Trabalho forçado: diferenças entre revisões
m Foram revertidas as edições de 168.194.78.148 (usando Huggle) (3.4.9) |
|||
Linha 3: | Linha 3: | ||
Em [[2005]], a OIT estimava que, em todo o mundo, existissem, no mínimo, 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado ilícito (nos termos das Convenções 29<ref>[http://www.ilo.org/dyn/normlex/en/f?p=NORMLEXPUB:55:0:::55:P55_TYPE,P55_LANG,P55_DOCUMENT,P55_NODE:CON,en,C029,/Document ''C029 - Forced Labour Convention, 1930 (No. 29)'']</ref> e 105).<ref>[http://www.ilo.org/dyn/normlex/en/f?p=1000:55:0::NO::P55_TYPE,P55_LANG,P55_DOCUMENT,P55_NODE:CON,en,C105,%2FDocument ''C105 - Abolition of Forced Labour Convention, 1957 (No. 105)'']</ref><ref name=Minimum>[http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_norm/---declaration/documents/publication/wcms_081913.pdf ILO Minimum Estimate of Forced Labour in the World]. Por Patrick Belser, Michaëlle de Cock e Farhad Mehran. International Labour Office, Geneva, April 2005.</ref> Em termos globais, as [[Empresa privada|empresas privadas]] auferiram [[lucro]]s de, pelo menos, 44,3 bilhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares estadunidenses]] ao ano, graças à exploração do trabalho forçado. Desse total, 31,6 bilhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares estadunidenses]] também estariam ligados ao [[tráfico de pessoas]]. Os maiores lucros advindos do trabalho forçado e do tráfico de trabalhadores - mais de 15 bilhões de dólares estadunidenses - são registrados nos [[países industrializados]]. No entanto, a OIT reconhece que essas cifras podem ser, na realidade, muito maiores. |
Em [[2005]], a OIT estimava que, em todo o mundo, existissem, no mínimo, 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado ilícito (nos termos das Convenções 29<ref>[http://www.ilo.org/dyn/normlex/en/f?p=NORMLEXPUB:55:0:::55:P55_TYPE,P55_LANG,P55_DOCUMENT,P55_NODE:CON,en,C029,/Document ''C029 - Forced Labour Convention, 1930 (No. 29)'']</ref> e 105).<ref>[http://www.ilo.org/dyn/normlex/en/f?p=1000:55:0::NO::P55_TYPE,P55_LANG,P55_DOCUMENT,P55_NODE:CON,en,C105,%2FDocument ''C105 - Abolition of Forced Labour Convention, 1957 (No. 105)'']</ref><ref name=Minimum>[http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_norm/---declaration/documents/publication/wcms_081913.pdf ILO Minimum Estimate of Forced Labour in the World]. Por Patrick Belser, Michaëlle de Cock e Farhad Mehran. International Labour Office, Geneva, April 2005.</ref> Em termos globais, as [[Empresa privada|empresas privadas]] auferiram [[lucro]]s de, pelo menos, 44,3 bilhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares estadunidenses]] ao ano, graças à exploração do trabalho forçado. Desse total, 31,6 bilhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares estadunidenses]] também estariam ligados ao [[tráfico de pessoas]]. Os maiores lucros advindos do trabalho forçado e do tráfico de trabalhadores - mais de 15 bilhões de dólares estadunidenses - são registrados nos [[países industrializados]]. No entanto, a OIT reconhece que essas cifras podem ser, na realidade, muito maiores. |
||
Ainda segundo a OIT, mais de 2,45 milhões de trabalhadores forçados são vítimas do [[tráfico de pessoas]]ː ou seja, o tráfico alimenta 20% do trabalho forçado no mundo. A maior parte das pessoas traficadas destina-se à exploração do [[prostituição|comércio sexual]] (43%); 32% à exploração econômica (incluindo [[escravidão]], [[servidão]], [[escravidão por dívida]] e [[empregado doméstico|trabalho doméstico]] forçado e outros) e 25% a múltiplos tipos de |
