Libertarianismo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Rothbard nunca se aliou com a New Left.
Etiquetas: Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
Linha 44: Linha 44:
== Esquerda Libertária ==
== Esquerda Libertária ==
{{Socialismo libertário}}
{{Socialismo libertário}}
O libertarianismo de esquerda é uma denominação para variadas abordagens relacionadas (porém distintas), no âmbito da [[teoria política]] e social, que enfatizam tanto a [[liberdade individual]] quanto a [[igualitarismo|igualdade social]]. Em seu uso mais tradicional, libertarianismo de esquerda é sinônimo das variantes [[Antiautoritarismo|antiautoritárias]] da [[Esquerda política]], fosse o [[anarquismo]] em geral ou o [[anarquismo social]] em particular. Mais tarde, o termo tornou-se associado aos libertários de [[livre mercado]] quando [[Murray Rothbard]] e [[Karl Hess]] aliaram-se com a [[New Left]] durante a década de 1960<ref name="bookchinreader">Bookchin, Murray and Biehl, Janet (1997). ''The Murray Bookchin Reader''. Cassell: p. 170. ISBN 0-304-33873-7</ref> - este anarquismo anticapitalista de mercado de esquerda, que incluiu o [[Agorismo]] de [[Samuel Edward Konkin III]] e o [[mutualismo (economia)|mutualismo]] do [[Socialismo libertário|socialista libertário]] [[Pierre-Joseph Proudhon]], defende pautas esquerdistas tais como o [[igualitarismo]], questões de [[Género (sociedade)|gênero]] e [[sexualidade]], [[classes sociais]], imigração e [[ambientalismo]]. A esquerda libertária discorda de sua contraparte direitista em relação aos [[direito de propriedade|direitos de propriedade]], argumentando que os indivíduos não possuem direitos de propriedade inerentes aos recursos naturais - ou seja, que a gestão destes recursos deveria ser feita igualitariamente através de um modelo de [[propriedade coletiva]].<ref name="socialhistory">Carlson, Jennifer D. (2012). "Libertarianism". In Miller, Wilbur R. ''The social history of crime and punishment in America''. London: Sage Publications. p. 1007. ISBN 1412988764. "[Left-libertarians] disagree with right-libertarians with respect to property rights, arguing instead that individuals have no inherent right to natural resources. Namely, these resources must be treated as collective property that is made available on an egalitarian basis."</ref> Mais recentemente a esquerda libertária vem sendo identificada com autores como [[Hillel Steiner]], [[Philippe Van Parijs]], e [[Peter Vallentyne]] que combinam o conceito da auto-propriedade com uma abordagem igualitária de [[recursos naturais]].<ref name="oxfordcompanion">[[Will Kymlicka|Kymlicka, Will]] (2005). "libertarianism, left-". In Ted Honderich. ''The Oxford Companion to Philosophy''. New York City: [[Oxford University Press]]. p. 516. ISBN 978-0199264797. "'Left-libertarianism' is a new term for an old conception of justice, dating back to Grotius. It combines the libertarian assumption that each person possesses a natural right of self-ownership over his person with the egalitarian premiss that natural resources should be shared equally. Right-wing libertarians argue that the right of self-ownership entails the right to appropriate unequal parts of the external world, such as unequal amounts of land. According to left-libertarians, however, the world's natural resources were initially unowned, or belonged equally to all, and it is illegitimate for anyone to claim exclusive private ownership of these resources to the detriment of others. Such private appropriation is legitimate only if everyone can appropriate an equal amount, or if those who appropriate more are taxed to compensate those who are thereby excluded from what was once common property. Historic proponents of this view include Thomas Paine, Herbert Spencer, and Henry George. Recent exponents include Philippe Van Parijs and Hillel Steiner."</ref> Aqueles dentre os esquerdistas libertários que defendem a [[propriedade privada]], o fazem sob a condição de que alguma recompensa seja oferecida à comunidade local.<ref name="rhteol">Narveson, Jan; Trenchard, David (2008). "Left Libertarianism". In Hamowy, Ronald. ''The Encyclopedia of Libertarianism''. p. 288. "[Left libertarians] regard each of us as full self-owners. However, they differ from what we generally understand by the term ''libertarian'' in denying the right to private property. We own ourselves, but we do not own nature, at least not as individuals. Left libertarians embrace the view that all natural resources, land, oil, gold, trees, and so on should be held collectively. To the extent that individuals make use of these commonly owned goods, they must do so only with the permission of society, a permission granted only under the proviso that a certain payment for their use be made to society at large."</ref>
O libertarianismo de esquerda é uma denominação para variadas abordagens relacionadas (porém distintas), no âmbito da [[teoria política]] e social, que enfatizam tanto a [[liberdade individual]] quanto a [[igualitarismo|igualdade social]]. Em seu uso mais tradicional, libertarianismo de esquerda é sinônimo das variantes [[Antiautoritarismo|antiautoritárias]] da [[Esquerda política]], fosse o [[anarquismo]] em geral ou o [[anarquismo social]] em particular. <ref name="bookchinreader">Bookchin, Murray and Biehl, Janet (1997). ''The Murray Bookchin Reader''. Cassell: p. 170. ISBN 0-304-33873-7</ref>Este anarquismo anticapitalista de mercado de esquerda, que incluiu o [[Agorismo]] de [[Samuel Edward Konkin III]] e o [[mutualismo (economia)|mutualismo]] do [[Socialismo libertário|socialista libertário]] [[Pierre-Joseph Proudhon]], defende pautas esquerdistas tais como o [[igualitarismo]], questões de [[Género (sociedade)|gênero]] e [[sexualidade]], [[classes sociais]], imigração e [[ambientalismo]]. A esquerda libertária discorda de sua contraparte direitista em relação aos [[direito de propriedade|direitos de propriedade]], argumentando que os indivíduos não possuem direitos de propriedade inerentes aos recursos naturais - ou seja, que a gestão destes recursos deveria ser feita igualitariamente através de um modelo de [[propriedade coletiva]].<ref name="socialhistory">Carlson, Jennifer D. (2012). "Libertarianism". In Miller, Wilbur R. ''The social history of crime and punishment in America''. London: Sage Publications. p. 1007. ISBN 1412988764. "[Left-libertarians] disagree with right-libertarians with respect to property rights, arguing instead that individuals have no inherent right to natural resources. Namely, these resources must be treated as collective property that is made available on an egalitarian basis."</ref> Mais recentemente a esquerda libertária vem sendo identificada com autores como [[Hillel Steiner]], [[Philippe Van Parijs]], e [[Peter Vallentyne]] que combinam o conceito da auto-propriedade com uma abordagem igualitária de [[recursos naturais]].<ref name="oxfordcompanion">[[Will Kymlicka|Kymlicka, Will]] (2005). "libertarianism, left-". In Ted Honderich. ''The Oxford Companion to Philosophy''. New York City: [[Oxford University Press]]. p. 516. ISBN 978-0199264797. "'Left-libertarianism' is a new term for an old conception of justice, dating back to Grotius. It combines the libertarian assumption that each person possesses a natural right of self-ownership over his person with the egalitarian premiss that natural resources should be shared equally. Right-wing libertarians argue that the right of self-ownership entails the right to appropriate unequal parts of the external world, such as unequal amounts of land. According to left-libertarians, however, the world's natural resources were initially unowned, or belonged equally to all, and it is illegitimate for anyone to claim exclusive private ownership of these resources to the detriment of others. Such private appropriation is legitimate only if everyone can appropriate an equal amount, or if those who appropriate more are taxed to compensate those who are thereby excluded from what was once common property. Historic proponents of this view include Thomas Paine, Herbert Spencer, and Henry George. Recent exponents include Philippe Van Parijs and Hillel Steiner."</ref> Aqueles dentre os esquerdistas libertários que defendem a [[propriedade privada]], o fazem sob a condição de que alguma recompensa seja oferecida à comunidade local.<ref name="rhteol">Narveson, Jan; Trenchard, David (2008). "Left Libertarianism". In Hamowy, Ronald. ''The Encyclopedia of Libertarianism''. p. 288. "[Left libertarians] regard each of us as full self-owners. However, they differ from what we generally understand by the term ''libertarian'' in denying the right to private property. We own ourselves, but we do not own nature, at least not as individuals. Left libertarians embrace the view that all natural resources, land, oil, gold, trees, and so on should be held collectively. To the extent that individuals make use of these commonly owned goods, they must do so only with the permission of society, a permission granted only under the proviso that a certain payment for their use be made to society at large."</ref>


