Seda: diferenças entre revisões

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A sericicultura paranaense é desenvolvida em 161 municípios, com 1.867 famílias que cultivam uma área de 3.969 hectares de amoreiras, numa produção de 2.466 toneladas de casulos conforme dados da safra de 2016/2017.<ref>[https://valedaseda.com.br/a-marca/ Dados] Projeto Vale da Seda - acessado em 15 de março de 2020</ref>
A sericicultura paranaense é desenvolvida em 161 municípios, com 1.867 famílias que cultivam uma área de 3.969 hectares de amoreiras, numa produção de 2.466 toneladas de casulos conforme dados da safra de 2016/2017.<ref>[https://valedaseda.com.br/a-marca/ Dados] Projeto Vale da Seda - acessado em 15 de março de 2020</ref>

==Ver também==
*[[Antropoentomofagia]]


== Bibliografia ==
== Bibliografia ==

Revisão das 02h17min de 28 de março de 2020

 Nota: Para outros significados, veja Seda (desambiguação).
Casulo do bicho-da-seda
Pintura chinesa do século XII mostrando mulheres fabricando seda
Casulos sendo mergulhados em água em fábrica de seda em Suzhou, na República Popular da China
Memorial do paraquedista em Sainte-Mère-Église, na Normandia, na França. Durante muito tempo, os paraquedas foram fabricados quase exclusivamente de seda.
Um scarf de seda

A seda é uma fibra proteica usada na indústria têxtil obtida a partir dos casulos do Bombyx mori (bicho-da-seda).

A fibra de seda natural é um filamento contínuo de proteína, produzido pelas lagartas de certos tipos de mariposas, sendo uma das matérias-primas mais caras. As lagartas expelem através das glândulas o líquido da seda (a fibroína) envolvido por uma goma (a sericina), os quais se solidificam imediatamente quando em contato com o ar.

A seda é utilizada para se produzir tecidos leves, brilhantes e macios. Os tecidos são usados em camisas, vestidos, blusas, gravatas, xales, luvas etc. A seda tem uma aparência cintilante, devido à estrutura triangular da fibra, parecida com um prisma, que refrata a luz.

Em 3600 aC, a seda tem sua primeira aparição na China[1]. Acredita-se que os chineses começaram a produzir seda por volta do ano 2700 a.C.. Reza a lenda que a imperatriz Si Ling Chi descobriu a seda quando um casulo de bicho-da-seda caiu de uma amoreira dentro de sua xícara de chá. Depois de experimentar algumas vezes, ela, finalmente, conseguiu tecer o filamento da seda em um pedaço de tecido.

A seda era considerada a mais valiosa mercadoria da China e gerou a famosa rota da Seda, a mais importante rota comercial da época. A manufatura da seda era um segredo de estado, muito bem guardado até o ano 300, quando se tornou conhecida na Índia. Ou seja: 3.000 anos após sua descoberta pelos chineses.

Obtenção

O bicho-da-seda é criado aos milhões. Após trinta dias se alimentando apenas de folhas de amoreira, o bicho-da-seda tece o seu casulo e, dentro dele, se transforma em crisálida.

O processo de tecelagem da seda continua o mesmo nos dias de hoje. Na sericicultura, os casulos são mergulhados em água quente para libertar os filamentos da substância chamada sericina da seda, matando a larva do bicho-da- seda. A substância, ao ser retirada dos fios, deixa estes com a cor brilhante característica da seda. Os filamentos são combinados para formar fios, que são enrolados e finalmente secos. Cada casulo pode render de 458 a mil metros de seda, sendo cada casulo composto por apenas um longo fio. Cerca de cinco quilogramas de casulos são necessários para produzir um quilograma de seda em bruto.

Vale da Seda

O Paraná participa com 84% da produção brasileira de casulos de bicho-da-seda, uma atividade desenvolvida em pequenas propriedades rurais, com área média de 2,5 ha e predominância do trabalho familiar no programa "Vale da Seda".

A sericicultura paranaense é desenvolvida em 161 municípios, com 1.867 famílias que cultivam uma área de 3.969 hectares de amoreiras, numa produção de 2.466 toneladas de casulos conforme dados da safra de 2016/2017.[2]

Ver também

Bibliografia

  • Callandine, Anthony (1993). «Lombe's Mill: An Exercise in reconstruction». Maney Publishing. Industrial Archaeology Review. XVI (1). ISSN 0309-0728 
  • Good, Irene. 1995. "On the question of silk in pre-Han Eurasia" Antiquity Vol. 69, Number 266, December 1995, pp. 959–968
  • Hill, John E. 2004. The Peoples of the West from the Weilüe 魏略 by Yu Huan 魚豢: A Third Century Chinese Account Composed between 239 and 265 AD. Draft annotated English translation. Appendix E.
  • Hill, John E. (2009) Through the Jade Gate to Rome: A Study of the Silk Routes during the Later Han Dynasty, 1st to 2nd Centuries CE. BookSurge, Charleston, South Carolina. ISBN 978-1-4392-2134-1.
  • Kuhn, Dieter. 1995. "Silk Weaving in Ancient China: From Geometric Figures to Patterns of Pictorial Likeness." Chinese Science 12 (1995): pp. 77–114.
  • Liu, Xinru (1996). Silk and Religion: An Exploration of Material Life and the Thought of People, AD 600-1200. Oxford University Press.
  • Liu, Xinru (2010). The Silk Road in World History. Oxford University Press. ISBN 978-0-19-516174-8; ISBN 978-0-19-533810-2 (pbk).
  • Rayner, Hollins (1903). Silk throwing and waste silk spinning. [S.l.]: Scott, Greenwood, Van Nostrand 
  • Sung, Ying-Hsing. 1637. Chinese Technology in the Seventeenth Century - T'ien-kung K'ai-wu. Translated and annotated by E-tu Zen Sun and Shiou-chuan Sun. Pennsylvania State University Press, 1966. Reprint: Dover, 1997. Chap. 2. Clothing materials.
  • Kadolph, Sara J. Textiles. 10th ed. Upper Saddle River: Pearson Prentice Hall, 2007. 76-81.
  • Ricci, G et al. "Clinical Effectiveness of a Silk Fabric in the Treatment of Atopic Dermatitis", British Journal of Dermatology (2004) Issue 150. Pages 127 - 131
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  1. Foltz, R. (20 de junho de 2010). Religions of the Silk Road: Premodern Patterns of Globalization (em inglês). [S.l.]: Springer. ISBN 9780230109100 
  2. Dados Projeto Vale da Seda - acessado em 15 de março de 2020