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'''Paz de Presburgo'''{{sfn|Lousada|2009|p=99}} ({{langx|de|''Pressburg''}}) refere-se a quatro acordos assinados em Presburgo, no [[Reino da Hungria]] (hoje [[Bratislava]], [[Eslováquia]]). |
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A quarta Paz de Pressburg<ref>Também conhecida como o Tratado de Presburgo; em [[Língua alemã|alemão]]: Preßburger Frieden; em [[Língua francesa|francês]]: Traité de Presbourg</ref> foi assinada em 26 de dezembro de 1805 entre a [[França]] e o [[Império Austríaco]], como consequência da derrota austríaca pela França em [[Ulm]] (25 de setembro-20 de outubro, ano de 1805) e [[Austerlitz]] (2 de dezembro de 1805). Uma trégua foi acordada em dezembro e começaram as negociações para o tratado. O tratado foi assinado no [[Palácio do Primaz]] em Presburgo (atual [[Bratislava]]) por [[Johann I Josef de Liechtenstein]] e o Conde [[Ignác Gyulai]] pela Áustria e [[Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord]] pela França. |
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Para além das cláusulas, que estabelece "a paz e a amizade" e a retirada da [[Terceira Coalizão]] pelos austríacos, o tratado também teve substancial importância no estabelecimento das fronteiras dos territórios europeus da Áustria. Os ganhos dos anteriores tratados de [[Tratado de Campoformio|Campoformio]] e [[Tratado de Lunéville|Lunéville]] foram retomados e as participações austríacas na [[Reino de Itália (1861–1946)|Itália]] e na [[Baviera]] foram cedidas pela França. Certas participações austríacas na [[Alemanha]] foram transferidas para os aliados da França - o rei da Baviera, o rei de [[Württemberg]] e do Eleitor de [[Baden]]. Os créditos austríacos sobre os estados alemães foram renunciados, sem excepção. O mais notável intercâmbio territorial em causa foi que o [[Tirol]] e [[Vorarlberg]], a Baviera, [[República de Veneza|Veneza]], a [[Ístria]] e a [[Dalmácia]], foram incorporadas ao [[Reino de Itália (1805-1814)|Reino de Itália]] de [[Napoleão]], que tinha se tornado rei no início daquele ano. [[Augsburg]] foi cedida à Baviera. Como uma pequena compensação, a Áustria recebeu o eleitorado de [[Salzburgo]]. |
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O tratado marcou o efetivo fim do [[Sacro Império Romano-Germânico]]. Francisco II tornou-se, por sua vez, imperador Francisco I da Áustria e de uma nova entidade, a [[Confederação do Reno]], que mais tarde foi criada por Napoleão. Uma indenização de 40 milhões de francos para a França foi também incluída no tratado. |
O tratado marcou o efetivo fim do [[Sacro Império Romano-Germânico]]. Francisco II tornou-se, por sua vez, imperador Francisco I da Áustria e de uma nova entidade, a [[Confederação do Reno]], que mais tarde foi criada por Napoleão. Uma indenização de 40 milhões de francos para a França foi também incluída no tratado. |
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Revisão das 02h48min de 5 de janeiro de 2020
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Paz de Presburgo[1] (em alemão: Pressburg) refere-se a quatro acordos assinados em Presburgo, no Reino da Hungria (hoje Bratislava, Eslováquia).
Primeira Paz
A primeira Paz de Presburgo foi assinada em 2 de julho de 1271 entre o rei Otacar II da Boêmia e o rei Estêvão V da Hungria. Nos termos deste acordo, o Reino da Hungria renunciou às suas reivindicações sobre partes da presente Áustria e da Eslovénia, e a Boêmia renunciou às suas alegações sobre territórios conquistados na Hungria.
Segunda Paz
A segunda Paz de Presburgo (também conhecida como o Tratado de Pressburg ou Tratado de Bratislava) foi assinada em 7 de novembro de 1491, entre Maximiliano I, Sacro Imperador Romano-Germânico e Vladislau II da Hungria. Nos termos deste acordo, Vladislau renunciou a sua reivindicação sobre a Baixa Áustria e concordou que Maximiliano deveria suceder à coroa húngara se Vladislau não tivesse descendência masculina. Vladislau teve um filho em 1506, fazendo com que esta condição não tivesse qualquer efeito.
Terceira Paz
A terceira Paz de Pressburg foi assinada em 30 de dezembro de 1626 entre Gabriel Bethlen da Transilvânia, o líder de uma revolta contra a Monarquia de Habsburgo de 1619-1626, e Fernando II, Sacro Imperador Romano-Germânico. O acordo pôs fim à revolta, confirmando a Paz de Nikolsburg (31 de dezembro de 1621). Em contrapartida, Bethlen não havia acordado para lutar contra o imperador, nem ele para ser aliado aos Otomanos.
Quarta Paz
A quarta Paz de Pressburg[2] foi assinada em 26 de dezembro de 1805 entre a França e o Império Austríaco, como consequência da derrota austríaca pela França em Ulm (25 de setembro-20 de outubro, ano de 1805) e Austerlitz (2 de dezembro de 1805). Uma trégua foi acordada em dezembro e começaram as negociações para o tratado. O tratado foi assinado no Palácio do Primaz em Presburgo (atual Bratislava) por Johann I Josef de Liechtenstein e o Conde Ignác Gyulai pela Áustria e Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord pela França.
Para além das cláusulas, que estabelece "a paz e a amizade" e a retirada da Terceira Coalizão pelos austríacos, o tratado também teve substancial importância no estabelecimento das fronteiras dos territórios europeus da Áustria. Os ganhos dos anteriores tratados de Campoformio e Lunéville foram retomados e as participações austríacas na Itália e na Baviera foram cedidas pela França. Certas participações austríacas na Alemanha foram transferidas para os aliados da França - o rei da Baviera, o rei de Württemberg e do Eleitor de Baden. Os créditos austríacos sobre os estados alemães foram renunciados, sem excepção. O mais notável intercâmbio territorial em causa foi que o Tirol e Vorarlberg, a Baviera, Veneza, a Ístria e a Dalmácia, foram incorporadas ao Reino de Itália de Napoleão, que tinha se tornado rei no início daquele ano. Augsburg foi cedida à Baviera. Como uma pequena compensação, a Áustria recebeu o eleitorado de Salzburgo.
O tratado marcou o efetivo fim do Sacro Império Romano-Germânico. Francisco II tornou-se, por sua vez, imperador Francisco I da Áustria e de uma nova entidade, a Confederação do Reno, que mais tarde foi criada por Napoleão. Uma indenização de 40 milhões de francos para a França foi também incluída no tratado.
Referências
- ↑ Lousada 2009, p. 99.
- ↑ Também conhecida como o Tratado de Presburgo; em alemão: Preßburger Frieden; em francês: Traité de Presbourg
Bibliografia
- Lousada, Maria Alexandre; Ferreira, Maria de Fátima Sá e Melo (2009). D. Miguel. Lisboa: Temas e Debates