Entre as várias correntes de pensamento que por vezes são classificadas como "libertárias de esquerda" temos:
Entre as várias correntes de pensamento que por vezes são classificadas como "libertárias de esquerda" temos:

Revisão das 01h16min de 16 de setembro de 2019

O libertarismo[1] (em latim: libertas, que significa "liberdade"), algumas vezes traduzido do inglês como libertarianismo, é uma filosofia política que possui o Princípio da Não-Agressão como axioma fundamental e uma certa concepção de direitos de propriedade privada como seu núcleo.[2][3] Libertários historicamente são associados ao anarquismo e ao livre mercado. Hoje alguns tomam a palavra reivindicando a ser ao anarcocapitalistas, no entanto nem todo anarcocapitalista é um libertário. Alguns são anarcocapitalistas utilitaristas, como David Friedman, por exemplo. Outros são anarcocapitalistas por acreditarem no Princípio da Não-Agressão e, portanto, são libertários de fato, como Murray Rothbard e Hans-Hermann Hoppe. Libertários buscam maximizar o respeito à propriedade privada,[4] enfatizando as liberdades políticas, associações voluntárias, e a primazia do julgamento individual.[3][5] Os libertários normalmente não reconhecem uma autoridade justificada no poder do Estado.[6][7][8]

Historicamente os libertários não são de direita e nem de esquerda, termo que se aplica a várias correntes distintas, desde os socialistas libertários (como os anarcocomunistas e anarcossindicalistas) até à ala dos libertários pró-privada mais preocupada com questões "sociais" (casamento homossexual, aborto, etc.) e com uma posição bastante crítica às grandes empresas, enfatizando as suas ligações com o Estado.[9]

Indivíduos libertários são aqueles que apoiam a expansão das liberdades individuais tanto econômicas quanto sociais, ou seja, uma justaposição entre liberdade econômica e social.[10]

Etimologia

O termo "libertarianismo" foi introduzido por teóricos anarquistas franceses no século XIX, que defendiam a liberdade individual.[11] Com o passar do tempo, em alguns locais do mundo, tornou-se associado com o socialismo antiestatista e influenciou movimentos políticos iluministas críticos das autoridades institucionais, a quem taxavam como aparatos de dominação social e injustiça.[12][13] Hoje, embora normalmente libertários brasileiros também se identificam com o anarcocapitalismo,[14] o termo tem sido usado para descrever uma vertente do liberalismo clássico,[15] que repudia o dirigismo.[16][17]

Em alguns países do mundo o termo ainda se assemelha a seu uso político original, como sinônimo de qualquer anarquismo social ou anarquismo individualista.[18]

Nos Estados Unidos, o termo tem sido usado para descrever uma vertente mais radical do liberalismo econômico pró-capitalista, do que os tradicionais anti-capitalistas adeptos do igualitarismo.[carece de fontes?]

