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Na tarde de 28 de maio de 2011, Beatriz foi condenada a 21 anos e 4 meses de prisão (em votação apertada: 4 x 3), 13 anos depois do primeiro julgamento<ref>[http://oestadodoparana.pron.com.br/cidades/noticias/22137/ Beatriz Abagge é condenada a 21 anos e quatro meses de prisão] Portal O Estado do Paraná - Edição de 28 de maio de 2011</ref>. Em 17 de abril de 2016, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu perdão de pena para Beatriz Abagge<ref>{{Citar periódico|data=2016-06-17|titulo=Tribunal de Justiça do PR concede perdão de pena para Beatriz Abagge|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/06/tribunal-de-justica-do-pr-concede-perdao-de-pena-para-beatriz-abagge.html|jornal=Paraná|lingua=pt-BR}}</ref>.
Na tarde de 28 de maio de 2011, Beatriz foi condenada a 21 anos e 4 meses de prisão (em votação apertada: 4 x 3), 13 anos depois do primeiro julgamento<ref>[http://oestadodoparana.pron.com.br/cidades/noticias/22137/ Beatriz Abagge é condenada a 21 anos e quatro meses de prisão] Portal O Estado do Paraná - Edição de 28 de maio de 2011</ref>. Em 17 de abril de 2016, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu perdão de pena para Beatriz Abagge<ref>{{Citar periódico|data=2016-06-17|titulo=Tribunal de Justiça do PR concede perdão de pena para Beatriz Abagge|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/06/tribunal-de-justica-do-pr-concede-perdao-de-pena-para-beatriz-abagge.html|jornal=Paraná|lingua=pt-BR}}</ref>.


== Controvérsias ==
== Investigação da IstoÉ ==
{{Quote|"''Houve tortura. Pessoas das quais os policiais militares suspeitavam foram sequestradas, levadas sem mandado de prisão e torturadas (…) Beatriz e Celina foram seviciadas até dizerem que mataram Evandro. Outro acusado, o pai de santo Osvaldo Marcineiro, não tinha mais costas de tanto levar porrada. As costas dele ficaram negras. Era um hematoma só. Eu vi.''"|Delegado e diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio, Luiz Carlos Oliveira, da polícia no Paraná.''"<ref name="IstoÉ/26/01/2016"/>}}
{{Quote|"''Houve tortura. Pessoas das quais os policiais militares suspeitavam foram sequestradas, levadas sem mandado de prisão e torturadas (…) Beatriz e Celina foram seviciadas até dizerem que mataram Evandro. Outro acusado, o pai de santo Osvaldo Marcineiro, não tinha mais costas de tanto levar porrada. As costas dele ficaram negras. Era um hematoma só. Eu vi.''"|Delegado e diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio, Luiz Carlos Oliveira, da polícia no Paraná.''"<ref name="IstoÉ/26/01/2016"/>}}


Um dos responsáveis pela tortura foi o coronel da reserva Valdir Copetti Neves que disse à [[IstoÉ]]: "''Por que perguntar de tortura e circunstâncias de prisão somente para mim? Por que não se pergunta também ao [[Ministério Público]] e à [[Polícia Federal]] que estavam na investigação?''"<ref name="IstoÉ/26/01/2016"/>
Um dos responsáveis pela tortura foi o coronel da reserva Valdir Copetti Neves que disse à [[IstoÉ]]: "''Por que perguntar de tortura e circunstâncias de prisão somente para mim? Por que não se pergunta também ao [[Ministério Público]] e à [[Polícia Federal]] que estavam na investigação?''" Existem suspeitas de que o corpo enterrado no cemitério não é o do menino Evandro Ramos Caetano. O Ministério Público negou por dezoito vezes a exumação do corpo. Luiz Carlos Oliveira diz ter "Certeza absoluta de que não é o corpo (…) Durante as investigações eu disse: pago do meu bolso as despesas de exumação. Ninguém quis me ouvir." Foram feitos três exames de [[ADN]]. Dois deram "inconclusivo". O zelador do cemitério, Luiz Ferreira também diz que não está enterrado no local qual o MP diz estar.<ref name="IstoÉ/26/01/2016"/>


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Revisão das 16h28min de 5 de outubro de 2019

Caso Evandro
Local do crime Guaratuba
Data
1992
Tipo de crime Sequestro e assassinato
Vítimas Evandro Ramos Caetano

O Caso Evandro refere-se ao sequestro e assassinato do garoto Evandro Ramos Caetano, em 1992, em cidade litorânea de Guaratuba.[1][2] O caso é também conhecido como As Bruxas de Guaratuba. Duas mulheres incocentes foram torturadas para confessar o crime.[3]

História

Crime

Evandro Ramos Caetano, que em 1992 tinha 6 anos, desapareceu em 6 de abril daquele ano. Seu corpo foi encontrado em 11 de abril, num matagal da cidade, sem vários órgãos, com mãos e pés amputados, e vísceras e coração arrancadas[4][5].

Investigação

A promotoria pública do Paraná acusou Beatriz Cordeiro Abagge e sua mãe, Celina Abagge, como mentoras do sequestro e morte de Evandro com o intuito de utilizar o corpo em um ritual de magia negra[6].

Em 23 de março de 1998, Beatriz e Celina foram julgadas, pela primeira vez, no mais longo júri da história da justiça brasileira (34 dias de julgamento) e consideradas inocentes. Em 1999 o júri foi anulado, sendo retomado o julgamento em maio de 2011[7][8].

Outros envolvidos no assassinato, também foram julgados pelo crime, como o pai de santo Osvaldo Marcineiro[9], o pintor Vicente Paulo Ferreira e o artesão Davi dos Santos Soares foram condenados em 2004. Já Francisco Sérgio Cristofolini e Airton Bardelli dos Santos foram absolvidos em 2005[10].

Na tarde de 28 de maio de 2011, Beatriz foi condenada a 21 anos e 4 meses de prisão (em votação apertada: 4 x 3), 13 anos depois do primeiro julgamento[11]. Em 17 de abril de 2016, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu perdão de pena para Beatriz Abagge[12].

Controvérsias

"Houve tortura. Pessoas das quais os policiais militares suspeitavam foram sequestradas, levadas sem mandado de prisão e torturadas (…) Beatriz e Celina foram seviciadas até dizerem que mataram Evandro. Outro acusado, o pai de santo Osvaldo Marcineiro, não tinha mais costas de tanto levar porrada. As costas dele ficaram negras. Era um hematoma só. Eu vi."
— Delegado e diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio, Luiz Carlos Oliveira, da polícia no Paraná."[3]

Um dos responsáveis pela tortura foi o coronel da reserva Valdir Copetti Neves que disse à IstoÉ: "Por que perguntar de tortura e circunstâncias de prisão somente para mim? Por que não se pergunta também ao Ministério Público e à Polícia Federal que estavam na investigação?" Existem suspeitas de que o corpo enterrado no cemitério não é o do menino Evandro Ramos Caetano. O Ministério Público negou por dezoito vezes a exumação do corpo. Luiz Carlos Oliveira diz ter "Certeza absoluta de que não é o corpo (…) Durante as investigações eu disse: pago do meu bolso as despesas de exumação. Ninguém quis me ouvir." Foram feitos três exames de ADN. Dois deram "inconclusivo". O zelador do cemitério, Luiz Ferreira também diz que não está enterrado no local qual o MP diz estar.[3]

Referências

Ligações externas