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== Controvérsias ==
== Controvérsias ==
=== Torturas e condenações ===
=== Supostas torturas ===
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{{Quote|"''Houve tortura. Pessoas das quais os policiais militares suspeitavam foram sequestradas, levadas sem mandado de prisão e torturadas (…) Beatriz e Celina foram seviciadas até dizerem que mataram Evandro. Outro acusado, o pai de santo Osvaldo Marcineiro, não tinha mais costas de tanto levar porrada. As costas dele ficaram negras. Era um hematoma só. Eu vi.''"|Delegado e diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio, Luiz Carlos Oliveira, da polícia no Paraná.''"<ref name="IstoÉ/26/01/2016"/>}}

Um dos responsáveis pela tortura foi o coronel da reserva Valdir Copetti Neves que disse à [[IstoÉ]]: {{Quote2|"''Por que perguntar de tortura e circunstâncias de prisão somente para mim? Por que não se pergunta também ao [[Ministério Público]] e à [[Polícia Federal]] que estavam na investigação?''"}} Segundo o advogado Adel El Tasse, a condenação Beatriz e Celina era para jogar uma "cortina de fumaça nas atrocidades cometidas".<ref name="IstoÉ/26/01/2016"/>



=== Exumação do corpo de Evandro ===
=== Exumação do corpo de Evandro ===

Revisão das 14h54min de 27 de outubro de 2019

Caso Evandro
Local do crime Guaratuba
Data
1992
Tipo de crime Sequestro e assassinato [nota 1]
Vítimas Evandro Ramos Caetano

O Caso Evandro, também conhecido como As Bruxas de Guaratuba, refere-se ao sequestro e assassinato do garoto Evandro Ramos Caetano, em 1992, em cidade litorânea de Guaratuba.[1][2]

História

Crime

Evandro Ramos Caetano, que em 1992 tinha 6 anos, desapareceu em 6 de abril daquele ano. Seu corpo foi encontrado em 11 de abril, num matagal da cidade, sem vários órgãos, com mãos e pés amputados, e vísceras e coração arrancadas.[3][4]

Investigação

A promotoria pública do Paraná acusou Beatriz Cordeiro Abagge e sua mãe, Celina Abagge, como mentoras do sequestro e morte de Evandro com o intuito de utilizar o corpo em um ritual de magia negra.[5]

Em 23 de março de 1998, Beatriz e Celina foram julgadas, pela primeira vez, no mais longo júri da história da justiça brasileira (34 dias de julgamento) e consideradas inocentes. Em 1999 o júri foi anulado, sendo retomado o julgamento em maio de 2011.[6][7]

Outros envolvidos no assassinato, também foram julgados pelo crime, como o pai de santo Osvaldo Marcineiro,[8] o pintor Vicente Paulo Ferreira e o artesão Davi dos Santos Soares foram condenados em 2004. Já Francisco Sérgio Cristofolini e Airton Bardelli dos Santos foram absolvidos em 2005.[9]

Na tarde de 28 de maio de 2011, Beatriz foi condenada a 21 anos e 4 meses de prisão (em votação apertada: 4 x 3), 13 anos depois do primeiro julgamento.[10] Em 17 de abril de 2016, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu perdão de pena para Beatriz Abagge.[11]

Podcast e série de TV

O podcast sobre o caso, "Projetos Humanos" do professor e jornalista Ivan Mizanzuk,[12][13] tornou-se um dos mais baixados do Brasil em 2019, com 4 milhões de acessos.[14] Em 2019 foi anunciado que o podcast será adaptado para uma série de Tv.[15]

Controvérsias

Supostas torturas

Foi alegado que pessoas foram torturadas para confessar um crime que não cometeram.[16] Um dos responsáveis apontado pela possível tortura foi o coronel da reserva Valdir Copetti Neves que disse à IstoÉ: "Por que perguntar de tortura e circunstâncias de prisão somente para mim? Por que não se pergunta também ao Ministério Público e à Polícia Federal que estavam na investigação?" Segundo o advogado Adel El Tasse, a condenação Beatriz e Celina era para jogar uma "cortina de fumaça nas atrocidades cometidas".[16]

Exumação do corpo de Evandro

Existem suspeitas de que o corpo enterrado no Cemitério Central de Guaratuba não é o do menino Evandro Ramos Caetano.[16] No julgamento de 1998 as rés do caso chegaram a ser inocentadas porque não foi comprovado que o corpo era o de Evandro.[14] O Ministério Público negou por dezoito vezes a exumação do corpo. O delegado Luiz Carlos Oliveira diz ter

Foram feitos três exames de ADN. Dois deram "inconclusivo". O zelador do cemitério, Luiz Ferreira também diz que não está enterrado no local qual o MP diz estar.[16]

Ver também

Notas

  1. A prova física de que aponta que o menino Evandro teria sido assassinado é questionada. Ver seção "Controvérsias"

Referências

  1. Caso Evandro - A Verdadeira história Site OverMundo
  2. Justiça pede prisão de mulher condenada por morte de menino em ritual Portal O Estado do Paraná - Edição de 13 de abril de 2016
  3. PR: em 2º júri, mulher pega 21 anos por morte de menino em ritual Terra
  4. Depois de 19 anos, um crime sem solução Gazeta do Povo - Edição de 28 de maio de 2011
  5. Defesa no caso Evandro quer convocar legista da Unicamp Portal Folha - Edição de 14 de abril de 1998
  6. Em julgamento de Beatriz Abagge, acusação nega tortura e defesa alega estupro Gazeta do Povo - Edição de 27 de maio de 2011
  7. CASO EVANDRO - TJ-PR rejeita invalidação de provas. Júri está mantido Ministério Público - PR
  8. A verdadeira História do caso Evandro Por Diógenes C. S. Filho - pag 50 Google Livros
  9. Segundo julgamento do caso Evandro é retomado no PR Portal Terra - Edição de 28 de maio de 2011
  10. Beatriz Abagge é condenada a 21 anos e quatro meses de prisão Portal O Estado do Paraná - Edição de 28 de maio de 2011
  11. «Tribunal de Justiça do PR concede perdão de pena para Beatriz Abagge». Paraná. 17 de junho de 2016 
  12. «Podcast que conta a história do 'Caso Evandro' bate 4 milhões de downloads e vai virar série». G1. Rede Globo. Consultado em 5 de outubro de 2019 
  13. «'O caso Evandro': Podcast sobre assassinato de criança vai virar série de TV». Jovem Pan. Consultado em 5 de outubro de 2019 
  14. a b «Podcast que conta a história do 'Caso Evandro' bate 4 milhões de downloads e vai virar série». G1. Rede Globo. 15 de junho de 2019. Consultado em 4 de outubro de 2019 
  15. «Podcast sobre o Caso Evandro será adaptado para série de TV». Jovem Nerd. 4 de junho de 2019. Consultado em 14 de outubro de 2019 
  16. a b c d e «As bruxas de Guaratuba - ISTOÉ Independente». IstoÉ. 26 de janeiro de 2016. Consultado em 5 de outubro de 2019 

Ligações externas