Reificação (marxismo): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
acrescentei bibl. organizei, corrigi erros formais
Linha 13: Linha 13:
==Bibliografia==
==Bibliografia==


*[[Louis Althusser|Althusser, Louis]]: [http://www.marx2mao.com/Other/FM65ii.html#s7 "Humanism and Marxism"] in ''For Marx'', The Penguin Press, 1969.
*[[Louis Althusser|Althusser, Louis]]. [http://www.marx2mao.com/Other/FM65ii.html#s7 "Humanism and Marxism"] in ''For Marx'', The Penguin Press, 1969.
*Bewes, Timothy. [http://books.google.com/books?hl=es&lr=&id=7As1si7EQwMC&oi=fnd&pg=PR9&dq=Bewes,+Timothy+2002:+Reification,+or+The+Anxiety+of+Late+Capitalism+&ots=uAzOjVVMBk&sig=VA6x6L8kFm4fTK8fl8xuEYUReMY Reification, or The Anxiety of Late Capitalism], Verso, 2002, ISBN 1859846858.
*Bewes, Timothy. [http://books.google.com/books?hl=es&lr=&id=7As1si7EQwMC&oi=fnd&pg=PR9&dq=Bewes,+Timothy+2002:+Reification,+or+The+Anxiety+of+Late+Capitalism+&ots=uAzOjVVMBk&sig=VA6x6L8kFm4fTK8fl8xuEYUReMY Reification, or The Anxiety of Late Capitalism], Verso, 2002, ISBN 1859846858.
* Burris, Val: [http://darkwing.uoregon.edu/~vburris/reification.pdf "Reification: A marxist perspective"], ''California Sociologist'', Vol. 10, No. 1, 1988, pp. 22–43.
* Burris, Val. [http://darkwing.uoregon.edu/~vburris/reification.pdf "Reification: A marxist perspective"], ''California Sociologist'', Vol. 10, No. 1, 1988, pp. 22–43.
* Dunayevskaya, Raya: [http://www.marxists.org/archive/dunayevskaya/works/1943/reification.htm "Reification of People and the Fetishism of Commodities"], ''in'' ''The Raya Dunayevskaya Collection'', pp. 167–191.
* Dunayevskaya, Raya. [http://www.marxists.org/archive/dunayevskaya/works/1943/reification.htm "Reification of People and the Fetishism of Commodities"], ''in'' ''The Raya Dunayevskaya Collection'', pp. 167–191.
*Feenberg, Andrew: ''The Philosophy of Praxis: Marx, Lukács and the Frankfurt School''(Verso Press, 2014)
*Feenberg, Andrew. ''The Philosophy of Praxis: Marx, Lukács and the Frankfurt School''(Verso Press, 2014)
*Goldman, Lucien: ''Lukács and Heidegger: Towards a New Philosophy''. Trans. William Q. Boelhower. London: Routledge, 2009
*Goldman, Lucien. ''Lukács and Heidegger: Towards a New Philosophy''. Trans. William Q. Boelhower. London: Routledge, 2009
*[[Axel Honneth|Honneth, Axel]]: [https://web.archive.org/web/20080228090803/http://www.tannerlectures.utah.edu/lectures/documents/Honneth_2006.pdf "Reification: A Recognition-Theoretical View"], conferência na [[University of California-Berkeley]], March 14–16, 2005.
*[[Axel Honneth|Honneth, Axel]]. [https://web.archive.org/web/20080228090803/http://www.tannerlectures.utah.edu/lectures/documents/Honneth_2006.pdf "Reification: A Recognition-Theoretical View"], conferência na [[University of California-Berkeley]], March 14–16, 2005.