Em diversas partes do mundo, o termo se confunde com a definição de liberalismo[carece de fontes?], embora o uso do termo libertarianismo para descrever capitalistas radicais tenha ganhado força a partir da expansão do movimento libertário nos Estados Unidos, é importante ressaltar que naquele país o adjetivo "liberal" se refere à esquerda política - diferentemente do que ocorre no Brasil, onde os chamados "liberais" referem a esta ala direitista do liberalismo econômico, que defende o livre mercado e adere ao princípio da não-agressão.[19][20]

"Liberal" provém do termo latino liber, e liberdade é o que o liberalismo "clássico" é, segundo os autores do século XIX, os chamados liberais. Na Europa continental, eles ainda são chamados assim. (...) Nos Estados Unidos, o sentido foi modificado: o termo liberal agora se refere às políticas de um governo expansivo e ao welfare state (Estado de Bem Estar Social). A alternativa contemporânea é usada através do termo "libertários".[carece de fontes?]

Filosofia

Os libertários começam com uma concepção de direitos naturais, a partir do qual eles argumentam a favor das liberdades civis e uma redução ou eliminação do estado.[21][22]

O libertarismo de direita foi desenvolvido nos Estados Unidos em meados do século XX, e é a concepção de libertarismo mais popular naquela região. É comumente referido como uma continuação ou radicalização do liberalismo clássico.[23] Os anarcocapitalistas[24] procuram a eliminação completa do estado a favor de serviços de segurança privados, enquanto os minarquistas defendem um estado mínimo.

O libertarismo de esquerda engloba as crenças libertárias que afirmam que os recursos naturais da Terra pertencem a todos de forma igualitária, quer sejam ou não possuídos.[25]

Alguns libertários de direita consideram que o princípio da não agressão é uma parte fundamental de suas crenças.[26][27]

Liberdades civis

Os libertários têm sido defensores e ativistas das liberdades civis, incluindo a liberdade de amar[28] e a liberdade de expressão.[29][carece de fontes?] Os defensores da liberdade de amar consideram a liberdade sexual como uma expressão clara e direta da soberania individual.[28]

Estado

Os libertários são anarquistas e acreditam que o estado viola a soberania individual, propriedade privada e os direitos naturais. Os anarquistas de esquerda acreditam que o Estado defende a propriedade privada, que eles consideram prejudicial.[30]

Existe um debate entre os libertários da direita sobre se o estado é ou não legítimo: enquanto os anarcocapitalistas defendem sua abolição[31], os minarquistas libertários apoiam estados mínimos, desde que esses não iniciem agressão contra indivíduos livres. Os libertários tomam uma visão cética da autoridade governamental.[32]

Os minarquistas afirmam ser o Estado necessário para proteger os indivíduos de agressão, roubo, violação de contrato e fraude. Eles acreditam que as únicas instituições governamentais legítimas são militares, policiais e tribunais, embora alguns expandam essa lista para incluir bombeiros, prisões, a filamentos do executivo e legislativo.[33] 

Minarquistas justificam o Estado com base em que é a consequência lógica de aderir ao princípio da não agressão e argumentam que o anarquismo é imoral porque implica que o princípio da não agressão é opcional, que a aplicação das leis sob o anarquismo são abertas à concorrência. Outra justificativa comum é que as agências privadas de defesa e as empresas de justiça privadas tendem a representar os interesses daqueles que pagam mais.[34]

Os anarcocapitalistas argumentam que o Estado viola o princípio da não agressão por sua própria natureza, porque os governos usam a força contra aqueles que não roubaram ou vandalizaram a propriedade privada, agrediram qualquer pessoa ou cometeram fraudes.[35] 

Esquerda Libertária

O libertarianismo de esquerda é uma denominação para variadas abordagens relacionadas (porém distintas), no âmbito da teoria política e social, que enfatizam tanto a liberdade individual quanto a igualdade social. Em seu uso mais tradicional, libertarianismo de esquerda é sinônimo das variantes antiautoritárias da Esquerda política, fosse o anarquismo em geral ou o anarquismo social em particular. [36]Este anarquismo anticapitalista de mercado de esquerda, que incluiu o Agorismo de Samuel Edward Konkin III e o mutualismo do socialista libertário Pierre-Joseph Proudhon, defende pautas esquerdistas tais como o igualitarismo, questões de gênero e sexualidade, classes sociais, imigração e ambientalismo. A esquerda libertária discorda de sua contraparte direitista em relação aos direitos de propriedade, argumentando que os indivíduos não possuem direitos de propriedade inerentes aos recursos naturais - ou seja, que a gestão destes recursos deveria ser feita igualitariamente através de um modelo de propriedade coletiva.[37] Mais recentemente a esquerda libertária vem sendo identificada com autores como Hillel Steiner, Philippe Van Parijs, e Peter Vallentyne que combinam o conceito da auto-propriedade com uma abordagem igualitária de recursos naturais.[38] Aqueles dentre os esquerdistas libertários que defendem a propriedade privada, o fazem sob a condição de que alguma recompensa seja oferecida à comunidade local.[39]

Entre as várias correntes de pensamento que por vezes são classificadas como "libertárias de esquerda" temos:

  • socialistas anti-estatistas, como os anarcocomunistas, anarcossocialistas e anarcossindicalistas tradicionais.[9][40]
  • marxistas anti-leninistas, como Rosa Luxemburgo ou Anton Pannekoek.[9][41]
  • georgistas, que defendem a propriedade privada sobre os bens produzidos mas não sobre a terra, considerando assim que os impostos só deveriam incidir sobre a propriedade da terra.[9]
  • autores como Hillel Steiner e Peter Vallentyne, que não consideram que se possa deduzir a propriedade de recursos naturais, e que os proprietários devem alguma compensação aos não proprietários (nesse aspecto assemelham-se aos georgistas).[9][42]
  • o agorismo, teorizado por Samuel Edward Konkin, que rejeitava a ação política propondo antes que os libertários se dedicassem ao mercado negro (agora=mercado), a que chamava "contra-economia".[9]
  • a corrente que nos EUA usa a designação de left-libertarianism, representada por autores como Kevin Carson, Roderick T. Long, Charles Johnson, Brad Spangler, Sheldon Richman, Chris Matthew Sciabarra e Gary Chartier, que se distingue da direita libertária por um maior enfâse nas questões "sociais" (casamento homossexual, aborto, etc.) e por uma posição bastante crítica às grandes empresas, enfatizando as suas ligações com o Estado.[9]

Direita Libertária

A direita libertária (ou libertarianismo de direita) refere-se às filosofias políticas libertárias que defendem a auto-propriedade, alegando que este conceito também preconiza o direito que o indivíduo possui de apropriar-se de quantidades desiguais de partes do mundo exterior.[43] Libertários da direita defendem vigorosamente a propriedade privada, o modo de produção capitalista e as políticas de livre mercado.[44] Entre as correntes mais proeminentes desta vertente libertária, encontram-se o anarcocapitalismo e o liberalismo miniarquista Laissez-faire.

Suas maiores influências literárias incluem John Locke, Frédéric Bastiat, David Hume, Alexis de Tocqueville, Adam Smith, David Ricardo, Rose Wilder Lane, Lysander Spooner, Milton Friedman, David Friedman, Ayn Rand, James McGill Buchanan Jr., Friedrich von Hayek, Ludwig von Mises, Hans-Hermann Hoppe e Murray Rothbard.[45] Existem, contudo, divergências significativas em termos de epistemologia, ontologia e metodologia na interpretação dos fenômenos sociais e econômicos entre esses diversos autores. Com particular relevância, Mises e Rothbard se distinguem de seus predecessores por rejeitar o empiricismo como método de avaliação científica.[46]

Nos Estados Unidos

Em setembro de 2001, um grupo de americanos lançou o Free State Project, campanha que conclamava os adeptos de todo o mundo a se mudar para New Hampshire e construir ali uma sociedade na qual o papel do estado seria o menor possível. O Free State Project e o Partido Libertário foram inspirados nos ideais do libertarismo. Dentro do Partido Republicano, há uma ala libertária. Alguns pontos de vista de republicanos libertários são similares aos do Partido Libertário, mas diferem no que diz respeito à estratégia utilizada para implementá-las. O Republican Liberty Caucus foi fundado em 1991 em uma reunião de um grupo de membros da Flórida do Comitê Organizador republicano libertário.[47]

Ron Paul
Rand Paul

Figuras públicas

Representantes
Senadores
Governadores
Autores e intelectuais
Outros

No Brasil

No Brasil, em 2006, ativistas, acadêmicos e estudantes iniciaram um movimento na internet para a criação do partido Libertários. A reunião de fundação ocorreu em 20 de junho de 2009, aprovando o estatuto e o programa partidário que foram oficialmente publicados no Diário Oficial da União em 19 de janeiro de 2010.[85] Entretanto, ainda não conseguiram o mínimo de assinaturas de apoio para participarem de eleições.

Atualmente, o Partido NOVO, fundado em 2011, e o grupo conhecido por Livres, que por muito tempo esteve associado ao PSL, mas após divergências pelo candidato a presidência no ano de 2018[86] romperam relações, são os representantes políticos no Brasil de pautas associadas ao libertarianismo.[87][88]

Figuras públicas

Políticas libertárias

O libertarismo apoia que os direitos de liberdade de expressão, liberdade mental (ou de pensamento), direitos fundamentais, liberdade religiosa e qualquer outra liberdade individual. Também é destacável a total "desburocratização" estatal, a diminuição do poder centralizador sobre os indivíduos e, algumas vezes, políticas de livre mercado e redução de impostos. Vertentes do libertarismo mais próximas ao anarcocapitalismo defendem que as funções legislativas, punitivas e judicantes exercidas pelos Estados nacionais não deveriam ser exclusivas destes - de acordo com estes proponentes, portanto, todos os bens e serviços, inclusive a ordem legal representada no poder de legislar, julgar e punir poderia ser provida pelos mercados em um ambiente de livre concorrência. Esses libertários também defendem a soberania do direito de propriedade para lidar com danos ao meio ambiente. Portanto, se alguém danificar ou prejudicar as propriedades alheias causando dano ao meio ambiente, esta pessoa estaria cometendo um crime e poderia ser processada por isso, devendo indenizar aqueles que foram prejudicados.

Normalmente os proponentes desta filosofia política estão associadas às pautas que avançam os direitos civis, a igualdade entre gêneros, a legalização do aborto (embora não seja um consenso, visto que para muitos libertários - especialmente para os libertários da direita - o aborto fere o princípio da não-agressão), defesa da pesquisa em células-tronco, legalização das drogas, legalização da eutanásia, ênfase no estado laico e uma concomitante liberdade religiosa.