Ainda segundo a OIT, mais de 2,45 milhões de trabalhadores forçados são vítimas do [[tráfico de pessoas]]ː ou seja, o tráfico alimenta 20% do trabalho forçado no mundo. A maior parte das pessoas traficadas destina-se à exploração do [[prostituição|comércio sexual]] (43%); 32% à exploração econômica (incluindo [[escravidão]], [[servidão]], [[escravidão por dívida]] e [[empregado doméstico|trabalho doméstico]] forçado e outros) e 25% a múltiplos tipos de exploração. A maior parte dessas pessoas se destina à região da [[Ásia-Pacífico]] (1,36 milhões). 12,3 milhões de pessoas estão submetidas a trabalho forçado, sendo que 9,8 milhões (80%) são exploradas por agentes privados e 2.5 (20%) milhões pelo Estado ou por milícias rebeldes<ref name=Minimum />. |
||
Os [[lucro]]s do tráfico de trabalho forçado estão estimados em mais de 32 bilhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares estadunidenses]].<ref>[[ILO]]. [http://www.ilo.org/sapfl/Informationresources/ILOPublications/WCMS_081971/lang--en/index.htm Forced Labour and Human trafficking: Estimating the Profits]</ref> |
Os [[lucro]]s do tráfico de trabalho forçado estão estimados em mais de 32 bilhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares estadunidenses]].<ref>[[ILO]]. [http://www.ilo.org/sapfl/Informationresources/ILOPublications/WCMS_081971/lang--en/index.htm Forced Labour and Human trafficking: Estimating the Profits]</ref> |
||
== Ver |
== Ver também == |
||
{{Div col}} |
{{Div col}} |
||
* [[Escravidão]] |
* [[Escravidão]] |
Revisão das 21h37min de 27 de novembro de 2019
Trabalho forçado ou trabalho compulsório, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), é o trabalho ou serviço imposto a uma pessoa a título de sanção penal mediante perda de direitos.[1]
Descrição
Em 2005, a OIT estimava que, em todo o mundo, existissem, no mínimo, 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado ilícito (nos termos das Convenções 29[2] e 105).[3][4] Em termos globais, as empresas privadas auferiram lucros de, pelo menos, 44,3 bilhões de dólares estadunidenses ao ano, graças à exploração do trabalho forçado. Desse total, 31,6 bilhões de dólares estadunidenses também estariam ligados ao tráfico de pessoas. Os maiores lucros advindos do trabalho forçado e do tráfico de trabalhadores - mais de 15 bilhões de dólares estadunidenses - são registrados nos países industrializados. No entanto, a OIT reconhece que essas cifras podem ser, na realidade, muito maiores.
Ainda segundo a OIT, mais de 2,45 milhões de trabalhadores forçados são vítimas do tráfico de pessoasː ou seja, o tráfico alimenta 20% do trabalho forçado no mundo. A maior parte das pessoas traficadas destina-se à exploração do comércio sexual (43%); 32% à exploração econômica (incluindo escravidão, servidão, escravidão por dívida e trabalho doméstico forçado e outros) e 25% a múltiplos tipos de exploração. A maior parte dessas pessoas se destina à região da Ásia-Pacífico (1,36 milhões). 12,3 milhões de pessoas estão submetidas a trabalho forçado, sendo que 9,8 milhões (80%) são exploradas por agentes privados e 2.5 (20%) milhões pelo Estado ou por milícias rebeldes[4].
Os lucros do tráfico de trabalho forçado estão estimados em mais de 32 bilhões de dólares estadunidenses.[5]
Ver também
Referências
- ↑ Convenção n° 29, sobre o Trabalho Forçado (1930). Ver ILO. Forced Labour: Definition, Indicators and Measurement.
- ↑ C029 - Forced Labour Convention, 1930 (No. 29)
- ↑ C105 - Abolition of Forced Labour Convention, 1957 (No. 105)
- ↑ a b ILO Minimum Estimate of Forced Labour in the World. Por Patrick Belser, Michaëlle de Cock e Farhad Mehran. International Labour Office, Geneva, April 2005.
- ↑ ILO. Forced Labour and Human trafficking: Estimating the Profits
Ligações externas
- «UN.GIFT» - Iniciativa global para lutar contra o tráfico humano.