* Lukács, Georg. [http://www.marxists.org/archive/lukacs/works/history/hcc05.htm "Reification and the Consciousness of the Proletariat"] 1923 (original em, alemão de 1923)
* Lukács, Georg. [http://www.marxists.org/archive/lukacs/works/history/hcc05.htm "Reification and the Consciousness of the Proletariat"] 1923 (original em, alemão de 1923)
*[[Marcos Nobre|Nobre, Marcos]]. [https://web.archive.org/web/20070127034228/http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/A_Nobre.pdf Limites da reificação: notas sobre o sujeito revolucionário em ''História e Consciência de Classe''].
*[[Marcos Nobre|Nobre, Marcos]]. [https://web.archive.org/web/20070127034228/http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/A_Nobre.pdf Limites da reificação: notas sobre o sujeito revolucionário em ''História e Consciência de Classe''].
*Petrović, Gajo:[http://www.marxists.org/archive/petrovic/1965/reification.htm "Reification"] in ''A Dictionary of Marxist Thought'', edited by Tom Bottomore, Laurence Harris, V.G. Kiernan, Ralph Miliband (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1983), pp. 411–413.
*Petrović, Gajo.[http://www.marxists.org/archive/petrovic/1965/reification.htm "Reification"] in ''A Dictionary of Marxist Thought'', edited by Tom Bottomore, Laurence Harris, V.G. Kiernan, Ralph Miliband (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1983), pp. 411–413.
*Rossatto, Noeli. Reificação e reconhecimento.
*Rossatto, Noeli. Reificação e reconhecimento.
*Schaff, Adam. Alienation as a Social Phenomenon, 1980.
*Schaff, Adam. Alienation as a Social Phenomenon, 1980.
*Westerman, Richard: ''Lukács' Phenomenology of Capitalism: Reification Revalued'', Palgrave Macmillan, 2018, New York.
*Westerman, Richard. ''Lukács' Phenomenology of Capitalism: Reification Revalued'', Palgrave Macmillan, 2018, New York.


[[Categoria:Conceitos do marxismo]]
[[Categoria:Conceitos do marxismo]]

Revisão das 10h43min de 7 de outubro de 2019

Reificação (do latim res: "coisa"; em alemão: Verdinglichung, literalmente: "transformar algo em coisa" ou Versachlichung, literalmente: "objetificação") ou coisificação é uma operação mental que consiste em transformar conceitos abstractos em objectos ou mesmo tratar seres humanos como objetos No marxismo, o conceito designa uma forma particular de alienação, característica do modo de produção capitalista. Implica a coisificação das relações sociais, de modo que a sua natureza é expressa através de relações entre objetos de troca (ver fetichismo da mercadoria). O conceito está presente em Hegel e Feuerbach, mas foi desenvolvido em âmbito marxista por György Lukács e trabalhado pelos integrantes da Escola de Frankfurt.

Coisificação/Reificação

Coisificação (o mesmo que reificação) é o ato de transformar ideias em coisas concretas. Segundo o texto Técnica, corpo e coisificação: notas de trabalho sobre o tema da técnica em Theodor W. Adorno[1], o processo de coisificação das relações sociais é mediado pela técnica, que torna as pessoas semelhantes às máquinas, trazendo à tona toda a violência e barbárie presentes no ser humano, que foram culturalmente dominadas.

Para Adorno, a técnica é supervalorizada e fetichizada a tal ponto que as pessoas se relacionam com ela de forma exagerada e irracional, tornando-a o ponto central da vida. No processo de coisificação, as pessoas perdem os traços de subjetividade e individualidade, passando a compor um coletivo de pessoas que tem a vida mediada pela técnica.

No ensaio Educação após Auschwitz, publicado no livro Minima moralia (título original: Mínima moralia. Reflexionen aus dem beschãdigten Leben)[2], Adorno exemplifica o processo de coisificação e coletivização através dos esportes e da técnica presente neles. Para ele, o esporte moderno procura desenvolver o corpo para aproximá-lo das máquinas, projetando corpos que tenham maior resistência. Essa semelhança criada entre o ser humano e a maquinaria causa o que Adorno chama de embrutecimento e desumanização. As pessoas perdem a criticidade e as individualidades e passam a seguir o coletivo sem questionar. No caso dos esportes, o corpo é moldado para aumentar as capacidades e conquistar o objetivo, que é a vitória. Para tanto não existem questionamentos, e as subjetividades são esquecidas por serem tidas como fraqueza.

Referências

  1. Alexandre Fernandez Vaz e Jaison José Bassani. «Técnica, corpo e coisificação: notas de trabalho sobre o tema da técnica em Theodor W. Adorno» (PDF) 
  2. Adorno, Theodor W. (1951). Minima moralia (PDF). [S.l.]: Edições 70 

Bibliografia

Ícone de esboço Este artigo sobre comunismo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.