Críticas

Economia

Críticos do sistema econômico libertarista (o capitalismo laissez-faire), argumentam que falhas do livre mercado justificam a intervenção governamental na economia, que a não intervenção cria monopólios e ausência de inovações, ou que mercados não regulados são economicamente instáveis. Eles argumentam que mercados nem sempre produzem o que é melhor ou mais eficiente, que a redistribuição de riqueza melhora a "saúde" da economia, e que avanços em economia desde Adam Smith mostram que as ações da população nem sempre são racionais. A estas críticas os libertaristas respondem com afirmações da Escola das Falhas de Governo, que defendem que a intervenção do Estado na economia gera mais imperfeições nos mercados do que se poderia esperar da não-intervenção, e a Escola das Escolhas Públicas, que demonstra que um governo é formado por políticos que nem sempre tem o interesse público como principal objetivo.

Outras críticas econômicas tratam da transição para uma sociedade libertarista. Críticos costumam afirmar que a privatização da seguridade social causaria uma crise fiscal a curto prazo e danificaria a estabilidade econômica de indivíduos a longo prazo. Críticos do livre comércio argumentam que barreiras são necessárias para o crescimento econômico em todas as situações, afirmação que contradiz vários dados históricos e tenta negar o evidente crescimento econômico mundial pelos países que adotam medidas globalizantes.

Um dos maiores nomes do utilitarismo, Stuart Mill, filósofo e economista inglês, e um dos pensadores liberais mais influentes do século XIX, advogava que a interferência do governo teria consequências boas e ruins, devendo-se aplicar os aspectos bons e minimizar os ruins. Sendo que, quando se amplia a liberdade do indivíduo, é considerado um aspecto bom, e quando se restringe o indivíduo, um aspecto ruim.

Ele apresenta em seu livro "Principles of political economy with some of their applications to social philosophy", algumas convicções em prol da defesa da intervenção do estado em certos casos:

"Entretanto, sob esta condição, a sociedade tem todo o direito de revogar ou alterar qualquer direito particular de propriedade que, depois de cuidadosa consideração, ela considere ser um obstaculo ao bem público. E, reconhecidamente, o terrível libelo que, como vimos num capitulo anterior, os socialistas podem apresentar contra a atual ordem econômica da sociedade exige completa consideração de todos os meios pelos quais a instituição pode vir a ter uma chance de funcionar de maneira mais benéfica para aquela grande parcela da sociedade que presentemente usufrui a menor parcela de seus benefícios diretos."

Friedrich Hayek lamenta as perspectivas sombrias para a liberdade diante do crescimento constante do Estado e seu poder sobre os cidadãos:

"A menos que possamos fazer das bases filosóficas da livre sociedade uma questão intelectual viva, e de sua implementação uma tarefa que desafie a engenhosidade e imaginação das mentes mais esclarecidas, as perspectivas de liberdade apresentam-se, de fato, sombrias. Mas, se conseguirmos reconquistar a crença no poder das ideias - que foi a marca do liberalismo no seu melhor momento - a batalha não está perdida."

Alguns destes críticos do liberalismo radical propõem um liberalismo abrangente, que inclui o valor da igualdade, como saída para a sociedade. Dentre estes destacam-se John Rawls e Ronald Dworkin.

Mário Bunge, um físico, humanista e filósofo da ciência, argumenta e demonstra em um de seus livros, intitulado "Las pseudociencias ¡vaya timo!", que a microeconomia ortodoxa (ou microeconomia clássica) carece de confirmação empírica ou justificativa moral. A microeconomia ortodoxa é o modelo defendido pelos filósofos e economistas intitulados libertários. O capítulo "La conexión pseudociencia – filosofía - política" descreve em uma série de postulados, que a economia ortodoxa possui uma ontologia individualista, uma epistemologia acientífica e uma ética individualista. Acabando-se por constituir em uma teoria econômica com características de pseudociência.[93]

Libertarismo vulgar

Kevin Carson, um escritor e teórico político, mutualista e anarquista individualista, cunhou a expressão pejorativa libertarianismo vulgar, para descrever o uso da retórica do livre mercado em defesa do capitalismo corporativo e da desigualdade econômica.[94]

"Libertarianistas vulgares, apologistas do capitalismo, usam o termo "livre mercado" de maneira equívoca: eles parecem ter problemas para se lembrar, de um momento para o outro, se eles estão defendendo o capitalismo realmente existente ou os princípios do livre mercado. Então, temos o costumeiro artigo requentado no The Freeman, argumentando que os ricos não podem enriquecer às custas dos pobres, porque "não é assim que o mercado livre funciona" - implicitamente assumindo que este é um mercado livre. Quando acuados, eles admitem, com relutância, que o atual sistema não é um mercado livre mas que inclui muita intervenção estatal em favor dos ricos. Mas logo que escapam, eles voltam a defender a riqueza das corporações existentes, com base em "princípios do livre mercado."[94]

Segundo Carson, a expressão libertarianismo vulgar foi inspirada na economia vulgar, a antítese da economia política clássica, segundo Karl Marx. O economista vulgar "apenas se move dentro do nexo aparente, rumina constantemente de novo o material já há muito fornecido pela economia científica oferecendo um entendimento plausível dos fenômenos, por assim dizer, mais grosseiros e para uso caseiro da burguesia, e limita-se, de resto, a sistematizar, pedantizar e proclamar como verdades eternas as ideias banais e presunçosas que os agentes da produção burguesa formam sobre seu mundo, para eles o melhor possível".[95]

