comércio (açougue, armazém de secos e molhados, quitandas com frutas e verduras etc.), um clube recreativo, uma escola e uma primeira Capela Católica, construída pelos próprios colonos, onde, aos fins de semana, assistiam às missas e celebravam festas religiosas. Em 1906, essa capelinha original é praticamente reconstruída, com o Distrito de Passo Grande experimentando avanços importantes no seu desenvolvimento, pois por ali cruzava a estrada que era o único elo de acesso entre a Capital e o Litoral Norte, passagem obrigatória para os ousados “veranistas” que faziam sua longa viagem a caminho das praias. A Rua da Glória também era rota tradicional de tropeiros, caixeiros viajantes e carreteiros, que aproveitavam a sombra de inúmeras figueiras – na época já centenárias e comuns na região – para o seu descanso e pernoite, criando uma aconchegante e movimentada pousada ao ar livre. Por volta de 1910, a povoação começou ser corriqueira e carinhosamente identificada como a Vila da Glorinha – o nome de sua Santa Padroeira passa, de modo curioso, a representar, ao mesmo tempo, a denominação do próprio vilarejo: Nossa Senhora da Glorinha. E é como Glorinha que logo depois transforma-se em Distrito, subordinado administrativamente à Prefeitura de Gravataí. Seu território já abrigava outras etnias, além dos pioneiros portugueses/açorianos, dos contingentes de negros libertos da escravidão e dos descendentes de índios missionados que por ali viviam; os alemães e italianos, cuja característica habilidade para a agricultura e a pecuária gera resultados muito produtivos, como a acentuada cultura da mandioca, que chegou a ser, por várias décadas, a principal riqueza da economia da região. A fabricação dos derivados da mandioca disputava espaço com outras indústrias caseiras, como os engenhos de cana-de-açúcar e alambiques.
Aos poucos, os alemães diversificaram suas atividades, instalando serrarias, selarias, sapatarias, ferrarias, e melhorando a agricultura de subsistência, do que se originou, por parte das outras etnias, uma forte assimilação quanto ao modo de trabalhar e de desenvolver uma rica gastronomia típica.
No início do século XX, edificou-se a Capela Evangélica de Confissão Luterana, na localidade de Rincão de São João e, em 1932, a Capela Nossa Senhora da Glória foi, finalmente, elevada à categoria de Matriz. Em 1936, a pioneira estrada de chão batido que cortava a Vila da Glorinha desde os tempos em que era chamada Passo Grande, é inaugurada como a primeira via asfaltada do Estado – a RS-030.
A partir da primeira década de 1960, com a diversificação gradual da economia brasileira, Glorinha passou a ser a mais importante bacia leiteira do Rio Grande do Sul, com o leite e seus derivados despontando e consolidando-se como principal fonte de riqueza do Distrito, ao lado da comercialização de produtos derivados do leite de cabra, engenhos de arroz, atafonas, atividade agrícola desde hortifrutigranjeiros – cultivados em estufa – à piscicultura e à pecuária de corte, somando-se a emergentes indústrias de lacticínios e ao grande potencial natural da região, próprio para o desenvolvimento do turismo rural e ecológico.
TEMPOS DIFÍCEIS PARA O DISTRITO DE GLORINHA
Toda esta pujança, no entanto, pouco representava em retorno para o progresso específico do Distrito, distante de sua sede, Gravataí.
Em 1972, com a construção da Auto-estrada BR-290 (a primeira freeway do país, ligando Porto Alegre a Osório em sentidos expressos) os antigos viajantes da Rua da Glória – depois a Estadual RS-030 – mudaram de trajeto e Glorinha ficou como que esquecida, sofrendo um impacto negativo em seu mercado de serviços e na comercialização dos produtos típicos gerados por centenas de pequenos trabalhadores rurais.
Este período recessivo é ainda mais agravado pelo crescimento vertiginoso da Região Metropolitana, com Gravataí – chamado então de município mãe de Glorinha – tornando-se tipicamente urbano e investindo em políticas administrativas voltadas para uma industrialização frenética, em detrimento de sua zona rural, desprezada em atenção e recursos.
Foi exatamente este impasse, estabelecido em pleno início da primeira década de 1980 entre a população e as inquietas lideranças do, cada vez mais empobrecido, Distrito de Glorinha, que provocou a centelha de um sonho de “independência”, a busca ansiada da autodeterminação, a construção do próprio caminho e a decisão de um futuro mais digno.
Esta conquista histórica aconteceu em 4 de maio de 1988, através da Lei Estadual n° 8590, assinada pelo então Governador Pedro Simon, que criou um dos mais prósperos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Estimativas populacionais para os municípios e para as Unidades da Federação brasileiros em 01.07.2016» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 24 de junho de 2017
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
Ligações externas
- <ref>[1]
- Página da Prefeitura Municipal
- Página da Câmara Municipal
- Secretaria do Turismo do Rio Grande do Sul