Crucifixo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Adicionada a seção "crucifixo no congresso""
Linha 23: Linha 23:




[[File:Crucifixo no STF.jpg|thumb|STF crucifixo]]



== Datas e Apontamentos ==
== Datas e Apontamentos ==

Revisão das 16h32min de 19 de abril de 2020

 Nota: Para outros significados, veja Crucifixo (desambiguação).
Um crucifixo na igreja de Essen, na Alemanha.

Crucifixo (Cruz de Cristo) é um símbolo de veneração, que foi iniciado pelos cristãos durante o período após a crucificação de Jesus Cristo. Naquele período os seguidores de Jesus se organizavam e reuniam-se às escondidas para confabularem, pois eram perseguidos, e para se identificarem como cristãos, usavam um símbolo, que era o desenho de um peixe e o crucifixo.

Objeto

Crucifixo barroco do século XVIII, de marfim, roubado e recuperado na Matriz de Pirenópolis.

O crucifixo é diferente da cruz usada por várias correntes cristãs. O crucifixo é uma representação de Jesus na cruz de dupla travessa, também chamada de Cruz Episcopal ou Patriarcal, que nesta cruz na travessa superior mais curta, tem uma tabuleta pregada com a inscrição I.N.R.I., que significa Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum (Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus), e referido na história do cristianismo.

História

Embora a cruz seja, atualmente, o simbolo mais comum do cristianismo, no século I ela não era particularmente associada com a religião, só assumindo um lugar de destaque como tal durante o século II,[1][2] até o século III a cruz seria tão estreitamente associada ao cristianismo, que Tertuliano designou os cristãos como crucis religiosi, ou seja "devotos da Cruz."[3] De acordo com a tradição cristã, a cruz é uma referência à crucifixão de Jesus, e o crucifixo é a sua referência mais imediata.

No entanto, devido à natureza altamente ambígua dos termos gregos utilizados na Bíblia para se referir à sua crucifixão, já se levantou a hipótese de Jesus ter sido pregado a uma árvore e pregado a um poste de madeira, ambos métodos comuns de "crucifixão" no Império Romano, e também empalado, enforcad e estrangulado.

Visão Protestante

Grande parte das comunidades protestantes são contra o uso do crucifixo como objeto de veneração, em vez disso, quase que todos os protestantes são a favor do uso da cruz vazia, buscando dar ênfase a Ressurreição de Jesus. O Crucifixo é também considerado um dos tantos motivos de discórdia entre protestantes e católicos. Embora o uso de crucifixo entre protestantes mais tradicionais não seja tão raro, o próprio Lutero recomendava a imagem do crucifixo como forma de nos lembrarmos de nossa culpa, já que Cristo foi crucificado por nossos pecados.


Crucifixo no congresso

Na década de 1940, o Partido de Representação Popular – PRP (1945-1962), legenda política que aglutinou inúmeros camisas-verdes oriundos das fileiras da Ação Integralista Brasileira – AIB (1932-1937), lançou campanha em todo país, através de seus correligionários, propondo com sucesso[4] a entronização da imagem do crucifixo em diversas Assembleias Legislativas Estaduais, Câmaras Municipais e Câmara Federal, além dos tribunais pelo país.

O aspecto plural e sua multiplicidade de sentidos serviria de inspiração ao homem público brasileiro. Segundo o Vereador Amadeu Puppi (PRP-PR), durante a cerimônia de entronização do crucifixo na Câmara Municipal de Ponta Grossa – PR: “ Que esta Câmara e os seus legisladores, ao erguerem os olhos para o Crucificado, saibam ser dignos sempre de tanto saber e de tanto amor, que possui e representa o Cristo, para a glória de Ponta Grossa, do Paraná, e do Brasil."[5]


Ficheiro:Crucifixo no STF.jpg
STF crucifixo

Datas e Apontamentos

  • 14 de Setembro = Exaltação da Santa Cruz

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Crucifixo

Referências

  1. Como é indicado nos argumentos anti-cristãos citados por Octavius
  2. The Worship of the Dead (London, 1904), by Colonel J. Garnier, p. 226.
  3. Apology., chapter xvi.
  4. Ranquetat, Cesar (julho de 2014). «A imagem de Cristo nos parlamentos». Scielo. Consultado em 19 de abril de 2020 
  5. «Jornal Idade Nova». 29 de julho de 1948