Ver também

Referências

  1. Dicionário Caldas Aulete da Língua Portuguesa. «Libertalismo» 
  2. Kinsella, Stephan (17 de agosto de 2009). «What Libertarianism Is | Stephan Kinsella». Mises Institute (em inglês). Consultado em 21 de abril de 2018 
  3. a b «Libertarianismo: entenda o conceito de uma vez por todas - Politize!». Politize!. 17 de janeiro de 2017 
  4. Hussain, Syed B. (2004). Encyclopedia of Capitalism. Vol. II : H-R. New York: Facts on File Inc. p. 492. ISBN 0816052247. In the modern world, political ideologies are largely defined by their attitude towards capitalism. Marxists want to overthrow it, liberals to curtail it extensively, conservatives to curtail it moderately. Those who maintain that capitalism is a excellent economic system, unfairly maligned, with little or no need for corrective government policy, are generally known as libertarians. 
  5. Lacombi (8 de setembro de 2015). «O Que é Libertarianismo». Ideal Libertário. Consultado em 21 de junho de 2017 
  6. «Em defesa do Ultraliberal». Mises Brasil. Consultado em 19 de janeiro de 2017 
  7. Magalhães, Ricardo Campelo de (13 de outubro de 2012). «O que é um Ultraliberal?». O Insurgente. Consultado em 19 de janeiro de 2017 
  8. «Libertarianism». Encyclopædia Britannica. Consultado em 20 de maio de 2014. libertarianism, political philosophy that takes individual liberty to be the primary political value 
  9. a b c d e f g «Anarcocomunismo, socialismo libertário e libertarianismo de esquerda: conceitos e diferenças». Mises Brasil. Consultado em 21 de junho de 2017 
  10. Woodcock, George (2004). Anarchism: A History Of Libertarian Ideas And Movements. Peterborough, Ont.: Broadview Press. p. 16. ISBN 9781551116297. for the very nature of the libertarian attitude—its rejection of dogma, its deliberate avoidance of rigidly systematic theory, and, above all, its stress on extreme freedom of choice and on the primacy of the individual judgment 
  11. «A History of Libertarianism». Libertarianism.org (em inglês) 
  12. Walia, Shelley. «The triumph of anarchism». The Hindu. Chomsky, argues McGilvray, "sees anarchosyndicalism as a modification of the basic Enlightenment conception of the person as a free and responsible agent, a modification required to meet the challenge of private power. Empowering individuals by putting control back into their hands is the best way to meet this challenge and provide a meaningful form of freedom." 
  13. Edgley, Alison. «Libertarian Socialism» (PDF). Canterbury Christ Church University College. Consultado em 28 de dezembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 27 de junho de 2009. The classic liberal tradition with its roots in the Enlightenment and its emphasis on freedom is central for Chomsky in any definition of libertarian socialism. 
  14. «O que significa ser um anarcocapitalista?». Mises Brasil. Consultado em 24 de junho de 2017 
  15. «Anarquismo, libertarismo e liberalismo - ANARCA É A MÃE!». ANARCA É A MÃE!. Consultado em 22 de junho de 2017. Arquivado do original em 24 de junho de 2017. aqui no Brasil ... libertarianismo ou libertarismo ... significam algo próximo do liberalismo clássico 
  16. ROTHBARD, Murray N. A Ética da Liberdade. [S.l.: s.n.] 
  17. «A história do movimento libertário brasileiro». Instituto Mercado Popular. liberalismo clássico ... contra o dirigismo do estado 
  18. ROTHBARD, Murray N. The Betrayal of the American Right. [S.l.: s.n.] pp. One gratifying aspect of our rise to some prominence is that, for the first time in my memory, we, 'our side,' had captured a crucial word from the enemy... 'Libertarians'... had long been simply a polite word for left–wing anarchists, that is for anti–private property anarchists, either of the communist or syndicalist variety. But now we had taken it over... ISBN 1610165012 
  19. «Block, Walter. The Non-Aggression Axiom of Libertarianism». Consultado em 3 de abril de 2012. Arquivado do original em 5 de setembro de 2006 
  20. Rand, Ayn. “Man’s Rights,” from Capitalism: The Unknown Ideal by Ayn Rand. Copyright (c) 1946, 1962, 1964, 1965, 1966 by Ayn Rand. [1]
  21. «Afinal, o que é um direito?». Mises Brasil. Consultado em 10 de julho de 2017 
  22. «Por que os libertários acreditam que só existe um direito». Libertarianismo. Consultado em 10 de julho de 2017. Arquivado do original em 17 de maio de 2017 
  23. 1937-, Hamowy, Ronald,; Publications., Sage (2008). The encyclopedia of libertarianism. Thousand Oaks, Calif.: Sage Publications. ISBN 9781412965804. OCLC 233969448. Libertarianism puts severe limits on morally permissible government action. If one takes its strictures seriously, does libertarianism require the abolition of government, logically reducing the position to anarchism? Robert Nozick effectively captures this dilemma: 'Individuals have rights, and there are things no person or group may do to them (without violating their rights). So strong and far-reaching are these rights that they raise the question of what, if anything, the state and its official may do.' Libertarian political philosophers have extensively debated this question, and many conclude that the answer is 'Nothing'. 
  24. 1972-, Newman, Saul, (2010). The politics of postanarchism. Edinburgh: Edinburgh University Press. ISBN 0748634959. OCLC 650301194. It is important to distinguish between anarchism and certain strands of right-wing libertarianism which at times go by the same name (for example, Rothbard's anarcho-capitalism). 
