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Revisão das 16h32min de 19 de abril de 2020
Crucifixo (Cruz de Cristo) é um símbolo de veneração, que foi iniciado pelos cristãos durante o período após a crucificação de Jesus Cristo. Naquele período os seguidores de Jesus se organizavam e reuniam-se às escondidas para confabularem, pois eram perseguidos, e para se identificarem como cristãos, usavam um símbolo, que era o desenho de um peixe e o crucifixo.
Objeto
O crucifixo é diferente da cruz usada por várias correntes cristãs. O crucifixo é uma representação de Jesus na cruz de dupla travessa, também chamada de Cruz Episcopal ou Patriarcal, que nesta cruz na travessa superior mais curta, tem uma tabuleta pregada com a inscrição I.N.R.I., que significa Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum (Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus), e referido na história do cristianismo.
História
Embora a cruz seja, atualmente, o simbolo mais comum do cristianismo, no século I ela não era particularmente associada com a religião, só assumindo um lugar de destaque como tal durante o século II,[1][2] até o século III a cruz seria tão estreitamente associada ao cristianismo, que Tertuliano designou os cristãos como crucis religiosi, ou seja "devotos da Cruz."[3] De acordo com a tradição cristã, a cruz é uma referência à crucifixão de Jesus, e o crucifixo é a sua referência mais imediata.
No entanto, devido à natureza altamente ambígua dos termos gregos utilizados na Bíblia para se referir à sua crucifixão, já se levantou a hipótese de Jesus ter sido pregado a uma árvore e pregado a um poste de madeira, ambos métodos comuns de "crucifixão" no Império Romano, e também empalado, enforcad e estrangulado.
Visão Protestante
Grande parte das comunidades protestantes são contra o uso do crucifixo como objeto de veneração, em vez disso, quase que todos os protestantes são a favor do uso da cruz vazia, buscando dar ênfase a Ressurreição de Jesus. O Crucifixo é também considerado um dos tantos motivos de discórdia entre protestantes e católicos. Embora o uso de crucifixo entre protestantes mais tradicionais não seja tão raro, o próprio Lutero recomendava a imagem do crucifixo como forma de nos lembrarmos de nossa culpa, já que Cristo foi crucificado por nossos pecados.
Crucifixo no congresso
Na década de 1940, o Partido de Representação Popular – PRP (1945-1962), legenda política que aglutinou inúmeros camisas-verdes oriundos das fileiras da Ação Integralista Brasileira – AIB (1932-1937), lançou campanha em todo país, através de seus correligionários, propondo com sucesso[4] a entronização da imagem do crucifixo em diversas Assembleias Legislativas Estaduais, Câmaras Municipais e Câmara Federal, além dos tribunais pelo país.
O aspecto plural e sua multiplicidade de sentidos serviria de inspiração ao homem público brasileiro. Segundo o Vereador Amadeu Puppi (PRP-PR), durante a cerimônia de entronização do crucifixo na Câmara Municipal de Ponta Grossa – PR: “ Que esta Câmara e os seus legisladores, ao erguerem os olhos para o Crucificado, saibam ser dignos sempre de tanto saber e de tanto amor, que possui e representa o Cristo, para a glória de Ponta Grossa, do Paraná, e do Brasil."[5]
Datas e Apontamentos
- 14 de Setembro = Exaltação da Santa Cruz
Ver também
- Crucificação
- Exposição de crucifixos em salas de aula
- INRI
- Símbolos religiosos em repartições públicas
Referências
- ↑ Como é indicado nos argumentos anti-cristãos citados por Octavius
- ↑ The Worship of the Dead (London, 1904), by Colonel J. Garnier, p. 226.
- ↑ Apology., chapter xvi.
- ↑ Ranquetat, Cesar (julho de 2014). «A imagem de Cristo nos parlamentos». Scielo. Consultado em 19 de abril de 2020
- ↑ «Jornal Idade Nova». 29 de julho de 1948