  25. «Esquerda Libertária: o anticapitalismo de livre mercado». Libertarianismo. Consultado em 10 de julho de 2017. Arquivado do original em 10 de dezembro de 2017 
  26. «The Morality of Libertarianism - The Future of Freedom Foundation». fff.org (em inglês). Consultado em 10 de julho de 2017 
  27. «The Non-Aggression Axiom of Libertarianism by Walter Block». archive.lewrockwell.com. Consultado em 10 de julho de 2017 
  28. a b «The Free Love Movement and Radical Individualism, By Wendy McElroy». 31 de dezembro de 2010. Consultado em 10 de julho de 2017 
  29. «O argumento em defesa da liberdade, para o que der e vier». Mises Brasil. Consultado em 10 de julho de 2017 
  30. Marshall. [S.l.: s.n.] 2009. pp. 42–43 
  31. «Os libertários são anarquistas?». Mises Brasil. Consultado em 10 de julho de 2017 
  32. «Anarcocapitalismo, minarquismo e evolucionismo». Expresso Liberdade. 5 de setembro de 2014 
  33. «The Minarchist"s Dilemma | Strike-The-Root: A Journal Of Liberty». www.strike-the-root.com (em inglês). Consultado em 10 de julho de 2017 
  34. «Government: Unnecessary but Inevitable» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em |arquivourl= requer |arquivodata= (ajuda) 🔗 
  35. «Market Anarchism as Constitutionalism» (PDF). Molinari Institute 
  36. Bookchin, Murray and Biehl, Janet (1997). The Murray Bookchin Reader. Cassell: p. 170. ISBN 0-304-33873-7
  37. Carlson, Jennifer D. (2012). "Libertarianism". In Miller, Wilbur R. The social history of crime and punishment in America. London: Sage Publications. p. 1007. ISBN 1412988764. "[Left-libertarians] disagree with right-libertarians with respect to property rights, arguing instead that individuals have no inherent right to natural resources. Namely, these resources must be treated as collective property that is made available on an egalitarian basis."
  38. Kymlicka, Will (2005). "libertarianism, left-". In Ted Honderich. The Oxford Companion to Philosophy. New York City: Oxford University Press. p. 516. ISBN 978-0199264797. "'Left-libertarianism' is a new term for an old conception of justice, dating back to Grotius. It combines the libertarian assumption that each person possesses a natural right of self-ownership over his person with the egalitarian premiss that natural resources should be shared equally. Right-wing libertarians argue that the right of self-ownership entails the right to appropriate unequal parts of the external world, such as unequal amounts of land. According to left-libertarians, however, the world's natural resources were initially unowned, or belonged equally to all, and it is illegitimate for anyone to claim exclusive private ownership of these resources to the detriment of others. Such private appropriation is legitimate only if everyone can appropriate an equal amount, or if those who appropriate more are taxed to compensate those who are thereby excluded from what was once common property. Historic proponents of this view include Thomas Paine, Herbert Spencer, and Henry George. Recent exponents include Philippe Van Parijs and Hillel Steiner."
  39. Narveson, Jan; Trenchard, David (2008). "Left Libertarianism". In Hamowy, Ronald. The Encyclopedia of Libertarianism. p. 288. "[Left libertarians] regard each of us as full self-owners. However, they differ from what we generally understand by the term libertarian in denying the right to private property. We own ourselves, but we do not own nature, at least not as individuals. Left libertarians embrace the view that all natural resources, land, oil, gold, trees, and so on should be held collectively. To the extent that individuals make use of these commonly owned goods, they must do so only with the permission of society, a permission granted only under the proviso that a certain payment for their use be made to society at large."
  40. Long, Roderick T. (1998). "Toward a Libertarian Theory of Class." Social Philosophy and Policy. 15:2 p. 310. "When I speak of 'libertarianism'... I mean all three of these very different movements. It might be protested that LibCap, LibSoc and LibPop are too different from one another to be treated as aspects of a single point of view. But they do share a common—or at least an overlapping—intellectual ancestry."
  41. Armalin, William T.; Shannon, Deric (2010). «Toward a more unified libertarian left.». Theory in Action (em inglês). 3 (4). doi:10.3798/tia.1937-0237.10029. Consultado em 26 de junho de 2017 
  42. Vallentyne, Peter. «Libertarianism». In: Edward N. Zalta. The Stanford Encyclopedia of Philosophy Spring 2009 ed. Stanford, CA: Stanford University. Consultado em 5 de março de 2010. Libertarianism is committed to full self-ownership. A distinction can be made, however, between right-libertarianism and left-libertarianism, depending on the stance taken on how natural resources can be owned 
  43. Kymlicka, Will (2005) "libertarianism, left-". In Honderich, Ted. The Oxford Companion to Philosophy: New Edition. New York: Oxford University Press. p. 516. ISBN 978-0199264797. "Right-wing libertarians argue that the right of self-ownership entails the right to appropriate unequal parts of the external world, such as unequal amounts of land."
  44. Vallentyne, Peter (2007). "Libertarianism and the State". In Paul, Ellen Frankel; Miller Jr., Fred; Paul, Jeffrey. Liberalism: Old and New: Volume 24. Cambridge University Press. Retrieved 13 June 2013. ISBN 978-0-521-70305-5. "The best-known versions of libertarianism are right-libertarian theories, which hold that agents have a very strong moral power to acquire full private property rights in external things. Left-libertarians, by contrast, hold that natural resources (e.g., space, land, minerals, air, and water) belong to everyone in some egalitarian manner and thus cannot be appropriated without the consent of, or significant payment to, the members of society."
  45. «Cato Institute, Libertarianism.org, People». Consultado em 3 de abril de 2012. Arquivado do original em 17 de abril de 2012 
  46. Mises, Ludwig. Ação Humana. Capítulo 2
  47. History of the Republican Liberty Caucus. Republican Liberty Caucus, 2-20-2011. Retrieved April 16, 2011.
  48. Rep. Justin Amash's Voting Record. GovTrack. Retrieved April 16, 2011.
  49. Top Liberty Index Scorers U.S. Reps. Paul and Flake Vote For DADT Repeal Arquivado em 26 de março de 2012, no Wayback Machine.. Republican Liberty Caucus, 12-18-2010. Retrieved April 16, 2011.
  50. Senator Rand Paul Voting Record. GovTrack. Retrieved April 16, 2011.
  51. Senator Jeff Flake Voting Record. GovTrack. Retrieved November 19, 2012.
  52. Senator Mike Lee Voting Record
  53. Former NM Governor Johnson courts Ron Paul's libertarian base. The DailyCaller, 2-11-2010. Retrieved April 16, 2011.
  54. [2]
  55. Libertarians and Conservatives should rally around Nikki Haley. RedState, 8-2-2009. Retrieved April 16, 2011.
  56. [3]
  57. [4]
  58. Libertarian leaning Republican Governor Paul LePage. LibertarianRepublican.net, 5-17-2012. Retrieved August 14, 2012.
  59. Milton Friedman on the Charlie Rose Show Arquivado em 4 de fevereiro de 2011, no Wayback Machine.. PBS, Novembro de 2005.
  60. Beito, David T. and Linda Royster Beito. Isabel Paterson, Rose Wilder Lane, and Zora Neale Hurston on War, Race, the State, and Liberty. The Independent Institute, The Independent Review, Spring-08.
  61. a b c Republican Liberty Caucus 2006 Convention Summary Arquivado em 22 de julho de 2011, no Wayback Machine..
  62. David Leonhardt. Free for All. The New York Times, 4 de janeiro de 2007.
  63. Clint Eastwood talks to Jeff Dawson. The Guardian (UK), 6-1-2008. Retrieved April 19, 2011.
  64. a b c "As 7 Celebridades Que Você Provavelmente Não Sabe Que São Libertárias" Arquivado em 22 de abril de 2014, no Wayback Machine.. Liberzone, 20 de Abril de 2014.
  65. Larry Elder on NNDB. NNDB. Retrieved April 16, 2011.
  66. Pro-Defense libertarian Neal Boortz Speaker at Florida Cato Function. LibertarianRepublican.net, 2-10-2011. Retrieved April 16, 2011.
  67. «Adam Savage's Full Speech at the Reason Rally – 3/24/12». The Skeptical Libertarian. Consultado em 7 de janeiro de 2016 
  68. «Mark Hoppus | Risenmagazine.com». 15 de julho de 2011. Consultado em 7 de janeiro de 2016 
  69. Drew Carey on NNDB. NNDB. Retrieved April 19, 2011.
  70. Gillespie, Nick and Kurtz, Steve. Stand Up Guy. Reason, 11-01-1997. Retrieved December 6, 2011.
  71. Tucker Carlson Joins the Cato Institute. Cato Institute, Cato-at-liberty.org, 7-28-2009. Retrieved Retrieved April 19, 2011.
  72. Currie, Duncan. Dennis The Right-Wing Menace? Arquivado em 20 de outubro de 2012, no Wayback Machine.. National Review, 6-27-2003. Retrieved April 19, 2011.
  73. Reason interviews libertarian Republican P.J. O'Rourke Arquivado em 19 de março de 2012, no Wayback Machine.. Republican LIberty Caucus, 7-7-2009. Retrieved April 16, 2011.
  74. Quinn, Garrett. «An Exit Interview With Wayne Allyn Root». Reason 
  75. «Kurt Russell: I'm Not a Republican, I'm Worse. A Hardcore Libertarian». Reason.com. Consultado em 7 de janeiro de 2016 
  76. Hunter, Jack. «Why Vince Vaughn supports Ron Paul». The Daily Caller 
  77. [5]
  78. [6]
  79. [7]
  80. [8]
  81. [9]
  82. a b Astor Pimenta (26 de Junho de 2014). «Frank Turner conheceu Josh Homme e discutiu sobre política». Queens of the Stone Age Brasil. Consultado em 26 de Junho de 2014. Arquivado do original em 6 de novembro de 2014 
  83. a b [10]
  84. [11]
  85. «Libertários no DOU 19/01/2010.». Consultado em 29 de abril de 2019. Arquivado do original em 4 de novembro de 2012 
  86. «Livres sai do PSL». www.gazetadopovo.com.br. Consultado em 13 de julho de 2018 
  87. «Valores & Diferenciais : NOVO». novo.org.br. Consultado em 10 de maio de 2017 
  88. «Partido Social Liberal». www.pslnacional.org.br. Consultado em 10 de maio de 2017 
  89. Entrevista - Leandro Narloch (podcast)
  90. [12]
  91. «GDM ENTREVISTA CLÁUDIO MANOEL: O ESTADO PADRINHO NÃO SÓ PERPETUA O ATRASO, ELE TAMBÉM ESCRAVIZA». Consultado em 26 de junho de 2017 
  92. «Executivo fala a jovens empresários sobre liberalismo». Associação Comercial do Paraná. 26 de abril de 2016. Consultado em 10 de abril de 2017 
  93. [13] Arquivado em 23 de maio de 2013, no Wayback Machine., Bunge, Mario: Las pseudociencias ¡vaya timo! - La conexión pseudociencia – filosofía - política. Editorial LAETOLI Edición 2010, en Rústica.
  94. a b CARSON, Kevin. "Studies in Mutualist Political Economy, p. 142
  95. O Capital. Livro Primeiro — O Processo de Produção do Capital Seção I - Mercadoria e Dinheiro Arquivado em 17 de julho de 2013, no Wayback Machine.. São Paulo: Nova Cultural, 1996. Coleção Os Economistas, p. 206

Bibliografia

Ligações externas

Predefinição:Ideologia